Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (2024)

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'JA

í.O

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Arturo Campión

NARRACIONES BASKAS

MCMXXMI

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Papel expresamente fabricado por LA PAPEIEKA ESPASOIA

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ARTURO CAMPION

arraciones baskas

El bardo de Itzaltzu.—Roedores del mar.—Pedro Mari.—Gachina.—El úl­

timo tamborilero de Erraondo.

M A D R I D , 1923

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alJeres "Calpe", Larra, 6 y 8.-MADRID

V). <RU.iQ&G

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EL BARDO DE ITZALTZU

A Emilia Galdiano de Campión.

Sin hace r la c u e n t a de l t i e m p o q u e corr ía , con­t e m p l a b a y o el g rand ioso paisa je severo: d e l a n t e , la s ier ra de Abod i , y sus n e g r a s fa ldas si lvosas p o r e n t r e los val les t e n d i d a s ; a la de recha , la c u m b r e d e Orhy , y s u resp landescene ia d e n ieve sobre el ho r i zon te bor rascoso . E l frío anochecer e s fumaba las formas pa r t i cu l a re s d e las rocas pe l adas , de los árboles copudos y d e los b roncos a l t iba jos . Muzki l -d a , l a gen t i l unaya (1), c a c h a z u d a y u n t a n t i c o b u r ­lona , p r e n d i d a a los ojos l a sorpresa q u e l a c o n t e m ­plac ión embe l e sada de l c a m p o , p o r gen t e d e la ciu­d a d , c a u s a a los rús t i cos , a g u a r d a b a a q u e y o m e re t i rase p a r a cerrar la v e n t a n a . D e súb i to el a i re glacial b r a m ó como u n to ro q u e r o m p e el va l l ado ; escarcháronse de p l a t a los t o r r e n t e s y t i r i t a r o n las h a y a s ; a lo lejos, cerca de las c imas , el h u r a c á n p a ­reció l anza r t r e s o cua t ro a lar idos las t imeros q u e rep i t ió l ú g u b r e m e n t e el eco. Como si esos a lar idos

(1) Unai (vaquero, boyerizo). Nombre genérico de las mozas en Salazar, porque muchas lo son.

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6 fuesen u n conjuro , de t o d a s las s imas y h o n d o n a ­d a s comenzaron a sub i r veloces, hac i a la c u m b r e , b lanqu í s imos copos de n iebla .

—¡Bah! —- exc lamó la unaya en t o n o d e b r o m a , m á s a p a r e n t e q u e rea l —. Y a vue lan las p a l o m a s del val le a d a r d e comer a Garcho t , h a m b r i e n t o en E l k o r r e t a .

— ¿ Q u é dices, m u c h a c h a ? — p r e g u n t é , o l fa tean­do u n a t r ad ic ión de folklore.

Muzki lda se rubor izó como si hub iese d icho u n a cosa fea.

— N a d a , señor; t on t e r í a s de vie jas , cuen tos d e niños . . .

— C u é n t a m e l o s . Caba lmen te , m e de r r i t o y o p o r ta les h i s to r ias .

— Y o n o lo cuen to . Se reir ía de m í , y c u a n d o vol­viese a I r u ñ a les di r ía a sus amigos : conocí en I t z a l t z u a u n a m o z a que . . .

N o a c a b ó l a frase. D i ó m e u n empel lón p a r a a p a r ­t a r m e de la v e n t a n a , y p o r ev i t a r n u e v a s i n s t anc i a s , después de cer rar la , se re t i ró ; p e r o se d e t u v o u n i n s t a n t e e n el m a r c o de la p u e r t a , y dijo:

— P r e g ú n t e s e l o al a m o , si quiere ; m e j o r q u e y o y a l a s a b r á aqué l .

«Y t a n t o como se lo p regun ta ré» , pensé e n t r e m í , m i e n t r a s p o r la escalera se a le jaba el r u m o r so rdo d e las a b a r c a s de la unaya.

Me cambió el t ra je h ú m e d o y ba jé a la cocina p o r descansa r d e la cacería j u n t o a l fuego y p e ­d i r q u e m e refiriesen la conseja, c u e n t o o leyen­d a q u e se g u a r d ó l a b u e n a d e Muzki lda , t e m e r o s a

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7'

(1) Nombre básico de los pamploneses, que hoy han dege­nerado en pamplónicas.

( 2 ) Polainas o medias muy bastas.

d e ganarse el ep í t e to de b o b a e n t r e los irunshe-mes (1).

D e b a j o del ampl í s imo e m b u d o d e la ch imenea , c u y a c a m p a n a cub r í a l a m i t a d ' de la es tanc ia , dos t r o n c o s d e h a y a , a los q u e d a b a cen t ine la el semi­c í rcu lo de las ollas, i b a n deshac iéndose en r e sp lan ­d e c i e n t e b r a s a au r eo l ada d e t e m b l o n a s l l ami t a s azu les . Aquel lo e ra ca len ta r se n o sólo el cuerpo , s ino la imaginac ión , encogida p o r el u luleo con t inuo de l v i en to y el chor reo m o n ó t o n o d e la bo r r a sca fría. Mi «patrón», Grabie l B e r r a d e , se e s t a b a descal­z a n d o de las a b a r c a s y mantarres (2), d isponiéndose a secar a la l l ama pies y p i e rnas an t e s d e calzarse las a l p a r g a t a s secas d e casa . Su mu je r & hi jas r e ­m e n d a b a n r o p a . L a unaya p r e p a r a b a la ca ldera de s a l v a d o y p a t a t a s p a r a los cerdos .

— S é q u e la j o r n a d a d e h o y h a sido in f ruc tuosa — d i j o Grabie l , s a l u d á n d o m e c a r i ñ o s a m e n t e con la m a n o — . D i r á n us tedes : de poco s i rve move r se d e I r u ñ a . P e r o ¿ t r a e r á u s t e d los d ien tes pun t i agudos¿

— D e lobo decembr ino . — E s o , eso, conde; eso es lo pr inc ipa l ; a u n q u e m a l

gu i sados y ord inar ios , n o le f a l t a r á n a l imen tos en casa .

Grabie l es u n o d e esos sa lacencos q u e a n i m a n el c u e r p o m e m b r u d o con el a l m a afec tuosa de u n n iño . G r a v e , p e r o n o t a c i t u r n o , despe jado como t o d o s ios d e s u t i e r ra , a p e n a s se desceñía d e la c i rcuns-

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8 pecc ión p a r a t r a t a r d e sus negocios y h a b l a r a los desconocidos , m o s t r a b a s u v e r d a d e r a índole jov ia l y car iñosa . Y o iba a cazar c a d a a ñ o en los m o n t e s d e I t z a l t z u , y o b s e r v a b a q u e c a d a a ñ o se descorr ía u n o d e los cerrojos de l a l m a r i o de B e r r a d e y los suyos . A h o r a m e m i r a b a n como a u n o d e la fami­l i a , y d e l a n t e de m í c o n v e r s a b a n l l ana y descubier ­t a m e n t e d e sus cosas, a m e n u d o en ba skuenze , so­b r e t o d o c u a n d o e n l a conversac ión t e r c i a b a n l a s muje res . E l sa lacenco es d ia lec to e x t r a ñ o y p o c o conocido . Y o v a c i a b a el m o r r a l de p i e z a s — c u a n d o las h a b í a — y l l enaba d e n o t a s g ramat i ca l e s y léx i ­cas m i ca r t e r a .

— ¡ T e n g a u s t e d pac ienc ia , conde/—prosiguió Gra -b ie l—. Se nos echa enc ima , a p a s o d e carga , u n n e v a z o d e o rdago . N o f a l t a r án en tonces j aba l í e s , osos y r aposos p a r a u s t e d y los d e m á s irunshemes.

— ¿ U n a n e v a d a ? ¿De veras? —Sí; ¡las p e ñ a s d e E l k o r r e t a s i lban m u c h o , con­

de! Óigalas; a u n d e n t r o se oyen . Nos ca l lamos , y poco después o ímos t r e s o cua­

t r o a la r idos es t remecedores . ¡Las p e ñ a s d e E l k o ­r r e t a ! L a pe lo t a se m e v e n í a a la m a n o y la devolv í i ncon t inen t i .

— ¿ D e s u e r t e q u e el m á s seguro b a r ó m e t r o d e l a com arca es el d e G a r c h o t de I t z a l t z u ?

Mis oyen tes se r ie ron a t o d o t r a p o ; d a b a g u s t o oír l a sonora r i sa de las muje res .

—¡Conde! ¿Llegó esa p a p a r r u c h a a oídos d e us ted?

— E s t a m i s m a t a r d e m e la ins inuó la unaya; p e r o

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8» n o quiso ser expl íc i ta . ¿No p r e s t a n us t edes c r é d i t o a l a t rad ic ión?

— ¡ H o m b r e , hombre !—exc lamó a d m i r a d o B e r r a -d e — . ¿Eso h a b í a m o s d e creer?

E l t o n o d e la p r e g u n t a d e n o t a b a u n ingenio r e a ­l i s ta , poco imag ina t ivo , d e los q u e l l a m a n q u i m e ­ra s a las cosas q u e n o se p u e d e n pesar , m e d i r n i c o n t a r .

— A l g u n a s viejas chochas—añad ió—, a lgunas j ó ­venes s imples , acaso le p r e s t en a sen t imien to .

— A pesa r d e sus p a l a b r a s desdeñosas , Muzki lda , . po r e jemplo , q u e n i es v ie ja n i s imp le—rep l iqué .

L a unaya n o e s t a b a p r e sen t e p a r a d e s m e n t i r m e . A n d a b a p o r la poci lga, d a n d o de comer a los cerdos, , cuyos g ruñ idos d e gu la l l egaban h a s t a n o s o t r o s .

— ¡ Y y o t a m b i é n , d o n Ar tu ro !—gr i t ó desde e l b a n c o A n d r e ; a , la h i j a m e n o r .

— P u e s v a u s t e d a m o s t r a r s e complac ien te c o n ­migo , ref i r iéndome l a h i s to r ie ta .

L a l i nda m u c h a c h a pegó u n sal to d e cabr i to y se-p l a n t ó de l an t e d e m í . Sus ojos verdosos rebosaban) d e en tus i a smo .

— S i el echeko jaun m e lo pe rmi t e . . . E l cuento-es m u y cor to ; c u a t r o p a l a b r a s .

Grabiel dijo que sí con la cabeza y mov ió los-h o m b r o s desp rec i a t i vamen te .

L a chica, m u y sat is fecha de l p a p e l q u e le t o c a b a r ep re sen t a r , refirió la t r ad ic ión en los siguientes, t é rminos :

— H a c e m u c h o s años , m u c h o s y m u c h o s , cuando , los á rboles del I r a t i e r a n a ú n pequeños , v iv ía en,

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10 I t z a l t z u u n h o m b r e q u e e ra b u e n p o e t a , y t a n b u e n c a n t o r como p o e t a . Le l l a m a b a n , de t r e s leguas a la r e d o n d a lo menos , a ent ier ros , bau t i zos y b o d a s , y p o n d e r a b a , en verso y c a n t a n d o , la h e r m o s u r a d e l a novia , y ad iv inaba , c a n t a n d o y en verso , la s u e r t e del rec iénnac ido , y refería, en verso y can­t a n d o , la v i d a de los di funtos . Dicen q u e el r e y le l l a m ó a I r u ñ a u n a vez , y quedó t a n complac ido d e o í r le c a n t a r y versear , que le dijo: «Tu f a m a es g r a n d e ; pero t u h a b i l i d a d , m a y o r ; cena conmigo.» Les s i rvieron sopas de ajo, cordero d e t res leches , t r u c h a s del Ur rob i , c a s t a ñ a s de B a z t á n , u n a a z u m ­b r e d e v ino de Ar t a jona , café y p u r o h a b a n o . E n ­tonces n o h a b í a l icores. E l rey , m i e n t r a s G a r c h o t beb ía , le m e t i ó de escondi te c u a t r o m o n e d a s d e oro e n el chaleco; as í , G a r c h o t se volvió a I t z a l t z u m u y a n c h o de orgul lo, q u e n o cab ía p o r l a s p u e r t a s . E s a fué la causa de s u perd ic ión . O t r o d í a se le p r e s e n t ó en s u c a b a n a el m a n d a d e r o d e R o n c e s -v a l l e s , y le di jo: «Garchot , los señores canónigos «desean o í r te cantar .» «Pues y o n o qu ie ro q u e los señores canónigos m e oigan.» «Hombre , p iénsa lo b i e n ; los señores p u e d e n m u c h o y son m u y ricos: •de b u e n árbol , buenp sombra.» «De b u e n á rbo l—re ­plicó Ga rcho t—, buenos t izones p a r a m i puchero.» «Sé c a u t o , Garcho t ; ¿qué les con te s t a r é d e t u p a r t e A los señores canónigos?» «Que m e chanfutro en -ellos...» «¿Y n a d a más?» «Esto, si t e lo aprendes .» Y G a r c h o t improv i só u n a canción de b u r l a s c o n t r a e l señor p r io r y los o t ros . Les decía—¡Dios se lo p e r d o n e ! — q u e sab ían : l a t ín , poco; cazar , m u c h o ;

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11 l lenarse l a t r ipa , dormirse en ma i t ines y elegir una-y as jóvenes y he rmosas q u e les apa re j a sen las cel­d a s . E l d e m a n d a d e r o se re t i ró , r a b o e n t r e p ie rnas , cua l car l ín de l an t e de m a s t í n , o l engua de lobo q u e t o p a ca r lancas , y Garcho t se quedó r e v e n t a n d o d e r isa y m u y con t en to p o r q u e se h a b í a v e n g a d o d e los señores canónigos , que le p r end ie ron las ovejas c u a n d o u n a vez las m e t i ó en los pa s to s de Chan-goa. Quien i n su l t a a la S a n t a Iglesia , p r o n t o rec ibe el cas t igo de la m a l d a d . A n t e s de q u e t res noches se hub iesen t r a g a d o a t res días , los g e n d a r m e s p u ­s ieron preso a G a r c h o t y le l l evaron al p r io r . E s t e le excomulgó y condenó a p e r m a n e c e r ence r r ado e n l a t o r r e d e E l k o r r e t a , con u n p a n de l ibra y u n a p i n t a de a g u a , h a s t a q u e se m u r i e s e d e h a m b r e y d e sed. Garcho t , a s o m a d o a la v e n t a n a de su cár­cel , sol ía e s t a r l lo rando , y las p a l o m a s de l val le ve ­n í a n a da r l e a c o m p a ñ a m i e n t o . P e r o t a m b i é n sol ían decir le m i e n t r a s r evo laban : «Garchot: fuiste insen­s a t o ; t e mofas te de los señores canónigos , a quie­nes d e b e m o s r e spe to y veneración.» Y G a r c h o t , ag radec ido , les a r r o j a b a migas de p a n . Y c u a n d o se le a c a b a r o n las p rov is iones , y sus t r i p a s , r ech inan ­d o , se le cor r í an l lenas de a i re , y él d a b a voces l as ­t i m e r a s , g r i t a n d o : «¡Ay d e m í , a y d e mí!», a c u d í a n de l m o n t e las p a l o m a s , l l evándole en el pico «gu-sandos» d e l a t i e r ra , f ru tas d e los á rbo les y b u c h e s d e a g u a fresca. P a s a b a el t i e m p o , p a s a b a , p a s a b a ; p a s a b a n los d ías , las s e m a n a s , los m e s e s , los a ñ o s , y G a r c h o t s in mor i r se . Subió el a lca lde d e Sara -s a i t z u con los regidores del val le , e h izo inquis ic ión

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12 de l caso y envió lo neg ro a los señores canónigos-Maravi l lá ronse el señor p r io r y los o t ros , y m o v i d o s a l á s t ima , p e r d o n a r o n a Garcho t . E n m e m o r i a d e t o d o , dec imos los de I t z a l t z u , cuando suben las n ie ­b las h o n d a s a l Abodi : «Ahí v a n las p a l o m a s de l val le a d a r de comer a Garcho t , h a m b r i e n t o e n E l -korre ta .» Y ellos v iv ie ron b ien y y o t a m b i é n .

Taqu ig rá f i camen te fui y o t o m a n d o n o t a s del r e ­l a t o . Me embelesaba el r e l a to m i s m o , los anac ron i s ­m o s q u e le s a l p i m e n t a b a n , l a mezc la d e lo p o é t i c o y lo vu lgar , la p a s t a de casos an t iguos y v o c a b l o s n u e v o s , la voz l ímpida d e A n d r e s a , el fuego de sus ojos, la g r a v e d a d de su ros t ro , la s u a v e s ingula r i ­d a d de su dia lecto inexp lo rado .

L a v e r d a d es q u e p e n d í a m o s los oyen te s d e l o s labios de la n a r r a d o r a ; desde el p a d r e , q u e se d e s ­dijo p r e s t a n d o a tenc ión , venc ido a u n q u e n o con ­venc ido , h a s t a la r o b u s t a Muzki lda , p a r a d a en l a p u e r t a con la ca lde ra vac ía .

D i m o s el p a r a b i é n a Andresa , y y o , d e a ñ a d i d u ­ra , u n a p r e t ó n de m a n o s fervoroso.

—¡Condede chicuela!—exclamó Grabiel—. R a z ó n m e asiste en quere r que es tud ie p a r a m a e s t r a . ¡Vaya u n a memor ia ! R e p i t e el cuen to con las m i s m a s e x ­pres iones q u e m i d i fun ta m a d r e . Ot ros le c u e n t a n de d i s t in to m o d o ; pe ro ésa es la ve rdad . . . , d igo , la v e r d a d d e la m e n t i r a . Mi m a d r e , e n m a t e r i a d e h is tor ias v ie jas , a t odos los p o n í a deba jo d e s u s aba rcas .

«¿Hay vers ión d i fe ren te?—pensé—. P u e s ¡a b u s ­carla!» Me hice r epe t i r el cuen to p o r los q u e se a v i -

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(1) Poeta, trovador.

nie ron a r epe t í rme lo . E l r e la to de A n d r e s a e r a el m á s p u n t u a l i z a d o y coheren te . S u b s t a n c i a l m e n t e c o n f o r m a b a n todos ; pe ro el r e l a to de u n a vie jec i ta , cas i cen tenar ia , merece especial menc ión . Según e s t a v a r i a n t e , G a r c h o t fué de speñado desde las rocas d e E l k o r r e t a po r «una m u y m a l a m u e r t e que hizo». ¿Quién fué el m u e r t o ? L a v ie ja n o lo sabía . E s o su­cedió , n a t u r a l m e n t e , después de los insu l tos de G a r c h o t a los canónigos , y ú n i c a m e n t e p o d í a co­nex ionarse con el a s u n t o p r inc ipa l , r e p u t á n d o l e p o r p r u e b a de la índole av iesa del koblari (1), q u e le a r r a s t r ó a u n c r imen cuyo cast igo fué, a la vez , v in­d icac ión ind i r ec t a del grosero desaca to . Mas el poé­t i c o episodio de las p a l o m a s n o enca jaba d e n t r o d e l suplicio d i ferente de Garcho t , y h u b i e r o n de des­f igurar le a b s u r d a m e n t e , supon iendo q u e las pa lo ­m a s i b a n a p ico tea r el cuerpo insepul to ; p o r q u e la «mala muer te» fué t a n execrable , q u e t r a s t o r n ó las c o s t u m b r e s d e los seres. Y o p a r é en tonces poco la a t e n c i ó n en l a v a r i a n t e ; pe ro sí observó q u e p o r min i s t e r io de é s t a q u e d a b a n l impios los canónigos d e cua lqu ie ra responsab i l idad , d i r ec t a o ind i rec ta , e n los t o r m e n t o s d e Garcho t . Con ello se for talecía m i i n t e rp re t ac ión provisional d e l a l eyenda , l evan­t a d a sobre las s iguientes h ipótes is : g raves diferen­c ias e n t r e el va l le d e Sa ra sa i t zu y el monas t e r io de Boncesva l les sobre pa s to s ; u n a pe r sona l l a m a d a G a r c h o t m a n t i e n e br iosa l a causa de sus pa i sanos , y a t r a e sobre sí las i ras de los canónigos; c rean los

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14 de l val le u n a l eyenda cuyo persona je cen t r a l es Garcho t , a qu ien a d o r n a n con las p r e n d a s q u e sue­len a c u m u l a r s e en los héroes l i terar ios . L a l e y e n d a , c o m p l e t a m e n t e desfavorable al m o n a s t e r i o en u n pr inc ip io , po r la inf luencia d e la pode rosa colegia ta y de s u cl ientela, fué a l t e rándose p a u l a t i n a m e n t e con la in te rpo lac ión d e especies apologét icas d e los canónigos y den ig ra t ivas de Garcho t , t i z n a d o , p o r fin, con l a n o t a v a g a , y p o r t a n t o m u y impres io ­n a n t e , de pés imo malhechor . E l m i s m o r e l a t o d e A n d r e s a se compone de t rozos de a n t i g ü e d a d des ­igual : la s á t i r a de los canónigos es p a r t e de la ve r ­s ión m á s an t igua ; c a m p e a el desenfado d e la E d a d Media , hue le a los t i empos de l Arc ipres te de H i t a , p a s a la s o m b r a de «trotaconventos». L a mora le j a «Quien in su l t a a la S a n t a Iglesia , p r o n t o rec ibe el cas t igo de la maldad» , y o t r a s frases aná logas , p r o ­v i enen de siglos m á s pos te r iores y devo tos .

Con estos a p u n t e s y el r ecuerdo de m i v i s i t a a la g a r g a n t a asper í s ima d e E l k o r r e t a — q u e h o y l leva o t ro n o m b r e — , d o n d e se descubren sobre las acan ­t i l adas peñas , ab i e r t a s p o r mi l oquedades , c lar ines de l v i e n t o , res tos d e u n t o r r eón med ieva l , m e volv í a P a m p l o n a . Los a p u n t e s d u r m i e r o n en mis car­p e t a s de d o c u m e n t o s his tór icos y l ingüís t icos , y el r ecuerdo se bor ró como t a n t o s o t ros . D i g a lo q u e qu ie ra el p o e t a , la v i d a es o lv idar .

* * *

Tres o c u a t r o años después i n a u g u r ó s e el pa l a ­cio del Arch ivo de N a b a r r a , y t r a s l a d a r o n a él los

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15 d o c u m e n t o s . E l celoso a rch ivero ap rovechó l a oca­sión y revisó c u i d a d o s a m e n t e la sección d e p a p e l e s q u e u n predecesor suyo b e n e m é r i t o calificó, n o sin a l g u n a t e m e r i d a d , d e «inútiles». E l concep to d e i n ­u t i l i dad d i m a n a del juicio pe r sona l , y és te , d e los conocimientos y aficiones pa r t i cu la res . Según p o d í a sospecharse o priori, los pape les «inútiles» n o lo e r a n t odos . E n t r e ellos sal ieron f ragmentos de cuen ­t a s m u y an te r io res a las q u e f o r m a n el p r i m e r v o ­l u m e n (año 1265) de la r iqu í s ima serie de Libros de Comptos.

Avisóme del ha l lazgo m i b u e n amigo el a r c h i v e ­ro , p o r si m e conven ía acrecer el y a a b u l t a d o d e p ó ­si to de mis n o t a s y e x t r a c t o s d e dichos l ibros. E x a r minó dichos f ragmentos , y en u n b o r r a d o r m u y roído p o r la h u m e d a d hal lé c u e n t a s escr i tas e n l a ­t í n , s in fecha, pe ro pe r t enec ien tes a los p r i m e r o s lus t ros del siglo x n , r end ida s po r Miguel G a v a r d a , «amirat» d e R o n c a l y Sarasaz . E n u n a d e las cuen ­t a s leí, n o sin conmoción del á n i m o , las c a n t i d a d e s q u e se g a s t a r o n c o n s t r u y e n d o en el m o n t e d é I t z a l ­t z u u n a t o r r e «donde fué e m p a r e d a d o debajo d e l a m p a r o de las l imosnas publ icas . . . o t po r su eno r ­m e delito», después q u e el r e y le p e r d o n ó la vida*

L a t r ad ic ión q u e m e h a b í a referido A n d r e s a B e -r r a d e , y q u e la c u e n t a evocaba r e p e n t i n a m e n t e , t e ­n ía , po r t a n t o , su f u n d a m e n t o his tór ico . Medí el hueco ; r eprodu je las l e t ras : «ot», n o cab ía d u d a : e r a l a t e rminac ión del n o m b r e d e p i la de G a r c h o t , c r imina l o héroe , o a m b a s cosas a la vez , d e u n a en igmá t i ca h is tor ia . Garcho t , a u t o r de «delito eno r -

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16 me», condenado a l suplicio del e m p a r e d a m i e n t o , y •en cier to m o d o a mor i r se de h a m b r e , p o r q u e e l m o n t e , o me jo r dicho la g a r g a n t a d e B l k o r r e t a , no •era si t io pasa je ro , n i la sub ida desde I t z a l t z u allí fác i l y b reve ; i n d u l t a d o , n o o b s t a n t e la e n o r m i d a d <del de l i to , po r el r ey : el i n d u l t o n o e r a a ú n s inón imo •cauteloso de i m p u n i d a d . G a r c h o t l l enaba u n r in -•concito de la m e m o r i a de sus pa i sanos , después de •ocho siglos, c i r c u n d a d a d e c ie r ta au reo la d e m e r e ­c i m i e n t o s , causa de p o p u l a r i d a d . Luego el «enorme del i to» n o les parec ió t a n t o n i a los sa lacencos ni a l r e y , o t u v i e r o n c u e n t a con mér i t o s d e a n t e s y d is ­m i n u y e r o n la injust ic ia abso lu t a de t a n af rentosa « e n s u r a .

E s p o l e a d a m i cur ios idad, m e t í m e de n u e v o p o r l a s r e v u e l t a s encruc i jadas de las suposic iones y de l r e b u s c o d e not ic ias e n t r e todos los pape les viejos d e l va l le . V a n a labor . P e r o a n t e s de b a j a r a I r u ñ a m e t r a s l adé a la colegia ta d e Roncesva l les , p o r ex­p l o r a r s u a r c h i v o , poco espe ranzado de q u e a s u n t o d e t a n p o c a m o n t a , p r o b a b l e m e n t e sin re lac ión con l a s cosas monas te r ia les , hubiese ab ie r to huel las .

Me equ ivoqué : el c a m p o r e p u t a d o es tér i l r ind ió l i be ra l cosecha. P r e n d i d o s e n te las d e a r a ñ a , y cu­b i e r t o s d e negro po lvo p i c a n t e , hal ló dos d o c u m e n ­t o s d e s u m o in te rés :

a) L a escr i tu ra de la posesión q u e los monjes d e Conques t o m a r o n de la iglesia y l imosner ía de R o n z a s v a l s , ho rno , mol ino y dos «cubillos d e vacas», •en n o m b r e de Dios y de la gloriosa V i rgen S a n t a Fe, en v i r t u d de la donac ión a ellos hecha p o r

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17 S a n c h o , conde d e E r r o , c u y a esc r i tu ra se inse r t a , po r copia, a la cabeza del i n s t r u m e n t o . Erftre las suscripciones se lee el n o m b r e del mon je Turoldo. F e c h a 8 d e d ic iembre d e l a E n c a r n a c i ó n de l Se­ñor , 1108. E s u n p e r g a m i n o de 31 X 20 cen t íme­t ros , escri to en l a t ín y c a r a c t e r e s gót icos .

6) U n l ibro d e pe rgamino , original , de 25 X 28 cen t íme t ros , escri to e n l e t r a f rancesa minúscu la . F a l t a n las p r i m e r a s y las ú l t imas ho jas . E n el m a r ­gen d e la p r i m e r a h o j a ú t i l se v e escr i ta la fecha de l a ñ o de l Señor 1130; de l e t r a b a s t a n t e m á s m o ­de rna , pe ro sin d u d a expresa la v e r d a d , p o r q u e n a d a desdice de ella el a spec to ex ter ior n i la m a t e ­r ia i n t e r n a del m a n u s c r i t o , q u e cont iene t resc ientos ve in t i s ie te versos l a t inos yámbicos , en los q u e la imi tac ión de la a n t i g ü e d a d lucha p e n o s a m e n t e con­t r a l a imper ic ia del vers i f icador . E l p o e m a es u n panegír ico d e las me jo ra s q u e los monjes d e Con­ques l l evaron al cabo después d e su en t ron izac ión e n Ronzasva l s . A h i n c a d a m e n t e p o n d e r a el solaz con q u e los monjes a g a s a j a b a n a los peregr inos de San t i ago , po r med io de jug la res q u e les c a n t a s e n , en i d ioma de ellos en t end ido , la canc ión d o n d e se refieren las p roezas del e m p e r a d o r Car lomagno e n E s p a ñ a , así como l a m u e r t e , s in cesar l lo rada , de l í ue r t e .Rollanz y sus P a r e s , c o m p u e s t a po r el m o n ­je Turo ldo , v a r ó n de N o r m a n d í a , y l a f i rmeza des­p l e g a d a c o n t r a la viciosa obs t inac ión d e o t ros ju ­glares d e l engua b á r b a r a , y s ingu la rmen te c o n t r a la d e u n o de ellos, pervers í s imo, q u e h a s t a en su pro­p i a ca rne , p o r des lus t r a r la canc ión d e T u r o l d o ,

NARRACIONES BASKAS. 2

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1S

puso m a n o homic ida .—Versos 272-285.—La pr ime­r a p a r t e del p o e m a e s t á consagrada a t ranscr ib i r en verso a lgunos de los mi lagros que nos d a a leer el Liber de Miraculis Sanctce Fides—compuesto a pr incipios del siglo X I — , y la segunda , a e n u m e r a r u n o po r u n o , con delectación de hos te le ro , el regalo y b u e n t r a t o de la hospeder ía .—Versos 285-327.— M u c h a d e la subs t anc i a de estos versos , y a u n l i te­r a l m e n t e b a s t a n t e s frases de ellos, t u v i e r o n acogida e n o t ro segundo p o e m a la t ino q u e el P a d r e F i t a — a ñ o 1 8 8 4 — y el a b a t e Mr. D u b a r a t — a ñ o 1887— pub l i ca ron suces ivamente .

D e j a d a s a p a r t e las no t ic ias d e in te rés genera l con­t e n i d a s en mis hal lazgos de los a rch ivos d e P a m ­p l o n a y Roncesva l les , a b s o l u t a m e n t e inéd i tas , pues ­t o que esos d o c u m e n t o s nad ie los h a v i s t o , m e apl i­q u é a e x t r a c t a r las q u e se r e l ac ionaban o p o d í a n re lac ionarse con el caso d e G a r c h o t d e I t z a l t z u , b l anco o t r a vez p r o p u e s t o a m i a t enc ión . E l r e l a to de Andresa , y su v a r i a n t e , las n o t a s d o c u m e n t a l e s , de p u r o examinar los , compara r los , confrontar los y sut i l izar los , i b a n de j ando poco a poco d e ser m i m o n t o n c i t o d e not ic ias sue l tas . L a imag inac ión r e ­cons t ruc t iva , hos t i gada p o r el mis t e r io , r e l l enaba poco a poco los huecos , i l u m i n a b a las t in i eb las y enr iquec ía l a a v a r i e n t a pa r s imon ia d e los t e x t o s , desci f raba el en igma de las a lusiones. . . E n la vigi­lia d e c ier ta noche que h a b í a m e d i t a d o sin t a s a so­bre m i información, se m e apareció i m p e n s a d a m e n ­t e en el p e n s a m i e n t o l a h i s to r ia c o m p l e t a de las d e s v e n t u r a s d e Garcho t , se l lada con l a ce r t i dum-

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19 b r e , avasa l l adora d e m i r azón , de que la h is tor ia descub ie r t a e ra ve r íd ica en t o d a s sus p a r t e s .

R e c í b a n l a p o r t a l los lec tores , como y o la recibí .

I

—¡Válgame Dios!—exclamó el a b a d Begon , le­v a n t a n d o con m a n o f i rme a su m u í a , a r rod i l l ada sobre l a n ieve—. Se h a c e imposib le prosegui r la r u t a a cabal lo. . . Y acaba r l a a p ie t a m p o c o se rá t a ­r e a fácil. Aqu í v a m o s a perecer , ahogados p o r las ins id ias d e es tos Alpes t r a idores . ¡Hola!, quiero e c h a r p ie a t i e r ra .

U n o de los t r e s monjes , q u e a d i s t anc ia de respe­t o c a b a l g a b a n z a g u e r a m e n t e sobré sendas m u í a s , acud ió a la voz i m p e r a t i v a de l a b a d y t u v o s u es­t r i bo d e l a m a n o . E r a joven , d e e s t a t u r a descol lada, ro s t ro ab i e r to y v ivos ojos azules . Los o t ros m o n ­jes y los cua t ro mesnade ros q u e d a b a n escol ta a los eclesiásticos i m i t a r o n al a b a d .

U n r e l ámpago cá rdeno resquebra jó las n u b e s p lo­m i z a s q u e por la p a r t e del s ep ten t r ión se ennegre­c ían cua l i r acundo sobrecejo. E l t r u e n o se despeñó sobre los m o n t e s sonoros , y se espesaron los to rbe ­llinos de n ieve , c u y a b l a n c u r a se oponía a la lobre­guez del espacio. E l r iachuelo corr ía negro en t r e las márgenes b lancas , d a n d o mug idos de t o r r e n t e . Los a l tos m o n t e s e s t r echaban a u n m á s el desfila­de ro con los pesados pl iegues de su b lanqu í s imo m a n t o . Los copos, mar iposean te s , se m e t í a n por. las

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<1) Palo, bastón.

orejas y po r la boca , po r las a b e r t u r a s d e los cue­llos y m a n g a s ; m a r e a b a n la v i s t a con s u revolo teo; t e ñ í a n de b lanco los p a ñ o s d e los h á b i t o s , los pe ­llejos d e los capo tes , el acero de las a r m a d u r a s , el pelaje de las cabal ler ías , su huel la fangosa en la v e r e d a y el a l ien to m i s m o de los c a m i n a n t e s .

E l a b a d se acercó a u n o d e los mon jes , q u e p a ­recía anc iano y l l evaba ca ída la c a p u c h a sobre la cara . L e dijo, no sin respe to :

— P u e s t o que hablá i s el id ioma rús t ico , p r e g u n ­t a d , si os p lace , a l gu ía c u á n t o d e camino nos q u e d a . Si nos sa l t ea l a noche en es te y e r m o , a u g u r o q u e la ven t i sca nos p o n d r á la m o r t a j a .

E l guía , inmóvi l , p u e s t a s las m a n o s sobre el ma­icillo. (1), h u n d i d o h a s t a cerca d e la m i t a d en la n ie ­v e , a g u a r d a b a la o rden de m a r c h a . Ves t í a m o n t e r a y d a l m á t i c a de pellejo d e ca rnero , t ú n i c a d e p a ñ o negro que no- le b a j a b a de la rodi l la , y a b a r c a s d e cuero c rudo . Las p ie rnas y los pies , descubier tos , n o d a b a n señales d e sen t i r el frío de la n ieve . Col­gába le del pescuezo u n cuerno , a m o d o d e c a r c a j , l leno d e d a r d o s .

E l mon je de la c a p u c h a cor r ida le h a b l ó e n ba s -kuenze .

— C o n t é s t a m e , guía: de a q u í a l a l t o , ¿ cuán to t i empo neces i tamos? ¿Cómo t e l lamas?

—¡Ah! ¿Seis euskald ta i?—repl icó , so rp rend ido y ca r iñoso—. Me l l amo Garcho t de I t z a l t z u ; de jamos d e t r á s n u e s t r a s los dos tercios del p u e r t o . F a l t a lo

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21 m á s escabroso , lo m á s p ino , los pa ra j e s predi lec tos d e l a s ven t i scas r ab iosas . Y o , en u n a h o r a m e p l a n ­t a r í a allá. . . ; pe ro voso t ros , a p ie , neces i taré is dos lo m e n o s . E n los a l rededores de la noche h a b r á pe ­l igro; lo a d v i e r t o .

—-Márchate solo, Ga rcho t ; n o le cor ras con nos ­o t ros .

—Señor—rep l i có el guía , enfoscando el ges to y l a m i r a d a — , d u r a n t e c u a r e n t a años de este m i ofi­cio h e corr ido m a y o r e s t o r m e n t a s . Y o soy leal , y m u e r o , si el caso lo p ide , con qu ien m e d a el m e n ­d r u g o . D e h a b e r de m i r a r sólo p o r m i p e r s o n a m e hub iese m e t i d o fraile.

E l mon je se es t remeció d e cólera, pe ro la refre­nó en seguida . «Haced b ien a villanos.. .», mascul ló e n t r e d ien tes . E n t o n o h u m i l d e añad ió :

— N o lo eches a m a l a p a r t e , ¡hombre!, n i acocees a qu ien b u e n a in t enc ión t e m u e s t r a .

E l mon je se acercó al a b a d y le t r a d u j o el diálo­go. E l a b a d vio a c red i t ado su t emor . Tend ió la v is ­t a po r las m o n t a ñ a s a d u s t a s , que pa rec í an g igan tes amenazado re s , y f laqueó u n m o m e n t o su corazón. «¡Cómo h a de ser!», pensó . Mas le confor ta ron pen­samien tos del Cielo, y dijo con voz e n t e r a m e n t e f i rme:

— U n a v e m a r i a a n u e s t r a gloriosa Virgen S a n t a F e d e Conques , p a r a q u e nos a m p a r e .

R e z a r o n t o d o s y echa ron a anda r . Cada vez e r a la n i eve m á s b l a n c a y el a ire m á s negro . E l a i re glacial se e n c a ñ a b a p o r el ba r r anco y m a u l l a b a como u n g a t o enfurecido. L a fragosidad del suelo,

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•22 deba jo de la b l ancu ra un i forme ocul ta , p r e n d í a en diversos cepos los pasos de los c a m i n a n t e s , cuyo a n d a r se pa rec ía al de los cojos y bo r rachos : ra íces de árboles , rocas sa l ientes , b l a n d u r a s p a n t a n o s a s , cues tas que suben , cues tas que ba j an . Los monjes •rezaban; los mesnade ros maldec ían : u n o r e sba l aba , o t ro se h u n d í a , u n tercero caía de b ruces o de es­pa ldas ; t odos s u d a b a n a chor ren , no o b s t a n t e el frío y la m o j a d u r a de la ropa . Garcho t , cuando ga­n a b a d e m a s i a d a de l an te ra , después de p l a n t a r s e sobre sus a m o r a t a d a s p i e rnas ab i e r t a s , t e n d í a la p u n t a del maicillo, a los viajeros m á s a t a scados . Ser­vía le de pe renne señal ind icadora la c in t a obscura del Luza ide , q u e corr ía y a fuera d e m a d r e , y p o r ella r econs t i tu ía m e n t a l m e n t e la l ínea del camino . P e r o sonó la h o r a en q u e se hizo imposib le m i r a r y ver . R o m p i ó sus cerrojos el v e n d a v a l y l e v a n t ó n u b e s de n ieve , a la vez que ca ían del cielo remol i ­nos de pequeños , du ros y rap id ís imos copos; los c a m i n a n t e s c e r r a b a n labios y p á r p a d o s ; se l l evaban ,las m a n o s a las cabezas , po r m a n t e n e r en su si t io las c a p u c h a s y caperuzas , y a los cos tados del cuer­p o , po r de t ene r el vuelo de las r e s t a l l an tes ve s t i du ­ra s . P r e s t o h u b i e r o n de emplea r las m a n o s en la defensa de los cuerpos , as iéndose con ellas a d o n d e pod ían , p o r q u e el v e n d a v a l los t i r a b a al suelo y a r r a s t r a b a m o n t e aba jo . Garcho t abr ió el z u r r ó n , colgante de la espa lda , y sacó u n a c o r n a m u s a en la cua l en tonó u n a sonada , de n o t a s t a n v ivas cuan ­t o agudas . A m a i n ó el v e n d a v a l , y fueron congre­gándose los dispersos viajeros, b lancos de n ieve y

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23 san t iguándose a ú n , a t r a ídos p o r la mús ica . Los mulos y los cabal los , a u n q u e n a d i e as ía de sus ron­zales y b r idas , medrosos , seguían dóc i lmen te a los j ine tes de smon tados . A n d u v i e r o n u n t recho d e ca­m i n o , y d e l a n t e oyeron m e n u d o t r o t a r d e a l imañas , j adeos d e respi rac ión, sordos la t idos : u n o s bu l tos d e color indefinible v e n í a n b r incando sobre la nie­v e , fuera d e camino ; sus ojos fosforescían.

—¡Lobos , lobos!—gr i ta ron va r i a s voces t e m b l o ­rosas . ,

Los m e s n a d e r o s se a p r e s u r a r o n a m o n t a r y em­p u ñ a r las l anzas .

—¡Ténganse , p o r Dios!—gri tó Garcho t , r iéndo­se—. Son los m a s t i n e s d e Etzandegi (1). ¡Aquí, Artzachapar! ¡Aquí, Ochaburu! ¡Soy y o , Aéheri-sats/ (2). ¿No m e conocéis, t on tos?

Los t r e s enormes m a s t i n e s comenza ron a d a r v u e l t a s en t o r n o d e Garcho t , l a d r a n d o , b r i ncando , echándo le las p a t a s a los h o m b r o s y lamiéndole la c a r a .

— ¡ B r u t o s ! Me t i rá is a l suelo, m e m a n c h á i s d o n d e n o l legó el b a r r o .

E l m á s g r a n d e , Artzachapar, concluyó p o r echar ­se a los pies del guía . Le m i r a b a f i j amente , golpea­b a el suelo con el r a b o , y se r e s t r e g a b a la cabezo ta c o n t r a las d e s n u d a s rodi l las de él. A g r a n d is tanc ia , como e n t r e l a s n u b e s , s o n a b a n p a u s a d o s t añ idos .

(1) Etzandegia, Itandífifia—dormitorio, sitio de acostarse—. Nombre de una casa en Roncesvalles.

(2 ) Artzachapar, garra de oso—contraído de artz, oso, más atzapar, garra—. Ochaburu, cabeza de lobo. Aeherisats, rabo, cola de raposo.

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(1) Nombre basko de Boncesvalles.

— L a s c a m p a n a s de San Sa lvador de I b a ñ e t a —di jo Garcho t—. A n i m o : qu ien e s c ú c h a l a voz del S a l v a d o r n o pe rece rá e n lo e t e r n o .

— N i a u n e n lo t e m p o r a l a h o r a , p r e s u m o y o — con te s tó el a b a d s a c u d i e n d o t emores .

D e s p u é s d e t res cua r to s d e h o r a , p reced idos d e los m a s t i n e s y d e Garcho t , l l egaron a la l imosne-r í a d e I t z a n d e g i , s i t a e n el l lano d e Orreaga (1), sus­p i r a n d o p o r fuego, cena y c a m a los via jeros; p e r o n o todos , p o r q u e el mon je sab idor del ba skuenze , a l p a s a r de l an t e de S a n Sa lvador d e I b a ñ e t a , se a p a r t ó de l g r u p o y se llegó a l a e r m i t a , c u y a p u e r t a le ab r i e ron a p e n a s h u b o d a d o sobre la ho j a a lgunos golpes q u e pa r ec í an d e con t r a seña .

I I

E l q u e ab r ió e r a u n e r m i t a ñ o d e cuerpo e n j u t o , como ra íz m u e r t a de á rbo l , y d e l uengas b a r b a s b lancas . Se incl inó r e s p e t u o s a m e n t e de l an t e de l mon je , y a u n a p r e g u n t a de és te siguió el diálogo a m e d i a voz:

— ¿ C u á n d o v in ie ron los señores? — H a dos meses , poco m á s o m e n o s . — ¿ D e dónde? — D e Casti l la . — ¿ E n t r a r o n en I r u ñ a ? — N o . Según c o s t u m b r e de ellos, n o p i sa ron p o ­

b lado . A t r a v e s a r o n el E b r o en Tudela . . .

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25 —¿Así cu l t ivan la a m i s t a d de los moros? — S i e m p r e . Di je q u e a t r a v e s a r o n el E b r o en T u -

dela ; luego se m e t i e r o n po r las B a r d e n a s y y e r m o s . — ¿ R e z a n m u c h o ? •—El señor m á s q u e la señora . — ¿ H a b l a n con m u c h a gente? — C o n el c lavero d e su cast i l lo de Y a r n o z y los

v i l lanos q u e a c a r r e a n las p e c h a s d e t r igo y ordio . — ¿ N o los r e p u t a n po r seguros en los a lgorios d e

Y a r n o z ? — S i n d u d a . — R e p a r t i r á n m u c h a s l imosnas p o r v u e s t r a m a n o ,

a l i m e n t a r á n a mi l p o b r e s e n la hospeder ía . . . — N o nos p e r m i t e n toca r n i u n cahíz s iqu ie ra ;

nos p i d e n c u e n t a de l ú l t i m o g r a n o . T o d a s las cose­chas se las v e n d e n a u n j ud ío d e A b l i t a s , y és te se las r e v e n d e a los sa r racenos d e Tude la . Cada a ñ o c o b r a n l a cosecha de l an te r io r , y se l levan de aqu í b u e n a s l ib ras d e sanche tes .

— ¿ H a y m u c h o s romeros en la hospeder ía? — P o c o s ; gen t e m e z q u i n a casi t o d a . L a hospede ­

r ía de Orreaga a lbe rga a m á s , y de ellos, m u c h o s t i enen con q u é pa sa r l o .

— D i o s es m á s afecto a los pobres . —Sí ; pe ro las r e n t a s de I b a ñ e t a d i sminuyen , y se

a g o t a r á n c a b a l m e n t e c u a n d o la m u l t i t u d d e pe re ­grinos a u m e n t a c a d a a ñ o .

— Y prosegu i rá a u m e n t a n d o . L a devoc ión al Señor San t i ago cunde por t o d o el orbe catól ico. E s t a e r m i t a del Sa lvador se rá el tes t igo de la a n t i ­g ü e d a d venerab le ; pe ro los t emplos y las hospede-

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (28)

26 r ías , fomen tados por las copiosas m u c h e d u m b r e s , a b r i r á n sus c imientos en la l l anura . ¿ H a y gen te fo­r a s t e r a en la e rmi ta le r ía?

—Sólo los de casa, m á s los señores . — ¿ D ó n d e e s t á n ellos aho ra? — E n nues t ro refectorio. Se ca l ien tan al fuego

m i e n t r a s v iene la h o r a d e la cena . — V o y allá. Cuidad de que nad ie en t r e h a s t a q u e

y o sa lga . E l monje , a t i e n t a pa redes , recorr ió al angos to

pasi l lo , en cuyo e x t r e m o , p o r las r end i j as de la p u e r t a , sa l ían resp landores de luz y l l amas . Se cu­br ió el ro s t ro c u a n t o p u d o con la c apucha , y e n t r ó e n el refector io: p ieza m e d i a n a , de m u y a l tos t e ­chos , p a r e d e s de p i ed ra sin l ab ra r , p a v i m e n t o y t e ­c h u m b r e de losas , r ecub ie r to de p a j a aqué l , y és te r e squebra j ado a t r echos , de p ropós i to p a r a q u e su­biese el h u m o d e las foga tas q u e encend ían j u n t o a la p a r e d t e s t e r a , sobre u n hogar de p i ed ras cha­t a s , a m o j o n a d o p o r mori l los descomunales de h ie­r ro , capaces de sos tener los t roncos m á s recios d e los bosques . A l a de recha de l a hogue ra , u n escaño d e roble , profusa a u n q u e con poco a r t e t a l l ado , ser­v í a d e as ien to a u n h o m b r e y a u n a muje r , algo m á s j o v e n ella, p e r o d e u n o s c u a r e n t a y cinco años d e e d a d , g raves y a l t ivos , q u e ves t í an , r e spec t ivamen­t e , c a p a y m a n t o d e p a ñ o r u a n é s , for rados d e p ie­les preciosas .

E l mon je , a l e n t r a r , t a r t a j e ó a m e d i a voz u n a es­pecie de sa ludo; m a s nad i e hubiese pod ido dec la ra r e l sonido de aqué l la n i el i d ioma de las p a l a b r a s .

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (29)

•27

E l h o m b r e con tes tó , l e v a n t á n d o s e a m e d i a s de l as ien to , e hizo menc ión de ceder p a r t e del escaño al rec iénvenido . E s t e comenzó a d a r v u e l t a s a l re­dedor de la mesa , a lo largo de la es tanc ia , e n t r e bancos de m a d e r a ex t end ida . Cada vez q u e p a s a b a j u n t o al h o m b r e y a la muje r , les c l a v a b a los ojos con fijeza ex t r ao rd ina r i a ; pe ro ellos n o p o d í a n ad­ver t i r lo a causa d e la e a p u c h a . •

E l silencio d e n t r o d e la e s t anc ia semejábase a l d e iglesia o c á m a r a de enfermo: los pasos suaves de l monje , m á s bien que t u r b a r l e , le a b u l t a b a n . F u e r a , los e lementos se revo lv ían t u m u l t u o s o s ; p a ­recía como si g igantescas c a t a p u l t a s ba t i e sen a los m o n t e s : el v e n d a v a l voci feraba todos los a lar idos d e la r ab ia , de la desesperación y del sufr imiento q u e p o d r í a n las g a r g a n t a s h u m a n a s si les p r e s t a se s u fuerza el v e n d a v a l . E l h o m b r e y la m u j e r escu­c h a b a n . D e p r o n t o , u n a especie de l a m e n t o , mez­cla de p a v o r y sorpresa , superó a l es t rép i to .

—¡ Jesús!—di jo ella, es t remeciéndose y s an t iguán ­d o s e — . Los demonios , s in d u d a , a n d a n r evue l tos con el aire; de ve ras an to jóseme que d e s p e ñ a b a n a a lguno .

E l mon je se d e t u v o j u n t o a la muje r , y con acen t o e n q u e se c a s a b a n el v i tupe r io y la p e n a g r i tó d e s t e m p l a d a m e n t e :

—Sí , a t u h e r m a n o D . Sancho . ¿Ese es el g r i to q u e le o ís te en Peña l én?

L e v a n t ó s e del escaño el h o m b r e , t r é m u l o de i ra , la m a n o sobre el p u ñ o de la daga :

—¿Quién osa fa l ta rnos al respeto? Maguer , fue-

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (30)

28 ra is obispo o p a p á , como sois fraile, os h e de c o r t a r la lengua . ¿Quién e res?—pregun tó , de senva inando l a d a g a .

—¡Yo!—repl icó el mon je , echándose a t r á s la ca­p u c h a , q u e descubr ió la c a r a escuál ida y exangüe . P o r su na r i z r e c t a , ojos g randes azules , d ien tes b lan­cos, b a r b a r u b i a en t r ecana , h a b r í a merec ido el d i c t a d o de h e r m o s a a n o descomponer la c ie r ta ex­pres ión a d u s t a y t é t r i ca .

E l h o m b r e y la muje r , abso r tos , prof ir ieron mi l exc lamaciones a t rope l l adas , que i n v o l u n t a r i a m e n t e se r e s p o n d í a n u n a s a o t r a s , t e j i endo u n anheloso diálogo:

— R a m ó n , ¿ tú aqu í? — D e s p u é s de t a n t o s a ñ o s d e escondri jo . ¿Subes

del infierno? — ¿ B a j a s del cielo con ese h á b i t o ? — ¡ R a m ó n , R a m ó n ! ¡Regicida y f ra t r ic ida! — C o m o noso t ros . — ¡ P e o r q u e nosot ros! T ú fuiste el t e n t a d o r . . . — T ú , el co r rup to r d e n u e s t r a s a lmas . — T ú , el pa j a r e ro q u e t i ende la red. . . •—La s o m b r a l e ta l q u e sigue a l cuerpo. . . — ¿ T e acuerdas? S iempre d e t r á s del r ey , acechan­

do la ocasión.. . — T u f ingida cacer ía le l levó a Peña lén . . . — T ú le pus i s t e a l b o r d e d e la p e ñ a t a j ada . . . — T u y a fué la m a n o q u e le dio el e m p u j ó n

m o r t a l . —Gr i tó . . . ¿te acuerdas? Su a l m a se le asomó a la

boca , p id iendo c u e n t a de la i m p r e v i s t a t ra ic ión .

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (31)

2» — G r i t o de pel igro y de confianza bu r l ada . . . — I g u a l a l q u e sonó e s t a noche . . . — Y t ú , aguzador m a l d i t o , le l levas a r p o n e a d o

e n los oídos, como el l ad rón los d i en te s del dogo q u e le su je ta .

E l mon je , pues to s los b razos en cruz sobre el pecho , cabizbajo y h u m i l d e , e n t o r n a n d o los p á r p a ­d o s p a r a a p a g a r las chispas q u e a lgunas de las expres iones s a c a b a n d e sus ojos, pa rec ía resuel to a p e r m a n e c e r silencioso h a s t a q u e el h o m b r e y la mu je r se desenconasen . P e r o como las ú l t i m a s ra­zones le b r i n d a b a n con l a c o y u n t u r a d e expr imi r sxis s en t imien tos p rop ios y e jecu ta r s u designio, n o quiso desaprovechar la . L e v a n t ó los b razos al cielo, con t a n pa t é t i co a d e m á n q u e los ma ld ic ien tes se sobrecogieron .

— E s e dogo t a m b i é n os m u e r d e a voso t ros : ¿quién, s ino voso t ros , t r a jo a la m e m o r i a el gr i to de l des­peñado? Ojalá os m u e r d a a t r o z m e n t e , como a m í , h a s t a a r r anca ros a t i r a s el corazón. . . E s c ú c h a m e t ú , E r m e s e n d a , t ú q u e fuis te in fan te d e es te re ino , q u e h o y , po r n u e s t r a c u l p a c o m ú n , v e ro ída su l ibe r t ad ; e scúchame t ú , F o r t ú n Sánchez d e Y a r n o z : el pe r ­d ó n celeste sólo le a l canzan las a l m a s con t r i t a s . L a v i d a se pasa , la m u e r t e nos sa l t ea , a veces en el si­t io m á s p lacen te ro del camino ; los años a m o n t o n a n s u ceniza sobre v u e s t r a s cabezas . . . T e dejé h e r m o ­sa y joven , E r m e s e n d a ; t e e n c u e n t r o v ie ja y fea. T u e s t a t u r a , Sancho , se e rguía como u n a b e t o del I r a t i ; a h o r a empieza a encorvarse , b u s c a n d o t i e r r a p a r a la fosa.

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (32)

3a E r m e s e n d a , he r ida en su a m o r p rop io de m u j e r ,

le i n t e r r u m p i ó , colérica: — ¡ C u á n t o v a d e asesino de r e y a p red icador cua ­

resmero! T u s sesos se h a n he lado , p o r q u e n o los ca­l i en ta la corona de Sancho V, que pensabas usur ­p a r en las zarzas de Peña l én . L a ambic ión f r u s t r a d a es l a m a e s t r a de pen i tenc ias .

D o n R a m ó n repr imió el enojo q u e le i ba a d i c t a r répl ica de agrav ios , y prosiguió, como si n o hub ie ­se oído, con en tonac ión rauy t r i s t e :

— P e n s a d en la gloria; t e m e d el inf ierno, a d o caminá i s d e pr isa . . . Segu idme en el b ien como m e seguisteis en el m a l . E l orbe católico se p r o n u n c i a , con celo i ncomparab l e , en favor de la peregr inac ión a San t i ago ; el or ien te y el pon i en t e se m u e v e n ; las m u c h e d u m b r e s q u e h a s t a a h o r a h a n p i sado es tos Alpes , c o m p a r a d a s a las q u e h a n d e p isar los , son como u n r iachuelo p i renaico q u e desagua en el m a r . Rec ibámos la s con el decoro y comodidades que p i d e el caso; l e v a n t e m o s iglesias, c o n s t r u y a m o s hospe­der ías , a s i s t amos a los viejos, enfermos y pob re s ; no con án imo de gran jer ia p rop ia , s ino en p r o v e ­cho de las a lmas . Suceda t o d o ello, y m á s , a la glo­r i a d e Dios , del Señor San t i ago , de San Sa lvado r d e I b a ñ e t a , de N u e s t r a Señora d e Orreaga, rec ien te y mi l ag rosamen te aparec ida , y de es te camino rumen n a b a r r o . Sean es tas soledades u n a cosa así como el ins igne pór t i co de Composte la . Cuando h u í del rei­n o a Zaragoza , doné mis b ienes a m i hijo S a n c h o , conde de E r r o . M a ñ a n a és te , p o r i m p o r t u n a c i ó n mía , d o n a r á en p e r p e t u i d a d los s i tos en Orreaga , a

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (33)

31 S a n t a F e de Conques . T o d o lo t enemos conce r t ado e n t r e Sancho , y o , los frailes y P e d r o , obispo d e I r u ñ a , hi jo d e l a a b a d í a coñquesa . I m i t a d m i e jem­plo: d o n a d San Sa lvador d e I b a ñ e t a , los eúbicula-res de peregr inos y los bosques de Aur ia , q u e son t uyos , E r m e s e n d a , a dichos venerab les religiosos. T u m a r i d o , a q u í p re sen t e , conf i rmará la donac ión . Los monjes , con sus oraciones, t e a l canza rán infini­t a s grac ias y d e s a r r u g a r á n el ceño q u e Dios t e pone . T u p i e d a d y munif icencia t o c a r á n el co razón del pueb lo host i l . Los n a b a r r o s , E r m e s e n d a , t e a b o ­r recen . . .

L a in fan te i n t e r rumpió a su h e r m a n o con rab iosa vehemenc ia :

—¡Mientes , mien tes ! ¡El aborrec ido eres t ú , R a ­m ó n el falaz! Los nobles y el pueb lo t e dec la ra ron ind igno de r e ina r y t rans f i r i e ron la co rona ins t iga­d o r a d e t u fratr icidio a las sienes del a r agonés . ¿Quién m e h a l e v a n t a d o esa ca lumnia?

— T ú m i s m a , E rmesenda—rep l i có D . R a m ó n , d e m u d a d o el s emb lan t e , pero no l a voz apac ib l e—. Cuando vienes a N a b a r r a caminas p o r las s e n d a s de los ban idos y malhechores e n c a r t a d o s ; las p o b l a ­ciones t e e s p a n t a n ; recelas q u e las m a n o s se l lenen d e p i ed ras p a r a l ap ida r t e ; l levas el signo de Caín en la f rente . . .

—¡Cont igo a una !—gr i tó E r m e s e n d a fuera de sí . —¡Conmigo a una!—as in t ió m a n s a m e n t e D . R a ­

m ó n — . Sólo puedes sos tener la m i r a d a de los moro s y de los jud íos . Los que e s t án cargados con el peso de u n c r imen como el nues t ro h a n de busca r el re -

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32 poso a l a s o m b r a de los c laus t ros monaca le s . T e hab ló d u r a m e n t e , E r m e s e n d a , p o r q u e deseo q u e de t i m i s m a t e horror ices : el abor rec imien to del peca­d o nos l leva a l camino d e la sa lvación.

—Mas n o con las a las de l m á s su t i l egoísmo. Mi­r a s p o r t u c o n v e n t o , p o r t u s h e r m a n o s d e h á b i t o . N u e s t r a m i s m a donac ión , si la hiciésemos, la a p u n ­t a r í a en p rovecho t u y o la c u e n t a d e sus rezos. P re ­t endes subi r a a b a d .

— T e equivocas , E r m e s e n d a ; y o n o soy mon je d e Conques . H a g o l a v i d a eremít ica en las m o n t a ñ a s de R o u e r g u e ; el a b a d es mi p re lado , m i señor , m i gu í a esp i r i tua l .

D o n R a m ó n se desabrochó la c a p a y m o s t r ó el p o b r e s a y a l q u e ves t ía .

E r m e s e n d a bajó la cabeza: se le h a b í a secado la fuen te d e donde b r o t a r o n sus expres iones rencoro­sas . Sent íase v e n c i d a y so juzgada , n o sin despecho deba jo de dis imulo, p o r soberbia .

Después de la rgu ís ima p a u s a , D . R a m ó n dijo: — Q u e d a d en p a z , h e r m a n o s del a lma . M e d i t a d

mis razones . A u n q u e ind igna , m i voz es la de Dios . Y o os bendigo en el n o m b r e suyo , v e r d a d e r a Tr i ­n i d a d .

D o n R a m ó n salió l e n t a m e n t e de l refectorio. Al a t r a v e s a r la p u e r t a se le figuró q u e a sus oídos lle­g a b a u n sollozo de E r m e s e n d a .

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (35)

I I I

33

Cuando D . R a m ó n y el fámulo q u e le h a b í a a l u m b r a d o con t e a de v i e n t o desde I b a ñ e t a a Orrea-g a abr ie ron la p u e r t a de l a cocina, las m o z a s al-du idesas d e la hospeder ía c o m e n z a b a n a r e p a r t i r a los peregr inos pobres la p i t a n z a . S e n t á b a n s e en a m ­pl ias circunferencias a l rededor de las ollas, d e don­de , con el cazo, s a c a b a n la h u m e a n t e be rza ade re ­z a d a de chungur (1), que e c h a b a n luego a las es­cudi l las . C u a n d o u n a t a n d a comía la rac ión , o t r a o c u p a b a s u p u e s t o , y los y a servidos p r o c u r a b a n a p r o x i m a r s e al h o g a r f l amean te . E n u n ángu lo d e l a cocina, u n a d u e ñ a d e s d e n t a d a y a r r u g a d a , n a r i ­g u d a y b a r b u d a , n i h u r a ñ a n i t a c a ñ a despacha ­b a a m o s t r a d o r ab i e r to , p o r c u e n t a de la hospede­r ía , p a n y v ino .

L a espaciosís ima cocina, med io l lena d e gente , se rv ia de abr igo a u n a m u y a b i g a r r a d a concur ren­cia a l legadiza de pe r sonas , d i ferentes p o r s u edad , es tofa , sexo y e s t ado . Codeábanse los mend igos , q u e de s a n t u a r i o en s a n t u a r i o se sacan la v i d a , con los pobres q u e a la devoc ión v e r d a d e r a a ñ a d e n el m é r i t o d e a v e n t u r a r su r o m e r í a a l a i n c e r t i d u m b r e d e la l imosna . J u n t o a la m a d r e q u e n o a p a r t a los ojos del n iñ i to enfermo, t emiendo q u e se le h a de mor i r an t e s de t o c a r las re l iquias s a n a t i v a s de l Após to l , la m u j e r que , a socapa , pel l izca a la c r i a tu ­r a p a r a q u e llore y m u e v a la compas ión del pró j i -

(1) Hueso de pata de cerdo. NARRACIONES BASKAS. 3

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34:

(1) , Dueña, señora de casa; por extensión, matrona, mujer respetable. A medida que el baslcuenze, en ciertas comarcas na-barras, antes de extinguirse, sólo fué usado por las clases bajas, el vocablo echandra fué adquiriendo una significación peorativa física y moralmente. De dicho vocablo derivó el castellano de Na-barra la voz chandno (desaguisado, estropicio, etc.). La forma li­teraria es echeko-andre, eclie-andre.

m o ; y j u n t o a los infelices sin brazos o p i e rnas , o luz en las pup i l a s , los ciegos, m u d o s , tu l l idos y u l ­cerosos s imuladores . L a tez s u a v e de c ier tas m a n o s desdecíase de la sordidez de la ropa , v e s t i d a p o r p u r a h u m i l d a d ; és tos r ezaban , ésos refer ían las a v e n t u r a s del viaje , o t ros e n u m e r a b a n sus desen­gaños , aquél los descubr ían sus esperanzas .

Los romeros , q u e consigo t r a e n v i a n d a s , las gui­s a n en el v a s t o fogón, a cuyas l l amas la echandra (1) cocinera, en a sador de pa lo , mov ido p o r sus d e d o s , a sa u n cordero de la cuenca i ruñesa . Deba jo d e la descomuna l c a m p a n a de la ch imenea , los p a s t o r e s y guías de l a casa se ca l i en tan las p ie rnas desnu­das y secan las aba rca s , que cuelgan de c lavos, en­t r e las m o r t a j a s p u e s t a s a h u m a r , en espera d e l a m u e r t e . Cua t ro mas t ines t end idos se t u e s t a n la t r i p a , m e n e a n d o las colas y l e v a n t a n d o a r a t o s la a b u l t a d a cabeza a t emor i zadora . E n sus ojos chis­p e a n la alegría y la l ea l t ad , expres ión e s t a ú l t i m a q u e n o o s t e n t a n los ros t ros de todos los romeros , afeados m u c h o s de ellos p o r ges tos de p a j a r r a c o s r apaces . D e las r o p a s h a r a p i e n t a s , ca ladas de n ieve , se l e v a n t a u n v a h o nauseoso que mezcla su azula­d a neb l ina eon el h u m o de la a l e t ean te foga ta y d e las t r é m u l a s t eas .

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35 D o n R a m ó n buscó a sus compañe ros d e v ia je c o a

> l a v i s t a , recorr iendo los g rupos q u e se e spesaban cerca del fuego. P r i m e r a m e n t e e x a m i n ó la mesa semicircular donde cenan los peregr inos de guisa; n o e s t a b a n sen tados e n t r e ellos. Luego , los a l rede­dores de la ch imenea , y allí, j u n t o a los pas to res , los vio q u e a c h i c h a r r a b a n casi los h á b i t o s , pegados a l l amas . Acercóse a ellos; el a b a d se l evan tó del es­c a ñ o p a r a conversa r a m e d i a voz .

— ¿ Q u é m e decís? ¿Cómo se m o s t r ó la señora infante?

— D u r a , e m p e d e r n i d a , soberbia , i r a cunda ; a lo ú l t i m o f laqueó su impeni tenc ia . A lguna porc ión d e m i semil la cayó en t i e r r a fért i l . Mas , p o r ahora , n i el la n i él p r e s t a r o n a sen t imien to al consejo d e la donac ión .

— E l t i empo m a d u r a los t r igos; la conciencia es m u y i m p o r t u n a .

—Sospecho , s in r a z ó n fehaciente , que , si d o n a n , n o d o n a r á n a Conques .

—Ser ía m u y de l a m e n t a r . E s t a s cosas de a q u í se h a n de p o n e r debajo de u n a l lave. Désb rocémonos de compet idores moles tos . L a e r m i t a de I b a ñ e t a es e l es labón d e oro m á s finísimo de t o d a la c a d e n a q u e u n e a l orbe europeo con San t i ago d e Compos-te la . C a t a d que es fundación de Car lomagno , nues­t r o .gran b ienhechor y fundador de Conques .

— ¡ H u m ! ¡Carlomagno! Dicen las m á s a n t i g u a s t rad ic iones q u e los fundadores de I b a ñ e t a fueron los monjes de L e y r e .

— B u e n o ; pero t a m b i é n exis te la o t r a t rad ic ión ,

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3g y en este p u n t o somos l ibres de elegir la q u e n o s pa rece m á s creíble. ¡ Ibañe ta ! ¡Conques! A d m i r a b l e a r m o n í a , es tab lec ida po r la P rov idenc ia , n o sin mis ter ioso designio. Mien t ras venía is h e leído los l e t re ros q u e en las pa redes de es ta es tanc ia escri­b e n los c a m i n a n t e s con la p u n t a de los cuchillos y t rozos d e carbón . T o d a s las lenguas rús t i cas y bá r ­b a r a s de jan oír sus es t r idencias ; pero t a m b i é n res­p l andecen e n t r e ellos i lus t res inscripciones l a t inas . E s t o s si lvestres pa ra jes h a n de ser famosís imos y poderosos en la c r i s t i andad . Cons t ru i remos u n a s u n t u o s a iglesia en h o n o r de la Virgen Mar ía , dos ampl io s hosp i ta les y mesones . Según m e dijo el a b a d de es te vil laje, cuyo n o m b r e en revesado n o h e aprend ido . . .

—Orreaga , señor . —¿Significa algo en el id ioma rús t ico? — E s p i n a l , s egún yo' en t i endo . E l a b a d pe rmanec ió silencioso, m e d i t a n d o . — H e m o s d e mudár se lo ; desde h o y se l l a m a r á

Boncevallis—valle de las za rzas—. Decía que , según •el a b a d de Roncevállis, m a ñ a n a , a las once , l legará v u e s t r o hi jo . L e a c o m p a ñ a u n obispo, n o sé de d ó n d e , y u n p r o c u r a d o r d e P e d r o el de I r u ñ a . Así lo avisó , p o r med io de m a n d a d e r o s , desde Li Re-somg (1), donde es ta noche h a c e n s u posada . Dice el a b a d as imismo q u e l l egarán m u c h o s peregr inos d e r e to rno ; la donac ión a n t e ellos será m á s solem­n e y no to r i a .

í l ) Una de las formas francesas del nombre basko Larrasoaña.

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37 E n es to ade lan tóse el a b a d de Or reaga y , h a ­

c iendo u n a reverenc ia , di jo: —Señores , l a cena los a g u a r d a . Sen tá ronse los monjes a la m e s a que h a b í a q u e ­

d a d o f ranca , y les s i rvieron cena a p a r t e , b l anco d e las hab i l idades d e l a cocinera, p o r a s e n t a r la f a m a d e la casa en es t r ibo t a n f i rme como el señor a b a d d e Conques . Y p o r q u e el a p e t i t o d e los v i a n d a n t e s e s t a b a b ien apab i l ado , de spacha ron la rac ión l o a n ­do guisos y v i a n d a s .

Los peregr inos h a b í a n cenado y a y b u s c a b a n el m o d o de rec rear la v e l a d a h a s t a la q u e d a . E l e s t ó ­m a g o lleno y el calor corpora l d e s a t a b a n las l e n ­guas . N a d i e conversaba a m e d i a voz , depues to e í t e m o r d e d i s t r ae r oraciones. JBuscábanse las g e n t e s de la m i s m a lengua , o me jo r d icho , d e la m i s m a p rov inc ia o comarca . Los r iba ldos y t r u h a n e s p r o ­v o c a b a n a r isa con cuen tos , anécdo t a s , a d i v i n a n z a s , juegos de m a n o s y t í te res ; los herbolar ios ofrecían-remedios ; los san te ros , imágenes de la Virgen y de l Señor San t i ago ; los tafures a lqu i l aban t a b l e r o s d e a jedrez , dados y cubiletes. Tres o c u a t r o juglares y jug la resas , a l son de l crwth, l a r o t a y el a r p a , rec i ­t a b a n v ida s de san tos y a v e n t u r a s de p a l a d i n e s . Y é s t a e ra la divers ión que m a y o r e s r ac imos d e cu­riosos fo rmaba . L a cocina asemejábase al r e a l d e u n a feria.

E l a b a d d e Conques c e b a b a su a t enc ión e n los mi l po rmenores del cuad ro y le r e t o c a b a imag ina t i ­v a m e n t e , s i tuándole en los d ías fu turos , después que la peregr inac ión a Composte la fuese el érfcol,

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38 e x p e r t a m e n t e cu l t ivado , q u e ex tend ie ra sus r a m a s sobre todos los países de E u r o p a .

Cier ta not ic ia , en tonces y en casos análogos de p ropós i to d i fundida , inci tó la cur ios idad de los pe ­regr inos . N o m b r a r o n u n a d ipu tac ión que declarase los deseos de todos a l a b a d de Orreaga . U n fla­m e n c o rub io y panzudo , ' en pés imo la t ín , pidió al a b a d q u e c a n t a s e n los t rove ros de la Casa. H izo t ina seña el a b a d , y se ade lan tó Garcho t de I t z a l t z u , seguido de u n r a p a z de doce a t rece años , c u y a gen­t i leza a todos complació . Los ojos garzos , la son­r o s a d a tez , la r ec t a nar iz , la n e g r a cabel lera y o t r a s facciones del ro s t ro , así como la p roporc ión del cuerpo , d e n o t a b a n q u e el m u c h a c h o e ra hijo d e Garcho t . Ves t í an a m b o s igual t ra je : t ú n i c a y c a p a b l a n c a f ranjeadas d e rojo, a b a r c a s de euer.o cu r t ido y calzas de piel d e cabr i to , negras .

P l a n t á r o n s e en el cen t ro del semicírculo de la m e s a , de l an t e del a b a d d e Conques , a qu ien sa lu­d a r o n qu i t ándose los capi ro tes de p a ñ o e n c a r n a d o . Los t r u j a m a n e s se d i seminaron po r e n t r e los p e r e ­grinos p a r a t raduci r les las estrofas, compues t a s e n id ioma basko . U n o de ellos pe rmanec ió j u n t o a l a b a d foras tero .

Ga rcho t t o c a b a la c o r n a m u s a o g a i t a b r e t o n a ; Mikelot , la ro t a . C a n t a b a n d ia logando, a c o m p a ñ á n ­dose a l t e r n a t i v a m e n t e de los i n s t r u m e n t o s ; g r a v e la voz de aquél , a g u d a la de és te , y el oírlas susc i ta ­b a l a i m a g e n d e sombr ío peñasco d e c u y a c ima se p rec ip i t a u n a r royo , p l a t e a d o t aha l í del g igan te n e ­gro . L a melod ía e ra cual ave en jau lada que , t r a s

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39 b r e v e vuelo , s iempre se p o s a sobre los mismos pa l i ­llos. Compues t a en el m o d o frigio, a l desenvolver­se , p a u s a d a y serena , en el á m b i t o cor to d e seis ;

n o t a s , t o m a b a de las uni formes cadencias y del per ­s i s t en t e peda] q u e el roncón d e la g a i t a m a n t e n í a , c ie r to colorido suave de t r i s teza : la del crepúsculo euska ro con sus m o n t e s nebulosos , f lorestas solita­r i a s y g imien tes r íos. E n t r e estrofa y estrofa ejecu­t a b a l a c o r n a m u s a u n in t e rmed io cons t ru ido sobre l a m i s m a tón ica y el m i s m o t e m a melódico; pe ro a l d e r r e d o r de éste se enroscaba , desf igurándole y ocu l t ándo le , el lu ju r ian te floreo de mi l n o t a s v ivas , a l b o r o t a d o r a s e i n subord inadas , vest igios , s in d u d a , d e l a f an tas ía mus ica l á r a b e , m a e s t r a d e las n o leja­n a s chir imías p a m p l o n e s a s .

G a r c h o t y Mikelot c a n t a r o n «La p a s t o r a de Ga-ñekoleta»: las estrofas y versos descr ip t ivos , el p a ­d r e ; los l ír icos, el r a p a z de la voz de oro.

i

«Domenja, la r u b i a p a s t o r a d e Gañeko le ta , guar ­d a el r e b a ñ o m i e n t r a s hi la , a l p ie del nogal . Tres l ág r imas , t res go t a s de rocío sobre u n a rosa , t i em­b l a n en el b o r d e d e sus meji l las . L a g e n t e m e dice: «cásate , Domen ja ; padeces en fe rmedad de amor». Y o les con tes to : «mentís», p r o c u r a n d o re í rme; y soy y o la q u e m i e n t e . «¡Ay!, los q u é n o quiero v ienen , y n o v iene el q u e quiero . Si n o viene, cua t ro se rán l a s l ág r imas q u e s a ld r án de mis ojos.»

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II

R e t o z a n los corderos en la h ie rba . E l h u s o , m o ­v ido p o r las m a n o s m o r e n a s de la p a s t o r a , r e t u e r c e la hebra : t e l a de a r a ñ a d o n d e se p r e n d i e r o n m u c h o s corazones . S u e n a n p i sadas , y h u y e n los pá j a ros a l r u i d o . E s P e r u c h o , el d e los ojos y cabel lera color d e cuervo , a qu ien a t r a e l a h e r m o s u r a d e D o m e n j a , como a l n a v e g a n t e el lucero del s ep t en t r i ón . «¡Ay! —dice D o m e n j a — , v iene el q u e n o quiero , el q u e qu ie ro n o v iene . P r o n t o se rán c u a t r o las l ág r imas q u e b r o t a r á n d e mis ojos.»

ni

P e r u c h o se de t iene , y ofrece a la p a s t o r a u n ces to d e fresas recogidas e n el c amino , m á s f ragan tes q u e t o d a s las flores de los vergeles señoria les . «Soy P e r u c h o — d i c e — , el b a r q u e r o d e Arnegi . P a s o a los peregr inos el r ío. U n a p r incesa de B r e t a ñ a , r u ­b i a como las espigas de agos to , ba jó sus ojos co lor d e m a r , q u e m a d o s p o r las l l a m a r a d a s d e los míos , color de cue rvo . Al s a l t a r a t i e r r a m e m i r ó car iño­s a m e n t e y echó, ¡cosa n u n c a vis ta! , u n a m o n e d a de oro a m i m o n t e r a . T o d a s las p r incesas r u b i a s d e B r e t a ñ a las desprecio y o p o r D o m e n j a de Gañe-ko le t a , r u b i a t a m b i é n , pe ro t o s t a d a p o r el sol y el a i re . Sé g a n a r m e la v ida . D o m e n j a , d ime: ¿quieres ca sa r t e conmigo?»

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IV

L a c u a r t a l á g r i m a comienza a h u m e d e c e r el ojo d e D o m e n j a . «Vete en b u e n h o r a — c o n t e s t a — , el d e los ojos d e cuervo , a d o n d e v u e l a n los cuervos . Mi nov io n o h a d e e s p a n t a r m e con su m i r a d a . A m í m e g u s t a l a luz t ib i a d e los m o n t e s brumosos.» P e ­r u c h o se m a r c h a , s acándose sangre de los labios con los d ien tes . «¡Ayde mí !—exc lama D o m e n j a — , n o v iene el q u e quiero , y el q u e n o quiero viene.»

v

N u e v a s p i s adas a h u y e n t a n a nuevos pá ja ros . L a s h e r r a d u r a s d e l a r e c u a sacan chispas d e las p i e d r a s . B e r ñ a t el a r r ie ro se de t i ene en l a oril la de l c a m i n o , se q u i t a l a m o n t e r a , ex t i ende la m a n o de recha de­l a n t e de los ojos, con a c h a q u e s d e q u e b r a r los r a y o s d e Sol , p e r o p o r t a p a r l as l égañas : «Con s ie te m u ­los—dice—acar reo los s ábados odres de v ino desde Tafa l la a Garesch (1), a la t i e r r a de Garazi (2) y a l a s p a r r o q u i a s d e Arbe roa . L a s m o z a s de m i va l le su sp i r an p o r casarse conmigo. Saben q u e c o m e r á n y ves t i r án a su gus to , me jo r que los burgueses d e L i z a r r a (3), S a n Cernin o San J u a n (4). T e n d r á n d u e ñ a s q u e las v i s t a n y pe inen , c r i adas que les

(1) Puente la Keina. (2 ) La tierra de Cisa, en Ultrapuertos. (3 ) Estella. (4) Alude al Burgo de San Cernin, en Pamplona. San Juan

es el apellidado de Pie del Puerto.

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4 2

a m a s e n el p a n , les t r a i g a n el a g u a y les l aven la r o p a . Después d e comer , los domingos , o i r án los versos que y o les improvise , p o r q u e Dios m e hizo fcoblari... P e r o a t o d a s prefiero y o D o m e n j a la her ­m o s a . D i m e : ¿quieres casa r t e conmigo?»

vi

D o m e n j a se enfada p o r q u e B e r ñ a t se p r o p u s o «comprarla como u n odre de Garesch. Dis imula , em­p e r o , y p r e g u n t a : «¿Por q u é ocul tas el ro s t ro con l a m a n o ? ¿Pre tendes engaña rme? M í r a m e ca r a a c a r a , como h o m b r e q u e dice verdad.» Y él, ven­c i d o d e su orgullo, b a j a la m a n o . «Vete enhora ­mala .—gri ta D o m e n j a — ; m i novio m e h a de m i r a r •con la m i r a d a l impia de la L u n a . E n vez de compo­n e r versos a las muje res q u e n o t e n d r á s , m á s cuer­d a m e n t e ob ra r í a s si comprases u n poco de h ie r ro y fabr icases campani l l as . L a s de t u r ecua n o suenan ; •están t o m a d a s d e orín, como t u s ojos.» B e r ñ a t se •aleja ma ld ic i endo y hac iendo sonar s u bolsa . E l ca-8or d e las meji l las h a b í a c h u p a d o las l ág r imas d e D o m e n j a .

VII

j Y a v iene , y a v iene el q u e n o solía venir ! N o b l e •comitiva d e cazadores , r i c a m e n t e ves t idos , p a s a a l t r o t e cor to . E l b a r ó n d e U h a r t e , el señor d e A c r o -anonte , J o h a n de S o r h a p u r u , las d a m a s d e L a k a r r a y d e B i d a r r a y s o n a n d o cascabeles de r isa . E n e c o <de O r k a t z b e r r o , el q u e fué boyer izo d e l a b o r d a

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43 vec ina , gobierna la impac ien t e j au r í a . P a r e c e u n r e y ves t ido de fiesta. D o m e n j a se l e v a n t a y corre a ponerse a la v e r a del . camino; se lo coiné con los ojos , b r i l l an tes de amor. : Ene'co la m i r a u n i n s t a n t e , y vue lve con menospreoio la cabeza . E n t o n c e s , la m u s t i a rosa de la meji l la recoge la c u a r t a l ág r ima d e Domen ja , g ruesa como u n . g r a n i z o d e dic iem­b r e . «¡Ay—gimió-^, t r i s te-de la : que no t e ve ía ve ­n i r ! ¡Ay, t r i s t e de la q u e t e h a v i s to marchar!»

E l denso círculo d e los peregr inos , en t o r n o d e l a mesa , h a b í a observado u n silencio c o n v e n t u a l m i e n t r a s Garcho t y Mikelot c a n t a b a n , r o to po r pa l ­m a d a s generales c u a n d o cal laron las voces y los i n s t r u m e n t o s . L a e x t r a ñ e z a de la mús ica , el ar t i f i ­cio del diálogo, la n u n c a oída n o v e d a d del id ioma, p o r nad i e entendido, , a pe sa r de verse allí congre­gados h o m b r e s de d iversas lenguas y nac iones , los marav i l l a ron , y deleitólos sob remane ra la voz p u r a d e l m u c h a c h o . Ú n i c a m e n t e el a b a d Begón resis t ió a l v i en to que h i n c h a b a t o d a s las ve las . E n tono p e ­ren to r io dijo l ap ida r i amen te , va l iéndose del id ioma l a t ino :

— S e r m ó n b á r b a r o ; p o e m a rús t ico; a s u n t o r u i n . F r a y Turo ldo le hub i e r a con t r ad i cho d e b u e n

g r a d o , t o c a n t e a c ier to m é r i t o q u e él descubr ía en el a s u n t o y el poema; m a s el respe to le encadenó los labios . Deseoso d e endu lza r algo la ace rb idad d e la sen tenc ia , dijo:

— L a voz del n iño es e s t u p e n d a . E s así como el e c o t e r r ena l d e u n a voz angélica. L a g a r g a n t a q u e

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44 l a fo rma b ien se v e que la t e m p l a r o n aguas d e cum­bres nevosas q u e ú n i c a m e n t e hue l l an los r a y o s im­pa lpab les del Sol y d e l a L u n a .

F r a y Turo ldo h a b l a b a fogosamente . L e ins t iga­b a n sus afectos generosos de joven y d e p o e t a . F r a y Begón se sonr ió .

— E s a voz h a de c a n t a r v u e s t r a «Canción de R o ­lando», maese Turo ldo . S e m b r a r e m o s a q u í u n a al­mác iga d e t roveros ; ¡a la gloriosa S a n t a F e se lo j u ro ! E s t a hospeder ía , h o y t o rnavoz de u n a p a s t o ­r a zafia, se ennoblecerá e scuchando las p roezas d e los pa l ad ines y el olifant de R o l a n d o .

— T a m b i é n sabe n u e s t r o koblari canciones d e esa guisa , compues t a s h a siglos y t r a n s m i t i d a s oral­m e n t e h a s t a noso t ros—di jo el a b a d d e Orreaga .

— ¡ E n lengua b á r b a r a , y canciones d e esa guisa! ¡Centón vil lanesco de viejas p a t r a ñ e r a s , s in d u d a ! F u e r a d e la r o m a n i d a d n o se ha l la elegancia.

F r a y Turo ldo se p a s m ó con la not ic ia . ¡Cómo ex i s t í an p o e m a s , acaso r iva les del suyo! P o d r í a to ­m a r d e ellos a l g ú n episodio, a lgún n o m b r e de lu­gar , s iquiera a lgún p o r m e n o r desc r ip t ivo , aná logo a l de los t r e s o c u a t r o versos que h a b í a él com­p u e s t o y a ñ a d i d o a q u e l l i t a r d e m i s m a en el fondo de l desfi ladero, d u r a n t e la t e m p e s t a d de n ieve . ¿ E l desdén d e su a b a d le impedi r í a en te ra rse? E l celo de l p o e t a se sobrepuso a los m i r a m i e n t o s de l m o n ­je . Con la m a y o r h u m i l d a d que p u d o , dijo:

—Señor : d ignaos o r d e n a r q u e n o s c a n t e n esos versos; p u d i e r a conven i rme oírlos y r e toca r los míos .

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(1) Poncho, car Otilio de paño basto.

— V u e s t r a canción e s t á b i en como es tá . I g n o r a ­ba i s el n o m b r e de l lugar d o n d e acontec ió la facien-d a . Sabedlo: se l l ama Boncevallis, Roncevaux.

F r a y Turo ldo m o s t r ó la c a r a t a n compung ida , q u e el a b a d B e g ó n se a b l a n d ó . R iéndose , dijo:

— L a cur ios idad es la m a d r e de l pecado . N o os fomen te la vues t r a , c u a n d o se p o n g a v u e s t r a p ie­d r a l a b r a d a j u n t o a la tosca del m o n t a ñ é s , el orgu­llo de a u t o r .

E l a b a d de Or reaga l lamó a Garcho t . — E l c a n t o de As tob izkar , como le c a n t a s en

n u e s t r a s fiestas solemnes . — N o podéis d a r m e orden m á s g r a t a , señor. Sólo

le c a n t a m o s c u a n d o p a s a n peregr inos euska ldunas , y és tos pocas veces p i s an el camino d e San t i ago . Tenemos m á s , mejores y m á s añejos s a n t o s q u e ese q u e a h o r a repica con es t rép i to de c a m p a n a n u e v a . ¡Vaya u n a afición l a suya , irse a m o r a r en­t r e los falsos gal legos!

E l a b a d le impuso silencio i m p e r a t i v a m e n t e , t o ­cándose los labios con el dedo índice. Re t i r á ronse G a r c h o t y su hi jo. Poco después volvieron ves t idos a u s a n z a de l a t ie r ra : t ú n i c a co r t a y ohartés (1) ne ­gros ; aba reas , ' pe ro d e s n u d a s las p ie rnas y m u y des­cub ie r to el p ie ; cuerno al cuello, reple to de azkonas; h o n d a en bando le ra y zu r rón de p iedras a r ro jad i ­zas , y ezpata a l c in to . E l p a d r e h a b í a t r ocado la c o r n a m u s a p o r u n a a r p a d e qu ince cuerdas ; la ca­beza de águi la en q u e r e m a t a b a el b r a z o super ior

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(1) Silbo, basca-tibia. (2 ) Señor, dueño, amo de casa.

d e ella, a u n q u e t o s c a m e n t e l a b r a d a , pa rec ía v i v a , d i spues t a a es t i ra r el cuello er izado y a c l ava r el pico.. Mikelot t r a í a i n s t r u m e n t o s p u r a m e n t e agres ­tes : chirola (1) y t ambor i l .

Los músicos , con gesto a r rogan te , t i r a ron al suelo los chartés. Sobre éstos pus ie ron u n banco . G a r c h o t t o m ó as ien to , a p o y ó el a r p a sobre sus rodi l las e hizo u n a seña a Mikelot , q u e p e r m a n e c í a d e p i e . Sona ron golpes r áp idos de t ambor i l , y la chirola ejecutó u n a i re m u y v ivo , q u e t e r m i n ó con l a rgo ca lderón y a c o m p a ñ a m i e n t o d e sordo golpeo en el p a r c h e . E n seguida rompió el diálogo lírico, s o ­l e m n e m e n t e sos tenido p o r los arpegios del a r p a . L a chirola se d e j a b a oír en los in te rva los de las es­t rofas y en a lgunos episodios de m o v i m i e n t o acele­r a d o ; el t a m b o r i l m a r c a b a de con t inuo , con golpes secos, el r i t m o e x t r a o r d i n a r i a m e n t e va r i ab l e de la melod ía , cons t ru ida en el m o d o dórico, d e n t r o de l á m b i t o de u n a t e rc ia q u e en ciertos m o m e n t o s p a ­té t icos y d r a m á t i c o s se d i l a t a b a h a s t a la s é p t i m a , r o m p i e n d o d i chosamen te la g rave y casi religiosa m o n o t o n í a de la p r inc ipa l melopea .

i

«Un gr i to r e suena—en med io de los m o n t e s b a s -k o s . — E l echeko-jaun (2), de l an t e de s u casa, escu­c h a y p regunta :—«¿Quién a n d a ah í , q u é m e qu ie -

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (49)

4T ren?»—El pe r ro , do rmido a los pies de s u a m o , — se l e v a n t a , y con sus ladr idos a t r u e n a los c o n t o r ­n o s d e As tob izkar .

Al collado de I b a ñ e t a sube u n r u m o r . — S e a c e r ­ca , se h incha , s e rpen t eando e n t r e las r o c a s . — R u ­m o r d e ejérci to, ven ido de le jos .—Los baskos t o ­c a n las boc inas e n las c u m b r e s m o n t a ñ o s a s . — E l eoheko-jaun aguza sus da rdos .

¡Ya l legan, y a l legan! E s u n bosque d e l a n z a s — Con mul t ico lores bande ro l a s en m e d i o . — S a l t a n r a ­yos de las a rmas .—«¿Cuántos son, m u c h a c h o ? ¡Cuén­ta los bien!»—«Uno, dos , t r e s , c u a t r o , c inco, s e i s , s ie te , ocho, n u e v e , diez, once, doce ,—Trece , c a t o r ­ce , qu ince , diez y seis, diez y s iete , diez y o c h o , diez y n u e v e , v e i n t e . — Y v e i n t e , y miles t o d a v í a . — Pe rde r í amos el t i empo contándolos.»

« Jun temos nues t ros b razos vigorosos; a r r a n q u e ­m o s d e cuajo es tas rocas ,—Lancémos las , m o n t e abajo,-—Sobre las cabezas d e e l los ;—Aplas témoslos , h i r iéndolos de muerte .»

II

ni

r v

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4S

v

«¿Qué b u s c a n en n u e s t r a s m o n t a ñ a s esos h o m ­bres del N o r t e ? » — R u e d a n las rocas y a p l a s t a n a los invasores ,—Corren to r r en t e s de sangre , t r on ­cos y m i e m b r o s pa lp i t an .—¡Cuán to hueso r o t o , q u é m a r de sangre !

vi

«¡Huid, h u i d los que a u n tenéis caba l los !—Huye , r e y Car lomagno , con t u p l u m a n e g r a y t u p l u m a enca rnada !—¡Tu a m a d o sobr ino, el va l i en t e E r r o -lán , y a c e m u e r t o en el va l le !—¡Euskaldunas! , ba je ­m o s r áp idos desde es tas rocas a persegui r con n u e s t r o s d a r d o s a los fugitivos.»

VII

¡Huyeron! ¿Dónde e s t á la selva de l anzas , d ó n d e las mul t ico lores bande ro l a s?—Las n u b e s d e sangre a p a g a n los r a y o s de las a rmas .—«¿Cuán tos son, m u c h a c h o ? Cuénta los bien.»—«Veinte, diez y n u e ­v e , diez y ocho, diez y s iete , diez y seis, qu ince , ca to rce , t r ece ,—Doce , once, diez, n u e v e , ocho, sie­t e , seis, c inco, c u a t r o , t r es , dos , uno.»

VIII

U n o . ¡Ni u n o ! T o d o se acabó.—Echeco- jaun, vué lve te a t u c a b a n a con el p e r r o ; — A b r a z a a t u es­p o s a y a t u s h i jos ;—Limpia las flechas y guá rda l a s

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(1) Literalmente, relincho; además, grito de júbilo. NARRACIONES BASKAS. i

en el c u e r n o ; — É c h a t e a d o r m i r sobre e l las .—De noche , las águi las v e n d r á n a p ico tea r esos m i e m ­bros y t roncos p i so teados ;—Sus huesos b l anquea ­r á n e t e r n a m e n t e en el valle.»

Cal laron las dos voces , calló el a rpa ; pe ro Mike-lo t pros iguió s a c a n d o agrios si lbidos de su ins t ru ­m e n t o , q u e e x p r e s a b a n g r a n d e alegría. L a g a r g a n t a d e G a r c h o t onduló u n a t r o n a d o r irrintzi (1); los p a s ­tores se l e v a n t a r o n de su as ien to , y c ruzando los c a y a d o s r e p e t i d a s veces , m a r c a r o n con el ru ido d e los pa los el r i t m o ba i lab le de la t o n a d a , y al m i s m o t i e m p o r e spond ían al irrintzi d e G a r c h o t con o t ros no menos es ten tóreos ; las m o z a s a lduidesas , con p a l m a d a s y gr i tos , eng rosaban el bull icio; los m a s ­t ines , e r izados , l a d r a b a n .

Los peregr inos , a l t e rados p o r la t r aducc ión de las estrofas que los t r u j a m a n e s les h a b í a n ido hac ien­d o m i e n t r a s los koblaris l a s c a n t a b a n , y a h o r a po r los n u n c a oídos irrintzis, se a r r e m o l i n a b a n en to r ­n o de l a mesa , p r e g u n t a n d o :

—¿Quiénes son esos e u s k a l d u n a s q u e se d icen vencedores de Car lomagno?

Y como el a b a d d e Or reaga y los pa s to r e s les respondiesen q u e e ran los a n t e p a s a d o s de ellos, los peregr inos les g r i t a b a n d e s a b r i d a m e n t e , d iscurr ien­d o lóg icamente sobre pr inc ip ios falsos:

—¡Sar racenos , sarracenos! , qu i t aos d e ah í , q u e nos impurif icáis con v u e s t r o h e d o r m a h o m e t a n o .

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50 E l p o e m a b a s k o con t radec ía d e u n m o d o i m p r e ­

v i s to a la imagen , y a cr is ta l izada , d e Carlos pe re ­gr ino de San t i ago , d e Carlos pa l ad ín d e la cr is t ian­d a d , d e Carlos debe lador d e la m o r i s m a de E s p a ñ a , t r a i d o r a m e n t e acomet ido en las g a r g a n t a s p i rena i ­c a s p o r los m o r o s ag rav iados . D e es tas p r e m i s a s d e d u c í a n la e r rónea consecuencia: los baskos e ran s a r r acenos .

Descol laba , sobre t odas , la ape lac ión i r a c u n d a d e los romeros a lemanes , gen te t o d a v í a b á r b a r a y q u e fác i lmente se descomedía después d e b e b e r v ino . L a p r e g u n t a del echeco-jaun, eco d e las l uchas t i t án i cas d e los baskos c o n t r a las Alemanias espa­ño la y f rancesa, «¿Qué buscan en n u e s t r a s m o n t a ­ñ a s esos h o m b r e s del Norte?», les s o n a b a a u l t r a j e , y p r e t e n d í a n t o m a r venganza .

E l a b a d Begón , p u e s t o de p ie , l e v a n t ó en a l to el crucifijo q u e l l evaba sobre el pecho . N a d i e resis t ió al s u a v e r eque r imien to . D e la t o r r e abacia l caye ron las c a m p a n a d a s de la q u e d a . E l a b a d de O r r e a g a e n t o n ó l a Salve Regina, que d e rodi l las corearon los peregr inos . Luego , s i lenciosamente , se r e t i r a ­r o n a busca r se las c a m a s de h ie rba seca, en las cua­d r a s comunes d e las hospeder ías .

E l a b a d Begón , sonr ióndose s a r cá s t i eamen te , h a ­b í a obse rvado los rec ientes episodios d e la ve l ada . Al salir d e la cocina se acercó a f ray T u r o l d o .

— ¿ Q u é os parec ió la canción b á r b a r a ? — E r u t o s i lvestre , señor , pero e x t r a o r d i n a r i a m e n ­

t e sabroso . Supongo q u e la h i s to r ia esa es falsa. . . — F a l s a o ver íd ica , h o y es la ú l t i m a noche q u e

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(1) El más antiguo testimonio sobre la festividad de la Con­cepción en España pertenece al monasterio de Hirache, y con él se demuestra que, por lo menos desde el siglo XI, se celebraba en Nabarra. El documento lo publicaron los Bolandistas, y de él habló el E. P. Fr. Toribio Minguella de la Merced'en el Congreso Católico de Zaragoza, octubre de 1890.

la h a b r á n c a n t a d o e n e s t a casa. S í rvase a n o t a r m i p ropós i to la gloriosa Virgen S a n t a F e .

I V

Amanec ió en el cielo l impio el d ía , apac ib l emen te o reado p o r el v i e n t o sur . A las n u e v e d e la m a ñ a n a t e r m i n ó la mi sa de los pe regr inos , y és tos , en gru­pos m á s o m e n o s c o m p a c t o s d e amigos y c o m p a ­t r i o t a s , e m p r e n d i e r o n l a m a r c h a hac i a I r u ñ a . E l a b a d Mar t í n , con cruz a lzada , los a c o m p a ñ ó h a s t a l a cruz del bosque , d o n d e r eza ron t r e s a v e m a r i a s . E n segu ida el a b a d d e Or reaga y sus acól i tos re ­gresaron al lugar .

L a n ieve , d e s l u m b r a n t e d e b l a n c u r a , chisporro­t e a b a al sol; b a n d a s d e cuervos r e v o l o t e a b a n sobre ella, en b u s c a de ca r roña . Poco t i e m p o pe rmanec ie ­r o n sol i tar ias la p lazo le ta d e E t z a n d e g i y las hos ­pede r í a s . N u e v o s peregr inos , d e i d a y d e r e t o r n o , e n t r a b a n a ca len ta r se y t o m a r a l i m e n t o . P o r las v e r e d a s de las m o n t a ñ a s s u b í a n cuadr i l las alegres d e a ldeanos y a l d e a n a s a ce lebrar l a ins igne fiesta d e l a I n m a c u l a d a Concepción d e Mar ía , p o s t r á n ­dose de l an t e de N u e s t r a S e ñ o r a de Orreaga . L a s c a m p a n a s de I b a ñ e t a y de la vi l la , e chadas a vuelo , a n u n c i a b a n la so lemne m i s a m a y o r (1).

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A las n u e v e y med ia , poco m á s o menos , desem­bocó del camino de I r u ñ a a la l l anu ra u n a t r o p a d e gentes a cabal lo , f o rmada po r el conde de E r r o , D . Sancho y el mer ino de Sangüesa , D . Yenego Mar t in iz de Aibar , que , en med io de ellos, l l evaba a D . Ponc io , obispo d e B a r b a s t r o ; los seguían el no t a r io de L a r r a s o a ñ a , dos capel lanes , va r ios mes -nade ros y acémilas de carga . Los rec ibieron con g r a n d e s m u e s t r a s de respe to , d e b i d a m e n t e corres­pond idas . E l conde besó la m a n o a los a b a d e s d e I b a ñ e t a , Orreaga y Conques , y a los frailes y cléri­gos. Sorprendió , a los qvie conocían la índole a l t i va d e D . Sancho , t a n excesivo r end imien to . N o p o ­d í a n imaginarse que el conde b u s c a b a la m a n e r a d e besársela al in fan te de s t e r r ado , y a que en pxibli-co n o le p o d í a d a r o t r a s mejores m u e s t r a s de r eve ­renc ia y a m o r filial. Cuando p a d r e e hi jo se m i r a ­ron , t embló el cuerpo del viejo y los ojos del a r ro ­g a n t e cabal lero se e m p a ñ a r o n de l ág r imas .

Peregr inos y a ldeanos e n t r a b a n a empel lones e n la iglesia de E t z a n d e g i , p u e s el edificio, de est i lo car lovingio , e ra p e q u e ñ o y se co lmaba p r o n t o . L a m a y o r í a d e los fieles quedó fuera, de l an t e d e l a p u e r t a , q u e n o cer ra ron p o r q u e siguiesen con l a v i s t a las ceremonias . Los mesnade ros abr ie ron calle h a s t a el a l t a r m a y o r , d o n d e en el l ado de l E v a n ­gelio t o m ó as ien to , debajo de dosel, el conde d o n Sancho , y en escabeles, el me r ino de Sangüesa y P e r o Garceyz , n o t a r i o d e L a r r a s o a ñ a .

E l obispo d e B a r b a s t r o celebró la mi sa y se sen­t ó a la de recha del conde . E l a b a d Begón , seguido

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53 de sus monjes , comparec ió de l an t e de ellos y se m a n t u v i e r o n d e p ie . E l no t a r io desenrolló u n pe r ­g a m i n o , y con voz c la ra leyó la donac ión q u e San ­cho , conde d e E r r o , p o r la redenc ión y sa lvac ión d e su a lma , de las de su p a d r e , m a d r e , esposa y pa r i en te s , hac ía a Dios y a S a n t a F e , gloriosa Vi r ­gen de Conques , de la iglesia y l imosnar io de R o n -cesvalles, h o r n o , mol ino y d e m á s he redades q u e pose ía en Muril lo y W a l d o , v iñas de JÍ . nar iz y dos cubil los d e vaca s , p a r a el servicio de los monjes y d e los pobres . As imismo d o n a b a después d e s u s d ías , í n t e g r a m e n t e , a Dios y a S a n t a F e , t o d a l a vi l la de Roncesval les con sus t é rminos y adyacen ­t e s . E l t e x t o la t ino de la c a r t a le ve r t ió el n o t a r i o a l ba skuenze , exp l icando de p a s o la t r aducc ión d e Orreaga po r Roncesva l les , que n u n c a se h a b í a u s a d o .

P r e g u n t ó el n o t a r i o a l a b a d de Conques si acep­t a b a la donac ión . C o n t e s t a d a a f i r m a t i v a m e n t e l a p r e g u n t a , el obispo y D . Sancho s ignaron el ins ­t r u m e n t o . Al r ep ique jubi loso de las c a m p a n a s e n la to r r e , rep l icaron el Tedeum, e n t o n a d o po r los a b a d e s de I b a ñ e t a y Orreaga , y los v í to res del p u e ­blo fuera de la iglesia. D o n Sancho se apeó del si­t ia l , y cogiendo de la m a n o al a b a d Begón , le h izo t o m a r as ien to debajo del dosel. E l ros t ro del m o n j e expresó , m o m e n t á n e a m e n t e , afectos d e orgullo y dominac ión ; pe ro a p e n a s la famil ia d e E t z a n d e g i , capel lanes , enfermeros , pas to res , guías , d u e ñ a s y m o z a s comenzó a besar le la m a n o , recobró el as­p e c t o h a b i t u a l .

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54 Los pas to res y guías , a l re t i ra r se , p l a t i c a b a n so­

b r e la so rp renden te m u d a n z a . E s t i m a b a n unos q u e el señorío d e la Iglesia es m á s s u a v e y ef icazmente p ro t ec to r ; con t r adec ían o t ros , pref i r iendo el d e los m a g n a t e s , y u n o s y o t ros a d u c í a n casos y cosas su­cedidas; p e r o todos conco rdaban e n a l a b a r a d o n Sancho y dolerse d e s u a c t o . G a r c h o t ca l laba , e i b a m u y cabizbajo; los compañe ros q u e r í a n conocer s u opinión.

— A m í m e g u s t a servi r a l a m o q u e sea h o m b r e pa r t i cu la r , d e ca rne y hueso como noso t ros . Se le t o m a ley y nos la t o m a . P e r o si el a m o es h o m b r e compues to d e var ios h o m b r e s , l lámese monas t e r io u concejo, n o h a y m a n e r a de q u e el a m o nos m i r e sino como a cosa m á s o m e n o s se rv idora . ¡Dios n o s l ibre de a m o q u e conserva el m i s m o n o m b r e , a u n ­q u e sus pe r sonas cambien! N o sé si m e en tendé i s , n i t a m p o c o si logro expl icarme. . . D o n Sancho se lle­va -cons igo t o d a m i v o l u n t a d . E s t o y t e m e r o s o , n o sé d e q u é ni p o r qué ; t e n g o sobre el p e c h o u n m o n ­t ó n d e p iedras q u e le opr imen . ¡Se m e f igura q u e no pa r t i r emos el p a n del m i s m o zu r rón d u r a n t e m u ­cho t i empo esos frailes y yo !

V

L a cocina d e E t z a n d e g i e s t a b a r ep l e t a de gen te : a ldeanos d e la t i e r r a y peregr inos ex t r an je ros se d a b a n d e ap re tones p o r d i sponer sus r a n c h o s . E l a b a d de Conques , con á n i m o d e fes te jar s u i n s t a u ­ración, o rdenó q u e repa r t i e sen g r a t u i t a m e n t e r a -

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(1) Danza de mozos.

ciernes d e p a n y v ino a t odos . E s t a l a rgueza a u m e n ­t ó el n a t u r a l regocijo r e i n a n t e y el c auda l d e l a s im­p a t í a q u e la sola n o v e d a d p r o v o c a b a con los n u e ­vos señores . Así, c u a n d o el a b a d Begón , después d e l a comida , se p r e sen tó a s a l u d a r a sus h u é s p e d e s , és tos le a c l a m a r o n .

A n t e s d e a t r a v e s a r el p u e r t o los peregr inos y d e volverse a sus vi l le tas y baserris los a ldeanos , acos­t u m b r a b a n recrearse oyendo a lgunos c a n t a r e s , se­g ú n l a afición de aquel los t i empos . L a c o s t u m b r e d e l a casa e ra que la so lemne fes t iv idad de la P u r í ­s ima , en q u e los n a b a r r o s t o m a r o n la d e l a n t e r a a l a s nac iones , fuese fes te jada p o r el c a n t o d e A s t o -b i zka r y la mutill-dantza (1), después de idos los ex t ran je ros . Los baskos se a v e n í a n con escuchar s in ted io canciones en id iomas incomprens ib les , po r s abo rea r después l a s u y a prefer ida .

R o m e r o s y peregr inos , s en t ados sobre el suelo, a g u a r d a b a n a q u e los juglares e n t o n a s e n a lgún can­t a r de ges t a , o a l g u n a fábu la cómica o sa t í r i ca . G r a n d e fué s u sorpresa c u a n d o v ie ron q u e u n o d e los frailes nuevos recibía de m a n o s del fámulo u n a a r p a g r a n d e y comenzaba a t oca r y a c a n t a r , a es t i ­lo de los t roveros del N o r t e , después d e decir las s igu ien tes p a l a b r a s :

— H e r m a n o s : va i s a oír la m u e r t e de R o l a n d , q u e y o , f ray Turo ldo , h e c o m p u e s t o en h o n o r d e los peregr inos de San t i ago , c u y a s p l a n t a s p i s a n los lugares d o n d e m u r i ó el p a l a d í n .

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56 L a j u v e n t u d de Turo ldo , el fuego de sus m i r a ­

d a s , la a rmon iosa p roporc ión de sus facciones, se enseñorea ron del á n i m o de los oyen tes y los p red is ­pus i e ron al ap lauso , q u e hub i e r a sido u n á n i m e d e n o r e s t a r delei te la voz á spe ra y m a r c h i t a del p o e t a .

i

«Altos los m o n t e s , t enebrosos los va l l es ,—Ne­gras las rocas , e s p a n t a b l e el des f i l ade ro .—Duran te ese d ía p a s a n los francos, m u y do lo r idos .—En qu in ­ce leguas se oye el r u m o r . — D e s p u é s , c u a n d o lle­g a r o n a l a T ie r ra Grande ,—Vieron l a Gascuña , pa í s d e su s eño r .—Por t a n t o , se a c o r d a r o n d e los feudos y honores .—Y de las nov ias y de las esposas gen­t i les ;—No h a y quien de dolor n o l lore;—Más q u e t odos , Carlos se a c o n g o j a . — E n los p u e r t o s d e E s ­p a ñ a dejó a su sobr ino .—Sien te compas ión , y a u n sin querer lo , l lora.

II

Los Doce P a r e s q u e d a r o n e n E s p a ñ a . — V e i n t e mi l f rancos los a c o m p a ñ a n . — N o t i enen miedo n i i n q u i e t u d de ser m u e r t o s . — E l e m p e r a d o r vue lve a F r a n c i a . — L l o r a con sus ojos, se m e s a las canas d e l a b a r b a . — E n v u e l t o en s u m a n t o , d a m u e s t r a s d e f i rmeza.

ni

R o l a n d l leva el ol ifante a los l ab ios .—Le e m b o c a y sopla con fuerza .—Altos son los m o n t e s , p e r o l a

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voz l lega l e jos .—Tre in ta leguas l a rgas le o y e r o n • resonar .—Car los le oye , y todos sus c o m p a ñ e r o s . — D i c e el r ey : «¡Nuestros h o m b r e s pe lean!»—El t r a i d o r Gane lón le responde : «Decir o t r a cosa, s e ­r í a ment i r .»

IV

E l conde R o l a n d , que jándose , y con t r a b a j o — Y m u c h o dolor, t oca el o l i fan te .—Por e n t r e los labios-b r o t a la sangre c l a ra .—De su cerebro se r o m p e n las s ienes .—La resonanc ia del cuerno q u e t o c a es m u y grande .—Car los , q u e v a p a s a n d o los p u e r t o s , l a oye .—No le s u e n a bien; la e scuchan los francos.—-P o r t a n t o , dice el rey: «Oigo el cuerno de R o l a n d . — N o le t oca r í a si n o combatiese.»

v

E l conde R o l a n d t i ene la boca e n s a n g r e n t a d a , r o t a la s ien .—Toca el cuerno, endolor ido y q u e j o ­so.—Carlos le oye , los francos le escuchan .—Dies­e l r ey : «Largo a l ien to el d e ese cue rno .»—Respon­d e el d u q u e N a i m e : «¡Roland padece !—A fe m í a , ¡hay ba ta l la !—Alguien que p r o c u r a engaña ros les hizo t ra ic ión.—¡Aparejaos ; c l amad la insignia y acor red a v u e s t r a nob le casa !—Demas iado escucho» el l a m e n t o d e Roland.»

vi

E l e m p e r a d o r m a n d a q u e t o q u e n las boeinas . -^-B a j a n los francos, se v i s t en el c u e r p o — D e l o r i g a s .

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58 d e ye lmos y e spadas guarnec idas d e o ro .—Tienen he rmosos escudos, chuzos recios y d u r o s , — Y es­t a n d a r t e s b lancos , be rmejos y azu les .—Montan los b a r o n e s todos ;—Espo lean , y m i e n t r a s p a s a n los p u e r t o s — N o h a y u n o q u e a l o t ro n o diga:—«Si t o ­p a m o s con R o l a n d a n t e s q u e m u e r a , — A su l a d o d a r e m o s t a j an t e s mandobles .»—Pero , ¿qué logran? V a n demas iado t a r d e .

VII

R o l a n d v e la inminenc ia de la m u e r t e . — D e las o re j a s le sa len los sesos .—Pide a Dios po r sus P a ­res , a quienes l l a m a . — Y p o r sí m i s m o , a l ánge l Ga­b r i e l . — T o m a el o l i fan te—Y D u r a n d a l , su e s p a d a , e n la o t r a m a n o . — E n dirección de E s p a ñ a v a a u n c a m p o , — S u b e a u n cerro deba jo de los á rboles cor­pu l en tos .—Sobre la h i e rba ve rde , R o l a n d cae b o c a a m i b a . — A l l á desfallece; es tá en t r a n c e d e m o r i r . — Al tos son los m o n t e s y m u y a l tos los á r b o l e s . — U n s a r r a c e n o le esp ía ,—Fingiéndose m u e r t o e n t r e los d e m á s . — D e p r o n t o se p o n e de pie y c o r r e . — T o m a •el cuerpo d e R o l a n d y sus a r m a s , — Y exc lama : «Vencido es tá el sobr ino de Car los .—Llevaré e s t a •espada a m i t i e r r a m a h o m e t a n a . »

vin

E l pa l ad ín R o l a n d - - Y a c e a la s o m b r a de u n p i n o : — H a c i a E s p a ñ a vue lve el ros t ro .—Se a c u e r d a d e m u c h a s cosas ;—De t a n t a s t i e r ras como conquis -

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (61)

59 t ó ; — D e dulce F r a n c i a , d e loa h o m b r e s d e s u l ina­j e , — D e Car lomagno , s u señor , q u e le dio el p a n , — Y de los f rancos, q u e le e r a n lea les .—Vuelve el ros­t r o hac ia la gen t e pagana ,—Porque quiere que , en v e r d a d , — D i g a Car lomagno, y con él a u n a , t o d a su t ropa :—«El va l i en te conde m u r i ó como conquis ta ­dor.»—Confiesa sus cu lpas , minuc iosa y r epe t ida ­mente .—Ofrece el g u a n t e a Dios p o r sus pecados . — Y los ángeles d e Dios le rec iben en seguida.»

Mien t ra s f ray Turo ldo e s tuvo c a n t a n d o , los pe re ­gr inos m o s t r a r o n de diferentes m a n e r a s su con ten­t a m i e n t o , dele i te y a lborozo. L a na r r ac ión del poe­m a , mi l veces l a h a b í a n oído en sus t i e r r a s , exor­n a d a d e episodios y po rmenores infinitos q u e n o le a l t e r a b a n la subs t anc ia . P e r o el c a n t a r nov í s imo, a todos los p receden tes s u p e r a b a p o r sus versos ele­gan t e s , v iveza p ic tór ica , i n t ens idad d r a m á t i c a y sob r i edad n a r r a t i v a , en t r eve rados con a lgunas con­cisas expres iones q u e en sí r e s u m í a n los nac ien tes s en t imien tos del pa t r i o t i smo nac iona l , el cual n o p o r francés desasosegaba a los ge rmanos , t o d a v í a capa ­ces d e e s t i m a r como s u y a s las cosas d e los francos.

Mien t ras , los romeros euska ldunas a g u a r d a b a n q u e les tocase el t u r n o . Algunos de ellos se bu r l a ­b a n de la voz del fraile, c o m p a r á n d o l a a la d e Mi­ke lo t ; o t ros , po r med io de los t r u j a m a n e s , seguían el hilo del r e la to , sin a lboro ta r se con t r a la p a t r a ñ a d e los sar racenos vencedores , herederos legí t imos, e n la flojedad, d e quienes e fec t ivamente l levaron a l cabo la h a z a ñ a y no la escribieron.

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (62)

60

(1) Burguete en baskuenze.

Los peregr inos , después d e a p l a u d i r m u c h o a f ray Turo ldo , sal ieron de la cocina a r e a n u d a r su viaje a l N o r t e . Los euska ldunas , deshecho el e m ­b a r a z o de las gen tes d e e x t r a ñ a t i e r r a y e x t r a ñ o lenguaje , comenzaron a pedi r , según t en í an de c o ; -t u m b r e : «¡Garchot, Garchot ! ¡Nues t ro koblarih L o s pas to re s , fo rmados en dos filas, a g u a r d a b a n el t o ­que de la chirola p a r a ba i la r la mutill-dantza, p r e ­ludio t r ad ic iona l del «Canto de Astobizkar».

Ga rcho t no parec ía . P r e g u n t a b a n p o r él, y n a d i e daba r azón . Los pas to res refer ían que con ellos h a ­bía vue l to de misa y comido; que u n fraile le l l amó d e p a r t e del a b a d , y se despidió «hasta luego». E n ­t r ó u n a m o z a a ldu idesa con u n g ran fajo de leña , y les dio a lgunas n u e v a s .

—Le h e t o p a d o en el camino d e A u r i t z (1); i b a con el mer ino de Sangüesa y sus m e s n a d e r o s .

Maravi l ló la not ic ia y cavi laron m u c h o sobre ella. Mas como Garcho t e ra guía y m u y sabedor de los pa ra j e s , imag ina ron la r azón d e la ausencia ; se a q u i e t a r o n p r o n t o , y an t e s de que la noche cer rase , se d i spersaron , ve red i t a s a r r iba , ve red i t a s a b a j o , los romeros euska ldunas , hac ia los baserris y a ldeas .

V I

L a l eñado ra a lduidesa dijo ve rdad : Garcho t , el m e r i n o y su familia caba lgaban po r el camino d e Aur i t z , 23ero p r o n t o torc ie ron a la i zqu ie rda y t ó -

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61 ' m a r ó n el d e Orba ra . I b a G a r c h o t de a m o h i n a d o t a l a n t e , a caballo sobre una, acémila . L e r a j a b a los o ídos el acen to impera t ivo del a b a d n u e v o , c u a n d o o r d e n ó al t r u j a m á n , q u e le dijo:

—Servicio de la Iglesia. V a y a con el m e r i n o , y obedózca le en todo por el b ien de la Iglesia .

L a cosa, a pesa r d e l a so lemne invocac ión , n o v a l d r í a u n t a m b o r i l viejo. Cuentos de b a n i d o s en las s ierras l imítrofes, y miedo frai luno; ¡pero si los ban idos , po r desa lmados que fuesen, j a m á s moles­t a b a n a los peregr inos , y m u c h o menos a S a n t a Ma­r í a de Orreaga, de la que e ran devo tos ! Esos frailes n u e v o s , en m a l h o r a t r a ídos po r D . Sancho , ¿qué s a b í a n d e ta les cosas? Sab ían , en cambio , lo q u e d e b i e r a n ignorar : q u e él, Garcho t , e ra guía expe r ­t í s imo, y po r es ta r azón le e c h a b a n a en med io d e los m o n t e s , en d ía t a n seña lado p a r a l lenarse l a es­carcela de sueldos, c a n t a n d o el Astobizkar y o t r a s canciones . E s t o s pensamien tos e sca raba jeaban el m a g í n d e Garcho t .

E l camino i ba p a r a la rgo, sin d u d a ; f a ldeaban el A r e t a y se d iv i saban los r iscos d e Abodi .

Garcho t , d e r r a m á n d o s e en impaciencia , se resol­v ió a p r e g u n t a r :

—Seor mer ino : ¿adonde y p o r qué v a m o s , si n o p e c a n las p r e g u n t a s ?

Yenego Mar t in iz de Ai b a r volvió med io c u e r p o sob re la silla y dijo:

—Acérca t e , Ga rcho t amigo. Me h a b í a j u r a d o a m í mismo no h a b l a r t e del caso m i e n t r a s t ú , el in­t e re sado , no p regun tases .

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (64)

62 — ¿ Y o in te resado? N o lo en t i endo . Mi in te rés dé ­

jelo en Orreaga . P e r o ¿adonde y p o r q u é vamos? E l mer ino se r iyó e s t r ep i tosamen te . — P o r el b ien d e la Iglesia, y a I t z a l t z u . — ¿ A m i pueb lo? — A t u pueb lo . — P e r o si en m i pueb lo n ingún quehace r m e es­

pe r a . — E s o t ú lo ve rá s . — Y o sirvo a la a b a d í a de Orreaga: soy su co­

llazo. — Y a no lo eres. L a a b a d í a t e dec la ra h o m b r e

f ranco. —¡Dios la colme d e beneficios! — A q u í e s t á la c a r t a de l i be r t ad y u n a bolsa d e

d inero p a r a q u e compres v a c a s u ovejas , o lo q u e mejor t e cuad re .

E l mer ino p resen tó c a r t a y bolsa a Garcho t , q u e f ro taba sus ojos como qu ien se desp ie r t a .

—¡Bend i to Dios y sus frai les!—gri taba p a l m o -t e a n d o — . ¡Bendi tos , bend i tos !

— P o n e n u n a condición: n o h a s de p isar Or reaga en t u v ida .

Garcho t , a quien t u r b ó u n p o q u i t o el anunc io d e l a condición, se t a m b a l e ó d e r isa.

— ¿ P i e n s a n q u e soy t o n t o ? ¿Volver allí? ¿ P a r a qué? N o es que m e t r a iga ma los recuerdos . Y o gua r ­d a b a u n busto de v a c a s de la a b a d í a en los m o n t e s sa ra i t zuanos ; voló m i f a m a d e koblari, y m e l levó allá el in fan te D . R a m ó n , p a r a solaz de los rome­ros baskos y guía de los otros . Pe ro la l ibe r t ad es

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63 mejor . U n a reconvención m e ocurre , seor merino; , b i en podía is h a b e r m e comunicado l a not ic ia antes-d e salir; a h o r a m e obligáis a de sanda r los pasos .

— T e e s t á p roh ib ido e n t r a r en Orreaga . — ¡ S a n t a Mar ía m e valga! V o y a recoger a m i

h i jo , a m i gent i l Mikelot . — T u hijo p e r m a n e c e r á en la abad í a . —¿Cómo? Soy franco; m i hijo t a m b i é n . — N o t e lo d i spu to ; pe ro la a b a d í a es p o d e r o s a ,

y t ú , u n mísero pas to r . Dicen q u e la de Mikelot es-voz de ángel . Quieren q u e a p r e n d a a c a n t a r la» canciones d e ellos y las de la Iglesia. L e d a r á n b u e ­n a v ida . Acaso llegue a ser fraile, ¡y a u n a b a d ! R e ­s ígna te , Garchot ; n o des coces con t r a los c lavos .

—Sí , sí; le d a r á n b u e n a v ida ; pe ro él prefiere la pob reza conmigo, q u e soy su p a d r e , y en m í a d o r a ; con s u p a d r e , q u e le enseñó las canciones d e l a t ie ­r r a , m á s vie jas y m á s n u e s t r a s q u e los árboles d e l I r a t i . N o nació el ru i señor p a r a r epe t i r los grazni ­dos d e los cuervos .

Ga rcho t l e v a n t a b a las m a n o s a l cielo y corr ían l ágr imas po r sus carri l los a t ezados .

E l mer ino le con templó unos in s t an t e s , con l á s t i ­m a ; p e r o la d u r a condición de su oficio se sobre­p u s o .

— S o b r a n los g imoteos , Garcho t . L á g r i m a s n o q u e b r a n t a n peñas ; ¡si fuesen l ibras d e sanche tes ! Me rogaron q u e t e a c o m p a ñ a s e h a s t a I t z a l t z u ; p e r o m e i m p o r t a l legar p r o n t o a Va l d e Arze . D e a q u í a r r a n c a el c a m i n o b reve . ¿Me p r o m e t e s prosegui r e l t u y o sin re t roceder? H o y es imposible q u e l ie-

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g u e s al pueblo . L a s ve redas cubier tas de n ieve , l a noche cercana. . .

Ga rcho t t i t u b e ó . Sus propós i tos y p r o y e c t o s r e ­ñ í a n en t r e sí. Dijo al cabo:

— O s p r o m e t o , seor m e r i n o , es ta r m a ñ a n a en I t ­z a l t z u ; después . . . Dios d i rá .

— B u e n o ; el «después» es cosa t u y a . Res ígna t e ; j ad iós !

E l m e r i n o y su familia t o m a r o n la v e r e d a de la •derecha. Ga rcho t t end ió l a v i s t a po r el c a m p o de­s i e r t o , y como descubriese las luces t r é m u l a s de las A b a u r r e a s , sobre l a n ieve b l anca y e n t r e los árboles aiegros, a ellas encaminó sus pasos afligidos.

V I I

Al almirat (1) d e Sa rasa i t zu en Ochagab ía se p re ­s e n t ó Garcho t p a r a que certificase el cumpl imien to d e su p a l a b r a al mer ino ; sa ludó a sus pa r i en te s y •amigos de I t z a l t zu , y les mani fes tó su p ropós i to d e m o r a r en l a s ierra, ded icado a l pas to reo , oficio d e s u j u v e n t u d .

El igió solar en el t é rmino de E l k o r r e t a , d iminu­t o y e m p i n a d o vallecillo, c i rcundado de p e ñ a s q u e f o r m a b a n dos angos tos port i l los de e n t r a d a y sali­d a . E n el cen t ro l evan tó la b o r d a , y j u n t o a las pe ­ñ a s , de m o d o q u e és tas s irviesen de p a r e d t r a se ra ,

(1) Llamado también almirante. Era un funcionario que ejer­cía atribuciones análogas a las de un alcalde y bayle sobre una comarca más o menos extensa.

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los cubil los del g a n a d o , defendidos, con zanjas y cepos , de zorros y lobos. L a s faldas d e la m o n t a ñ a , c u b i e r t a s de h ie rba fina y tup idos helechales , da­b a n p a s t o invernizo y veraniego. Allí, envue l to po r las n ieblas , convecino de las águilas y de los bu i t r e s , e n c o m p a ñ í a de dos a lanos negros , m o r a b a Gar­c h o t . Los días de fiesta b a j a b a a oír misa; le convi­d a b a n , y él p a g a b a la comida con canciones . Al anochece r se volv ía a la b o r d a , que en chanza de­n o m i n a b a n echarri los del pueb lo .

E f e c t i v a m e n t e , u n casti l lo n a t u r a l e r a la h a b i t a ­c ión q u e p a r a sí m i smo hab í a d i spues to el koblari. U n par d e h o m b r e s e n c a r a m a d o s a los r iscos, con só lo empu ja r peñascos , cer rar ían los port i l los a m u c h o s y los despachur ra r í an . N o o t r a cua lqu ie ra m e n o s eficaz defensa p e n s a b a pone r en ejecución para imped i r q u e a Mikelot le separasen d e s u l ado , d e s p u é s q u e le recuperase .

J u n t a r s e a s u hijo e r a p e n s a m i e n t o q u e n o se le b o r r a b a de la m e n t e , y deseo que no se le a p a g a b a e n el corazón . L a ausencia , c u a n t o m á s d u r a b a , con m a y o r í m p e t u a v e n t a b a la hoguera . P u e s t o fin a t o d o s sus aperc ib imien tos de casa y v i d a , volvió los o jos a su b lanco , y t r azó dibujos p a r a reconquis­t a r a Mikelot . D e n t r o de E t z a n d e g i h a b r í a qu ien le a y u d a s e : t odos y cada u n o de los pas to res . Así fué. Convenido en ello con s u hi jo, és te , u n a no­c h e , se descolgó desde la v e n t a n a a los b razos del p a d r e .

¡Cuan a p r e n s a d a m e n t e se ab raza ron ! ¡Cuánto se a p r e t a r o n las manos ! ¡Cuánto sus lágr imas se mez-

N AERACIONES BASKAS. 5

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ciaron! ¡Efusión de afectos silenciosos de amor , p o r miedo a q u e a lguien les oyese! Garcho t , con a som­b ro , p a l p a b a los h á b i t o s t a la res de su hi jo . Después p regun ta r í a ; a h o r a t o c a b a n a h u i r p o r lo m á s in­t r incado de los bosques . . . L a s r a m a s les a r a ñ a n la cara ; las espinas les p u n z a n las p ie rnas ; u lu l an los b u h o s en los huecos de los árboles , desde d o n d e los m i r a n p a s a r con sus ojos amari l los ; h u y e n sobre­s a l t a d a s las ardi l las , b r incando d e á rbo l en á rbo l . D e r e p e n t e , Garcho t se p l a n t a ; su oído agudo d e m o n t a ñ é s perc ibe veloz t r o t e d e a l imaña , respi ra­ción j a d e a n t e , ba lbuciosos la t idos , r a s t r eo e n t r e ma lezas . E n a r b o l a el chuzo; se s i t ú a de l an t e d e Mi-ke lo t . «Nos perdimos—piensa,—; son los pe r ros d e la abadía.» An te s de q u e a c a b e d e aperc ib i rse a la defensa, u n cuerpo , h ú m e d o de sudor y b a r r o , s a l t a sobre él y le echa las p a t a s a los h o m b r o s . E l cho­q u e casi le t i r a a l suelo; u n a l engua e spumajosa le l a m e l a cara .

—¡Ah , eres t ú , Ocháburu, leal amigo! E l m a s t í n , a l comprende r q u e le conocen, l a d r a ,

loco de alegría. Los t res j u n t o s r e a n u d a r o n el v ia je , p o r q u e á

Ochaburu n o h a y m o d o de obligarle a d e s a n d a r sus pasos . Sigue, cor re teando al r e to r t e ro , el c amino d e E l k o r r e t a .

Cuando el Sol , con su p r imer beso de fuego, h izo que se rubor izase la n ieve p ú d i c a de Ori, los cami ­n a n t e s se de tuv ie ron . G a r c h o t en tonces ap lacó s u ans ia po r c o n t e m p l a r a la luz c lara el ro s t ro d e Mikelot .

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•—¿Qué t r a j e l levas, hi jo mío? ¿Eres fraile acaso? — N ó , a u n no ; pe ro con m u c h o s ha lagos y r eque­

r imien tos p r o c u r a n inc l ina rme a ello. Vis to el h á ­b i to de novic io , y el mes ven ide ro , si allí e s tuv ie ra yo . . . ¿Pero n o vo lveré , pad re?

— ¡ N o , hi jo! ¡Enjuga t u s lágr imas! Viv i remos j u n ­tos en el m o n t e , p a s t o r e a n d o ovejas y vacas .

—¿Ovejas? Mi sueño , p a d r e — p a l m o t e o el m u ­c h a c h o .

— ¿ P a r a q u é t e qu ie ren? — P a r a c a n t a r las n u e v a s canciones , las de o t r a s

t i e r ras y o t ro lenguaje . Dicen much í s imas cosas b u e n a s de m i voz; q u e n o h a y o t r a igual dicen; sobre t o d o s descuel la f ray Turo ldo . . . ¿Sabe, pad re? E l a b a d foras te ro se m a r c h ó ; D . M a r t í n n o es a b a d de Or reaga como a n t e s , es a b a d d e monjes ; t o m ó el h á b i t o de ellos. D ice q u e n o se h a de c a n t a r e n ba skuenze , s ino e n el i d ioma d e los peregr inos .

— ¿ E s o D . Mar t ín? ¡Sangre b e n d i t a de Cris to , h a b l a como u n t ra idor ! ¿Y l a pa t r i a?

—Dice que el b i en de la Rel ig ión, o lo q u e los h o m b r e s d e juicio r ec to p iensen q u e es el b i en d e la Rel igión, a p a r t a a lo d e m á s . Car lomagno es san­t o , o poco menos ; guerreó s i empre con t r a los paga ­nos ; sacó a los pamploneses de e n t r e las ga r r a s d e los moros . Deci r q u e guerreó c o n t r a los euska ldu-n a s cr is t ianos po r ambic ión , como decimos nos ­o t ros , es v i l ipendiar le . Cuando po r obediencia can­t a b a y o la «Canción de Roldan», p e n s a n d o en vos , l loraba. ¡Ojalá se m e hub iese secado la voz e n l a g a r g a n t a ! ¡Ojalá hub iese sonado como el aul l ido del

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68 lobo, como el si lbido de las cu lebras , como el g raz­nido de los cuervos!

Garcho t a b r a z ó a s u hi jo, y volv iéndose hac i a los r a d i a n t e s P i r ineos c res tados , g r i tó :

—¡Montes de mi pa t r i a : os j u ro q u e la voz de mi hijo sólo c a n t a r á v u e s t r a s canciones!

V I I I

Ga rcho t d u r a n t e los p r imeros d ías y las p r i m e ­as s e m a n a s n o t u v o sosiego. Sub ía va r i a s veces a

los peñascales de E l k o r r e t a , y desde allí escudr iña­ba con v i s t a de mi l ano los caminos , sendas y ve re ­d a s del val le . T e m í a q u e «los de Orreaga» le qu i t a ­sen el h i jo , o r a con m a n d a t o s q u e t r a e r í a n , o r a sin o t r a r azón q u e la fuerza. P o r es te recelo, cua lqu ie r gavi l la d e gen te , sobre t o d o si luc ían a r m a s , le inci­t a b a a e x t r e m a r su cau te la . E l t e m í a p r inc ipa lmen­t e a los domingos y fiestas; p a d r e e h i jo o ían misa , pe ro m u d a n d o d e iglesias y e n t r a n d o ind i s t i n t a ­m e n t e en las de t o d a s las a ldeas c o m a r c a n a s , p o r lejos q u e cayesen. D e noche le d a b a f ianzas la v i ­g i lan te g u a r d a de los per ros , conocidos y a en el c o n t o m o p o r s u fiera l ea l tad . Mikelot p a s t o r e a b a las ovejas y le p o n í a n en sa lvo las f ragosidades d e Abodi d e t o d o asa l to foras tero . L e a c o m p a ñ a b a s iempre Ochaburu, que h a b r í a l legado al p u n t o d e de jarse despedaza r po r defenderle . Los vecinos d e I t z a l t z u , orgullosos de s u hoblari, e r a n o t ros t a n t o s celadores vo lun ta r ios del pel igro. Corr ían las sema­nas , corr ían los meses, y n ingún i n t e n t o hos t i l se

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produc ía . G a r c h o t poco a poco fué de jando de t e ­mer : supuso que «los de Orreaga» h a b í a n r e n u n ­c iado a s u pre tens iones , m e n o s v ivas , s in d u d a , de lo q u e él imaginó ; a sí m i smo acusóse de caviloso t emera r io . E l a b a d Mar t ín , h o m b r e rec to , q u e des­de m u c h o s a ñ o s a t r á s le e s t imaba , ¿cómo h a b í a de incur r i r e n la c rue ldad d e r o m p e r los v ínculos sa­c rosan tos d e la familia?

Con es tas r i sueñas imaginaciones , m á s que n u n ­ca encendidas , e n t r ó a oír mi sa Garcho t , a c o m p a ­ñ a d o de su hi jo, en la iglesia d e I t z a l t z u , el domin­go p r imero de oc tub re . Oohaburu, s egún cos tum­b r e , se quedó en la p u e r t a . Al a lzar se le figuró a G a r c h o t oír r u ido d e h e r r a d u r a s e n l a p laza . Como el h u m o de g igantesca hogue ra obscurece el cielo, t odos los t emores de a n t a ñ o le ennegrec ieron l a m e n t e . Dos o t r e s re l inchos d is iparon el deseo d e h a b e r o ído m a l . Después percibió t in t ineos acera­dos y r u m o r lugareño . Los fieles se m i r a b a n u n o s a o t ros , desazonados . Y a no p u d o rezar ; el m a z o del m iedo le go lpeaba el corazón.

Concluida la misa , vio q u e en la p l aza e s t a b a el mer ino D . Yenego Mart in iz de Aibar , r odeado d e su ost; a s u derecha , u n mon je de Orreaga , y de­t r á s , u n h e r m a n o lego ten iendo del ronza l u n m u l o . L a s viejas a s o m a b a n las cabezas po r las v e n t a n a s .

E l m e r i n o divisó en seguida a Garcho t , y le g r i tó i m p e r a t i v a m e n t e :

—¡Hola , sobre vos vengo! Acercaos con el r apaz , y escuchad lo q u e es te h o m b r e d e o rden h a de de­ciros.

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (72)

- Garcho t , t r enzándose le las p i e rnas d e m i e d o , se a p r o x i m ó ; Mikelot , s iguiéndole, l loraba.

E l monje desdobló u n p e r g a m i n o y leyó la c a r t a de l a b a d D . M a r t í n d e Roncesva l les , r equ i r i endo a G a r c h o t de I t z a l t z u q u e pusiese a su hi jo Mikelot , collazo del monas t e r io y ofrecido a l servicio d e S a n t a Mar ía , en m a n o s de l r equ i r en t e , y p o r s u p rocurac ión , en las de fray Ambros io del E s p i n a l e -to (1), y as imismo devolviese el pe r ro m a s t í n , cuyo n o m b r e es Ochaburu, r o b a d o p o r el susodicho Gar ­cho t , debajo de la p e n a de cinco l ibras , seis sueldos y diez y ocho d ineros .

Ga rcho t m i r ó al suelo, a n o n a d a d o ; so l lozando, dijo:

—Mike lo t es l ibre como yo . — E s o lo ple i tearéis e n la Cort , s egún os lo a d ­

v e r t í a s u t i e m p o . V e n g a el r a p a z , y m ó n t e n l e sobre el m u l o . Y o m e lo l levo, a b u e n a s o a m a l a s .

Dos mesnade ros del mer ino se d i spus ie ron a c u m ­pl i r l a orden; Mikelot se a b r a z ó l lo rando a las p ier ­n a s d e Garcho t .

— ¡ P a d r e , p a d r e ! — g r i t a b a con voz l í m p i d a c o m o l a n i eve v i rgen .

Ochaburu, en p a r a d a , g ruñ ía , recogiendo los l a ­b ios sobre los colmillos.

F r a y Ambros io , b o n a c h o n a m e n t e , se a p e ó d e s u m u l o y se llegó a Mikelot . L e acar ició la cabeza y le a t u s ó el cabel lo enc respado :

— H i j o , n o t e v a m o s a desollar; s e réna te . S o b r a

(1) Espinal; aurüzperrí en baskuenze.

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (73)

71 ©1 ber r inche . Cuida de no r a j a r t e esa voz que h a d e volver a embelesarnos en los can t a r e s de iglesia y d e gesta . Aei ié rda te del m u c h o b ien q u e t e h a ­c íamos en E t z a n d e g i . E r e s la p u p i l a de nues t ros ojos.

Al m u c h a c h o , como suele en los de s u e d a d , el t r a t o cariñoso le sirvió de l e v a d u r a q u e ag r i a la p e n a . P a t a l e ó , ber reó y pegó codazos y p u n t a p i é s a l mon je , p o r que le sol tase . F r a y Ambros io , enco­giéndose de h o m b r o s , h izo u n a seña a los m e s n a -d e r o s y les dejó el campo l ibre . Perc ib ió la Garcho t , y m i e n t r a s los mesnaderos se a p e a b a n , t o m ó de l suelo u n a pel la de b a r r o , ap re tó la g a r g a n t a de Mi-ke lo t , y en la boca del chico, d e s m e s u r a d a m e n t e a b i e r t a , m e t i ó la pel la y tapiósela con l a m a n o .

—¡Ah, f ray Mar t ín—clamó e s t e n t ó r e a m e n t e — , cómo nos m a t a s ! ¡Que el demonio c a n t e t u s m a i ­t ines !

Mikelo t , asfixiado, cayó, como u n m o n t ó n de ro ­p a s sin cuerpo , a los pies de su p a d r e . Sonó u n g r i to d e e s p a n t o . Ochaburu mau l ló l a s t i m e r a m e n t e y se a r r i m ó al m u c h a c h o , po r lamer le la ca ra . G a r c h o t , c l a v a d a s las u ñ a s en l a cabeza , sa l tones los ojos y fijos en el m u e r t o , b r i l l an tes de l ág r imas los ca­rr i l los , se t a m b a l e a b a como beodo . D e su pecho p a l p i t a n t e sa l ían ayes cavernosos , gr i to d e furia y l a m e n t o de p a d r e en u n o .

E l m e r i n o , r e p o r t a d o d e la sorpresa y de l enfu­rec imien to q u e le causó el c r imen, dio ó rdenes , y G a r c h o t fué m a n i a t a d o y a t a d o a la cola del m u l o s in ca rga .

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I X

A la p l a c e t a de I t z a l t z u le fa l ta y a espacio p a r a con tener la m u c h e d u m b r e q u e al lá se j u n t a , v e ­n i d a de los lugares del val le , p o r q u e la v í spe ra se d ivu lgó la not ic ia de q u e m a ñ a n a se cumpl i r í a l a p e n a de m u e r t e en hoguera , i m p u e s t a a G a r c h o t .

L a leña, ap i l ada en t o rno del pos t e d o n d e b r i ­l lan la argol la y las cadenas d e h ier ro , a t e s t i g u a q u e la not ic ia era cier ta . L a gen te d i spu t a . Los pareceres e s t án divididos: los foras teros , acaso en­vidiosos del r e n o m b r e con que el koblari condecora­b a a I t z a l t zu , a p r u e b a n el suplicio; los m o r a d o r e s , compadec idos , a t e n ú a n la eno rmidad de l de l i to , r a ­zón de la p e n a , y l a v i t u p e r a n de cruel , a la p a r q u e r e c u e r d a n las b u e n a s p r e n d a s de Garcho t y su n a ­t u r a l a r r e b a t o c u a n d o quis ieron a r r e b a t a r l e el h i j o .

— D e n cr i s t iana s e p u l t u r a a l hi jo q u e ah í queda? el p a d r e m e pe r t enece .

U n a t r e m e n d a a m e n a z a r e l a m p a g u e ó e n s u v o z . L a t r o p a t o m ó el camino de regreso. Ochaburu t i t u ­beó e n t r e seguir o queda r se ; po r sus ojos se e x t e n ­d í a la s o m b r a d e u n a intel igencia q u e n o a c a b a d e e n t e n d e r el caso. E l plat i l lo d e la b a l a n z a cayó de l l a d o d o n d e yac ía Mikelot , y a guisa d e leal cen t i ­ne la , ex tend ió Ochaburu s u cuerpo j u n t o a l cadá ­ver ; pe ro m i e n t r a s se m a n t u v o visible la c o m i t i v a n o cesó de a c o m p a ñ a r l a con aull idos que a u m e n t a ­b a n la cons ternac ión de la a ldea .

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73 Rép l i ca s y cont ra r rép l icas ena rdecen los án imos ; l a s r azones , a gr i tos expues tas , p r o n t o h u b i e r a n t e n i d o d e s u p a r t e m a n o s y chuzos si c ie r ta d e s t e m p l a d a boc ina y escarceo d e cabal los n o los p e r s u a d i e r a n a de ja r l as d i s p u t a s p o r m i r a r a los sucesos. H u b o remol inos , empu jones , ca ídas , y l a gen t e , y a p o r fuerza , y a de v o l u n t a d , h u b o d e ab r i r calle. E n ­t r a r o n el m e r i n o de Sangüesa , a qu ien a c o m p a ñ a b a fray Ambros io del Esp ina l e to y l a ost o famil ia o rd ina r i a d e aqué l ; en med io de los mesnade ros , e l h o m b r e q u e t o c a b a la boc ina a g a r r a b a l a p u n t a d e l doga l p u e s t o al cuello de Garcho t . Todos se a s o m ­b r a r o n d e ver le escuál ido, enco rvado , m u s t i o el c o ­lor d e la ca ra , d e s m a y a d o s los ojos, el r o s t ro comi­d o p o r las b a r b a s y cabel lera , b r o n c a s y e n c a n e ­c idas . Ves t í a s aya l negro y c a m i n a b a descalzo; a su derecha , u n monje de Roncesval les le e x h o r t a b a con u n crucifijo, q u e el infeliz b e s a b a fe rvorosa­m e n t e . Cuando divisó la l eña y la argol la , a q u e l ros t ro , q u e parec ía carecer de sangre , fué capaz d e pa l idecer m á s . E l h o m b r e de la boc ina leyó m u y despacio la sentencia , escr i ta en la t ín , y luego la rep i t ió en baskuenze . Las c a m p a n a s de la t o r r e d o ­b l a r o n a m u e r t o , y de la iglesia salieron el a b a d y los racioneros , con cruz a lzada . E l mon je , j u n t o a l m e r i n o , d a b a señales de i n q u i e t u d , d e impac ienc ia y desasosiego; l e v a n t á b a s e sobre los es t r ibos , como p a r a descubr i r algo m á s allí de las cabezas a p i ñ a ­d a s . Dos h o m b r e s t ra je ron u n b rase ro , y cebo de* r a m a s secas, v i r u t a s y pa ja . Después de u n ult imo-beso al crucifijo, Ga rcho t subió a la pi la: todos o b -

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (76)

7 4 s e r v a r o n q u e sus p ie rnas de esquele to f l aqueaban . E l ve rdugo comenzó a ceñirle la argol la . E l t r o t a r br ioso de u n cabal lo resonó sobre la ca lzada d e •Ochagabía. Dos o t r e s pe rsonas , descons iderada­m e n t e a t rope l l adas , d ieron gr i tos d e dolor y miedo . E n la p l aza parec ió u n m e s n a d e r o del mer ino de P a m p l o n a , con u n pe rgamino en l a m a n o que en­t r egó al de Sangüesa . E l mon je se s an t iguó y l evan­t ó los ojos al cielo, hench idos de g r a t i t u d . Don Y e -nego Mar t in iz de Aibar leyó el p e r g a m i n o , y gr i tó •en seguida las s iguientes pa l ab ras :

— E l rey , po r i m p o r t u n i d a d del obispo de P a m ­p l o n a y del a b a d d e Roneesva l les , r e m i t e de s u p e n a t e m p o r a l a G a r c h o t de I t z a l t z u .

R e t u m b ó u n a ac lamación es t ruendosa , y vo la ron p o r los aires capi ro tes y m o n t e r a s . H a s t a los q u e « .p robaban poco, an t e s el suplicio del fuego se ren­d í a n a h o r a al un iversa l con t en to y a y u d a b a n a des­b a r a t a r la pi la y c o r t a r el pos t e d e la argol la .

H izo señas f ray Ambros io de q u e i ba a h a b l a r . Ad iv inó la gen te q u e d i r ía cosas d e s u b s t a n c i a y p a r ó las voces y a u n t o d o m o v i m i e n t o , suspendien­d o s u a t enc ión í n t e g r a d e labios ajenos. Se a p r o x i ­m ó a Garcho t , q u e se h a b í a de jado caer sobre u n m o n t ó n d e leña y ocu l t aba el ros t ro con las m a n o s . L e l lamó t r e s veces; a la t e rcera , como qu ien se des­p i e r t a de u n sueño le tárgico, m o s t r ó el ro s t ro , des­f igu rado p o r el e s tupor .

— Ó y e m e , Garchot , y p r o c u r a e n t e n d e r m i s pa l a ­b r a s . E l r e y t e h a p e r d o n a d o la v ida ; pe ro n o h a p o d i d o n i quer ido p e r d o n a r t e las p e n a s que ' el t r i -

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75 b u n a l eclesiástico, a n t e qu ien es tás convic to y con­feso del c r imen de parr ic id io c o n t r a t u hijo Mikelot , collazo de S a n t a Mar ía de Orreaga, y de los del i tos d e b u r l a sacri lega con t r a los oficios de la Iglesia, y d e menosprec io y desaca to con t r a la reverendís i ­m a pe r sona del señor a b a d de d icha S a n t a Mar ía , t e impuso , es a saber: diez años de pen i t enc ia p ú ­bl ica, e m p a r e d a d o en u n a m a z m o r r a cons t ru ida e n e l lugar q u e t ú elijas, d o n d e t e sus ten ta rás d e las l imosnas que v o l u n t a r i a m e n t e t e echen p o r la ven ­t a n a , y t e e je rc i ta rás en oraciones, ac tos d e con­t r ic ión y a l a b a n z a al misericordiosísimo Dios y loo­res a la Virgen Mar í a d u r a n t e dichos diez años . E s t a pen i tenc ia , n a t u r a l m e n t e , n o p o d í a p rac t i ca r ­se si t e ap l i caban la p e n a m á s g r a v e del t r i b u n a l la ico; h o y sí, después del p e r d ó n del rey . P a r a q u e se c u m p l a , dec lá rame , de lan te d e es te concurso , c u á l es el lugar donde quieres es tar rec lu ido .

G a r c h o t hizo u n a d e m á n de indiferencia. — P a r a t u a t enc ión en que t e hab lo d e u n r equ i ­

s i to inexcusable y de m u c h a impor t anc i a . E l t r i b u ­na l , con ben ign idad suma , t e h a o to rgado ese bene ­ficio, y a u n privilegio, de la opción. R e c a p a c í t a l o , m a d ú r a l o .

E l silencio, al_.de los sepulcros s u p e r a b a . E n c e n ­diéronse los ojos de G a r c h o t como dos t izones en e l fondo de u n a cueva:

— ¡ E l k o r r e t a ! Su voz , casi d e m o r i b u n d o , la oyeron los m á s

d i s t a n t e s . L a m u l t i t u d p r o r r u m p i ó en gr i tos d e sor­p r e s a y e span to .

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76 —¡Infeliz! ¿Qué hab las? E s o es condena r t e a m o ­

r i r d e h a m b r e . E l k o r r e t a n o es lugar pasa je ro . N a ­die sube allá, sino a lgunos pocos pas to res . E n las c iudades y pueb los n u n c a fa l tan pe r sonas ca r i t a t i ­v a s q u e favorecen a los e m p a r e d a d o s . Concedo q u e al pr inc ip io , p o r ser t ú quer ido de los d e t u p u e b l o , t e m a n t e n g a n con sus l imosnas ; pe ro se h a s t i a r á n d e ello: el h o m b r e es voluble y perezoso. F in jo q u e n o t e h e oído. Seña la o t ro lugar m e n o s fiero, o p e ­recerás d e h a m b r e y sed.

—¡Morir es mi anhe lo , f ray Ambros io ! Si la l ey d e Dios lo permi t iese , m e m a t a r í a . Confieso q u e la m u e r t e en hoguera—¡Dios se lo p remie a l r e y y a mis d e m á s va ledores!—me a c o b a r d a b a . D e cual­quier m o d o , ¡bien venida! D a d m e la voz del t r u e n o , y g r i t a ré sin descanso: ¡Elkorre ta! ¡Elkor re ta !

F r a y Ambros io le exhor tó d e n u e v o , i nú t i lmen te , a que revocase u n a decisión t a n cruel , desespera­d a y peligrosa. Convencido de la ineficacia de sus exhor tac iones , admin i s t ró el único remedio p u e s t o deba jo de su m a n o .

— P o r demos t r a r la miser icordia i nago tab l e de l a Ig les ia—dijo—, hago uso de las facul tades que p a r a es tos casos m e h a concedido el t r i b u n a l , y en n o m ­bre de N u e s t r a Señora de Orreaga reduzco a cinco años la p e n a de reclusión y la pen i t enc ia p ú b l i c a i m p u e s t a a Garchot de I t za l t zu .

E l pueblo , de jándose l levar d e la cor r ien te com­pas iva , repi t ió sus aplausos . E l monje , c ruzados los brazos sobre el pecho , f runcido el en t rece jo , t r i s t e la m i r a d a , dijo en t re sí: «Veremos si ese p a l m o t e o ,

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77 fácil d e sonar , anunc ia u n bien c imen tado p r o p ó ­s i to de socorrer a Garcho t . Mas ¿qué va rón p r u ­d e n t e se confiará en la f i rmeza de la m u l t i t u d , n u b e d e polvo y hojas secas q u e el v ien to del capr icho t r a e y l leva, l e v a n t a y der r iba? ¡Cinco años ! N o los c u e n t a n los hijos p a r a olvidarse de sus padres.»

L a p laza se fué vac i ando . E n med io d e ella que ­d a r o n Garcho t y los mesnade ros q u e le g u a r d a b a n . Los monjes y el Merino en t r a ron en la casa abacia l , d o n d e e s t a b a n conv idados a comer .

X

E l invierno del año 1110 fué e x t r a o r d i n a r i a m e n ­t e c rudo en los m o n t e s d e N a b a r r a . Cerráronse d u ­r a n t e var ios meses los pue r tos . Sucedíanse el hielo a l a n ieve y la n ieve al hielo, según r i t m o que al pa recer t o m ó l a n o t a de p e r p e t u o . L a s poblac io­nes q u e t r a í a n sus m a n t e n i m i e n t o s de fuera p a ­decieron h a m b r e . E n las m o n t a ñ a s se q u e m a r o n can t idades enormes de leña, y pud ie ron los h a b i t a n ­t e s , den t ro de las ampl ia s cocinas , bur la rse del frío; pe ro los r ibereños, en sus l l anuras sin árboles b a ­r r idas po r el n o r t e , c o r t a n t e como las m á s f inas hojas de acero, se v ieron reduc idos a descepar p re ­ciosas v iñas , so p e n a de mor i r helados .

A fines de marzo el t i empo abonanzó r e p e n t i n a ­m e n t e . Soplaron los v ien tos desde c u a d r a n t e s m e ­nos i n h u m a n o s ; t emplóse el a ire con los r ayos d e la p r imave ra ; l legaron m e n u d a s l luvias en las sua-

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78 ves a las del sur , y la n i eve pe t r i f icada comenzó a d e r r a m a r s e en sa l ta r ines a r royos pa r le ros , a la p a r que las veredas cruj ían debajo de las y a desacos­t u m b r a d a s p l a n t a s de los m á s precoces c a m i n a n t e s .

A pesa r de la escabros idad del camino , a t r echos h o n d a ciénaga, a t rechos cr is ta l ina superficie d e nieve, roído a q u í po r de r rumbade ros , allí co r t ado p o r impe tuosos to r r en te s , c ier ta m a ñ a n a de las p r i ­m e r a s de abr i l s u b í a n t res h o m b r e s hac i a E lko r r e -fca. E r a n : el a lcalde de I t za l t zu , J o h a n Lopeyz d e Gar ro tze , y dos vecinos de l a vil la, E s t e b a n Sán-ehiz de Z a m a i n b u r u y B e r ñ a t Miguéliz d e Arp ide . S u b í a n por cumpl i r el encargo que del señor a b a d recibieran de l levar a l imentos al recluso G a r c h o t , acaso y a m u e r t o d e frío y h a m b r e , según t e m o r d e todos .

Ágiles los t res mon tañese s , de m u c h o a g u a n t e a l cansancio , cr iados a sub i r y ba ja r m o n t e s , n u n c a lo demos t r a ron mejor que aque l d ía , venc iendo los obs táculos q u e sobre los na tu ra l e s del t e r r eno el t e m p o r a l de nieves h a b í a a c u m u l a d o . Cuando to ­ca ron los riscos de E l k o r r e t a , con fango h a s t a las cejas y ca ladas de a g u a las ropas , s u d a b a n como en las e ras de agos to . Abr igáronse con las z a m a r r a s y t o m a r o n a l ien to .

— D e ba lde nos h a b r e m o s cansado—di jo Zamain ­b u r u — ; es imposible que el infeliz h a y a res is t ido a t a n la rga soledad; p r o n t o se le h a b r á n a g o t a d o las pocas provis iones .

— A h o r a lo veremos—repl icó el a lcalde. E n t r a r o n los t res por el por t i l lo al es t recho y

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7S> cor to val le . D o n d e se a lzaron la b o r d a y los c u b i ­llos veíase a h o r a u n to r reón r e d o n d o , de p i e d r a , n o m á s a l to q u e el doble d e u n a e s t a t u r a o r d i n a r i a d e h o m b r e , y de h a s t a ve in t e pies d e c i rcunferencia in­ter ior . Comunicábase con lo ex ter ior po r u n a sola v e n t a n a c u a d r a d a , q u e gruesos b a r r o t e s de hierro-en fo rma de cruz ce r raban . E l t o r r eón n o t e n í a p u e r t a .

Cuando los mon tañese s p e n e t r a r o n en el va l l e -ci to , alzó el vuelo t ina b a n d a de cuervos, g r a z n a n d o fur iosamente . Quedó descubie r ta la ca r roña d e u n pe r ro , t e m b l o n a a ú n d e los p ico tazos recibidos. L a cabeza , med io devo rada , la conoció en seguida A r p i d e .

— ¡ E s Ochaburu!—exclamó—. ¡Pobre y noble-an ima l !

E l a lcalde mi ró po r la v e n t a n a a la celda. L legó­le u n v a h o n a u s e a b u n d o q u e la i nmund ic i a , a m o n ­t o n a d a en u n r incón, despedía . E n el cen t ro , s o b r e c a m a d e p a j a y h ie rba , veíase u n m o n t ó n d e dos o t res pieles d e carnero q u e d ibu j aban confusamen te el con to rno de u n cuerpo h u m a n o . U n a t a b l a con­t en í a el a jua r del recluso: escudilla, p u c h e r o y j a ­r r o , vacíos t o t a l m e n t e ; a la p a r e d f rontera se a p o ­y a b a u n banco movib le que en aque l la posición parec ía p e a n a de la cruz q u e h a s t a el t echo h a b í a n t r a z a d o con p i n t u r a negra .

E l alcalde se puso a da r gr i tos p o r q u e observó-en las pel lejas cier to m o v i m i e n t o ondean t e .

— R e s p i r a todav ía—di jo a svis c o m p a ñ e r o s — . ¡Garchot , Garcho t ! ¡Hola! Somos noso t ros . Te t r a e -

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80 m o s comida y beb ida . Bien g a n a d o las h a b r á s . S i n o t e h a s m u e r t o , sin d u d a eres i n m o r t a l .

Oyéronse quejas y ba lbuceos , seguidos de u n susp i ro m u y h o n d o . P o r fin aparec ió e n t r e los ve ­l lones l a ca ra de Garcho t , d e m a c r a d a y r educ ida a nar iz p u n t i a g u d a d e cadáve r y ojos mor tec inos ; la piel , p e g a d a a los pu ros huesos , desaparec ía deba jo d e los cabellos, cejas y b a r b a s ; así , el r o s t ro t e n í a f igura d e hocico an imaleseo .

— L e v á n t a t e , Garcho t , acé rca te a la v e n t a n a . T e t r a e m o s p a n , v ino , berzas en acei te , ca rne ; v a m o s a encender hoguera p o r q u e comas conducho . A n t e s d e t o d o , u n t ragui l lo .

Ga rcho t sen tóse a d u r a s p e n a s . E s t a b a m e d i o a le lado ; h a b í a n de repet i r le t res y cua t ro veces las f rases . Arp ide le t end ió el makilla p a r a que a él se aga r rase . Después de p r o b a t i n a s inf ruc tuosas logró pone r se d e p ie , y a r ra s t r ándo los , d a r l a m e d i a d o ­c e n a de pa~ os en t r e el c amas t ro y l a v e n t a n a . ( E l alcalde le p resen tó u n a escudil la d e v ino . T i ­róse a ella Ga rcho t con el ans ia de qu ien se h a v i s to p r i v a d o d u r a n t e largo t i e m p o d e s u b e b i d a p r ed i ­l ec ta , y la a p u r ó de u n t r a g o . Al devolver la escu­d i l l a divisó los res tos del pe r ro .

—¡Ochaburu!—gritó con voz ronca—. ¿Quién t e h a mue r to? Me le h a n m a t a d o . ¡ Infames! E r a m i «.migo, m i único amigo , el cent ine la fiel de m i cár ­cel. A n d a b a po r los m o n t e s y m e t r a í a pedazos d e c a r n e , a r r a n c a d o s a las a l imañas m u e r t a s en el c a m p o . Y o n o los p o d í a comer p o r c r u d a s y p o r p o ­d r i d a s . Compar t í con él h a s t a m i ú l t i m o m e n d r u g o

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81

d e p a n . Casi v iv íamos de aire. Cuando se convenció de q u e yo no m e a l i m e n t a b a de las carnes q u e él m e t ra ía , se resignó a mor i r . Tendióse al p ie del t o ­r reón , c lavado, sin moverse ; m e m i r a b a con sus ojos t r i s tes , t r i s tes y leales, t r a s p a s á n d o m e el p e - , cho de pena. . . ; yo le a r ro j aba migas d e pan . . . E l p a n se acabó u n día. . . «Adiós, Ochaburu—dije—, yo t a m b i é n v o y a mor i r . Adiós , amigo , h e r m a n o , hijo.» Me acostó con án imo de n o l e v a n t a r m e . . . Oía sus aul l idos las t imeros y el volar d e los cuervos q u e le acechaban . . . , y o t ros aull idos d e dolor . . . Des­p u é s , el regodeo de los cuervos en su festín. . . E s t a s noches ú l t imas fueron hor rendas . . . ; los lobos m e ­t í a n el m o r r o po r en t r e los ba r ro t e s y o l fa teaban m i cuerpo , y quer ían a r r a n c a r el h ierro con los colmi­llos hambr ien tos . . . ¡Han m u e r t o a Ochaburu/ ¡In­fames! ¿Por q u é n o m e h a n m u e r t o a mí?

Garcho t l lo raba con la fácil a b u n d a n c i a del n iño y l a sombr í a desesperación del h o m b r e . Los m o n ­tañeses , después d e ca len ta r l a olla, le i n s t igaban a comer del conducho y le hac í an p r e g u n t a s acerca d e cómo h a b í a pod ido m a n t e n e r s e d u r a n t e t a n t o t i e m p o .

-—Pero X e m e n e y t z de Aur i a m e t r a jo u n d ía g r a n r ac ión de p a n , y m e dijo: «Soy viejo y sab idor de los a c h a q u e s del t i empo; ciérnese sobre nosot ros descomuna l n e v a d a , y nad i e , en t res o c u a t r o m e ­ses, p i s a r á los m o n t e s ; come y n o desperdicies.» Grac ias al viejo d e I b a ñ e t a m e hal lá is con v ida . ¿Gracias? ¿Por q u é gracias? Mi afán de mor i r y de v iv i r son dos culebras enroscadas a m i corazón; al-

' ÜÍABRAOIONES JiASKAS. 6

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82 t e r n a t i v a m e n t e m e muerden . . . ; a h o r a m e gus t a r í a mor i r . Cuando Ochaburu resuci te , r e suc i t a ré y o .

Garcho t coronó la insensatez de su frase con r isa insensa ta . Los efectos de espan to , d e r emord imien­to , de angus t i a , de t r i s teza y desesperación, q u e h a b í a n y a r e squebra jado la co rdu ra de su m e n t e en l a soledad de la celda, a caba ron de desmoronar le con los efectos de la ex tenuac ión y del v ino . A la p r i m e r a ca rca jada siguió o t r a y o t ras , h a s t a que le fal tó el a l i en to . Se le d e m u d a b a el s emblan t e ; t r a s de la exa l tac ión ven ía el a b a t i m i e n t o m o r t a l , según lo m o s t r a b a la pal idez cadavér ica de las mej i l las . Los mon tañese s por f i aban po r que comiese.

—¡Vas a m o r i r t e de hambre !—le av i saban . Ga rcho t escupía los bocados de a l imen to , sin po­

derlos pasa r . — E l h a m b r e no m e m a t a r á , no . . . ¡Si es tuviese en

la m a n o d e los hombres ! P e r o v ienen los an imales y m e a l imentan . . . los perros ; ¡ah, m i Ochaburu!...; a h o r a las pa lomas . . . m e t r a e n g ranos d e t r igo . ¡Mi­r a d cómo s u b e n volando! . . . ¡Ya l legan! U n a , d o s , t r e s , c u a t r o , cinco, mil , dos mil. . . ; ¡cuénta las b i e n , muchacho! . . . ; p a l o m i t a s del a rca , m e t e d v u e s t r o pico d e n t r o de m i boca h a m b r i e n t a . . . , p a l o m a s y pa lomas . . .

Garcho t , s acando las m a n o s fuera, s eña l aba los copos de n iebla que de los val les s u b í a n a las cum­bres . P l aqueá ron le l a s p i e rnas , y cayó r edondo a l suelo. Los m o n t a ñ e s e s , cons te rnados , a r r i m a r o n las ca ras a la re ja .

•—Las p a l o m a s huyen—di jo Garcho t e n voz m á s

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83 y m á s queda—. ¡Cuéntalas bien, m u c h a c h o ! ¡Vein­t e , doce, s iete , cinco, u n a , n i una! . . . A h o r a los lobos ol fa tean la reja. . . ; cómo re lucen sus ojos feroces... ¡Ochaburu, Ochaburu!

Procu ró gr i ta r , y no p u d o ; las flemas le cer raron la g a r g a n t a ; desmayóse el corazón, y acabó la v i d a en las congojas del ú l t imo espan to .

Casi a l m i smo t i e m p o e n t r a b a n en el val leci to u n mon je d e Roncesval les y cua t ro mon tañese s de co­mi t i va . U n o de éstos t r a í a sobre el h o m b r o u n pico.

E l mon je e ra f ray Turo ldo . Se apeó con so l tu ra del m u l o .

— R o m p e la pa red ; ab re la b recha . B a s t a n t e s años e s t u v o encer rado el pob re . Tra igo s u pe rdón .

E l a lcalde, a p a r t á n d o s e de la reja, contes tó , des­p u é s d e s a luda r r e spe tuosamen te :

•—Señor fraile, n o llega en sazón el remedio : Gar­cho t de I t z a l t zu a c a b a de exp i ra r .

—¡Dios le acoja clemente!—replicó fray Turo ldo inc l inando la cabeza .

E x p e r i m e n t ó s u m a pena , p o r q u e , sin proponér ­selo y d e ind i rec to m o d o , h a b í a sido u n a d e las causas que ocas ionaron la de sven tu r a del hoblari. Siempre abogó p o r él e i m p e t r ó ben ign idad . E l per­d ó n m i s m o , los ruegos del fraile le a lcanzaron .

Rezó u n responso y bendi jo la t ie r ra . -—Descanse donde h a padec ido . Apor t i l l a ron el t o r r eón y sacaron el cadáver y le

d ieron t i e r r a conforme al m a n d a t o de fray Turo ldo , q u e le rezó el ú l t imo responso.-

D e es ta m a n e r a , Garcho t de I t z a l t z u fué en te-

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84 r r a d o p o r T u r oído, el preclaro v a t e de La chanson de Roland, y con Garcho t a u n a , l a t r ad ic ión bas -kónica de la b a t a l l a de Orreaga, c ie r ta m a ñ a n a del mes d e abr i l del año 1110, m i e n t r a s las nieblas de los val les , m e n o s densas que las de la h is tor ia , ocul­t a b a n la s ierra de Abod i y su y e r m o d e E l k o r r e t a .

I r u ñ a , 1 de m a r z o de 1917.

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ROEDORES DEL MAR

A Joaiuin Argan.a3illa de la Certa,

I

A lo largo del d ique , pero sin alejarse ni p o r la de recha n i po r la i zqu ie rda m a y o r d i s t anc ia d e la q u e le mid ie ron en la consigna, sub ido el cuello de la c a p a h a s t a los ojos, t a n t o p o r ab r iga r se del frío p i can t e c u a n t o po r esconder la l u m b r e del cigarrillo con q u e p r o c u r a b a d i s t rae r el t ed io d e l a facción e n aque l la noche inverna l , p r i m e r a de su servicio; el ca rab inero R u p e r t o Vil luercas y R a p a d o e m b a r u ­l lábase los sesos m e d i t a n d o , fuera d e sazón, sobre si le resu l ta r ía o n o beneficioso el t r a s l ado desde los riscos de J a c a a las costas g ipuzkoanas . T r e s o c u a t r o ho ras después de apearse del t r en , casi sin dar le t i e m p o p a r a sacudi r la carboni l la y echar u n v is tazo a sa a lo jamien to , al anochecer d e u n d í a m u s t i o de d ic iembre le pus ie ron de v ig i lan te j u n t o a la bah ía . E l a g u a negra , r a y a d a l u m i n o s a m e n t e por los faroles públ icos y las l á m p a r a s domés t icas de los piieblos r ibereños , m u r m u r a b a s o r d a m e n t e . Cerca de él, con resoplidos den t ro del t úne l y es t ré­p i tos de hierro al a t r ave sa r el p u e n t e metá l ico , los

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86 t r enes i n t e r r u m p í a n el silencio n o c t u r n o , y a u n las m á s d i s t an t e s m o n t a ñ a s p r e s t a b a n sus ecos a los e s t r iden tes silbidos de las locomotoras . L a s luces domés t icas fueron apagándose suces ivamente ; dis­m i n u y ó el n ú m e r o de las públ icas y asen tóse el imper io casi abso lu to de la obscur idad , e spesada p o r la n iebla . Al o t ro l ado del t ú n e l s u b í a n las b o ­c a n a d a s de h u m o de la fábrica, q u e enrojecían los resp landores del ho rno . E l a m b i e n t e h ú m e d o cu­b r í a d e m e n u d a s go t i t a s la r o p a de l ca rab inero ; condensábase en el b o r d e del cuello, e n t r e los pe ­los lacios del b igote ; la capa_ a u m e n t a b a d e peso , y , e n vez. de abr iga r , p e g a b a la f r ia ldad al cue rpo .

«Cuasis m e paec i—exc lamó Vi l luercas—que m a n jechao al agua . E s t u es p ior que los nevazos da r r i -ba ; aque l lu e r a fríu secu. ¿Ondi h a s ven ío , R u p e r -t u , ondi?>>

Se p a s e a b a l e n t a m e n t e , p i s ando con fuerza las desiguales losas del d ique , po r desen tumecerse los pies . Chi r r iaban los casi vacíos t r a n v í a s a l sub i r la cues t a del an t iguo conven to , y s a l t a b a n chispazos eléctr icos, con los roces de los trolleys y los cables en los pos tes . L a lobreguez de la noche y la m o n o ­ton í a d e la facción e c h a b a n los pensamien to s del cent inela por el cauce de las t r i s tezas . D e j a b a apa r ­t e , s in querer lo de l i be radamen te , los gozos q u e t a m b i é n cosechó su j u v e n t u d , c u a n d o servía d e v a ­quero a orillas del Guad iana , al lá, Dios sabe d ó n d e , al lá, en s u a ldea e x t r e m e ñ a . Gozos de g a ñ á n sano , p u r a m e n t e físicos, sin aderezos n i policía, q u e n o se le e x t r a ñ a r o n del t odo , a u n q u e se le d i sminuye-

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87 r a n , m i e n t r a s fué qu in to y ca rne d e cañón en Meli-11a; y as imismo las relaciones í n t imas que con su p a i s a n a An ton ina , l a cacereña, m a n t u v o ; c r iada de servi r en Toledo, m á s dulce q u e las be l lo tas de las dehesas . . . ; pero en cambio se enseñorea ron d e su m e m o r i a los meses ú l t imos de esa m i s m a A n t o n i n a , a qu ien él h a b í a hecho reparac ión de esposo ape­n a s p u d o engancharse en el Cuerpo de Carabineros . ¡Pobre A n t o n i n a ! E l l a , t a n lozana de pechos , t a n b l a n c a y go rda de carnes que d a b a envid ia a las no­dr izas de los palacios , m e t i d a e n t r e los n iveos co­pe t e s de Sal lent , se puso flaca y mac i len ta ; la a tor ­m e n t a b a s iempre u n a sed q u e n i a u n t o d a el a g u a d e los ven t i squeros hubiese pod ido saciar , h a s t a q u e se mur ió d e p u r o t ísica, quedándose él solo, en esa e d a d que l leva a la f rente del h o m b r e m a d u r o los fugaces, pe ro n o p o r ello m e n o s melancólicos, o reos de la vejez.

R u p e r t o se p a s e a b a y d a b a vue l t a s a r r iba y aba ­j o . L a n iebla espesa, la noche lóbrega, el borbol lo­neo del a g u a e ran o t ras t a n t a s p ince ladas negras sobre sus pensamien tos . E n u n a de las vue l t a s t o p ó c o n el cent ine la del sector vecino.

—¡Hola , , e l nova to !—exc lamó és te—. Te divier­t e s , ¿eh?

—¡Me casu en Marruecos! N o v a t u n o , que soy ve t e r ano .

— L o ije po r recién ven ido . •—Paeci q u e m o s e s t a m u s e n la boca del lobo

m e s m u . —¿Gallego?

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (90)

88 •—Qnia, h o m b r e , e x t r e m e ñ o . ¿Y t ú ? — R i o j a n o , d 'A lcanadre . — P e n s é q u e d 'Aragón . — R i o j a n o s y a ragoneses , así nos v a m o s de b r u ­

tos , ¿verdad? — H o m b r i , m i u s t é , n o lo igo p o r t a n t u . — S a c a u n pit i l lo: h a s de p a g a r la n o v a t a d a , des­

p u é s d e l a gua rd i a , con u n b u e n a lmuerzo . Que pe rdone la j ue rga la p a r i e n t a .

—¡Me casu en Marruecos! N o l a t e n g u . Dios ben ­d i to m e j izu v iúo seis meses cumpl ios .

—¿N' i jos , n ' i jas , ques lo m á s p renc ipa l p a r a el cochambre y el f regáu? Red iós , compañero : a ca­sarse t o c a n . T ' a i de b u s c a r nov ia .

— D i o s t ' ech i l a s u bendic ión; as ín n o p u e o v i -vi l ; m e j ac in fa l ta los m i m u s d e m i A n t o n i n a , sus ojos cachondus . . . ¿Aquí j a b r á güeñas j embras?

— ¡ Y a lo creo! R e b u e n a s y r e t e b u e n a s ; p e r o l a m i t a d 'e l las , lo menos , y n o de las p iores , n o caen d e n t r o d e t u cazuela . H a s d ' a b l a r el bai bai, si no . . .

R a s g ó el a i re u n s i lbido. V i b r a r o n los h ie r ros de l p u e n t e , y a t o d o v a p o r salió del t ú n e l u n t r e n co r to , bu fando , echando chispas y esparc iendo roj iza h u ­m a r e d a . Los cristales, e m p a ñ a d o s , d e n o t a b a n el ca­lor in te r io r de los vagones .

•—El t r e n de lujo—dijo el r i o j ano—; ¡pa ésos es la v i d a , p a ésos! Ahí d r e n t o l l evan c a m a s y come­dores, y excusáus , y mesas y per iódicos , y ch ime­n e a s y t o d a la hos t ia . Mien t ras , a q u í , noso t ros , p o r u n a s roñosas pese tas a g u a n t a m o s los t izones d e jul io y los copos de enero .

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (91)

89>

—Pacenc ia , hi jo, u h a b e r nac ió obispo. Diga, , h e r m a n o : ¿esas pese tas son as ín , n i m á s n i m e n o s q u e l a coch ina paga?

— D e con táu ; e s t a n d o en la b a h í a , n i m á s n i menos .

— ¿ Y el con t r abando? — C u é n t a l o con los difuntos. E l c o n t r a b a n d o q u e

coges, o el q u e de jas p a s a r p o r q u e t ' u n t a n , s igue ot ros caminos: la a d u a n a y los m o n t e s . D ' a q u í , en. e s t a orilla, p o d r á s ve r cómo b r i n c a n los delf ines , cómo regolo tean las gav io t a s y cómo se pescan l a s a lmejas ; m a s n i u n a t r i s te chamar i l e ra cai ra en t u s r edes con algo q u e lo va lga . E n e s t a t i e r r a h a y m u c h o t rap icheo y m u c h o m a t u t e ; p e r o lo m e t e n pac í f icamente las mujeres , po r el t r en d o n d e ellas v ienen . E l enguaje s 'hace allá/—el r io jano s e ñ a l a b a la p a r t e de la frontera/—; otros fuman; nosot ros , e s ­c u p i m o s .

—Me giedi la not icia—replicó R u p e r t o , q u e d á n ­dose pensa t ivo u n r a t o — . Vamos , v a m o s ; h a y que-golversi a la ga i ta ; no m o s cazi el cabo .

—Mald i to si le i m p o r t a adaque l cazarnos o n o cazarnos . A h o r a es ta rá g u a p a m e n t e j ugándose al mus el i m p o r t e de la cena. A propós i to : n o t 'o lv i ­des del a lmuerzo; y a nos a jun t a r emos cuando el re levo .

—¡Corr ient i ! A u n iznoro el c ó m u t e l l a m a n . —Inda lec io Ojacas t ro . R u p e r t o r e a n u d ó su paseo en t r e l a n iebla , t a n

espesa, que a n d a b a con m u c h o miedo de echar los pies fuera de l d ique y caerse. Se e s t aba m o j a n d o

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (92)

90 c o m o si l loviera to r renc ia lmente . Prefir ió resguar­d a r s e d e n t r o de la gar i ta . Le parec ía observar que el m u r m u l l o del a g u a se iba ensordeciendo. E n c e n ­d ió o t ro pi t i l lo, y se acostó de n u e v o sobre el rega­zo d e sus pensamien tos , menos lúgubres a h o r a que los de an t e s . L a s frases de Inda lec io , acerca de la n o v i a y la h e r m o s u r a de las g ipuzkoanas , le escara­b a j e a b a n en s u poco adormecido sensual i smo m e ­r id ional . Comenzaba a t o m a r cuerpo robus to en su m e n t e la e t e r n a r azón de los v iudos re inc iden tes .

«¡Me casu en Marruecos! Asín es toy ma l : n i quien m e j a g a la compra , m e lavi la ropa , m e b a r r a los •suelos, m e cueza el ga rbanzo , m e remiend i el cal­zón , m e l lami güen mozu , m e cal ient i la c a m a d ' i -v ie rno . Too m e lo h a n de jazer p o r las cochinas p e r r a s , n a a po r el car iño ni po r el g u s t o , como la d i f u n t a A n t o n i n a . ¡Güeña era , güeña ! ¡Cualesquiá e n c u e n t r a o t r a pa re ja ! Mas t a m p o c o too lo güeno s ' acabó en el mundo.»

N u e v a s perspec t ivas , r i sueños hor izontes , p e n a s q u e se a r r inconan , alegrías que d e s p u n t a n , e n t r e t u ­v ie ron la imaginac ión de R u p e r t o , ab rev iándo le las h o r a s m o n ó t o n a s de la facción. L a n ieb la , mov i ­d a p o r el a ire fino y glacial del amanece r , pe rd í a •su hom*ogene idad , a r remol inándose en n u b a r r o n e s c u y o color gr is iento se a v i v a b a u n poco con la a u n m o r t e c i n a luz aurora l . Salió R u p e r t o de la ga r i t a , t i r i t a n d o . D e en t re la n iebla sub ie ron voces delga­d a s , como de mujeres y de chicos. B u l t o s negros , s i n fo rma d e t e r m i n a d a , a m o d o de espesamientos d e la b r u m a , se m e t í a n m a r a d e n t r o . R u p e r t o oyó

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (93)

91 chapo teo de pies , frases incomprens ib les y l l ama­d a s , con gri tos q u e pa rec ían nombres . «¡Anthoni! ¡Luisha! ¡Br ramun! ¡Turibiuchu!» Sacó el fusil de debajo de la capa , d isponiéndose a d i spa ra r c u a n d o fuera preciso. L a s voces y el chapo teo se a le jaban ; t a m p o c o se perc ib ían los borbol lones del m a r . ¿Aca­so el a g u a se h a b í a a le jado t a m b i é n ? R u p e r t o pe r ­manec ió inmóvi l y perplejo .

Llegó Inda lec io : e ra la h o r a d e re t i ra rse . —¡Cris to , se he la el a l ien to! ¿C'azes ahí? ¿T 'as

güe l to p a n t a s m a ? —¡Chut!—repl icó R u p e r t o , poniéndose el dedo

índice de lan te de los labios—. Me paece que a n d a n c o n t r a b a n d i s t a s .

Inda lec io se r iyó a ca rca jadas . —¡Quia , h o m b r e ! Son los r a tones de la p l a y a que

e n t r a n a pescar a lmejas a m a r e a ba j a . N o ve r á s cosa m á s a b u n d a n t e m i e n t r a s sigas des t inado a e s t e jo robadero , u n a vez al d ía , o dos c u a n d o alar­gan . H a y m u c h o móce t e y m o c e t a en la cuadri l la y a lgunas c u a n t a s m o z a s q u e ca lzan ba la ; d 'el las, t r e s o cua t ro m u y d inas de versen; sobre t o d a s , una ! T e la recomiendo p a nov ia . Sus c o m p a ñ e r a s son m á s l ibres q u e las gall inas, p e r o a ella n a d i e l'a e n g a t u s á u t oav í a . ¡Pimentones! ¡Míala! A u r a se m e t e en el ba r r iza l .

E l a i re h a b í a l e v a n t a d o u n t a n t i c o el ruedo de l a i n m e n s a cor t ina b r u m o s a . Descubr í a se u n t ro­zo de p l a y a e n c h a r c a d a , n e g r a d e fango. A br in ­cos sobre las p i ed ra s de la escollera, ágil como ca­b r a m o n t e s , l as s a y a s a la rod i l la y u n a ces ta sin

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t a p a al b r a z o , baj&ba u n a m u c h a c h a . Llegó a l a p l a y a , inclinó el cuerpo y mojó los dos dedos d e l a d ies t ra en el a r royue lo q u e d i scur r í a e n t r e el fango; s an t i guóse y pros iguió s u camino hac ia el cen t ro de la b a h í a . L a niebla b o r r ó a l i n - t a n t e l a fo rma ga l l a rda de l a p e s c a d o r a .

—¡Me c a s u en Marruecos! ¡Pasó c o m ' u n r a y u ! N o v i d e su cara ; m a ? al i n s t a n t e m e ije: « ¡Ruper to , l a p ieza es g ü e ñ a , paeci u n p i n u d e oro!»

I I

Cuando a la noche s iguiente e n t r ó R u p e r t o d e servicio, comprend ió p r o n t o que l a facción le p a r e ­cer ía e t e rna . I m p a c i e n t ó s e desde sus p r imeros p a ­seos de cent inela . N o sólo p o r q u e la noche , m u y fría, l luviosa y h u r a c a n a d a , convidase a t e c h a d o ; enc ima de es to , p o r q u e podr í a , t a l vez , hacerse del encon t rad izo , y , gracias a u n a inspección a boca d e j a r ro , concluir con nuevos t razos l a imagen , med io p i n t a d a en la memor i a , de l a pe scado ra aque l la .

P r e g u n t o al de a q u í y al de allá p r e g u n t o , po­niéndose m a ñ o s a m e n t e de b lanco a la b u r l a de los q u e re ían la e x p e r i m e n t a d a a l a r m a p o r los supues­tos c o n t r a b a n d i s t a s del amanece r , reunió b a s t a n ­tes not ic ias : que la l l a m a b a n L u p i t a ; que e ra m u y pob re , y a u n m á s t r a b a j a d o r a si cabe; hué r f ana y sos tén ún ico de la m a d r e i m p e d i d a y de dos h e r m a n o s peqi ieñuelos , po r lo que a t o d o se aga­r r a b a p a r a ganarse el su s t en to , cu l t i vando la huer -

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93 t a de la ru inosa a lquer ía , r e m a n d o en los ba te les , t r a y e n d o y l levando los encargos del ba r r io , la­v a n d o ropas , f regando suelos y cachar ros en las casas , y sobre todo , d i a r i amen te , sin que le a r re ­d ra sen j a m á s los calores de la canícula n i las bo­r rascas del inv ierno , hund iéndose en el fango d e la m a r i s m a al rebusco de a lmejas , o t r e p a n d o po r las p e ñ a s de la costa a cosechar percebes: l ab radora , ba te le ra , recadis ta , l avande ra , fregatriz y pescado­r a , t odo en u n a pieza; g u a p a de cara , garbosa de cuerpo y loca d e cascos, o poco menos ; c an t a r í na , r e idora y ba i la r ina ; p rovoca t i va de los hombres , de ellos s u m a m e n t e codiciada, pero sin que n inguno , h a s t a l a fecha, p u d i e r a vanaglor ia rse , con v e r d a d , d e ser o h a b e r sido su novio .

L a impaciencia , en vez de espolear el t i empo , le refrena: los vuelos d e p a l o m a t ruécanse en a n d a r de t o r t u g a . Según lo t en ía p rev i s to , le pareció a R u p e r t o la noche inacabab le . P a r a que se le hicie­se menos l levadera , le fa l ta ron el esparc imiento del m o n ó t o n o paseo y la b reve en t rev i s ta con Inda le ­cio. H u b o d e pe rmanece r cobi jado en la gar i t a , n o sin t e m o r d e que la descuajase y a r r a s t r a se po r los suelos el vendava l . E l es t ruendo e ra pavoroso , con mi l diversos ru idos y voces ensordecedoras ; ora como de caballos que ga lopan, ora de a l imañas q u e g imen y aul lan , ora de edificios que se d e r r u m b a n . L a l luvia esparcía v io l en t amen te el c auda l sin m e ­d ida de sus aguas : a r royos en las cues tas , ba lsas en el l lano. D e p r o n t o cal lábase el t u m u l t o y reina­b a u n silencio q u e parec ía p roduc ido por el t e r ro r .

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94 y a s u vez a t e r r a b a . Los e lementos , sin d u d a , des­c a n s a b a n p a r a embes t i r con nuevos br íos . E l m a r , fuera de l a b a h í a m a n s a , c l amoreaba desesperada­m e n t e al chocar con t r a las rocas . D e t a r d e en t a r d e despeñábanse po r los mon te s las ondas fragorosas del t r u e n o . R e l á m p a g o s l ívidos a g r i e t a b a n las n u ­bes , negras cuando despedían l luvia , cenic ientas cuando l ap idaban a la t ie r ra con r e b o t a n t e gra­nizo.

«¡La Virgen m e valga!—decía R u p e r t o — . Siento alguino que m 'esca raba jea i n t r o , como si jueci mieo . E s t a noche del d i ab lu v a a t e n e r ve in t i cua t ro horas.»

P e r o , a u n q u e l en tas , t r anscur r i e ron p o r sus p a ­sos, sordos a los deseos h u m a n o s , y c u a n d o sonó la s u y a clareó el d ía .

A m a i n ó el v i en to , y la l luvia t rocó sus r a c h a s en m e n u d a s go tas . L a m a r e a d e j a b a descub ie r ta la n e g r a m a r i s m a , cuyo fango casi r o z a b a n las a las b lanqu í s imas d e las gav io tas en sus incesan tes re ­vuelos . L a p l a y a pe rmanec í a sol i tar ia .

«No h a n venío las chicas—pensó R u p e r t o , des­pués de m i r a r a t e n t a m e n t e el espacio t end ido a sus pies , en t r e el d iquo y el amar i l l en to desagüe d e la r í a — n i v e n d r á n ; ¡me casu en Mar ruecos con seme­j a n t e tiempo!»

Llegó en tonces Inda lec io , y p r e g u n t ó a s u com­p a ñ e r o :

— ¿ Q u é piensas , hombre? — E e í a q u e a las m o z a s lis j ac i m a l cuerpo el

t empora l . —¡Quia! E s t á n a p r u e b a de b o m b a ; son d ' o t r a

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95 ca s t a que los de t i e r ra a d r e n t o sernos. Lo c ' ay es q u e c a d a d ía se r e t r a s a la m a r e a y e n t r a n m á s t a r ­d e a l b a ñ o . ¡Toma, a g ü e ñ a hora' hab las t e ! D ' a h í v ienen el oro, la p l a t a y el cobre , y p a r t e de la gen­t e m e n u d a .

-—No en t i endu . —Verás . L a L u p i t a es rub ia , p a s a po r la m á s

g u a p a de t o d a s , y la l l aman «El oro». Después la sigue en re t rechera la Ambros ia , y a u n q u e es m o ­r e n a , l ' a n p u e s t o p o r apodo «La pla ta». Ma tea , la t e rce ra , b izca y color de pez , es la p ieza de cobre d e la cuadr i l la . S iempre a n d a n j u n t a s . Con e l las v iene Tor ibio , ch icar rón de diez y s iete , rub io , g ü e n mozo . P ienso que é s t a s y las o t ras , es decir , l a s q u e a u n n o h a n ven ío , se lo quieren rifar; y él e n ­t r a con t o d a s , a u n q u e sean feas, pues le gus t a la b u e n a v i d a y sacar les los cua r tos , según c u e n t a n m a l a s lenguas . Como todos estos cochinos gipuz-koános , el Toribio es u n t r a g ó n de p r imera , y p ien­so q u e si le diesen a eslegir e n t r e u n a m o z a d e b u e n ve r y u n a cazuela d 'a joarr iero , eligiría la ca­zuela . Quedémonos a d a q u í u n r a t o , y h a b l a r e m o s con ellas; d ' e s ta escalera de r ru ida suelen ba j a r a la p l aya . G r i t a n y m a n o t e a n ; pa ice q u e él oro y el cobre se d i s p u t a n .

A lo largo del d ique a v a n z a b a el g rupo descr i to po r Inda lec io . Los pequeños , h a s t a m e d i a docena de n iños y n iña s de seis u ocho años , se de tuv i e ron j u n t o a los carabineros , mirándolos . A R u p e r t o le causa ron l á s t ima las p ie rnec i tas y pies a m o r a t a d o s p o r el frío, los rasgones y pe t achos de la poca r o p a ,

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« 6

•empapada y a en l luvia. N o así a Inda lec io , que les gr i tó d e s t e m p l a d a m e n t e :

— L a r g o d ' aqu í , granujas : los golfos, a l golfo. Los n iños comenzaron a reírse y a ba i la r , ha ­

c iéndole bur l a . Después ba j a ron po r los desvenci­j a d o s escalones h a s t a la escollera, d o n d e , a n t e s de me te r se en el fango, a r r e m a n g a r o n pe rne ra s y m a n g a s :

—¡No os t iréis del m o ñ o , bo tones ! ¿Qué t e su­c e d e , Matea? T ú es tás la m á s furiosa de las dos.

E l g rupo d e la gen te m o z a se p a r ó . Ma tea , la i n t e rpe l ada po r Inda lec io , e ra u n a mozue la d e cuer­p o en ju to y n e r v u d o , cut is cu r t ido po r el sol y el a i re , ojos bizcos y boca d e s d e n t a d a . E n v u e l t a en a s t roso impermeab le de mar ine ro , ca lada la capu­c h a ocu l t adora de la m a t a d e pelo , p ie rnas al a ire y s a y a s recogidas po r debajo del impermeab le , p a r e ­c í a u n h o m b r e . Con s u m a vehemenc ia replicó:

— ¿ A ver , eh , si n o t engo rasón? Ven íamos a la p l a y a , y se nos h a n venío u n o s d e la v ía , el guar -•dafreno Esp inosa , o aque l si se l l ama , y nos h a n d icho , a m í n o , de eon táu , a esa arre-sha, color d e ma í s , q u e si les quer ía servi r la mesa en la noche •de N a v i d á , q u e ellos t i enen afari-merienda en casa •de l 'Angela , un d u r o d e p r o p i n a que y a le da r í an . Y ésa , en ves de d a r las gras ias , ¿a ver , eh, eso si se hase? , les h a insu l t ao , dis iendo a ve r si i b a n a co­m e r los capones que los perroscar i le ros e r roban •de los sestos de las colasiones y agui landos . Y a q u e ­llo como si no bas t a r í a , les h a dicho a d e m á s que y o y a les servir ía a gus to po r med io du ro t a m b i é n .

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (99)

97 Y aquél los , furiosos que e s t a b a n con t r a mí , sin m i culpa , se h a n vue l to , dis iendo: que u n a fea como y o , n i de ba lde . ¡A ver , eh, po r eso les h a m e t i d o el zirri aquél la! Y a sé que soy fea; yo m i s m a n o m e h e fabricao la cara ; pero ésa t a m p o c o es t a n her­m o s a como se piensa . Y a les h e oído desir a unos señor i tos d e E a s o , el domingo pa sao , en l a p lasa d e l a mús ica , u n a s m a n o s y u n a s p a t a s d e oso que t i ene . ¡Aun n o h a n dicho o t ro t a n t o po r migo! ¡Ah, si y o fuese las vigüelas , buenos bujedos t e h a b í a d e ab r i r en la cara!

M a t e a h a b l a b a s u m a m e n t e de pr i sa . P o r ello, y po r los giros baskos de las frases y el a c e n t o basko y las deformaciones baskas de los vocablos caste­l l anos , R u p e r t o a p e n a s l e c o m p r e n d i ó l a m i t a d de l discurso. Maravi l lado a n t e la presencia de mujeres t a n desemejantes , po r su t r aza , de las q u e él e s t aba h a b i t u a d o a t r a t a r h a s t a entonces , n o desv iaba los ojos del g rupo femenino, p a r t i c u l a r m e n t e de las dos chicas cuyos apodos e ran el oro y la plata, que a él se le a n t o j a b a n sabrosos pana les d e miel s i lvestre .

— ¿ Q u é contes tas a eso, L u p i t a he rmosa?—pre ­g u n t ó Inda lec io—. Me paece que t iene r azón la Ma­t ea . E s o de l l amar ladrones sin m á s n i m á s a unos h o m b r e s q u e quieren obsequia r te , no es tá ni med io b ien . Ve rdá es que t ú eres s iempre u n a novi l la d e la s ierra . A p r e n d e a ser m a n s a como és ta .

Y a g a r r a n d o a la Ambros ia po r la c in tu ra le p l a n ­tó u n sonoro beso en m i t a d de la t o s t a d a meji l la . Los ojos verdosos de la m u c h a c h a , cristales de c a m b i a n t e s mar inos a la sombra de largas pe s t añas

NARRACIONES BASKAS. 7

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98 negras , se r e í an mal ic iosamente , a la p a r q u e los gruesos labios humedec idos .

— Y o n o m e sé en castel lano; és tas de la hale y—contes tó Lup i t a—aque l los mekagotarras, l ad ro ­nes , ¡sí! P o r el d iñero p a t o c a r m e quer ían , como t ú agora con la Ambrosh i . Cuar to ser rao y bo r ra ­chos: ¡yo sola en t re ellos! Que se v a i g a n a la chan­faina. ,

L u p i t a h a b l a b a p a u s a d a m e n t e , como p e r s o n a q u e r ebusca los vocablos y los a r t i cu la con dif icul tad. Mechones de cabello, a somados p o r debajo d e la tosca capucha q u e u n saco de harpi l le ra , t e n d i d o desde la cabeza h a s t a la corva de la p ie rna , le for­m a b a , se rv ían d e áu reo ado rno a l a ca ra , d o n d e la h e r m o s u r a h a b í a deshojado rosas y j azmines . L a ca l idad de su cut is b lanco e ra de la q u e res is te a l a t ezamien to de la in t emper ie , y sólo qu ien p a r a s e l a a t enc ión en los. bordes d e las p a r t e s c u b i e r t a s c o n t i n u a m e n t e p o r la r o p a pod ía conocer q u e el sol, el a ire y las bor rascas h a b í a n di luido su p á t i n a sobre cara , m a n o s , pies y p ie rnas . E l ru in t r a j e d e perca l descolorido, q u e la l luvia p e g a b a a las ca r ­nes , esculpía las fo rmas cenceñas del cuerpo , ágil y d u r o .

R u p e r t o a s o m b r á b a s e de ver cómo muje res a t a n toscas y ba j a s faenas ded icadas c o m b i n a b a n el v igo r h o m b r u n o con la s u a v i d a d femenina , y h e c h a s a oír, y acaso a proferir frases indecorosas y soeces, r e t en í an los signos del r eca to , p a t e n t e s en la cando­rosa se ren idad d e sus m i r a d a s y de sus ros t ros .

«¡Me casu en Marruecos!—exclamó—. E s guapa.»

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(1) iVamos, holgazanasi No es éste ahora nuestro sitio: ]a la arena, al lodol

E n seguida corrigió la fa l ta , añad iendo , m i e n t r a s m i r a b a a la Ambrosh i :

«Son guapas.» Matea , a p o y a d a en el b razo de Toribio y m u y

a r r i m a d a a él, escuchó la contes tac ión d e L u p i t a encogiéndose de h o m b r o s . P e r o el r equ iebro del ca rab inero , que n o iba a ella enderezado , le clavó la espuela. Desa fo radamen te gr i tó :

—Tira, ál/perrak !; ezi'au, orainche, gure lekurih; ondarrerá,loyerá/(l).

—Adiós , b u e n a gente—di jo Ambrosh i—; y a nos v a m o s .

Tor ib io pe rmanec ió inmóvi l . L u p i t a le m i r ó , como l lamándole . E l m u c h a c h o , p l a n t a d o de l an t e d e los carabineros , a largó la m a n o j p idió:

— A ver , voso t ros , u n c igarro , si m e queréis da r . — T o m a , gorrón. ¿No t e b a s t a con qu i ta r l es los

cua r tos a esas bobas , c ' aun nos qu i t a s t abaco? Toribio t o m ó el piti l lo d e Indalec io . —Gras ias . A m í aquél las no m e d a n diñero. . .

Adiós. — S í , sí, p a quien t e crea. Los dos carabineros , despacio, se fueron hac ia

el pueb lo . R u p e r t o a m e n u d o volv ía la cabeza ha ­cia la m a r i s m a , d o n d e las m u c h a c h a s de e n t r e el negruzco b a r r o s a c a b a n a lmejas .

—¿Gua la t e g u s t a más? — M e paee i que la rub i a . Yo pensé , a las p r ime-

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100 r a s , q u e e ra u n a bel lo ta a m a r g a . P e r o , ¡me casu en Marruecos! , es bel lo ta dulcí , y m u y dulcí . Sabi echal u n a s m i r a d a s m u y jondas , ¡muy j o n d a s ! ¡No só c ó m u el mozo rubio no se h a der r i t ió !

I I I

Los pescadores d e a lmejas d i semináronse po r toda- la m a r i s m a d u r a n t e la b a j a m a r de u n a t a r d e despe jada . Ma tea , L u p i t a y Ambrosh i , j u n t o al cau­ce angos to de la r ía , b u s c a b a n el codiciado molusco reg is t rando los agujeros del lodazal . A n d a b a n p a t i ­ab ie r tas , po r d is t r ibui r el peso sobre m a y o r super­ficie movediza , p e n o s a m e n t e d o b l a d a la c i n t u r a y ba ja casi a l suelo la cabeza. Los torbel l inos del cier-

, zp les m e n e a b a n las sayas , desplegándoselas como el t a f e t á n de u n a b a n d e r a . Los pies y los tobi l los , c u a n d o no la m i t a d de la p ie rna , se h u n d í a n en el b l ando y aceitoso ba r ro , u n t á n d o l e s la piel de ba r ­niz br i l lante q u e compe t í a con los reflejos d e la seda. E l Sol, espolvoreando chispil las de esmera lda , zafiro y topacio , causaba u n a m u t a c i ó n marav i l lo ­sa: l a p l aya , de lejos y a la s o m b r a , neg ra , a la luz solar y de cerca o s t e n t a b a los visos, resp landores y c ambian te s mi l de u n tesoro de joyas despa r ra ­m a d a s .

N o lejos de las t r e s c h a p o t e a b a Tor ib io , q u e con la p o c a r o p a y las r e m a n g a d a s pe rne ra s y m a n g a s descubr ía l a esbeltez y robus tez del cue rpo , b ien p roporc ionado , regido de u n a cabeza rub i a , cuyo ros t ro a g r u p a b a en b reve espacio t r e s facciones her -

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101 mosas : boca l impia , na r iz r e c t a y negros ojos g ran ­des . I b a a p r o x i m á n d o s e a M a t e a p a u l a t i n a m e n t e , y és ta , con el posible d is imulo, a c o r t a b a el-paso y s e desv iaba d e su dirección p r imera . A m b r o s h i y L u ­p i t a , a lo largo d e la r ía , se a le jaba m á s y m á s de sus o t ros dos compañeros , a quienes e x p i a b a A m ­broshi , m i r a n d o a t r á s c a d a vez que con u n a n u e v a acrec ía el m o n t ó n de las chir las en l a ces ta .

— S e r eun ie ron p o r fin—dijo A m b r o s h i m u y que ­d o — . N o lo p o n g a s en d u d a , L u p i t a : Tor ib io y M a ­t e a se en t i enden .

— ¡ B a h ! ¡Con esa t a n fea! —Sí , con esa t a n fea. E l l a le rega la d inero a m e ­

n u d o p a r a v ino y t a b a c o . Se d a m u c h a m a ñ a . Sien­do la m á s fea de t odas , h a t en ido m á s n o v i o s q u e t o d a s . E l l a b u s c a a los hombres , los ha laga , los inc i ­t a , los hace reír y d iv ier te con sus dichos. E s a g u d a y escandalosa; se de ja sobar y besuquea r . A d e m á s , ese Tor ib io sólo p i ensa en la s idra, en las mer ien­das . P u e s bien: a u n q u e le echases a ese p i n g o d e M a t e a c u a r e n t a años sobre los diez y ocho d e sus espa ldas , Tor ib io sería capaz de casarse con el la si, casándose , pudiese v iv i r sin t r aba j a r . P e r d ó n a ­m e , L u p i t a ; t e causo pena .

— ¿ A mí? ¿Por qué? B a s t a n t e m e impor t a : ¡ Ja , j ay !

Su r isa f ingida n o engañó a A m b r o s h i . - : ' — T e g u s t a Tor ib io . ¡Le m i r a s d e u n m o d o ! • — E s m u y g u a p o chico; n o d i rás . . . — S í , sí; es m u y guapo . — P e r o m i m a r i d o h a de ser h o m b r e d e : prove

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102 cho. Y o no l levaré a casa u n a boca inú t i l q u e se c o m a el p a n de mis he rman i to s y de m i m a d r e .

Ambrosh i , i rguiendo el cuerpo, echó u n a m i r a d a a l d i q u e .

—All í le t ienes; el h o m b r e de p rovecho , h i l ando b a b a m i e n t r a s t e con templa .

—¡Ah! ¿El carabinero , el viejo? P e r o ¡quién sabe si no es a t i a la que mi ra !

— A las dos . — A m b r o s h i , cása te con él. — L u p i t a , cása te con él. -—Con el viejo de la m i r a d a fogosa. — C o n el viejo que h a b l a u n «cristiano» incom­

prensible . —Con el m a k e t o . — C o n el mekagotarra. — ¡ J a , j ay ! — ¡ J a , j a y ! L a risa, es t rep i tosa y a h o r a no fingida, r e s o n a b a

como d isparo d e cohetes . Ma tea , p u e s t a s las m a n o s en formJa de p o r t a v o z ,

les p r e g u n t ó : — L o c a s : ¿os reís de nosotros? E l l a s , s in repl icar , r e a n u d a r o n la faena m o n ó t o ­

n a i n t e r r u m p i d a , que endolor iza los múscu los d e l a c i n t u r a y del cuello.

E l v i en to sa l tó s ú b i t a m e n t e al no roes t e . A h o r a e n t r a b a p o r la boca del p u e r t o , s i lbando y e m p u ­j a n d o cúmulos de niebla . F runc ióse la t e r s u r a de la r í a y apagóse la luz i nve rna l del Sol.

—¡Conche! — exc lamó A m b r o s h i — , v a m o n o s ;

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (105)

103 e s t a b r u m a hiela; l a m a r e a sube , y con el v i e n t o , d e pr isa .

L u p i t a e x a m i n ó l a ces ta colgada de s u b razo . Calculó el peso de ella, moviéndo la con la m a n o , y contes tó :

— H a y pocas almejas todavía . Me quedo h a s t a que se h a g a de noche . P u e d o ap rovecha r m e d i a hora .

•—Corriente. Mira: todos se re t i ran . •—Quedaremos, como de cos tumbre , la A n t h o n i

y y o , p a r a l levarnos las l laves. L u p i t a señaló con el dedo a u n a m u c h a c h a ves­

t i d a de lu to , que en el p u n t o m á s lejano de la p l a y a p o s a b a e n med io d e u n islote de ba r ro .

—Sí , y t e n d r á que volverse con a g u a h a s t a el ombl igo , lo menos .

— P o r eso l a l l a m a n la angui la . — A b u r . T o d o el en jambre de «chüieros», desde los diver­

sos lugares de la m a r i s m a se iba rep legando hac ia el d ique . P r o n t o queda ron solas, y e n t r e sí m u y d i s t a n t e s , A n t h o n i y L u p i t a en medio de la b r u m a , q u e se espesaba a la luz mor tec ina del crepúsculo. L a t r i s t eza d e l a h o r a y de la so ledad dieron m a ­y o r cuerpo a c ier ta p e n a que en el corazón de la m u c h a c h a h a b í a n producido las p a l a b r a s de Am-brosh i referentes a M a t e a y Toribio . ¿Celos? ¡Pero si r e a l m e n t e n o le quer ía como quieren las novias ! A lguna afición, sí, a l e teaba den t ro del pecho; t a l vez p r i m e r rec lamo, a u n q u e t ímido , del amor . P e r o contradecíanselo b r iosamen te los defectos mora les , h a r t o no tor ios , del garr ido m u c h a c h o . Mas de eso

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (106)

104 a m i r a r con indiferencia q u e o t r a muje r , y ésa , e n pa r t i cu la r , de t a n sub ida fea ldad como l a d e Matea , pud ie ra l lamar le novio , m e d i a b a largo t rozo d e m a l camino . Escocíale la he r ida a b i e r t a en el p u n t o m á s sensible de s u a m o r p rop io . N o e n v a n o p r e s u m í a L u p i t a de b u e n a moza , p r e g o n a d a d e t a l y p o r t a l a c l a m a d a en t o d o el con to rno .

«¡Bah!—exclamó, sacando la conclusión m á s g ra ­t a de t o d a s sus cavi laciones—. A m b r o s h i es m u y novelera , o se complació en mor t i f i ca rme acaso.»

L a noche e s t a b a ce r rando y a s u b roche t eneb ro ­so. L a m a r e a h a b í a a n e g a d o , p a u l a t i n a m e n t e , l a m a y o r p a r t e d e l a p l a y a . E l flujo m a r i n o , a m o d o de r iachuelos , d iscurr ía po r los cauces recién abier­tos . Man ten íanse en med io de ellos y de las ba l sas a lgunos islotes, q u e i b a n desaparec iendo , a n t e s unos y o t ros después , debajo de las aguas invaso-ra s . L u p i t a se r e t i r a b a a la l legada d e és tas , t a n ­t e a n d o el suelo m á s firme con s u m a per ic ia , e n d i ­rección a la escollera, hac ia donde t a m b i é n se en­c a m i n a b a An thon i . Y cuando cua lqu ie ra de a m b a s se h u n d í a demas iado , g r i t aban , r iéndose d e la m a l a sue r t e o dis t racción:

•—Ojo, ch iqui ta , no t e vue lvas sapo . Al fin l legaron al d ique , y en u n pocilio de a g u a

clara se l impiaron , con todo esmero , m a n o s y b ra ­zos, pies y p ie rnas . C a n t u r r e a n d o y hac iendo reso­n a r las chir las en las ces tas , con ru ido d e c a s t a ñ u e ­las , subieron la desvenci jada escalera y se separa­ron : An thon i , hac ia el ba r r io populoso; L u p i t a , hac i a el caserío sol i tar io . Al o t ro l ado de la v í a fó-

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (107)

105 r rea , j u n t o al m a c h ó n del ca rgade ro d e la fábr ica ha r ine r a , ch i spor ro teaba alegre h o g u e r a q u e l a m í a con lenguas rojas la gris dens idad de la niebla .

— : ¿Eres t ú , L u p i t a ? — p r e g u n t ó la voz de Tor i ­b i o — . Con carbones caídos d e las locomotoras y u n o s p u ñ a d o s d e ho jas y r a m a s t e h e encend ido este fuego p a r a que t e cal ientes los pies , q u e sin d u d a los t e n d r á s yer tos .

— D i o s t e lo p remie , Tor ib iuchu; p o r agradecér ­te lo , m e s e n t a r é unos m i n u t o s , a u n q u e es t a r d e y los pobres chicuelos m e esperan .

— ¡ E l diablo se lleve a los crios! ¡Cualquiera p e n ­sa r ía que los pa r i s t e t ú misma!

Sentóse Guada lupe . Ar r imó a la^hoguera l a s d u ­r a s p l a n t a s amar i l l en tas de los pies a te r idos , y le parec ió q u e se le ca len taba n o sólo el cuerpo , s ino el corazón, p a s m a d o po r las sospechas d e l a A m ­brosh i . Con t o d a la du lzura d e su m i r a d a r ecom­pensó va r i a s veces a Toribio; el mozo n o p re s tó n i n ­g u n a a tenc ión a esos tes t imonios de g r a t i t ud .

—Mil gracias o t r a vez—dijo , l evan t ándose , L u ­p i t a — . E s de noche; chico, m e voy .

—¿Sin m á s ni m á s t e marchas? ¡Cicatera! ¿Qué s e t e f igura a t i? L a Ambrosh i , la Pascua la , la E u s t h a -k i , t o d a s , h a s t a las n iñas d e seis años como l a Ashenshi , después de ca lentarse m e h a n d a d o u n a p e r r a chica.

L u p i t a s int ió l a m o r d e d u r a del despecho y del desengaño; pe ro , sin i n m u t a r s e a p a r e n t e m e n t e , e n t o n o de bu r l a replicó:

—Se m e o lv idaba cuál es t u cas ta , ¡de pá j a ro la-

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (108)

106 •drón! Seré m á s generosa que t o d a s ellas j u n t a s . N i n g u n a t e dio un cén t imo . Noso t r a s n o ven imos •con d inero a l a p l a y a , donde le g a n a m o s . P o r ca­s u a l i d a d t engo u n a p e r r a g o r d a despe rd igada e n m i bolsillo. Tóma la ; búsca la ah í , e n t r e los t izones; c a l i é n t a t e las u ñ a s .

Sacó la m o n e d a y la echó en med io del fuego. R u p e r t o , ocul to de t r á s del m a c h ó n y tes t igo d e la

escena, cuyas p a l a b r a s mate r ia les no en t end ía , ape ­n a s se alejó la m u c h a c h a salió del escondi te .

—Así les saco y o el d iñero a esas t o n t a s — d i j o 'Toribio r iéndose , m i e n t r a s esparc ía los ca rbones p o r •descabalar la fogata .

—¡Me casu en Marruecos! ¡Eres u n g r a n c a c h u «de b r u t o ! ¡Cóbrale el d inero a u n a chica que se e s t á •muriendo po r u n o , que desde la en jund ia m e s m a s e le e s t á sub iendo a los ojos la querencia! ¡Si yo fuese t ú , chaval i l lo!

Esponjóse y pavoneóse el mozo rub io : —¡Si yo querr ía! ¿Pa q u é quiero ésa, p a qué?

M u c h a famil ia se m a n t i e n e de l pescueso de ella. G u a p a , y a sabemos . . . ¿ H a y d icho y o con t r a , o? L a m u j e r p a el m a r i d o solo, n o p a o t ros t amb ién : casa­m i e n t o r o m p e p a d r e s y h e r m a n o s . ¡Yo neces i to u n a •que m e a t i enda , que m e cuide, q u e se t r a b a j e p a m í , •que m e dé b ien de comerr! A u s t é , si le gus t a , y a l e h a b l a r é en su pavo r ; acaso y a q u e r r á casarse; u s t é cobra de los gobiernos; yo soy p o b r e como •ella; y a d e m á s , los peseteros crios, y la suegra , m á s p e s e t e r a a ú n , con l a ferlesía en l a c a m a . ¿A v e r r , « h ? ; a ver r?

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I V 107

Llegó el sorteo de N a v i d a d . E l ba r r io se echó a l a ca l l epa ra esperar el gordo, la imaginac ión r ebo ­sante- de esperanza y los ojos ü u m i n a d o s po r la luz t i b i a del Sol. E l d ía , q u e e r a festivo, dio sue l t a a l m a y o r n ú m e r o de los q u e el t r aba jo apr is iona con sus grillos d u r a n t e la semana . Pocos de ja ron de a c u d i r a la n o conce r t ada c i ta , desde los obreros social is tas, enemigos del cap i ta l a jeno, h a s t a los cargadores del muel le . Asomábanse m u c h o s curio­s o s a los ba lcones ; las c r iadas , ces ta al b r azo , se d e t e n í a n al volver de la compra , p o r l a p a r l e t a con conoc idas y conocidos; las t e r razas de los cafés y l a s p u e r t a s de las t abe rnas , j u n t o a los balconcillos d e los a l tos andenes de p iedra , bul l ían en corros de pa r roqu ianos . F i las de pasean tes a n d a b a n a r r i b a y aba jo p o r la car re tera , en t r e el m u r o de la es tac ión y las casas m o d e r n a s de vec indad , sucias , t é t r i cas y p lebeyas , obra ru in del afán de granjer ia , q u e d a b a n realce a la nob le a r q u i t e c t u r a de las dos ve ­c inas vil las mar ine ra s , cuyas alegres y mul t ico lo­r e s f achadas de aleros voladizos y balcones de hie­r r o h is tor iado , o de m a d e r a esculpida, ado rnados d e t ies tos y en redaderas , reflejábanse en la lumi­n o s a b a h í a d u r m i e n t e .

Gen te al legadiza y foras tera la m a y o r p a r t e de la q u e voceaba , m a n o t e a b a , g r i t aba , j u r a b a y blasfe­m a b a , reía , depar t í a , inquir ía , escupía , beb ía y en­gullía; mos t r ábase enseñoreada p l e n a m e n t e del so­l a r p o r ella invad ido . E n m i t a d de la t i e r r a b a s k a ,

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (110)

108 e n t r e los m o n t e s baskos , a or i l las de l m a r b a s k o , los baskos , o ru ines i m i t a d o r e s de l foras tero los m e s , o cohib idos los m e n o s p o r la e x o r b i t a n t e a b u n ­d a n c i a del p o r t e , r o p a y l enguaje e x t r a ñ o , disfra­z a b a n l a pe r sona l idad p r o p i a deba jo d e los rasgos d e l a a jena . N o el p u r o b a s k u e n z e , s ino «la m a l a l engua cas te l lana y p eo r vizcaína» d e ellos los des­cub r í a .

Cor re teaban alegres g rupos d e m u c h a c h a s abr ién­dose paso a empel lones , p o r escuchar t o rpes r equ ie ­b r o s mascul inos , á q u e ellas respondían a ca rca ­j a d a s . F r e n t e a l a es tac ión , va r ios ca rab ineros y gua rd ia s civiles, e n t r é cuyos opacos uni formes re ­v e r b e r a b a n las p ince ladas ro jas y azules del de u n mique le te , obs t ru í an él a n d é n es t recho , y p o r ello y po r m á s comedidos d e l engua y m a n o s en el r epu­llo e r a n b lanco predi lec to de las embes t idas .

Ambrosh i , L u p i t a , A n t h o n i , M a t e a y o t r a s chi­cas de la p l a y a , fo rmando fa lange, descol laban so^ b r e las m á s revol tosas . Y como n o h a b í a h o m b r e s de .aque l los q u e n o las hub iesen m i r a d o cien veces d e faldicortas y desa r ropadas , a sae t eában la s con frases de la m á s desvergonzada obscenidad, de q u e ellas no se sonro jaban; u n a s , p o r q u e no las en ten­d í a n del t odo ; las demás , p o r q u e h a b í a n pe rd ido y a l a ve rgüenza .

R u p e r t o , cuando las vio pa sa r , no dio crédi to a s u s ojos. Maravil lóse del trajo q u e ves t í an , de las b o t a s y med ias qué ca lzaban , á la m o d a de las se­ñor i t a s ; del t o c a d o de l á cabeza , d e los dijes de l cuello. ¡Llevaban sombri l la! ¡Ellas, las q u e rec ib ían

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109

a diar io los r ayos del Sol y el riego de la l luvia sob re la de snuda cabellera! Las mujeres de ba jo suelo q u e h a s t a en tonces h a b í a él conocido, s iempre con­s e r v a b a n la te la y la h e c h u r a del ves t i r p o p u l a r e n el t r a je dominguero . L a ca s t a de mendigos en q u e R u p e r t o hab í a encasi l lado inde l ibe radamen te a las ¿hirieras n o se a j u s t a b a y a con la v e r d a d de l caso: la s ú b i t a t ransformación inesperada le l lenó d e a s o m b r o .

L a mismís ima Matea , p u l c r a m e n t e a t a v i a d a , p o ­d í a añad i r se a l m o n t ó n común de las mujeres don­de , si la he rmosu ra no impera , t a m p o c o es tá d e b u l t o la fealdad. Ambrosh i y L u p i t a , sobre t o d o la s egunda , e s t a b a n guap ís imas , y bien se lo h a c í a n saber los chicoleos y requiebros q u e e scuchaban . N i n g u n o d e los ga lan teadores e r a capaz de poner ­les t a c h a s p o r los moda les de boyer izas , el color a m o r a t a d o d e las m a n o s enormes n i la corpulen­cia d e los p ies , embu t idos p e n o s a m e n t e en b o t a s demas i ado es t rechas .

—Chico—dijo R u p e r t o , volviéndose a su compa­ñero Ojacas t ro—, t e igo q u e a és tas les h a b r á t o c á u el gordo a n t e s del sorteo. ¡Vaya u n señorío!

—Así son las mujeres d ' e s ta t ier ra : ¡más p resu­m i d a s q u e Dios! Saben ponersen m a j a s cuando les p e t a ; el lunes , g i t anas ; los domingos , m a r q u e s a s .

— A h o r a llega la not is ia de Madr í ; ¡quién sabe si e s t a remos y a ricos!—dijo el mique le te .

Ar remol inábanse los pasean te s j u n t o al e s t anco . E l e s t anque ro , d e t r á s de la ba rand i l l a de la t e ­r r a z a , enseñaba u n pape l . Es tablec ióse el silencio

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110 solernnlsirno del a lzar en la misa . P a s a r o n dos t r a n ­v í a s ch i r r iando , en t r e los improper ios de la m u ­c h e d u m b r e . Res tab lec ióse el silencio d e nuevo : el e s t a n q u e r o d a b a l ec tu ra de algo q u e sólo pe rc ib ían las p r imeras filas d e oyentes . U n m u r m u l l o sordo , d e p a l a b r a s a m e d i a voz d ivu lgadas , corr ió desde el cen t ro a los ex t r emos , como la ondulac ión g igan tesca de u n a ola. "Volvió a re ina r el silencio; r e a n u d ó s e d u r a n t e a lgunos m o m e n t o s la l ec tu ra . E n c u a n t o cesó, estalló u n es t rép i to formidable: exc lamac iones d e despecho, gr i tos de i ra , silbidos de envid ia . Los g rupos se desgranaron , r ep i t i endo la not ic ia , comu­nicándose la a los a u n ignoran tes , c o m e n t á n d o l a y p a t e á n d o l a a gr i tos : «¡El gordo, a Cáceres!; ¡el se­g u n d o , a Zaragoza! ; ¡el 13.320!; ¡no, el 13.322! Aqu í , p o c a cosa: u n c u a r t o p r emio en Oñate.» L a luz d e la esperanza , fu lgu ran te e n t o d a s las i m a ­ginaciones, se a p a g ó como un cohete en el cielo; con el cohe te vo la ron a l negro a b i s m o los pla­nes de holganza , d e m e s a op ípa ra , de r o p a fla­m a n t e , de café, t e a t r o y cines; d e acos ta rse t a r d e y d e l evan ta r se m á s t a r d e ; de t u m b a r s e al sol, a la española , y «matar el t iempo». ¡Sueños, b u r b u j a s d e a i re , n u b e s pasa jeras , r e l ámpago fugaz! E l cruel t i ­r a n o , «lo de siempre», nos echaba l a m a n o al gaz ­n a t e : v u e l t a a l fogón, a l ta l ler , a la oficina, a des­t r i p a r la t i e r ra , a t e n d e r las redes , a con ta r y re ­con ta r el j o rna l escaso, el sueldo escaso, la r e n t a escasa; v u e l t a a l socialismo y a ma ldec i r del capi­t a l m a l d i t o , dios veleidoso q u e se deja comulgar d e los menos .

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (113)

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— O y e t ú , Vi l luereas—preguntó uno de los c a r a ­b ineros—: ¿eso de Cáceres cae h a n c i a de t u t i e r r a ?

— A s ie te leguas d e m i a ldea m e s m a . — E n t o n c e s , ¿ t ' h a b r á caído algo? —¡Alguna te ja! Si no he jugao , ¿cómo? A d a l g u -

n o d e m i familia, n o igo. R u p e r t o e s t a b a pá l ido . Todos los años j u g a b a e n

par t i c ipac ión con los pa r i en tes y amigos d e la a ldea -L e h a b í a n m e t i d o el n ú m e r o en u n pape l i to , den tro-d e la ú l t i m a ca r t a . J u r a r í a que e ra el 13.322; pero-n o e s t a b a seguro d e ello. ¡Es t a n fácil equivocarse-e n negocio de números ! I m p a c i e n t e de i r a casa,, d i s imulaba po r n o descubrirse . Cuando en su a lo ja ­m i e n t o , después de u n a h o r a de insopor tab le paseo, , ab r ió el b a i u , sacó el pape l i to y leyó el número-13.322, casi se d e s m a y ó d e alegría .

— ¡Me casu en Marruecos!—exclamó—; si la g u i t a es b a s t a n t e , y a n o m e casu en Marruecos , s ino aquí, , e n Guipúzcoa, con esa L u p i t a que h o y e s t a b a más-h e r m o s a q u e el m e s m o sol de los ricos!

V

C a n t a n d o alegre u n a canción b a s k a m u y tr is te , , ba jó d e pr i sa Guada lupe los pe ldaños de l m u r o . Se le h a b í a corrido la h o r a p o r cava r en la h u e r t a -Tend ió l a v i s t a , y vio que a la p l a y a h a b í a n acudido-m u c h o s pescadores . L a m a ñ a n a , p a r d a y t ib ia q u e m a n s a m e n t e o reaba el v i en to sur , n i a los m á s frio­l en tos p o d í a d isuadi r de la faena. L a m i r a d a p e r s p i -

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (114)

112 caz de L u p i t a con tó y n o m b r ó a los concur ren tes : f a l t aban t res de los as iduos , de los q u e n o t e m e n a l r igor de l t i empo : Toribio, Ambrosh i , Ma tea . Sor­prendióse; pero a t r i b u y e n d o la ausenc ia a u n a cau­s a d e poco m o m e n t o , se san t iguó y met ióse en la m a r i s m a con el p ropós i to de i r a l p u n t o m á s leja­n o d e ella, d o n d e pocos chirleros suelen l legar or­d i n a r i a m e n t e . Cuando c a m i n a b a po r el pa ra j e m á s dif icultoso, en t r e b a r r o profundo, espeso y m o v e ­dizo, oyó chapo tea r de t r á s y la voz de Ambrosh i q u e le g r i t a b a :

—¡No corras t a n t o , n o p u e d o a lcanzar t e ! H e m o s d e hab la r ; t ra igo not ic ias impensadas . H a b l a r e m o s a l lá , sobre suelo m á s f irme; a q u í a p e n a s se sos t iene u n a de recha .

Llegaron a t e r r eno algo endurec ido y m e n o s fan­goso , j u n t o a u n b o t e enca l lado y a l a espera d e la m a r e a a l t a p a r a ponerse a flote. L a s dos m u c h a ­c h a s se mi ra ron : L u p i t a , curiosa; A m b r o s h i , n o ­t i c i e ra .

—Adiv ina , ad iv ina ; t e juego la pesca de hoy . R e s p ó n d e m e : ¿qué sucede en el bar r io?

— ¿ Y o q u é sé? Vengo del caserío; n o h e h a b l a d o con nad ie . D i p ron to ; no h a y t i e m p o de sobra ; p r o n t o comenzará a crecer el a g u a .

Ambrosh i , m u y hueca , se p o n í a las ínfulas de los reportera b ien en te rados .

— P u e s sucede. . . , sucede. . . , ¿a q u e n o adiv inas? . . . Que la Ma tea , y a sabes quién, y a sabes quién. . . , la bizca. . . , la negr i r rubia , el m a n g o d e escoba, se h a e scapado a F r a n c i a en el t r e n d e las siete. . .

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (115)

113 — ¿ H a r o b a d o algo, acaso? — N a t u r a l m e n t e ; h a robado cosa b u e n a , cosa

r ica , sabrosa. . . : h a r o b a d o a Tor ibio , l levándoselo cos ido a las s ayas .

—¡Jesús!—gri tó L u p i t a , comenzando la seña l d e l a cruz . U n a go t a de sangre b ro tó de s u labio infe­r ior mord ido , fresco como u n gajo de g r a n a d a .

A m b r o s h i p a l m o t e a b a con sus m a n o s h o m b r u ­n a s , p a t e a b a el suelo, re to rc íase de r isa.

— ¡ L a chica m á s fea del ba r r io se h a l l evado a l ch ico m á s he rmoso!

L u p i t a , despechada y afligida en lo m á s recón­d i t o del pecho , i n t en tó reírse t a m b i é n , d i spara r u n a flecha bu r lona con t ra los fugitivos. L a s incer idad d e su genio se sobrepuso .

—Mujer , ¿por qué t e ríes t a n t o ? ¿Piensas que m e afliges? V a y a n o v u e l v a n o se r o m p a n el a l m a en el camino , m e i m p o r t a menos que pescar u n a chi r la vac ía .

—¡Ment i rosa , t e impor t a ! E s t á s m o q u e a n d o lá­g r imas . P e r o no m e río de eso, p o r q u e soy t u a m i g a y t e quiero . Me río de ella, la enga tusadora ; de él, s invergüenza , t r i p a sin fondo, holgazán. Me río d e la m a d r e , de la Perloya, que a n d a a l b o r o t a n d o el ba r r io , mov iendo a la policía, refiriéndole a t o d o el m u n d o q u e le h a n robado la Ma teachu , l a inocen te , ¡la candorosa M a t e a c h u sin malicia! Y t o d o el m u n ­d o sabe que la M a t e a c h u par ió el a ñ o p a s a d o . ¿Por q u é l a echaron , si no , de las H i j a s de Mar ía?

A h o r a L u p i t a mezcló s u r i sa con la de A m b r o s h i , y vo lv iendo sobre sí, dio gracias a Dios p o r q u e le

NARRACIONES BASKAS. 8

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p r o p i n a b a , con t r a u n a afición inconven ien te , u n a medic ina a m a r g a , pe ro sa ludable .

V I

R u p e r t o h a b í a ave r iguado cuál e ra el c amino de l caserío Pagadi-uso-chiki, d o n d e h a b i t a b a la gal lar­d a Guada lupe . Senda pedregosa y cos t ane ra q u e j u g a b a al escondi te p o r e n t r e se tos v ivos y bosca­jes , recreándose con el p e r e n n e m u r m u r i o d e u n sa l t a r ín a r royo nac ido en Chor i tokie ta , r inconc i to agres te d o n d e las serenas voces de la égloga reso­n a b a n a dos pasos de los groseros suburb ios fabri­les y comerciales .

R u p e r t o h a b í a ave r iguado t a m b i é n cuándo to ­c a b a el t u r n o de la m a r e a a l t a . P ropon ía se conver­sar con L u p i t a en su p rop i a casa, sin mi rones d e la p l a y a o del camino , r e p o s a d a m e n t e , como qu ien p r e s u m e que la persuas ión requer i r ía largo discur­so. Que la he rmosa m u c h a c h a se a v e n d r í a d e u n t i r ó n a casarse con él, n o se lo imag inó n u n c a ; p e r o confiaba c iegamente en la sonor idad d e c ier tas t e ­clas.

D e t ú v o s e de l an t e d e la cancil la, y m i r ó , p o r en -t e ra r se d e si los pa ra jes cor respondían a las s e ñ a s . Sí; a m e d i o t i ro de la cancilla, u n a casuca neg ra , dos cas taños de lan te ; u n a h u e r t a del t a m a ñ o d e u n m a n t ó n , a la izquierda; a la espa lda , u n a col ina frondosa, y sobre la c u m b r e , u n caserío m u y b lan ­co, de majes tuoso grandor : Pagadi-uso-aundi. R u ­p e r t o se dispuso a abr i r la cancil la y a t o m a r el

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115 sendero inter ior . Supues t a la l laneza de las cos tum­b re s popu la res , n o echaba de m e n o s permiso p r e ­v io n i «presentación» ceremoniosa. L legaron a s u ; oídos las l impias n o t a s melancól icas de u n a can­ción b a s k a , e i n t e r rumpió el m o v i m i e n t o . L u p i t a b a j a b a p o r el sendero , en med io de l ma iza l .

—¿Quién v ive?—gri tó R u p e r t o , ex t end iendo el brazo izquierdo a m o d o de fusil.

—Pagadi-uso-chikitarra ! — ¿ Q u é ice? — ¿ N o oyes, o? —¡Al to , a l to! ¿A ondi va? —-¡A lapas! , ¡a l ampernas ! — H a b l i en cr is t iano.

¿Tú así que t e hab l a s páreseos? T ú t a m i é n con sasi-erdera t e a n d a s .

— R e p i t o q u e n o se p a s a . T e h e de abr i l el pecho y sacar lo q u e h a y d e m á s j o n d u .

— A t i a b r e si quieres; a m í , n o , lo ques ; n o m e vengas con t z a r a g a t a s . Tengo presa; a ve r r , ¿eh?

— P u e s y o , n o , ¡mecachu! M ' h a n escr i to d e casa . — M e alegro, h o m b r e ; b u e n f rovecho; a m í , ¿qué? — A t i , sí. Mos cayó la lo ter ía , el gordo; soy r icu. —¡Mecor! Y o t a m i é n , o ja lá si sería; n o m e i r ía

a h o r a a las peñas . H o y la m a r e a b a j a a m a l a s h o r a s a n d a , demas iao t e m p r a n o , demas iao t a rde ; p o r eso v a m o s a l a m p e r n a s la A m b r o s h i e y o . E l m a r pur ioso t enemos ; m u c h a m a d r e j a d a , elementa o así, m a r a d e n t r o ; v i en to p u e r t e es tá ; oye cómo sopla; a ver r , ¿eh? Y a nos v e n d r á per iglo , p a t a s deba jo q u e nos t i re , a l l anen las peñas . T a n errico

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116 si eres, ¿ya m e d a r á s coche p a r a q u e m e compre? ¡Ja , j ay!

—Mira , L u p i t a : lo m e s m o , o cuasi , v e n í a a ecir-t e . Me h a n tocao ocho mi l pese tas .

— B u e n a g a n d u r r i a t e toca . — S i las quieres , t u y a s son. — ¡ D a m e , h o m b r e ! L u p i t a t end í a la m a n o r iyéndose . Sus d ientes m e ­

n u d o s b r i l l aban e n t r e los labios como l a ho ja d e u n cuchillo en l a h e n d e d u r a de u n a g r a n a d a .

Villuercas se puso t i e rno . Almibaróse s u voz , algo b ronca de ord inar io . U n v a h o de lágr imas em­p a ñ ó el fulgor d e sus ojos.

— T e las da ré ; pe ro n o d e b a l d e , ¡mecachu! L u p i t a se puso m u y seria. Desaparec ió la sonrisa

d e sus gruesos labios . —¡Ah! P o r end reda r t e a n d a s t ú ? Y o n o soy

d e ésas . — N i lo p ienso, ¡me cachu en Marruecos! L u p i t a ,

h a z t i c u e n t a que m e es tás v iendo el corazón mes -m u . T e hab lo como los h o m b r e s honraos , como le hab l a r í a a m i m a d r e . N o t e busco p a q u e t ' a r r i m e s a mí ; quiero casarmi cont igo, ¿sabe? ¡Lo q u e oyes! A n d a , d ime q u e sí, y las ocho mi l pese t a s son t u ­y a s . Ocho mi l , ¿me ent iendes? Soy r icu , r icu d e ve ras ; ¡seremos rieiss!

—¡Ocho mi l pese tas !—exclamó Lupita.—-. Zortzi milla!

L a m u c h a c h a , a tón i t a , r epe t í a e n t r e sí la m i s t e ­r iosa cifra descomuna l , y Vil luercas la r epe t í a e n a l t a voz , de s lumhrado po r el n ú m e r o «mil», que en

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117 l a intel igencia d e los pobres equiva le a u n a can t i ­d a d imaginar ia .

Después de u n r a t o de ens imismamien to , L u p i t a e x a m i n ó la f igura del ca rab inero , v i s to m u c h a s ve ­ces, m i r a d o n u n c a . E r a u n c u a r e n t ó n q u e n o h a b r í a sido feo ve in t e años an t e s . A h o r a sólo conse rvaba l a h e r m o s u r a de los ojos negros , r a sgados y res­p landec ien tes . Reco rdó la imagen de Tor ib iochu el prófugo, y la comparó a R u p e r t o . E r a n diversos en t odo : del cu t i s b l anco , a l ve rd imoreno ; de l color r u b i o , a l canoso; de l a s u a v e pe lusa sobre el l ab io r i sueño , a l b igote caído l ac i amen te sobre los ángu­los es t i rados d e l a b o c a t r i s t e ; de l a t e r su ra , a las a r rugas ; del cuerpo m a g r o , a la t a l l a r echoncha e m ­bas t ec ida po r go rduras ; de l a g u a n t e semidesnudo a las c rudezas del t i e m p o , a l a cu r rucamien to en t r e pesadas ropas . E l l ibro de la con tab i l idad de L u p i t a sa ldó con déficit la c u e n t a persona l d e Vil luercas.

— V a y a , adiós , ¿eh? L a h o r a se pa sa ; aqué l la y a p e n s a r á q u e soy u n a piperrera, y con t r a m í e s t a r á marmar. Grasias; y a veo ques u s t é u n b u e n h o m ­bre . H a s t a v i s ta .

L a m u c h a c h a se alejó, con brincos de cab ra , m o n ­t e aba jo . Vil luercas pe rmanec ió j u n t o a la cancil la, perplejo. L u p i t a no se r ió de él, como temía ; m o s t r ó g r a t i t u d . Pe ro el a rcano con t inuaba sin abr i rse . ¿Pi­car ía el pez? ¡Quién sabe! N a d a b a cerca-del cebo. T o m ó el camino de casa m u y pensa t ivo , can tur r ian­do l a canción del sereno, o ída en Madr id a n t a ñ o : «Cuatro con la g rande ;—con la chica, t res ;—¿dón­d e será el fuego?—Pues no sé d ó n d e es.»

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118 V I I

Ambrosh i a g u a r d a b a en el e m b a r c a d e r o del r ia­chuelo, consumida de impacienc ia , p o r q u é la s iem­p r e p u n t u a l G u a d a l u p e n o parec ía . Así , l a recibió con des t emplados moda le s y que ja s .

— H e t en ido u n e n c u e n t r o en el camino . E s e ca­r ab ine ro q u e nos m i r a , R u p e r t o , o como se l l ame , ce rca d e casa, a d o n d e s in d u d a iba , m e h a h a b l a d o .

Picóse la cur ios idad de Ambrosh i , y r e l amiéndo­se, requi r ió a s u c o m p a ñ e r a .

—Chica , c u é n t a m e : ¿qué b u s c a b a e n t i ese c a r a t r is te?

— T e lo referiré después , c u a n d o l leguemos a l cana l ; p ienso p e d i r t e conse jo .

— ¡ J e s ú s ! ¿ T a n n e g r a es la d u d a ? C u é n t a m e el caso sin dem ora . Opino q u e ob ra r í amos c u e r d a m e n ­t e de j ando la pesca p a r a o t ro d ía . E l t e m p o r a l d e m a r es d e los m a y o r e s ; cor reremos pel igro e n las rocas .

— A o t ros t a n g randes nos a r r i esgamos s in m i e ­d o — . Y r iéndose , a ñ a d i ó : — H a y q u e cob ra r la r en ­t a co t id iana .

L a s dos amigas se e m b a r c a r o n en el b o t e Icha-soko-Izarra, allí a m a r r a d o ; colocaron los r emos e n los escá lamos y me t i e ron la e m b a r c a c i ó n p o r l a ga­ler ía cub ie r t a , deba jo de l c amino r e a l y d e l a v í a férrea. Cuando desemboca ron en la b a h í a b r a m ó u n a r a c h a fur iosa d e no roes t e q u e r a j a b a las car­nes . E l b o t e se p a r ó , como de l an t e d e u n a m u r a l l a , y comenzó a cabecea r .

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119 «¡Hala! ¡Aufa!», g r i t a r o n ellas, i nc i t ándose m u ­

t u a m e n t e . L u e g o , encorvándose , h u n d i e r o n los r emos en el

a g u a , y a u n t i e m p o m i s m o impel ieron el b o t e , con esfuerzo q u e m a r c a r o n l a incurvac ión d e los dedos gordos sobre el c a n t o de los bancos de lan te ros , la h inchazón y tens ión de venas y t endones d e las p ie rnas y l a o p u l e n t a tu rgenc ia del pecho cuando cas i se a cos t a ron los cuerpos m e m b r u d o s sobre los b a n c o s zagueros .

Ichasoko-Izarra a v a n z a b a r áp ido c o n t r a el v ien­t o u l u l a n t e , p e r o impel ido po r la m a r e a , c u y a s on­d a s hervorosas s a lp i caban de copos de e s p u m a la c a r a y las r o p a s de las ba t e l e ra s . B a n d a s d e gavio­t a s t r a z a b a n b l a n c a s espirales en t r e el a g u a m a t e y el cielo g r i s ien to . Los ojos ve rdes de A m b r o s h i , los ojos azules d e L u p i t a , seguían los vuelos d e las ave s , env id iándolos . Si p a s a b a cerca a l g u n a m a r s o p l a , b r i n c a n d o , l as bocas r ien tes de ellas l a i n s u l t a b a n .

A t r a c a r o n en el desembarcade ro . A m a r r a r o n el b o t e j u n t o a la escalerilla y subieron al muel le , don ­d e a lgunos t r i pu l an t e s de los Mamélenas, d e a r r iba ­d a , y u n g rupo de carabineros y gua rd ia s civiles les a p l a u d i e r o n la faena.

— O j o , chiqt i i tas—dijo u n gua rd i a—; la m a r y el v i e n t o e s t á n h o y m u y b r u t o s ; n o os j ueguen a l g u n a m a l a p a s a d a .

U n m a r i n e r o viejo q u e oyó la exhor t ac ión se en­cogió d e h o m b r o s desprec ia t ivamente , i Acaso esas mozas , q u e l l evaban en las v e n a s t o d a la sal del golfo de B izkaya , neces i t aban de las lecciones d e

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120 u n t e r r a l a qu ien le a sus t a r í a el a g u a d e u n a j o ­fa ina?

L u p i t a y A m b r o s h i emprend ie ron el camino d e la p u n t a de A r a n d a , a lo largo del cana l , a l p ie d e los acan t i l ados . E l ru ido de l a r e saca e n t r e las rocas a c o m p a ñ a b a sus pasos . E l b o q u e t e del p u e r t o , se-mive l ado po r la neb l ina , semejan te a pu lver izac ión d e p l a t a , t a p á b a s e de cuando en c u a n d o con enor ­m e s olas desmelenadas . E l m a r , c o m p l e t a m e n t e b lanco de e spuma , mug ía ; el v i e n t o d i s p a r a b a c rue­les d a r d o s de h ie lo .

L a s dos amigas b u s c a r o n p o r abr igo u n n i c h o n a t u r a l de l m u r o rocoso. Acur rucándose , cubr ie ron los pies con los ba jos d e las s ayas .

— A h o r a cuen ta ; es h o r a d e el lo—dijo A m b r o s h i r e z u m á n d o s e de cur ios idad.

— E l cuen to es b reve ; b a s t a n dos p a l a b r a s . E s e R u p e r t o , el ca rab ine ro q u e nos mi ra . . .

— Q u e t e m i r a , d i rás . — B u e n o , q u e m e mi r a ; t o p ó conmigo e n el m o ­

m e n t o que se d isponía a ab r i r la cancil la del ca­serío. Después d e los sa ludos , m e di jo, en s u b s t a n ­cia, que le h a b í a t o c a d o la lo ter ía , a l lá en s u t i e r r a , el p r e m i o gordo , ocho mi l pese ta s , y q u e deseaba casarse conmigo y hace rme d u e ñ a de su d inero .

— Y t ú , ¿qué le con t e s t a s t e?—pregun tó con s u m a vehemenc ia Ambrosh i .

— Y o , n a d a . Le di las grasias ; m e q u e d é p e n s a t i ­v a . N o m e gus ta ; es viejo, feo...

—¡Calla, t o n t a , a l m a de l imaco! ¡Ah si m e lo h u ­biese dicho a mí !

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121 — ¿ Q u é le hub ie ras con tes tado? — V a m o n o s en seguida , s in pe rde r u n m i n u t o , a

casarnos al Cristo de Lezo. — ¿ E s o le hub ie ra s con tes t ado t ú ? ¿Tú? ¿Sin más .

n i más? — C o m o lo oyes , L u p i t a . Que es viejo. . . , ¡no t a n ­

t o , t a m p o c o ! Feo . . . , o t ros le ganan . P e r o es r i co , m u y r ico; saca la cuenta : ocho mi l pese tas , q u e e n t u v i d a las ve rá s , a u n q u e t e p a r a t u m a d r e seis v e ­ces. ¡Ocho mi l pese tas ! Vivir sin t r a b a j a r , c o m e r m u c h o , ves t i r b u e n a ropa , l evan ta r se t a r d e , i r a los cines... Casa r te con el h o m b r e q u e t e gus te es cosa q u e sólo p u e d e n hace r las r icas; las p o b r e s h e m o s d e m i r a r a l a conveniencia , a encon t r a r quien n o s m a n t e n g a . A c u é r d a t e de cómo son los chicos d e n u e s t r a clase; a la s idrería, a la t a b e r n a , a las fer ias , a l f rontón , b u e n cafó, mejor pu ro ; eso buscan , y l a m u j e r q u e se r ev ien te en el r ío , o que s u d e s a n g r e po r los caminos , a ca r r eando cestos d e dos o t r e s a r r o b a s sobre la cabeza .

L a seca sab idur ía de buscar el p rovecho , a t o d a s h o r a s e n s e ñ a d a po r las m á x i m a s y los e jemplos de l m u n d o carna l , a p r e n d i d a sin es tud io , l l a n a m e n t e m a n a b a de la boca de Ambrosh i , l impia de cinismo-y mal ic ia . L u p i t a , cabizbaja , fruncidos los labios y el en t rece jo , caídos los p á r p a d o s , c o m e n z a b a d e nuevo a del iberar la decisión que m o m e n t o s antes; pa r ec í a f i rme.

Ambrosh i , silenciosa, p r o c u r a b a ad iv ina r cuál e r a el curso de los pensamien tos de su amiga , r e to rc í d o s po r la perple j idad . Los d ic tados de las i lus ia

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n e s juveni les y de l des in te rés i b a n sobrepon iéndo­se; p e r o L u p i t a t e m í a ser d e n o s t a d a p o r b o b a . B u s ­c a n d o u n a escapa to r ia , di jo:

— N o m e de te rmino . . . Ot ros pá j a ros a l e t e a n en m i p e n s a m i e n t o . Me ocurre u n a idea: le h a b l a r é de t i ; sospecho q u e t a m b i é n le g u s t a s . ¿Y p o r q u é no? R e c u e r d a q u e cuando nos p a s e a m o s , t a n t o s requ ie ­b r o s t e d i r igen c u a n t o s a m í . ¿Bailas m e n o s veces q u e y o e n la p l aza? M a ñ a n a le echaré l a p r i m e r a i n d i r e c t a .

A m b r o s h i , sonr iéndose con displicencia, le i n t e ­r r u m p i ó :

—Chica , y o n o soy p l a t o d e s e g u n d a mesa . E s e chispazo del a m o r p rop io i luminó el r incon-

c i t o del pecho d o n d e e s t a b a g u a r d a d o el d e L u p i t a . — M e h e b u r l a d o m u c h o d e las b a s k a s civil as y

c a r a b i n e r a s . ¡No, no ; cien veces n o ! L a s dos amigas se pus ie ron de p ie . B r a m a b a el

v i e n t o , m u g í a el m a r , es t re l lábanse las olas c o n t r a las p e ñ a s , s a l t a b a n y esparc íanse las n u b e s d e es­p u m a .

— V o l v á m o n o s a casa, L u p i t a . Creo q u e h a y p e ­l igro . L a resaca es g rande , el v i en to p e g a con fuer­z a . Me h a p a s a d o el frío, s e n t a d a y h a b l a n d o .

—Vué lve t e tú ; yo m e quedo . ¿Cómo quieres q u e n o gane m i j o rna l el d í a q u e t i ro al a g u a ocho mi l pese tas?

—Adiós , L u p i t a . B u e n a pesca. Te de jaré el b o t e . Y o t o m a r é as ien to en el p r imero q u e p a s e a la o t r a or i l la . Adiós.

L u p i t a se san t iguó y en t ró en el b o r d e del cana l .

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123 E l a g u a t i r a b a de loa pies como si los a r r a s t r a se a l a s i rga.

Llegóse a las rocas y comenzó la r ebusca d e m o ­luscos, b a t i d a po r el v ien to , que la p o n í a en el t r a n ­ce de pe rde r el equil ibrio, y a de suyo dificultoso sobre el suelo, como de cris tal resbaladizo, h ú m e d o y cub ie r to de algas. Con t ra todos los embarazos sa­l ían vencedores el h á b i t o de la faena, la agi l idad del cue rpo y la f lexibil idad de los pies duros , cuyos dedos ha l l aban apoyo en la f ragosidad m i s m a de las peñas . Si el v i en to sop laba con demas iado ímpe tu , se e c h a b a boca aba jo y se a g a r r a b a con las m a n o s a los bordes de las rocas . I b a a v a n z a n d o en pos de la m a r e a , camino de la desembocadura . Cuan to m á s a d e n t r o , m a y o r e r a la a b u n d a n c i a de ' l apas y l am-p e r n a s ; la ces t i t a se l l enaba poco a poco. E l ahinco e n la faena la hizo olvidarse del t i empo y de la dis­t anc i a . U n t o p e t ó n de a g u a c o n t r a las p e ñ a s , q u e la envolv ió en e s p u m a y le caló la r o p a , le dio a en­t e n d e r q u e la m a r e a , en su m o v i m i e n t o de r e to rno , g a n a b a t e r r eno impel ida po r el vendava l , incon­t r a s t a b l e a v e n t a d o r de las olas. E s t a b a a p u n t o d e ve r se ce rcada en u n islote; pero a u n se m a n t e n í a l ibre sobre las ondas u n a l engüe ta rocosa, a m o d o d e ca lzada en t r e el arrecife aque l y o t ros cercanos a t i e r r a firme. Angos ta , a l t a y descampada , ba r r í a l a e l v i en to desa foradamente . Parec ía imposible reco­r re r la a pie sin despeñarse . L u p i t a , e x p e r t a en las cosas del m a r , hubiese a g u a r d a d o a que ama inase m i m o m e n t o , como suele; pero ¿le da r í a t i empo la m a r e a ? Tendió la v i s ta perspicaz a l rededor . Desde

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124 el b o q u e t e , las olas, roncas d e c lamorear , des t ren ­z a d a s las melenas sobre los ondu lan t e s h o m b r o s color de l imo amar i l l en to , se de speñaban , como j au ­r ías de furias acosadoras , s a l t ando po r enc ima d e las rocas q u e h a l l a b a n a l paso , ensanchándose lue­go en cascadas de e s p u m a he rvo rean t e . D e s m a y á ­b a s e la luz en el ceniciento lecho del c repúsculo . L a so ledad e n q u e se ve ía n o conmovió la i m p a ­videz de L u p i t a . Comprendió q u e d e n t r o d e a lgu­nos m i n u t o s toca r í a el t u r n o del a sa l to c o n t r a los pa ra jes , y a b loqueados , d o n d e ella e s t a b a d e t e n i d a ; a n t e s e ra ine lud ib lemente necesar io re t i ra rse . ¿ P o r dónde? L a l engüe ta , camino breve , y fácil si le favo­recía la sue r t e , l a pe r suad ió a i n t e n t a r el pa so . Ape­n a s l a p isó t emió ser d e r r i b a d a a l m a r , ba jo allí t odav í a , pe ro de m u y áspero fondo p a r a q u e l a ca ída n o le des t rozase el cuerpo . Volvió sobre sus pasos , sin o t ro a rb i t r io q u e descolgarse d e la p e ñ a , m i e n t r a s le l l enaba los oídos el e s t rép i to fa t íd ico q u e mov ía la resaca , a r r a s t r a n d o pedruscos suel tos . E l a g u a le llegó a la c in tu ra . Se san t iguó y m i r ó a l peñasco d e la Cruz, cuyos b razos de h ie r ro p r o m e ­t í a n amoroso acogimiento . L u p i t a , sin n i n g ú n t e ­mor , confiaba en la for ta leza de sus p i e rnas y en su des t r eza de n a d a d o r a , si a t a n t o l legaba el l ance . Lo que i m p o r t a b a e r a a n d a r u n a v e i n t e n a de pa sos , a lo sumo; después que el a g u a ba jase a la espinil la , cesar ía el peligro. Comenzó a dar los , venc iendo la resis tencia de la resaca , con m u c h a fuerza. A v a n z ó u n p a r de v a r a s , y y a no d u d ó del éxi to p róspe ro . I n e s p e r a d a m e n t e , la resaca le dio u n t i rón de las

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125 p ie rnas y cayó al fondo, d e s p a t a r r a d a . Salió a f lote e n seguida y se puso a n a d a r . L a ces ta , l lena de la­p a s y l a m p e r n a s , se le escapó del b razo , y el m a r la a r r a s t ró con rap idez ver t ig inosa .

«Adiós m i pesca.—exclamó Lup i t a—; jo rna l pe r ­d i d o . A h o r a , q u e n o m e l leve a mí», añad ió , a t e m o ­r i zándose u n poco al observar cómo sus br iosos i n t e n t o s n o log raban t o d a v í a con t ra r re s t a r el efecto d e l a resaca , que , a p a r t á n d o l a c o n t i n u a m e n t e de la cos ta , la a t r a í a hac ia las rompien tes . P e r o no des­conf iaba de vencer la , p o r q u e sen t ía fuerza en los b razos y án imo en el pecho p a r a proseguir n a d a n ­d o . E n el peor caso, se a r r imar í a a a lguno de los peñascos abr igados que no cubre la ma rea , resguar­d á n d o s e con él a la espera del reflujo, o de a lgún o t ro auxi l io q u e le p res tase la luz del día . L a n o ­che , d u r a d e p a s a r a cielo descubier to y mo jados los ves t idos , p u d i e r a d a r e span to a cua lqu ie ra o t r a m u j e r m e n o s r o b u s t a y s a n a que ella. E s a ú l t i m a e s p e r a n z a se disipó r á p i d a m e n t e . Conoció q u e n o e s t a b a en su m a n o d a r dirección a sus movimien tos ; e r a a m o d o de erizo de ca s t aña o cascara de h u e v o ca ídos a l m a r . L a ces ta de lapas y l a m p e r n a s le h a ­b í a m a r c a d o el camino de la m u e r t e ; sólo se diferen­c i a b a de ella po r la resistencia, ineficaz, a seguir le . Res i s tenc ia que fué d o m a d a cuando en t ró en el c í rculo del oleaje. L u p i t a , en los va ivenes del emer ­ger y sumergi rse , dio sus a lar idos de e s p a n t o a la i n m e n s a soledad inexorable . «Oaldua naiz», p ensó . L o s recuerdos de casa le l lenaron los ojos de lá­g r imas . Jaungoicoa! — gr i tó — . Ah gure umecho

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126 gaishoak!» Sub ió u n a ola enorme; a l a h o n d a r s e su j a s p e a d a concav idad , sorbió a L u p i t a y la empu jó a la c u m b r e d o n d e se r iza l a e s p u m a , y desde allí , hac iéndola d a r v u e l t a s como d e a s p a s d e m o l i n o , la lanzó con t r a los peñascos . E l cuerpo q u e d ó p r e s o e n asper ís imo e m b u d o , chor reando sangre , h a s t a q u e el agua , con s u con t inuo fluir y refluir, se lo l levó a d o n d e h a b í a ido la ces ta de los percebes .

I r u ñ a , 28 de ene ro d e 1916.

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P E D R O M A R I

A la señorita Matilde de Iturralde y JEtibed.

I

P o d í a m a r c h a r s e cuando quisiera. E l ú l t i m o es­l abón q u e lo r e t en í a a la vieja b o r d a de P a g o g a ñ a e s t a b a r o t o ; l a a b u e l a do rmía y a , allá aba jo , en el c a m p o s a n t o de E r r a z u .

A la s o m b r a de los cas taños no se en jugar ía , en ade l an t e , el echeko-jaun la f rente a la t a rdec ica , n i l as cor ren tosas aguas de la r e g a t a de Urb iz i fund i ­r í an sus cr is tal inos susurros con el c a n t o a r g e n t i n o d e la l a v a n d e r a , n i las rub ias cabec i tas d e los n i ñ o s y la sonr i sa feliz d e la esposa i l umina r í an el d in t e l obscuro de la p u e r t a .

E s t a b a solo, c o m p l e t a m e n t e solo, d e n t r o d e l a a h u m a d a b o r d a , cuyas v e n t a n a s m i r a n al h o n d o va l l e po r e n t r e las r a m a s del c a s t a ñ a r t u p i d o , c o m o el a t i s b a d o r s i lvano a t r a v é s de las za rzas .

S u s c u a t r o h e r m a n a s se h a b í a n casado en dife­r e n t e s pueb los del val le . L a m a y o r , en B e r r u e t a ; dos en Ar izcun , y la m á s joven , en E r r a z u . P rov i s t a s d e s u do t e sal ieron de casa. P e d r o Mar i , el he re ­de ro , n u n c a quiso casarse, n o c i e r t amen te po r f a l t a

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128 «de p a r t i d o s acep tab les , s ino p o r q u e desde m u c h a ­c h o aca r i c i aba u n a idea , u n p r o y e c t o .

E n la cabeza de a q u e l m o c e t ó n de ojos garzos , pelo de m a í z y ca r a sonrosada , a l to cual el p i n o y v igoroso como el rob le , h a b í a g e r m i n a d o c ie r t a i dea ú n i c a y exclus iva , q u e e x t e n d í a sus ra íces p o r t o d o e l cerebro: la de m a r c h a r s e a Amér i ca y , a l igual d e t a n t o s o t ros con te r ráneos , enr iquecerse .

¿Cómo? N u n c a se le ocurr ió l a p r e g u n t a . N a d a s a b í a y de n a d a se e s t i m a b a i gno ran t e . Amér i ca en­r i quece a las gentes . . . p o r q u e sí.

D e s p u é s d e m u e r t a l a ' a b u e l a , v e n d i ó el h a t o d e o v e j a s , los a juares de casa y las h e r e d a d e s a su he r ­m a n a Leocadi , la de E r r a z u , m á s r ica , o me jo r d i ­c h o , m e n o s p o b r e q u e las o t r a s . L a b o r d a nativa se la reservó p a r a c u a n d o , l l ena la bo lsa d e pe luco-t ias , volviese de alli.

L a ocasión, r e a l m e n t e , c o n v i d a b a a emigra r . H a ­b l á b a s e d e i n m i n e n t e g u e r r a e n t r e F r a n c i a y E s ­p a ñ a . L a b o r d a e s t a b a s i t u a d a j u n t o a las m u g a s d e la f ron te ra . H a b r í a q u e fo rmar en las filas d e l a mil ic ia del va l le , i n v a d i r el t e r r i to r io f rancés . . . , ¿ q u i é n sabe?

P e d r o Mar i d e t e s t a b a la gue r r a , y m á s q u e l a g u e r r a , el servicio, la discipl ina, el cuar te l . L a m o n ­t a ñ a h a b í a d e p u e s t o en s u a l m a el a m o r a la p a z pas tor i l ; la raza , el a m o r a la i ndependenc ia ind i ­v i d u a l . N i el p a s t o r n i el b a s k o se a v e n í a n con la s e r v i d u m b r e de l so ldado .

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129

I I

D i spuso el viaje p a r a el d ía s iguiente: viaje largo y penoso , a p ie h a s t a el único p u e r t o a n d a l u z h a b i ­l i t ado p a r a efectuarlo, sin o t r a a y u d a que el es­caso d inero r eun ido , n i o t r a s e speranzas q u e la c a r t a de r ecomendac ión del señor cu ra a u n p a ­r i e n t e d e Valpara í so .

A l a t a r d e , después de comer f ruga lmente , t o m ó , p e c h o a r r iba , u n o de los senderos de Izpegi . Se le h a b í a e n c a s q u e t a d o el capr icho de d a r el v i s tazo d e desped ida al val le desde aquel las azu ladas c u m ­bres . ¿Por q u é desde Izpegi y no desde N e k a i t z o Bus t i nze l aya? P o r q u e en la fa lda n o r t e d e Izpeg i , a oril la d e los m a n z a n o s , sobre f inísima y v e r d e p r a d e r a , como lienzo recién l impio y p u e s t o a se­c a r , se l e v a n t a el caserío de E y a r a l d e a , d o n d e h a ­b i t a Katalin, la he rmosa y alegre baigorr iesa que p o r poco torció los propós i tos a v e n t u r e r o s de P e ­d r o Mar i . Y acaso , inconsc ien temente , el fondo d e s u corazón conserva la f ragancia de s u ún ico a m o r : e n el hoga r a p a g a d o , a u n d u r a n t e l a m á s fría n o c h e d u r a el rescoldo.

Corr ía el mes de m a r z o de u n año sin hielos y de p o c a s n ieves en N a b a r r a . L a a tmósfe ra , s u a v e y h ú m e d a , a d e l a n t a b a la florescencia; l a p r i m a v e r a , c o r o n a d a d e t ibiqs r ayos , se en t r e t en í a escondien­d o p iadores n idos po r los m a t o r r a l e s . T a n p r o n t o m o s t r a b a su faz r i sueña e n t r e las n u b e s como la

NARRACIONES BASKAS. 9

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130 ocu l t aba ; pe ro dondequ ie r a , en c a m p o s y b o s q u e s , se descubr ía el r u e d o d e s u s a y a de colores o n d u l a n ­do el v i e n t o .

Sentóse P e d r o Mar i sobre u n a p ied ra . E l cielo, d e N o r t e a Sur , c a m b i a b a i m p e r c e p t i b l e m e n t e d e color: a l lá , a zu l pá l ido ; a q u í , de cr is ta l e smer i l ado . Al Occidente , u n a n u b e b o g a b a sin p r i sa , como is la f lo tan te de g r a n a con v e t a s de oro. Luc ía la esplén­d ida chor re ra de s u t o r r e n t e el e rguido Mikan , y las lomas d e A s t a t e y Ar i e t a , a e smera lda d e sus p r a ­dos ; a l a e spa lda se a r r e m o l i n a b a n las m o n t a ñ a s desde Orzanzu r i e t a a Be la t e , e m p u j a n d o hac ia el cielo las olas i n n ú m e r a s de sus c imas , a r r e b u j a d a s las m á s a l t a s en p a r d a s n ieb las . A los p ies se a h o n ­d a b a n , a de recha e i zqu ie rda d e Izpeg i , los va l l e s de B a z t á n y Baigor r i con sus pueb lo s , caser íos , s embrados , r íos y a rbo ledas , a t r avés d e u n a s u t i ­l í s ima m a l l a d o n d e la luz p r e n d í a len te jue las d e p l a t a sobre los ma t i ce s ve rdosos y azu lados d e l a nebl ina . De j ábase oír el a i re con b l a n d o si lbo d e pa ja re ro , y le rep l i caban las r isas de los a r r o y u e -los, q u e por t odas las l aderas del m o n t e b a j a b a n al val le como t rope l d e sa l t a r ines m u c h a c h o s .

D e p r o n t o , a los ru idos de la N a t u r a l e z a se un ie ­ron ecos de canciones le janas , voces femeninas q u e obscurec ían , sin ecl ipsarlos, an t e s b ien a rmon izán ­dose con ellos, los cánt icos de las aguas co r r en tosas y el t in t ineo d e los r ebaños . P e d r o Mar i comenzó a ba j a r la v e r t i e n t e francesa, a t r a í d o , m á s q u e p o r el coro femenino, po r el caserío de Katalin. E n las h e ­r edades de las p r i m e r a s bo rdas , h a s t a u n a docena

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(1) Irrintzi, grito de alegría y desafio.

d e m u c h a c h a s e s c a r d a b a n el t r igo . E l sol i lumi­n a b a sus ro jas ha lda s en c in ta , las mul t icolores t o ­cas d e sus cabezas .

L a s e sca rdadoras c a n t a b a n :

Iruten ari nuzu Kiloa gerriyan, Ardura dudalarik Nigarra begiyan.

(«Estoy h i l ando , l a r u e c a en l a c in tu ra , y a m e ­n u d o , en los ojos, lágrimas.»)

L a melod ía , a legre y j u g u e t o n a , p e r o de caden­cias melancól icas cua l r e t a z o d e n ieb las e n pa isa je soleado, c o n c e r t a b a con el á n i m o de P e d r o Mar i , c o n t e n t o p o r l a m a r c h a y t r i s t e po r l a desped ida .

L a s e sca rdadoras p r o n t o n o t a r o n su presencia , y volv iendo hac ia él las ca ras jovia les , c a n t a r o n a g r i to he r ido , d a n d o fin a l a es t rofa con u n irrintzi (1) a g u d o y sonoras carca jadas :

Arreba, nai duzuya Oizonik erosi? Miza bazterretan Bi sosetan zortzi.

(«Hermana , ¿quieres c o m p r a r h o m b r e ? J u n t o a l a iglesia, ocho p o r dos suses.»)

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(1) Maitia, querida.

P e d r o Mar i , pon i endo a m o d o de p o r t a v o z sus m a n o s , con tes tó con e s t a estrofa:

Anaya, nai duzuya Emazterih erosi? Baratze kantoinetan Sosían emezortzi.

(«Hermano, ¿quieres c o m p r a r muje r? E n los p a ­ra jes d e las h u e r t a s , diez y ocho p o r u n sus.»)

Mien t ras él c a n t a b a , u n a de las e sca rdadoras , j o -v e n c i t a de diez y seis años , m e n u d a y ágil ardi l la , b a i l a b a y b r i n c a b a a compás , en m e d i o del sem­b r a d o .

— P a r a el b u e n ba i l a r ín n o h a y m a l t a m b o r i l , ¿verdad?—le gr i tó o t r a e sca rdadora , h e r m o s a m u ­c h a c h a rub ia , de ojos negros , acercándosele con a i re z u m b ó n y p r o v o c a t i v o .

— N o t e a r r imes , maitia (1). — ¿ P o r qué? — P o r el refrán: Baigorrin bachera urrez, ni arat

orduko, lurrez. («En Baigorr i , l a vaj i l la de oro; p e r o c u a n d o llego

a l lá , de barro.») — T a m b i é n y o sé refranes; ¡me l l a m a n la refra­

nera! — D i m e a lguno; en t u b o c a s e r án d e mie l . —Asto andiak, Baztango. («Los g randes asnos de Baztán.») Cual m a n g a de cohetes voladores sub ie ron al cie-

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133 lo las r isas d e las m u c h a c h a s , r e b o t a n d o sus v ib r a ­d o r a s c u e n t a s de eco en eco, h a s t a pe rde r se en los m u r m u l l o s de los m a n a n t i a l e s y a r royos .

P e d r o Mar i e r a cor to de genio , t a r d o d e l engua y perezoso d e imaginac ión p a r a habérse las a i rosa­m e n t e con u n a docena d e muje res bu r lonas . S u s ca rca j adas le desconcer ta ron; rubor izóse y volvió p ie a t r á s , i n t e r n á n d o s e bosque a r r i ba , t r i s t e , por ­q u e n o h a b í a v i s to a Katalin. L a s esca rdadoras se­g u í a n c a n t a n d o a voz en cuello y con aire m á s v ivo:

Ezkondu nai dutenak Seinale dirade, Matrell-ezurrak seko Kóloriak ferde.

(«Los q u e se quieren casar , p r e s e n t a n var ios sín­tomas : las meji l las j u a n e t u d a s , v e r d e el color.»)

I I I

Al p e n e t r a r en E s p a ñ a s int ió pasos p o r la encru­c i jada de l bosque . Aparec ie ron t res mozos ; a u n o d e ellos le conocía: e ra M a r t í n , el de Zamukeg i .

A sus p r e g u n t a s , és te le respondió : — L o s dos amigos son d e B i d a r r a y . N o v a m o s a

E l izondo , como p iensas , a c o m p r a r g a n a d o . Nos ex­p a t r i a m o s , hu ímos d e F r a n c i a , resuel tos a p e r m a ­necer en t i e r ras de P a m p l o n a h a s t a que es tas cosas acaben . T e m o que c u a n d o vo lvamos hemos de en­c o n t r a r los árboles con las raíces al cielo y las r a m a s

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(1) Apodo de una mujer que adquirió triste celebridad en el -ilsibasko-francés durante la época revolucionaria.

Qattza-Gorri, nombre burlesco del diablo; literalmente, cal­zones rojos.

a l suelo. Los amigos de la nac ión—¿conoces t ú a esa mujer? Se rá a l g u n a Okerra (1) de Pa r í s . . .—han invad ido el val le . Cierran las iglesias, las l lenan d e heno , r o b a n los cálices, p a t e n a s y cus todias ; p l an ­t a n u n arbol i to en la p l aza y bai lan a l rededor , au ­l lando blasfemias. Con ellos e s t án P ine t , el f rancés , y los ma los curas Mar i tu r r i , D u r o n e a , Sorondo-Cha ldun , ¡cerdos!, q u e quieren casarse; t odos ellos de l b r a z o de Galtza-Qorri (2).

P e d r o Mari se s an t i guaba . —-Por t a b e r n a s y posadas , vaso e n m a n o , p r e ­

dican nuevos sermones y p r e t e n d e n que todos obe­dezcamos a esa R e p ú b l i c a que h a n s e n t a d o en el t r ono del rey . ¿No q u e d a n sino mujeres p a r a m a n ­d a r a los hombres? Dicen q u e h a n de l levar l a R e ­púb l ica a Madr id , y n o h a de q u e d a r frai le n i in­quis idor en E s p a ñ a . A a lgunos t r a s t o r n a n el ju ic io . E s t á n fo rmando u n ba ta l lón d e vo lun ta r ios , y c o m o se a l is tan pocos , comienzan a h o r a a saca r mozos por fuerza. H o y quisieron echarnos la red; los gen­d a r m e s nos h a n perseguido a t i ro l impio p o r el m o n t e . E s t a es E s p a ñ a ; q u e s i rvan ellos si les p l a ­ce, g r i t ando ¡viva l a l ibe r tad! Noso t ros somos l i­bres . ¡A P a m p l o n a !

Mar t ín se volvió c a r a a F r a n c i a , y s u p e c h o d e to ro lanzó u n irrintzi, q u e ondu ló largo t i e m p o , con vibraciones d e júb i lo y desafío.

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (137)

135 Al despedirse Mar t í n , se acercó a P e d r o Mar i y le

d i jo a med ia voz: — ¿ S a b e s l a not ic ia? Katálin, la de E y a r a l d e a ,

s e casa con Miguel E lo rga . ¡Por supues to , si n o lo l l evan soldado!

Los t r e s mozos desaparec ían m o m e n t o s después e n t r e los árboles sombríos . P e d r o Mari pe rmanec ió inmóvi l , p e n s a t i v o , h inchado el corazón d e lágri­m a s . Cierto ru ido enc ima le d is t ra jo ; l evan tó la cabeza ; u n pá ja ro—el pico n e g r o — t a m b o r i l e a b a s o b r e u n a r a m a seca. L a s estrel las t e m p r a n e r a s lu­c í an su pá l i da luz de oro a t r a v é s del e m p a r r a d o de los árboles . Sobre el r u m o r de m a n a n t i a l e s y r i a ­chue los perc ib íase el gr i to melancól ico del cuclillo. L a s n ieblas , l e n t a m e n t e , b a j a b a n a l val le .

I V

A p e n a s los fulgores de l a l b a comenza ron a fil­t r a r s e po r las m a l a j u s t adas v e n t a n a s de l a b o r d a , P e d r o Mar i , q u e h a b í a d o r m i d o poco , se puso en p ie . Vist ióse, ciñóse el c i n t u r ó n q u e con t en í a el d i ­ne ro , agar ró el pa lo del cua l co lgaban el lío d e r o p a , los borceguíes y l a ces ta d e provis iones , y salió d e l a casa t r a s u n a b r e v e m i r a d a d e desped ida , p o ­n iendo la l lave d e ella a l a lcance de la m a n o por la g a t e r a d e l a p u e r t a , c o m o si hub iese d e r eg resa r p r o n t o .

Ten ía l a boca seca, y beb ió u n t r a g o de l a r r o -y u e l o . L a m a ñ a n a e s t a b a f resqueci ta , p e r o h e r m o ­s a , m á s p r o p i a d e m e d i a d o s de j un io q u e n o d e ú l -

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (138)

136

t i m o s d e marzo : p u r o el a m b i e n t e , l impio el cielo, ro sadas las m o n t a ñ a s , quie tos los bosques .

L a alegría , las esperanzas , ocuparon p r o n t o el lugar de la t r i s t eza que t o d a desped ida t i ende sobre el á n i m o . E l higiénico ejercicio a u m e n t a b a el b ien­e s t a r d e su cuerpo . I b a a paso la rgo d e m o n t a ñ é s , p o r t r aba josos a ta jos , camino del p u e r t o . J u n t o a las v e n t a s de U l z a m a t o p ó con u n g r a n golpe d e so ldados que sub ían po r do él ba j aba , y en Olagüe se cruzó con dos reg imientos y numerosos j i ne t e s r i c a m e n t e ves t idos . L e di jeron q u e era el v i r r ey , y e s t a b a dec la rada la gue r ra a F r anc i a . Como n o so­p l a b a v i en to , las b a n d e r a s españolas p e n d í a n , la­cias , d e las a s t a s : les f a l t aba el orgulloso res ta l l ido p recu r so r d e l a v ic to r ia .

P a r a excusar p r e g u n t a s ind i sc re tas , se a p a r t a b a de los pueblos ; de noche prefer ía las v e n t a s soli ta­r ias .

Mien t ra s corrió las t i e r ras d e P a m p l o n a , a u n q u e el pa isa je e r a m á s severo y los c a m p o s m e n o s p o ­b lados , se le f iguraba , po r la semejanza de t r a j e s , cos tumbres y lengua , que no h a b í a sa l ido de B a z -t á n . O t r a cosa fué a p e n a s puso las p l a n t a s e n l a s l l anu ra s d e la R i b e r a . Cielo r i sueño , suelo feraz, y n o o b s t a n t e , impres ión de t r i s t eza p a r a el m o n t a ­ñés en la planicie ondu lada sin bosques , a r royos , b o r d a s n i p r ados , n i b lancas ovejas y roji*zas v a c a s sobre l a m u l l i d a h ie rba . L a s n o t a s d e color h a b i ­tua l e s a s u r e t i n a p in t ábanse l a s los m a n c h o n e s de l t r igo , los opulen tos hue r to s q u é r o d e a n a las p o ­blaciones , g randes y d i s t an tes u n a s d e o t r a s .

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137 P r o n t o llegó a Casti l la la Vieja, y el t ed io fué el

a c o m p a ñ a n t e de sus j o r n a d a s . Cada vez e ra m á s a legre el cielo y m á s feo el suelo: á r idas s ier ras , p e ­ñascos escuetos , g a r g a n t a s d e g ran i to , t r i s tes p i n a ­res , y , a poco , la i n a c a b a b l e es tepa po lvo rosa a m a r i l l e n t a , con su marco de m o n t a ñ a s q u e n o e r a n sino m o n t o n e s de t i e r ra p a r d a , l e v a n t a ­dos , sin d u d a , p o r gigantescos topos ; y le janos campana r io s , a d o n d e n u n c a se l legaba. Ba jo l o s t o r r e n t e s de oro de l a luz solar, pueb lacos míse ros , casuchas d e t i e r ra , h o m b r e s y muje res ce t r inos , f la­cos , pe ludos , andra josos , r e b a ñ o s negros q u e p a s t o ­r e s d e t o r v o m i r a r y ves t idos d e pieles c o n d u c í a n . Y c u a n d o p a s a b a j u n t o a las he redades d o n d e el l a ­b r a d o r h a b í a escupido el r i ñon sobre el c o m p a c t o t e r r u ñ o , n i r isas n i canciones s a l u d a b a n la cesa­ción del t r aba jo . R e t i r á b a n s e a casa los h o m b r e s , tacitvirnos y h u r a ñ o s , j ine tes sobre el borr ico a l ­forjero.

¡Oh! ¿Dónde e s t a b a n a h o r a las alegres y sonrosa ­d a s e sca rdadoras d e Baigorr i?

T r a s m u c h o a n d a r d e d ía , las noches e r a n d e m a l descanso . Sucias y d e s t a r t a l a d a s las v e n t a s , c u y o s suelos j a m á s rozó l a escoba; las vas i jas d e b a r r o colgadas d e la p a r e d po r a juar ; a m e n u d o fuego , v ino y acei te solos po r t o d o b a s t i m e n t o , y necesi ­d a d de c o m p r a r fuera la comida y p r e p a r a r l a pe r ­sona lmen te , so p e n a de acos tarse con el e s t o m a g ó vac ío ; mesoneros impáv idos p a r a el obsequio y aga ­sajo; m o z a s desgreñadas y desabr idas , cub ie r to d e p e t a c h o s el amar i l lo refajo; n i n g u n a concu r r enc i a

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (140)

138 d e gen te a p a s a r la v e l a d a j u g a n d o y bebiendo» c o m o en las p o s a d a s baz tanesas ; c a m i n a n t e s pocos» e x c e p t o c u a n d o la r eun ión al legadiza de ar r ieros i n v a d í a la v e n t a y q u i t a b a el sitio; c a m a con sába ­n a s , nunca ; conversaciones, escasas , y p o r ignora r e l cas te l l ano , bu r l a s copiosas.

¡Cuántas y c u á n t a s veces le v ino a la m e m o r i a l a r anc i a canción de s u t i e r r a Erdál-errilco bizi-modtca («La v i d a fuera de l pa í s baskongado») , p u n ­t u a l r e t r a t o d e las gentes y pueb los q u e i ba v i e n d o , y a l t ende r se sobre el cos ta l d e p a j a en l a c u a d r a , c a n t u r r e ó , a c o m p a ñ a d o po r el coceo d e las mu ía s :

Ango sukal bazterrak ikustekoak: Laratzikan batere, palta auspoak;

Alki sendoak Iru edo lau arri kintalekoak

Ango zokoak Ezkoñduz geroztikan garbitzekoak.

(«Notables son los hogares de allí; f a l t an los l la­res y n o h a y fuelle; los sólidos poyos , p i e d r a s d e t r e s o c u a t r o qu in ta l e s . Los r incones a g u a r d a n el b a r r i d o desde el d ía de la boda.»)

— «A m a l t i e m p o , b u e n a cara»—decía P e d r o Mar i .

Y c a d a m a ñ a n a e m p r e n d í a con m a y o r ans ia la c a m i n a t a y a l a r g a b a la e t a p a p o r l legar c u a n t o a n t e s al único y le jano p u e r t o anda luz d e d o n d e s a ­len los ba rcos p a r a la v u e l t a d e Chile.

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V 139

Cierta t a r d e que , po r habérse le a c a b a d o las p ro ­visiones, en t ró en la t a b e r n a de u n pueb lo , se le ace rca ron a la mesa donde comía dos ind iv iduos q u e cor t é smente le sa ludaron . N o era m u y b u e n a , a la v e r d a d , s u t r aza ; pero cuando P e d r o Mar i m i ­r a b a la suya , su t ez q u e m a d a po r el aire, su r o p a descolor ida p o r el sol, s u camisa m u g r i e n t a , los des­gar rones de la c h a q u e t a , el p a n t a l ó n desh i laehado , se e s t i m a b a sin derecho a m o s t r a r s e descon ten ta ­dizo. U n o de ellos era a l to ; ba jo el segundo; con ca r a de g a r d u ñ a éste y de p a n d e r o aquél ; chirlos e n la c a r o t a y cos turones en la ca r i t a .

R a í d o s y m a n c h a d o s los t ra jes , po r su cor te y a d o r n o s bien se le a l c a n z a b a a P e d r o Mari que n o e r a n d e a ldeanos . El los se vend ie ron como de Ma­dr id , q u e e s t a b a cerca, y ab r ie ron la p lá t i ca . E l a l t o resu l tó so ldado viejo y h a b e r pres id iado S a n Sebas t i án y P u e n t e r r a b í a . R e t u v o p a l a b r a s del ba s -k u e n z e y , con las cas te l lanas de l acervo de P e d r o Mar i , t r a b a r o n diálogo, b a s t a n t e a en tenderse . Con­v i d a r o n ellos con v ino , p o r el gus to de h a b e r en­c o n t r a d o a p e r s o n a d e t a n r ica ca s t a como l a b a s -k o n g a d a , y h a b l a n d o h a b l a n d o , e n t r e las m e n t i r a s d e los dos , descubr ió P e d r o Mar i t o d a s sus v e r d a ­des p rop ias . Movióse luego ru ido en la cal le, y so color de en te ra rse , desaparec ie ron los dos amigos , p r imero el hombrec i l lo y a poco el h o m b r a z o . O t r o s q u e h a b í a en l a t a b e r n a fuóronse a s imi smo po r p u e r t a s zagueras y excusadas , q u e d a n d o sólo

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140 P e d r o Mar i a t e r m i n a r d e comer , cua l cumple a m o n t a ñ é s c a c h a z u d o .

L e v a n t ó s e p a r a el p a g o , ágil como n u n c a ; t a n ágil , q u e se le figuró fa l t ába le cier to peso , a t a d u r a o es torbo ord inar io , que le h a b r í a sido impos ib le d e prec isar cuá l fuese. I n s t i n t i v a m e n t e subió l a m a n o a l a c i n t u r a . ¡El c in tu rón del d inero h a b í a desaparec ido! Pá l i do , convulso , P e d r o Mar i p r o ­r r u m p i ó en ayes y frases de a p u r o y a n g u s t i a , a l a vez q u e se p a l p a b a el cuerpo p o r t o d a s p a r t e s .

Obse rvába le desde el m o s t r a d o r el t a b e r n e r o , y le p r e g u n t ó á s p e r a m e n t e :

— ¿ Q u é es ello, h e r m a n o ? ¿Se h a v u e l t o loco? ¡Deje el gu i r igay y l a a lga rab ía , q u e a q u í n o se cuece l engua b izka ína !

E l disgusto , la emoción p e r t u r b a b a n de t a l suer­t e a P e d r o Mar i , q u e no a c e r t a b a con u n a sola p a ­l a b r a cas te l lana; po r fin gr i tó l a s t ime ramen te :

—¡Man er robáu! Torció el gesto el t a b e r n e r o , y h u b o d e a g u z a r

el ingenio p a r a en t ende r la frase. —¡A ot ro pe r ro ! N o va len esas t r e t a s , h e r m a n o ;

soy vie jo , y n i n g ú n mot i l ón m e p e g a la go r ra . O p a g a s , o l l amo a la jus t i c i a .

P e d r o Mar i n o en tend ía ; q u e d e lo con t ra r io , h u ­biese sacado del chaleco el d inero q u e l l evaba a p a r ­t e p a r a el gas to m e n u d o y diar io . Creyó que el t a ­be rne ro le desment í a , y replicó con m á s fuerza:

—¡Man e r robáu aqu í , aquí ; m a n e r robáu! E s t a s p a l a b r a s encoler izaron al t a b e r n e r o . — ¡ P o r Cris to!—exclamó—. N o f a l t aba o t r a cosa

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141 s ino q u e u n p e t a r d i s t a echase a p e r d e r a u n h o m b r e h o n r a d o , a u n cr is t iano viejo como yo . S e p a v u e s a merced , b izka íno de B a r r a b á s , que el cabil d o de es ta casa es de gen t e de p r o .

Enza rzóse la d i spu ta , rep i t iendo sin cesar, con voz es ten tórea , P e d r o Mar i su frase, y respondién­dole el t abe rne ro con improper ios y amenazas . T a n fuer tes e r a n sus voces , q u e n o oyeron los pasos de va r ios so ldados , n i n o t a r o n su presencia , h a s t a q u e el sa rgen to p u s o su m a n o sobre el h o m b r o de P e d r o Mar i y dijo:

— S o l d a d o de S u Majes tad . P e d r o Mari , a tón i to a n t e el a p a r a t o de fusiles

y b a y o n e t a s , re lac ionándolo con el a s u n t o d e l a d i s p u t a , a u n m á s colérico q u e afligido, i n t e n t ó desas i rse , y comenzó a d a r voces .

— ¿ A m í e r roban , e a m í a l cárcel? N a d i e le hizo caso. Man ia t á ron l e los so ldados ,

y a empujones y cu la tazos lo saca ron a la calle. —Señor sa rgen to—dec ía el t abe rne ro corr iendo

t r a s d e é l—, q u e se m e v a el m u y pil lo sin paga r . — H o m b r e , qu ien s i rve a l r ey , ¿qué m e n o s sino

comer de balde? P e d r o Mari fué incorporado a u n a la rga cuerda

d e h o m b r e s jóvenes , ha r ap i en to s y m a l encarados los m á s , q u e h a b í a en la p l aza , ba jo la cus tod ia d e u n a c o m p a ñ í a d e milicias. R e d o b l a r o n los t a m b o ­res , cuadróse la t r o p a , y u n oficial, a n t e la b a n d e r a , l eyó con voz c la ra u n R e a l dec re to de S u Majes tad Catól ica el r e y D . Carlos I V , r ep roduc iendo o t ro de s u antecesor D . Carlos I I I , de 11 de sep t i embre de

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142 1773, m a n d a n d o hace r levas de gen te ociosa en M a d r i d y pueb los de s u con to rno excep tuados del servicio mi l i t a r , con m o t i v o de la gue r ra en t r e E s ­p a ñ a y la R e p ú b l i c a F r a n c e s a .

V I

E n t e n d i ó a lguna p a l a b r a sue l t a P e d r o Mari , y lo q u e oía le puso al t a n t o .

Desatóse le el pecho a n u d a d o po r la p e n a . N o le l l evaban como a l adrón , que el m a l t a b e r n e r o de­nunc i a r a . P r e t e n d í a n q u e fuese so ldado . ¡Vano e m ­peño! D e la q u i n t a cas te l lana le e x c e p t u a b a su d o ­ble t í t u lo de n a t u r a l n a b a r r o e h ida lgo b a z t a n é s . E l pe rcance q u e d a b a reduc ido a a legar su excep­ción. ¿Cómo, cuándo? A l a h o r a e ra imposib le , por ­q u e los so ldados a n a d i e a t e n d í a n , y si a lguien d e l a cue rda h a b l a b a recio, le so l t aban u n palo . . . ; p e r o sazón o p o r t u n a , m á s o m e n o s p r o n t o , se p re sen ta r í a .

Resolv ió aguarda r l a ; m i e n t r a s , le s o b r a b a n m o ­t ivos d e afligirse y cavi lar . ¡Le h a b í a n r o b a d o ! S u p e q u e ñ o cauda l h a b í a desaparec ido y le e ra impo­sible p r ac t i c a r aver iguaciones , persegui r a l l ad ró n en el pueb lo , de donde , p o r las t r a z a s , iba a salir l a co lumna . Al e n t r a r en la t a b e r n a l l evaba el d i ­ne ro encima; t en ía segur idad de ello. ¡Oh, los alle­gadizos amigos! ¡Ellos e ran , sin d u d a , los ladrones! ¿Podr ía proseguir el viaje? Le jano a ú n el p u e r t o , ¿le d u r a r í a el d inero del chaleco? A fuerza de p r i ­vaciones , lograr ía est irarlo. . . P e r o ¿y el pasa je?

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143 ¿Cómo embarca r se y cubr i r en Amér i ca sus p r i m e ­r a s necesidades h a s t a e n c o n t r a r colocación? Lo m á s cuerdo e r a volver p ie a t r á s . . . ¡Proyecto descabe­l lado! ¡ E n t r a r en B a z t á n sin d inero , sin hac i enda ! ¡Lindo viaje! S e p o n d r í a a servi r de p a s t o r , de cr ia­do . . . ¿Y las bu r l a s d e los amigos , d e los p a r i e n t e s , d e los convecinos? ¡Le sacar ían coplas! ¡Las m u c h a ­c h a s de la fuente y el r ío c a n t a r í a n los berso berri-yak de P e d r o Mar i Belar ra ! N o , mi l veces n o ; a n ­t e s i r m e n d i g a n d o , a n t e s el servicio mi l i t a r q u e l a be fa inev i tab le .

E s t a s fueron las ideas que e s tuvo m a c h a c a n d o s u m a g í n d u r a n t e t o d a la t a r d e y p a r t e d e la n o ­che que d u r ó l a m a r c h a a t r a v é s de y e r m o s deso­lados . P o r fin l legaron a u n a c iudad g r ande , q u e l e d i je ron l l amarse Alcalá , y los me t i e ron en u n a cua­d r a , b a j a d e techos , sin o t ro a jua r q u e las t a r i m a s d o n d e se acos tasen . P resen tá ron les u n a ca ldera l lena d e r a n c h o , q u e a P e d r o Mar i le recordó l a q u e e n su t i e r r a se s i rve a los cerdos. U n cabo , a c o m ­p a ñ a d o de cua t ro n ú m e r o s , i ba r eg i s t r ando los bol ­sillos de los levados . Tocóle su t u r n o , y es t imó q u e e r a sazón de exponer sus agravios . Riósele el c a b o sin da r le oídos, y le qu i tó el d inero . Resis t ióse P e ­d r o Mari , y t r a s de recibir unos cuan tos pa los , l e a m e n a z a r o n con el ca labozo. E n t o n c e s comenzó a e x h a l a r quejas a m a r g a s , a maldec i r de su s u e r t e con t o n o las t imero y gestos desesperados . N i n g u n a compas ión exci tó . A n t e s bien, los q u e él e s t i m a b a compañe ros de infor tunio comenzaron a r e m e ­da r l e g ro t e scamen te y a hacer rechifla de su a n g u s -

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144 t i a . Refrenóse en tonces , y opuso a la a d v e r s i d a d f rente de m á r m o l . Refugiado en u n r incón, sin p ro ­b a r el r e p u g n a n t e r a n c h o n i m o v e r los labios n i c e r r a r los ojos, pasó la noche . Ap lanába l e el m á s comple to aba t imien to ; iba fo rmando c lara concien­c i a de q u e se ha l l aba cau t ivo d e n t r o de u n a r ed q u e le ser ía imposible romper .

P e n e t r a r o n las p r imeras luces del d ía p o r la an ­g o s t a v e n t a n a . E l calor e ra sofocante , p e s a d o el a m b i e n t e , apestoso el v a h o q u e e x h a l a b a la aglo­merac ión de pe r sonas .

Sobre la t a r i m a r o n c a b a l a b a r r e d u r a social, m o n ­t ó n d e h a r a p o s piojosos po r e n t r e los cuales a soma­b a n caras mac i l en ta s de miser ia y vicios, p i e rnas y m a n o s roñosas .

¡Oh cuan esp léndida a la m i s m a h o r a la pup i l a •de oro ab i e r t a sobre los ve rdes m o n t e s baz taneses !

L a encer rona du ró la m a y o r p a r t e del d ía s iguien­t e . L a a tmósfera espesa de la c u a d r a p r o v o c a b a n á u s e a s . A P e d r o Mar i le dol ía l a cabeza , cua l s i u n a b a r r a de hierro se la t r a spasase d e sien a sien. E n v a n o l a l eva se quedó r o n c a p id iendo r a n c h o y o reo ; las p u e r t a s c o n t i n u a r o n h e r m é t i c a m e n t e ce­r r a d a s . E n los m o m e n t o s de silencio se perc ib ía cla­r a m e n t e el paseo d e los cent inelas . L a s sobras de l r a n c h o fueron devoradas en t r e d i spu tas . A P e d r o M a r i le p r o d u c í a n asco el a l imen to y la m a n e r a d e comerlo; a n t e s mor i r se d e h a m b r e q u e p r o b a r b o ­c a d o ; pero no t en í a ganas , a Dios grac ias . L e a to r ­m e n t a b a l a sed, y p o r fin se resolvió a b e b e r de l bo t i jo u n a g u a n a u s e a b u n d a , cal iente y q u e s ab í a

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145 a t i e r ra . A las c u a t r o de la t a r d e se abr ió la p u e r t a zague ra , y como m a n a d a s de to ros sal ieron los p r e ­sos b u s c a n d o luz y a i re .

E s t a b a n e n u n p a t i o d e a l t í s imas p a r e d e s l isas, s in huecos; al p ie de el las, y fo rmando cuad ro , dos filas d e so ldados , ca l ada l a b a y o n e t a ; en el c en t ro , u n g rupo de oficiales, d e diferentes uni formes , que c h a r l a b a n , r e í an y f u m a b a n .

Al inearon a los levados , y comenzaron a recorrer l a fila los oficiales.

—¡Caramba! ¡Es ta es mor ra l l a pura!-—exclamó u n oficial d e cabal ler ía , de b r i l l an te un i forme y a i re a r i s tocrá t ico , hac iendo u n gesto desdeñoso—. ¡Pa­rece l a l eva u n cap í tu lo de Híncemete y Cortadillo/ ¡Ni u n lugareño! E s t a es gen te de la h a m p a .

' — H a y excepciones , Pep i t o—con te s tó o t ro com­p a ñ e r o , c a p i t á n de infantería/—; al lá veo u n moce-t ó n m á s a l to y recio q u e u n a to r re . Me lo l levo a granade ros . Tiene ca ra d e h o m b r e de b ien ; s u t r a je n o es de e s t a t i e r ra . ¡A b izka íno m e huele! ¿Cómo d i a n t r e s h a b r á ca ído en e s t a r e d a d a ?

Los oficiales fueron en t r e sacando a los de la l eva y d is t r ibuyéndolos en pe lo tones . E l m e n o s n u m e ­roso e ra el d e P e d r o Mar i .

C u a n d o el c ap i t án se acercó a comunica r órdenes a l s a rgen to , P e d r o Mari se descubr ió respetuosa­m e n t e , y según supo y p u d o , q u e fué a t r a n c o s y ba r r ancos , expuso h u m i l d e m e n t e sus rec lama­ciones.

E l c a p i t á n lo escuchó p a c i e n t e m e n t e , n o sin cier­t a s impa t í a .

NARRACIONES BASKAS. 10

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (148)

146 —¿A qu ién se lo cuen ta s , hi jo? E l r e y m a n d a

— y sa ludó m i l i t a r m e n t e — . D e es t a r en t u t i e r ra , t end r í a s q u e servir . . . , p o r q u e supongo q u e los n a -b a r r i t o s n o p e n s a r á n v iv i r a la s o p a b o b a , m i e n t r a s los d e m á s españoles nos descr i smamos con los fran­ceses. A q u í o all í , igual d a .

Quiso insis t i r P e d r o Mari ; pero el c a p i t á n le cor tó l a p a l a b r a con a i re severo:

— ¡ A cal lar! D e lo con t ra r io , t e d o y u n b a q u e t e o . Y le volvió l a espa lda . Los d e m á s oficiales q u e

obse rva ron la conversación le p r e g u n t a r o n acerca del caso, y u n a vez e n t e r a d o s , exc lamó u n t e n i e n t e coronel d e ar t i l ler ía:

— E s o s per ros s i empre l levan los fueros e n l a b o c a p a r a n o serv i r a l r ey . ¡Cualquiera d i r ía q u e son de o t r a cas ta ! ¡Pues to que cayó u n o en n u e s ­t r a s u ñ a s , a ve r cómo m e lo d o m a , señor c a p i t á n ! E s o sí , son h o m b r e s va l i en tes , y a n i n g u n o ceden en funciones de gue r ra .

V I I

R e s u l t a b a inú t i l , a b s o l u t a y p e r f e c t a m e n t e in­ú t i l , y a d e m á s de inú t i l c o n t r a p r o d u c e n t e , el r ebe ­larse . D e e s t a v e r d a d v i v a se en t e ró p r o n t o P e d r o Mari . Cogido p o r el d e n t a j e d e la m a q u i n a r i a orde­nanc i s t a , n o h a b í a o t r a sa l ida q u e p a s a r ba jo el im­p lacab le ci l indro. Acomodóse p a s i v a m e n t e a las c i rcuns tanc ias con a lguna v a g a e spe ranza d e m e ­jo ra r . ¿Cómo, po r qué? E l h o m b r e , a u n c u a n d o desespera , espera .

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147 A E s p a ñ a , como d e c o s t u m b r e , le so rp rend ía la

guer ra sin e l ementos mi l i ta res . D i a r i a m e n t e , d e u n a y o t r a p a r t e n e g a b a n rec lu ta s a Alcalá p a r a q u e a p r e s u r a d a m e n t e los ins t ruyesen . Desde las seis de la m a ñ a n a h a s t a las once, y desde las t r e s de la t a r d e a las seis y med ia , p e r m a n e c í a n P e d r o Mari y sus compañe ros sobre el c a m p o d e m a n i o b r a s , ap rend i endo el ejercicio a la p rus i ana . ¡Qué de n i ­miedades , complicaciones y artificios! ¡Cuántas r e ­ce tas p a r a dif icul tar los ac to s m á s e spon táneos de l cuerpo h u m a n o : m o v e r los b razos y a n d a r ! ¡Qué de a r can idades en u n s imple «¡vista a la derecha!» A u n es m á s r ica e n cosas l a t á c t i c a q u e el minué.

P e d r o Mar i p o n í a los cinco sen t idos ; pe ro t r o p e ­z a b a y ca ía e n el obs tácu lo del i d ioma cas t e l l ano , q u e e n t e n d í a poco , y casi n a d a a l sal i r de la b o c a cecean te de l s a rgen to in s t ruc to r , q u e e r a a n d a l u z ce r rado . Como i n t e r p r e t a r a m a l las p r i m e r a s voces-d e m a n d o al comenza r la ins t rucc ión , azo rábase y no h a b í a m o v i m i e n t o que n o t r a s t r o c a r a , paso ordi­na r io que n o fuese l igero, n i v u e l t a a la de recha que-no diese a la i zqu ie rda . E r a u n e r r a r con t inuo , u n a acumulac ión inconcebible de to rpezas . So l t aba el' s a rgen to la nac iona l m a j a d e r í a de: «¿Cómo es e s o í ¿Acaso n o h a b l o y o castellano?» Y el d í a a c a b a b a con p a n negro y calabo / ,0, a m é n del correspondien­t e b a q u e t e o sobre la m a r c h a . Los d e m á s rec lu ta s l o c re ían t o n t o , y se lo l l a m a b a n , burlándo&e despia­d a d a m e n t e . Cohibido po r p recep tos t a n t o s y achi­cado po r el t e m o r , su cuerpo ágil de m o n t a ñ é s , he ­cho a b r inca r p i ed ras y correr ve r icue tos , a m o v e r -

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148 se l i b remen te , e ra y a cuerpo d e pa lo , r íg ido, an ­guloso, de ar t icu lac iones anqu i losadas . A lo cual con t r i bu í a el un i forme: sus p r e n d a s es t rechas , el correaje , las m a n g a s y bo tones , q u e op r imían el c o r b a t í n con hebi l la q u e le a g a r r o t a b a ; los z a p a ­tos , q u e le ena rdec ían los pies , h a b i t u a d o s a la fle­xible a l p a r g a t a y a a n d a r descalzos sobre la h ú m e ­d a h i e rba .

I n v a d i ó l e u n a p r o f u n d a t r i s teza , u n a nos ta lg ia q u e con n a d a se p o d í a n d i s t r ae r o a m e n g u a r . E n las esp lénd idas ,pues tas del sol de los cielos castel la­nos , e u a n d o el azu l i n t enso d e las m o n t a ñ a s alca-r r eñas r e s a l t a b a ba jo el azul pá l ido del f i r m a m e n t o y los p a r d o s t e r rones d e la anch í s ima l l anu ra se t e ­ñ í a n con ma t i ce s d e oro y g r a n a , l lenábanse le de l ágr imas los ojos y seguía con env id ia , con h o n d a env id ia , con env id ia d e pob re , el l ibre vue lo d e las grul las pe regr inas al N o r t e .

Solo, a is lado, sin amigos , sin compañe ros ; s iem­p re la indiferencia, m á s cruel a ú n que la f recuente bur l a . E n t r e los rec lu tas , él único q u e le d a b a m u e s ­t r a s de afecto e r a Gregorio, m o n t a ñ é s de Burgos , r a y a n o d e B i z k a y a .

A m e n u d o h a b l a b a d e las excurs iones a l Señorío en t i e m p o de ferias y mercados , de los bai les en la c a m p a , a l son del t a m b o r i l .

— S o n m u y g u a p a s y m u y alegres las b i zka ínas —decía/—. ¡ Ah , si y o hubiese sab ido t u p a r l a ! Como h a y Dios , d ie ra en tonces gus toso la me jo r novi l la del corral por saber baskuenze .

—¡Ojalá si n o lo supiese y o ! — e x c l a m a b a P e d r o

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149 Mar i r enegando d e s u l engua , a fuerza de desd i ­chado .

V I I I

B i e n o m a l , y e n t o d o caso p r o n t o , i n s t r u y é r o n s e los r ec lu t a s , y llegó el d í a de incorporarse a l regi ­m i e n t o d e Córdoba , el cual , de s t i nado a l e jérci to de C a t a l u ñ a , llegó d e v í spera . Con esto se a r ru ina ­r o n t o t a l m e n t e las esperanzas de P e d r o Mar i , ceba­d a s en las voces d e que los l l evar ían al e jérci to d e N a b a r r a .

Amanec ió l a m a ñ a n a de la p a r t i d a sin u n a n u b e q u e e m p a ñ a s e el cielo. D e s d e sus p r i m e r a s h o r a s , las calles y p l aza s de Alca lá e r a n es t rechas p a r a la gen t e q u e rebul l ía . B a n d e a b a n las c a m p a n a s , r a s ­g a b a n el espacio e s t r e p i t o s a m e n t e cohetes y vola­dores ; o n d e a b a n a l a i re , desde las v e n t a n a s de las casas , l as co lgaduras ; p o r t o d a s p a r t e s r e s o n a b a n ac lamac iones a l a Rel ig ión, a l R e y y a E s p a ñ a .

L a s fuerzas p r e v e n i d a s a e m p r e n d e r la j o r n a d a e ran : u n ba t a l l ón de gua rd ia s españolas , los regi­m i e n t o s de S a b o y a y Córdoba y u n r eg imien to de d ragones . E l e s t ado m a y o r e r a lucidís imo; compo­n ían lo el t e n i e n t e genera l p r ínc ipe d e Monfor te , el conde d e la U n i ó n , el mar i sca l d e c a m p o D . Rafae l Vasco, el b r igad ie r D . E u g e n i o N a v a r r o . L a s t r o ­p a s oye ron m i s a a las ocho en diferentes iglesias; a l r eg imien to de Córdoba le tocó oírla en la de los s an to s m á r t i r e s J u s t o y P a s t o r , d o n d e pred icó el c apuch ino p a d r e Ambros io Orgiva , q u e p roc l amó

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150 la indisoluble un ión del t r ono y el a l t a r , y la nece­s idad de r ae r del suelo los h o m b r e s y los pr incipios nefarios d e la Revo luc ión francesa, e m p l e a n d o p a ­l ab ras de fuego, rea lzadas po r su f igura de semi ta : tez moren í s ima , cuerpo en ju to , c a r a escuál ida , ojos negr ís imos cente l leantes , b a r b a z a del m i s m o color y cabos canosos. E l s e rmón e n t u s i a s m ó y ena rde ­ció a los oyen tes ; n o a P e d r o Mar i , q u e se d u r m i ó p r o f u n d a m e n t e , cediendo al influjo del lugar som­br ío , p r o x i m i d a d de u n p i la r y copioso sonsone te d e p a l a b r a s inintel igibles.

Media h o r a después sal ían las t r o p a s de Alcalá oyendo v í to res y gr i tos de desped ida . R e s t a l l a b a n las b l ancas b a n d e r a s coronelas , luc iendo la c ruz de Borgoña , casti l los y leones en los huecos , y las cua­t r o co ronas q u e c ie r ran las p u n t a s d e las a spas . E l a g u d o clarín d o m i n a b a el sordo redob le de los t a m ­bores ; el sol p r e n d í a r a m o s de oro sobre las b ruñ i ­d a s a r m a s ; p i n t a b a n el a i re los v ivos colores de los uni formes , los b o r d a d o s y p l u m a s de los generales . . . P r o n t o el po lvo ex tend ió sobre ellos la u n i f o r m i d a d d e s u c a p a gris; cesaron poco a poco los c a n t o s y ca rca jadas de la t r o p a , y prosiguió silenciosa l a co­l u m n a a t r a v é s d e la p a r d a l l anura . ¡Ancha es Cas­t i l la!

Y n o o b s t a n t e , el corazón de P e d r o Mar i se achi­c a b a e n ella. A m a r c h a s fo rzadas l a a t r a v i e s a n de d ía ba jo u n sol q u e i r r ad ia po r a d e l a n t a d o los ar­dores es t iva les , d u r m i e n d o de noche ba jo las t i en­das de lienzo, h ú m e d a s de rocío. N o le e s p a n t a a P e d r o Mari el a n d a r ; pe ro le e m b a r a z a n y a b r u m a n

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151 la c a r g a d a mochi la , la e s t recha chupa , el ceñ ido correaje , los to rpes z a p a t o s , y a d e m á s el fusil r a ­y a d o , la e spada , l a b a y o n e t a , el frasco, el cordón. . .

E n Zaragoza se les u n i ó el r eg imien to d e N a b a -r r a . P e d r o Mar i e x p e r i m e n t ó u n m o m e n t o d e ale­gría . Creyó que lo fo rmar í an n a b a r r o s ; n o h a b í a ni u n o solo. Con ese n o m b r e a f i rmaba el r e y d e E s p a ­ñ a sus p re tens iones d e q u e el re ino p i rena ico le p r e s t a se el servicio mi l i t a r , n o según los fueros, s ino según los m a n d a t o s de s u v o l u n t a d soberana . Con t o d o , le se rv ía d e consuelo v e r a la cabeza del s egundo b a t a l l ó n la b a n d e r a ro ja y las cadenas res­p landec ien tes ba jo el azul de los cielos. Y n o apar ­t a b a de ellos la v i s t a , a l igua l de l n iño q u e m i r a a su m a d r e .

Reco r r í an u n pa í s a u n m á s t r i s t e q u e Casti­lla, en t r e Zaragoza y Lér ida : i nmensas soledades , c a m p o s , o y e r m o s , o d e t r igo m a l nac ido ; t i e r r a á r i da , gris, ag r i e t ada ; á lveos de r iachuelos e x h a u s ­tos ; t o r r e n t e r a s con gui jas en vez d e agua ; col ini tas t e r rosas ; m a t a s d e a l iaga y or t iga r ecub ie r t a s de dos dedos d e po lvo ; a i re seco; luz de s lumbrado ra , b r u t a l ; sol implacab le , agos tándo lo t o d o . Ni pá ja ­ros , n i s o m b r a , n i fuenteci l las d o h u m e d e c e r las fauces y despegar la l engua del p a l a d a r . Lejos , m u y lejos, e n t r e b r u m a s , las n ieves de l P i r ineo .

P e d r o Mar i p e n s a b a q u e n o h a b r í a e n los p r a d o s baz t aneses h ie rbec i t a q u e n o ado rnase su ta l lo y corola con u n a s a r t a d e go t a s cr is ta l inas ; ¡y les t en í a envidia!

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I X

E l e jérci to de R i c a r d o s ocupa sus posiciones, d is ­pues to a t o m a r la ofensiva sobre las l íneas del Tech . E l r eg imien to de Córdoba a c a m p a al p i e del Pe r -tu s , p u n t o a v a n z a d o de la división q u e se a lo ja en los p u e b l o s de l va l le .

Su r á p i d a correr ía a t r a v é s de C a t a l u ñ a dejó a P e d r o Mari la impres ión de u n sueño . Sus ojos con­se rvan , a m o d o de es te la d e s l u m b r a d o r a , el recuer­do de feraces c a m p i ñ a s , de flores y árboles peregr i ­n o s , de ex tens iones d e m a r celeste descub ie r t a s a l sub i r las m o n t a ñ a s .

E l r eg imien to a g u a r d a l a o rden de r o m p e r la fron­t e r a . P u e s t a s las a r m a s en pabe l lón d e l a n t e d e las t i é n d a s e l o s so ldados h a b l a n y j u e g a n . L a s can t i ­n e r a s recor ren los g rupos bulliciosos. P e d r o Mar i , sobre u n t r onco d e á rbo l ca ído , c o n t e m p l a la co­r r i en t e e s p u m o s a del L lobrega t , q u e le sa lp ica l a cara ; la a u s t e r i d a d del pa isa je m o n t a ñ o s o a u m e n t a la t r i s t eza de su corazón.

A m e d i a t a r d e las t r o m p e t a s y t a m b o r e s t o c a n genera la , y el r eg imien to sale a ocupa r el eoll d e P e r t u s .

A P e d r o Mari le correspondió p r e s t a r el servicio de a v a n z a d a , sobre la m i s m a f ron te ra francesa.

Sol i tar io en la e l evada m e s e t a , sus m a n o s , h e ­chas a m a n e j a r el pacífico c a y a d o , e m p u ñ a n el fu • sil, c u y a b a y o n e t a a m e n a z a a la t i e r r a de F r a n c i a .

H u n d í a s e el Sol, y u n a s en pos de o t r a s i b a n a p a ­gándose las enh ies tas cumbres . Al Oeste , desde su

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ais lado cono, el fuer te de Bel legarde , a i n t e r m i t e n ­tes cañonazos , h a b l a b a de u n a cosa te r r ib le , desco­noc ida y p r ó x i m a : la guer ra . P e d r o Mar i n o la t e m e , no . Se s ien te capaz de a f ron ta r los m a y o r e s peli­gros con impav idez abso lu ta . Al a r m a , v i rgen a i m , q u e le en t r ega ron , él s ab r í a obl igar la a c o n t r a e r s angr i en ta s nupc ias . . . P e r o es que la lucha i n m i ­n e n t e le deja frío: n i le in t e resa ni le i m p o r t a . I g ­nora po r qué y p a r a q u é se h a de ba t i r . Ni od ia a los que e s t án f ren te a él, n i a m a a los que e s t án con él. Aque l l a b a n d e r a t r icolor que ondea sobre l a s b a t e r í a s d e Bel legarde . . . es el enemigo . ¡Ah! E l ene­migo , a qu ien n o conoce, d e qu ien n o h a rec ib ido agrav ios , con qu ien le obl igan a pe lea r , p o r q u é p a r a eso le caza ron i n i c u a m e n t e a él como a u n a fiera. L a o r d e n a n z a le opr ime , le humi l l a y convie r te e n a u t ó m a t a . Aborrece h a s t a los colores del u n i f o r m e . E l un i fo rme es el sudar io de su a lbedr ío ; s u d a r i o d e p l o m o , cuyos pl iegues nad i e p u e d e m o v e r . V e su po rven i r f rus t rado . R e c u e r d a la hac i enda q u e vend ió , el d inero q u e le r o b a r o n , los cast igos que l e impus ie ron , las bu r l a s con q u e le mor t i f i ca ron , su a i s l amien to en el cuar te l , su desesperación en él ca labozo. . .

E s t a s ideas , en su m a y o r p a r t e ba jo la forma d e sen t imien tos , y de sen t imien tos inconscientes , le ag i t an , m i e n t r a s se p a s e a a r m a al b razo por la ele­v a d a mese t a , l ími te de las dos nac iones , sin que s u s ojos ac ie r t en a m a r c a r con u n levísimo signo, sea u n a flor de color diferente o u n a p ied ra de diferente forma, dónde a c a b a E s p a ñ a y empieza F r a n c i a . E l

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igno ran t e P e d r o Mar i n o descubre los mojones san­gr ientos de la h i s tor ia .

Sube la noche desde los hondos va l les , y la ondu­lación de las m o n t a ñ a s t r a z a la l ínea divisor ia e n t r e las s o m b r a s de la t i e r r a y la azul a m p l i t u d de los cielos. N o c h e t r a n s p a r e n t e , serena, q u e e n c a n t a con el centel leo de los luceros y embr i aga con el perfu­m e de los p ina res . P ro fundo el silencio: n i voces hu ­m a n a s , n i ru idos d e la N a t u r a l e z a le t u r b a n . E s u n silencio de mis te r io , de ceremonia a u g u s t a , de in­visibles comuniones ; silencio q u e a n o n a d a el á n i m o afligido del p o b r e e x p a t r i a d o y le p red i spone a r e ­cibir la lección que e n v í a n con sus t i t i l an t e s r a y o s los a s t ros le janos: res ignarse , a c e p t a r lo inev i t ab le , conformarse a las leyes q u e e s t á n sobre noso t ros , sacrificar la ind iv idua l idad , a d m i t i r la o rdenac ión sup rema . . . P e d r o Mari , con la p a s i v i d a d de l l ab ra ­do r a n t e la p i e d r a q u e a r r a s a sus cosechas , in clinó la cabeza , y u n a l ág r ima rodó p o r l a . so l apa de su casaca . E n el seno de aque l la l ág r ima cuajóse l a luz q u e descendía del cielo.

¿Qué r u m o r r o m p e , de p r o n t o , el silencio? ¿Es el susu r ro de los pinos? ¿El m u r m u l l o d e los t o r r en t e s? ¿El a le teo d e los genios p i renaicos? No . . . , es u n r u m o r , u n susur ro , u n m u r m u l l o , u n a le teo m á s suave , m á s t e n u e y vagoroso q u e r e s u e n a lejos, m u y lejos. U n coro de voces h u m a n a s , c u y a s pa la ­b r a s se p ie rden , pe ro c u y a melod ía se perc ibe ale­gre y j u g u e t o n a , y se a p a g a luego en l a rga caden­cia melancól ica , cua l la es te la d e n ieb la sobre los m o n t e s que b a ñ a el sol. . . P e d r o Mari l e v a n t a l a ea-

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155 beza, aguza el oído.. . ; las pulsaciones de las a r t e ­r ias le i m p e d í a n oír bien. . . ¿Sueña acaso? Con m a n o t emblo rosa se p a l p a el cuerpo; e x a m i n a lo que le r o d e a p a r a cerciorarse d e q u e n o h a c a m b i a d o d e lugar . N i sueña n i del i ra; e s t á despier to ; sus pies p i san t i e r r a c a t a l ana , y n o obs t an te . . . E l c a n t o le­j a n o y dulcís imo q u e le t r a n s p o r t a es, sin q u e le q u e p a d u d a , la canción de las m u c h a c h a s de Ba i -gorr i . Su lengua , t r é m u l a , p o n e las p a l a b r a s q u e n o l legan: irnten arinuzu-kiloa gerriyan; c a n t a como u n loco n o t a s q u e son suspi ros , y su pecho , sel lado, se ab re en flor y b e b e el fresco rocío de las m o n t a ­ñ a s euska ra s .

Cáesele el fusil; d a unos c u a n t o s pasos . . . ; mis te ­r iosa e i r res is t ible a t r acc ión le a r r a s t r a . Y a a t r a ­vesó la f rontera ; y a e s t á en F r a n c i a . Monte aba jo corre p o r el sombr ío p i n a r . L lega a l va l le , y a la luz t r é m u l a de las es t re l las d iv isa u n g rupo de h o m ­b re s que , a l s en t i r pasos , i n t e r r u m p e n la canción.

— ¿ Q u i é n v i v e ? — p r e g u n t a u n a voz en ba s -kuenze .

Y o t ra , i rónica, e x c l a m a , d o m i n a n d o el m u r m u ­l lo de las r isas:

— S o b e r b i a idea , J o a n i s ; ¿a que n o t e con t e s t a d e r e c h a m e n t e ?

P e d r o Mar i , con la a legr ía de l jireso que r o m p e su cadena , g r i t a el n o m b r e mi lenar io y f ra te rna l de la r aza , consciente d e sí p rop ia , po r enc ima d e nac io­nes y f ronteras :

—Eushalduna!

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1 5 6

X

Ocho e ran los encont rad izos . Ves t í an t r a je semi -mi l i ta r : chaque t i l l a azul , p a n t a l ó n gris , b o i n a en­c a r n a d a , faja t r icolor d e p u n t o . Conservan el t i p o de g a ñ a n e s recién de s t e t ados d e la l a b r a n z a . T o d o s ellos del va l le d e Ba igor r i , y a lguno conocido d e P e d r o Mar i p o r v iv i r en el col lado d e Izpeg i .

E s t a b a n m u y alegres , y el olor a v ino p u b l i c a b a l a causa . P e d r o Mar i quer ía hab l a r , c o n t a r s u h i s ­to r ia , saber la d e ellos; diéronle a bebe r de u n a b o t a , a f i rmándole q u e e ra «nabarro clarete», a p l a z a n d o la conversac ión p a r a c u a n d o llegasen al c a m p a ­m e n t o , que p i n t a b a n cercano. Y e n efecto, l legaron p r o n t o .

E x t e n d í a s e és te p o r el l lano, a l rededor de u n a a l ­d e a que le servía de núc leo . E l ba ru l lo e ra g r a n d e . P e d r o Mar i , h a b i t u a d o a la r íg ida disc ipl ina del ejérci to español , n o vo lv ía de su a s o m b r o . L a s ca s a s e s t a b a n l lenas de b o t e en b o t e . Los un i formes dife­r í a n m u c h o e n t r e sí y e r a n de poco a i re mi l i t a r . P o r las v e n t a n a s ab i e r t a s sa l ían b o c a n a d a s d e ru ido t g r i tos , ca rca jadas , cánt icos , chocar d e vasos y b o ­te l las , como en l a t r a s n o c h a d a de u n a feria.

P e d r o Mar i y sus pa i sanos e n t r a r o n en u n a de l a s casas . Al rededor d e la m e s a , o t ros m u c h o s b a s k o s comen y beben , a c o m p a ñ a n d o con p u ñ e t a z o s , q u e hacen sa l t a r a los p l a t o s , las melancól icas cancio­nes de su t i e r ra . L a e n t r a d a de P e d r o Mari p r o v o c a u n a explosión de en tus i a smo; todos le r o d e a n y es­t r u j an , ofreciéndole a porfía t r agos de v ino . P r e -

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g ú n t a n l e , y c u e n t a s u h is tor ia ; Sus m a n o s se m u e ­l en d e rec ib i r a p r e t o n e s .

E l a su vez p r e g u n t a . Dícenle q u e el c a m p a m e n t o e s t á fo rmado exc lus ivamen te de t r o p a s v o l u n t a ­r ias : u n ba ta l lón de N a r b o n a y t r e s c o m p a ñ í a s d e cazadores ba jonaba r ros ; la t r o p a regular se a lo ja m á s a d e n t r o , e n Ceret , cua r te l genera l de la d iv i ­s ión Desflers .

— ¿ D e m o d o q u e voso t ros sois vo lun ta r ios? —pre­g u n t ó , so rp rend ido , P e d r o Mar i .

El los se ca l la ron u n m o m e n t o . -—Anda, C h u n o — d i j o J o a n i s — ; contés ta le . — V o l u n t a r i o s nos l l aman , y r e spondemos—re­

pl icó el i n t e rpe lado sonr iéndose p i c a r e s c a m e n t e ^ - . Así lo pub l i ca l a canc ión q u e nos enseña ron poco a n t e s d e salir . . . ¿ E r a sal i r o sacar , muchachos? N o m e acuerdo . . . , poco an t e s de salir de Baigorr i :

Biba Nafarroako Boloníariyoak.

P e r o a m í los g e n d a r m e s m e a g a r r a r o n del pes ­cuezo a t r e s v a r a s d e la f ron te ra . Soy vo lun t a r i o , ¿ve rdad?

U n a ca rca jada genera l siguió a la p r e g u n t a . — ¡ Q u e expl ique el caso B a r n e c h e , el sabio d e

B a n k a ! —¡Que hab le , q u e hab le !—pid ie ron m u c h o s — ;

n o le f a l t a rá u n a r azón , c o m o s iempre . E l sabio d e B a n k a e r a u n moce tón que casi t o ­

c a b a el t echo con la cabeza , t a n delgado como a l t o .

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Sus descomuna les ore jas sa l ían p o r deba jo d e la bo ina , como las a sas de u n bot i jo . Cálasele el na r i ­gón sobre la boca , pon iendo u n rasgo grotesco e n su ca ra , d e f rente m u y a n c h a y p u n t i a g u d a b a r b a . Después d e haoerse de rogar , con tes tó con m u c h a ca lma:

— E l pe r ro g u a r d a la casa a t a d o de u n a c a d e n a . ¿ E s t á allí p o r s u v o l u n t a d ? N o o b s t a n t e , l a d r a y m u e r d e p o r q u e qu ie re . Así noso t ros .

— P u e s y o oí q u e de v u e s t r a t i e r r a sal ieron v o ­lun ta r ios . . .

— H u b o b a s t a n t e s al pr inc ip io : l iga p a r a caza r pá ja ros . E s o s se h a n q u e d a d o al lá . Alguien receló q u e nues t ro s fusiles n o h a r í a n b lanco en carne ba s -k o n g a d a , y nos h a n t r a í d o a e s tas le janas t i e r ras . . .

— A fe d e I s t e b e Ar rechea—exc lamó o t r o — , esos cas te l lanos negros m e r ev i en t an . Los del resguar­d o , q u e n o s r o b a n v a c a s y p a q u e t e s , son t o d o s d e Casti l la; ¡maldi tos!

— ¿ Y los g e n d a r m e s rub ios q u e a g a r r a n del pe s ­cuezo, Chur io?—pregun tó J o a n i s vo lv iéndose h a c i a és te .

—¡Como si de Casti l la, arrayo! P a r a v e r d a d e s , los refranes viejos: «dijo l a s a r t é n a l cazo..'.»

— M á t e n s e , si les p lace , r ub ios y morenos ; a nos ­o t ros , ¿qué? A u n q u e se quejen^ n o les h e m o s d e en tender . . . Dios crió la m o n t a ñ a l ibre p a r a el b a s k o .

—Cier to—repl icó el sentencioso de B a n k a — ; pero e r a la h o r a de l a s ies ta y se le resba ló d e las m a n o s , c ayendo e n t r e F r a n c i a y E s p a ñ a . ¡Por eso nos a p r i e t a la t e n a z a , m a l pecado ! N o s cogen en

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med io , y h a y q u e ser enemigos de u n a , p o r n o serlo d e las dos . E n fin, m u c h a c h o s , p u e s t o q u e a q u í es­t a m o s , e s t emos .

—-¡Y v i v a la nac ión!—gr i tó , r e m e d a n d o el t o n o y el a c e n t o d e los franceses, u n r a p a z d e doce años q u e l l evaba c r u z a d a sobre el pecho la cor rea del t a m b o r , cuyos pal i l leros d e m e t a l re luc ían .

P e d r o Mar i fijó s u a t enc ión po r p r i m e r a vez en a q u e l chicuelo de ca r a f ina d e muje r , y p r e g u n t ó con l a m i r a d a a los c i r cuns t an t e s .

E l sentencioso de B a n k a acarició con s u e n o r m e m a n o la r u b i a cabeza enso r t i j ada del m u c h a c h o , cubr iéndose la en te ra .

— E s t e es el t a m b o r d e l a c o m p a ñ í a , Pel lo L a -r r a lde : u n p o b r e hué r f ano d e I ru leg i , a quien que ­r emos m u c h o ; es el h i jo d e t o d o s .

E l chico se sonr ió , y a p o y a n d o su ca r a sobre las p i e rnas del g i g a n t ó n de B a n k a , le dijo con t o n o za­l a m e r o d e n i ñ o q u e p i d e dvdces:

— A c u é r d a t e de t u p r o m e s a . — ¡ B a s t a de m a c h a q u e o ; no lo olvido! F igu raos

•—añadió, dir igiéndose a los d e m á s — q u e m e h a pe ­d ido mi l y mi l veces q u e en el p r i m e r c o m b a t e le deje d i spa ra r m i fusil. ¡Por s u p u e s t o , n o lo pesa!

—¡Pe ro m e lo sos tendrás t ú , t o n t o ! ¿ E s t a r á car­gado con b a l a , v e r d a d ? — p r e g u n t ó Pel lo .

Y e n sus ojos, cand idos como- las v io le tas m o n ­t añesas , bril ló u n a l l a m a que les hizo parecer a ú n m á s azules .

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160 X I

D e p r o n t o álzase en la calle ru ido e x t r a o r d i n a r i o . S u e n a n po r t azos , l a d r a n los pe r ros , chi l lan los n i ­ños y las muje res , cuá janse de cabezas t o d a s las v e n t a n a s . . . Voces h u m a n a s se ace rcan c a n t a n d o , y a paso ligero a t r av i e sa el pueb lo u n a m u c h e d u m b r e d e h o m b r e s , en formación incor rec ta , despechuga­d o s , d e tez m o r e n a , ves t idos de m o d o aná logo , p e r o s in un i forme, las c in tas t r icolor a l v i e n t o . U n a ca­t e r v a d e chicuelos med io desnudos los a l u m b r a con t e a s , a cuyas h u m o s a s l l amas s a l t a n chispazos d e ios sables y b a y o n e t a s . L a s bocas d e los fusiles lle­v a n r a m o s de flores m a r c h i t a s . D e t r á s r u e d a n cua­t r o cañones , a r r a s t r a d o s por u n g rupo de h o m b r e s h a r a p i e n t o s , ves t idos con ca rmaño la s ro jas ; en los a r m o n e s , r e t o z a n d o con los ar t i l le ros , v a n mujeres , p e g a d a s las greñas a la c a r a p o r el sudor . Cierra la m a r c h a u n j ine te , d e f isonomía m a r m ó r e a , ves t ido con casaca l a r g a y ce r r ada azu l obccuro , cuello y so­l apas descomunales , p a n t a l ó n b lanco , b o t a s de vue l ­t a s amar i l l as , sombre ro a l to de a las a n c h a s y reco­g idas , p l u m e r o y fajín t r icolores , p i s to las a l c in to y sab le de largos t i r a n t e s . H o m b r e s y muje re s se a g o l p a n en t o r n o de s u cabal lo , y roncos , le acla­m a n : ¡Viva el c i u d a d a n o r e p r e s e n t a n t e ! ¡Viva F a -b r e ! ¡Viva la Convención nac iona l ! P e r o a los v í t o ­res los cubre el h i m n o q u e el b a t a l l ó n e n t o n a en formidable unísono: acen tos que se e levan al cielo hench idos de va ron i l confianza, gemidos d e a n g u s ­t i a y a m o r a n t e la p a t r i a i n v a d i d a , a n t e las m a d r e s

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161 y esposas ases inadas . . . , y a lo ú l t imo , después d e so lemne silencio, dos gr i tos v i b r a n t e s , dos rug idos leoninos q u e congregan y d a n la consigna, el p a s o heroico d e u n a c o l u m n a de a t a q u e .

Los baskos , en r ac imo , p r o c u r a b a n saca r la ca ­b e z a fuera d e las v e n t a n a s . Hi jos d e la r a z a m i ­l ena r i a q u e h a v i s to desfilar p o r d e l a n t e d e sus m o n t a ñ a s a todos los conqu i s t ado re s , n o y a s in m i e d o , pe ro a u n sin a s o m b r o , d e p o n e n a h o r a s u a ñ e j a i m p e r t u r b a b i l i d a d . ¿Adiv inan confusamente la trascendencia de aque l l a h o r a his tór ica? ¿Pu l san los l lenos la t idos de aque l la fuerza que i b a a d a r o t r a fo rma a l m u n d o ? ¿Pres ien ten la creación d e n u e v a s sociedades , i ncompa t ib le s con la s u y a p r o ­pia? ¿Vis lumbran s u s ang r i en t a e p o p e y a a favor d e lo pasado? S e g u r a m e n t e , n o . Mas es lo c ier to q u e , sin saber p o r qué , e scuchan t r i s t es y sobrecogidos el h i m n o grandioso e in fame q u e v a a p a g á n d o s e p a u l a t i n a m e n t e e n la noche es t re l lada .

x n U n a voz r a j a n t e a sus e spa ldas les hizo vo lve r

las cabezas . — E s el c ap i t án—di jo en voz b a j a J o a n i s a P e ­

d r o Mar i—, el e s t u d i a n t e d e A z k a r a t e q u e colgó los m a n t e o s .

E l c a p i t á n e r a m e n u d o d e cuerpo ; s u f rente , d e faná t ico , e s t r echa y ce j i junta . Los a r reos mi l i t a re s no d is f razaban ni s u a i re de s emina r i s t a n i su e m ­p a q u e de p recep to r .

NARKACIONES BASKAS. 11

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (164)

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— C i u d a d a n o s — d i j o con voz hueca.—: i m i t a d l a v i r t u d d e los marsel leses . El m á s p u r o a m o r p a t r i o a r d e d e n t r o de sus pechos . L a Ves ta l del p a t r i o t i s m o lo a l i m e n t a sin reposo . ¡Baskos, pueb lo sensible y p r imi t i vo , q u e a la s o m b r a de los árboles s ag rados d ic tá i s leyes in sp i r adas po r la s ab idur í a p a t r i a r c a l ! Mos t raos d ignos d e vues t ros p rogen i to res , c u y a s f rentes n u n c a se humi l l a ron a la m o n a r q u í a , y a lá enca rnase César, Car lomagno o Luis X I V . Voso t ros , q u e rend ís cu l to a l a l ibe r t ad n a t u r a l , r end id lo i g u a l m e n t e a la civil y r epub l i cana . U n i d o s a los descendien tes d e los i lus t res Foceos , conve r t id c a d a u n a d e esas salvajes m o n t a ñ a s en o t r a s t a n t a s Ter ­mopi l a s , d o n d e s u c u m b a n los sa té l i tes del d é s p o t a borbón ico español , los ho r r endos sicarios d e la I n ­quisición. N u e v o P l u t a r c o r e l a t a r á v u e s t r a s h a z a ­ñas ; el r e p r e s e n t a n t e F a b r e l l eva rá a la Convención nac iona l el t e s t imon io d e v u e s t r o c iv ismo, y el Areópago i lus t re de la l ibre nac ión francesa ins­cr ib i rá con le t ras de oro vues t ro s n o m b r e s v i r t u o ­sos en el a l t a r s ag rado d e la p a t r i a .

E s c u c h a b a n P e d r o Mar i y sus amigos s in p e s t a ­ñea r , p o r r e spe to , las p a l a b r a s del c a p i t á n Mendi r i ; p e r o el d iscurso , a u n q u e d icho en ba skuenze , p o r sus neologismos y reminiscencias clásicas n o lo en­t e n d í a n . Al concluir , el o rador e s p e r a b a u n a p l a u ­so, u n s igno de a sen t imien to s iquiera . R e i n ó b r e v e silencio, y f i jando su m i r a d a d u r a en P e d r o Mar i , exc l amó :

—¡Ah! ¿Tú eres el q u e h a r o t o las c a d e n a s q u e t e u n í a n a la causa de la supers t ic ión y el despo-

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163 t i smo? P r o n t o c o m p r e n d e r á n los d e m á s españoles q u e la R e p ú b l i c a h a c e la g u e r r a a los reyes y n o a los pueblos . L ib re de sus Borbones , de sus frailes e inquis idores , la generosa E s p a ñ a profesará a F r a n ­cia e t e r n a g r a t i t u d . T ú t e n d r á s la gloria d e h a b e r t e a d e l a n t a d o a t u s c o m p a t r i o t a s , cau t ivos a ú n en las mal las de la supers t ic ión . ¿Qué h a c e n aho ra? ¿Tiemblan? ¿ H u y e n despavor idos a n t e s q u e el f ran­cés , v e n g a d o r de la h u m a n i d a d y la r azón , r o m p a las p u e r t a s del a l t i vo P i rene?

R e p e t i d a la p r e g u n t a con t é rminos m á s l lanos , p u d o con t e s t a r P e d r o Mar i q u e , lejos d e h u i r , los españoles se d i spon ían a i n v a d i r a F r a n c i a .

— ¿ Y crees e so?—pregun tó , i rónico, el c a p i t á n Mendi r i—. ¡Necedad inconcebible! A p e n a s los v i ­les sa té l i tes de l R e y Catól ico p i sen los l ími tes d e es ta t i e r r a r epub l i cana se d e s h a r á n , s in m á s , como los fét idos v a p o r e s d e los p a n t a n o s ba jo las flechas d e l Sol .

Car raspeó b r e v e m e n t e , y a p o y a n d o s u m a n o de­r e c h a sobre el hombro* izquierdo d e P e d r o Mar i , le di jo en t o n o q u e que r í a ser car iñoso:

— ¿ T ú t e v ienes con noso t ro s , eh? M a n d a r é q u e t e p o n g a n e n lugar p re fe ren te , c o m o p r e m i o a t u e s p o n t á n e a emanc ipac ión . ¡Desde h o y eres h o m ­b r e l ibre!

— P u e s si soy l ibre—repl icó candorosa y a legre­m e n t e P e d r o M a r i — , m a ñ a n a m i s m o m e despedi ré d e estos amigos . N i la he r r e r í a n i la ca rboner ía . . .

E l c a p i t á n Mendir i le co r tó l a p a l a b r a con enojo . —¿Crees q u e la l i be r t ad es el egoísmo? ¿Que n o

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1 6 4

(1) Chirola, silbo; la baska tibia. (2) Mutü-dantza, baile de los mozos.

t e l iga el p a c t o social? T u cast igo se rá p resenc ia r n u e s t r a s i nmor t a l e s h a z a ñ a s , sin t o m a r p a r t e en el las, ded icado a las m á s viles faenas : el esc lavo, desde la e rgás tu l a c o n t e m p l a b a los hechos d e los c iudadanos . .

Y m o v i e n d o de sp rec i a t i vamen te los h o m b r o s , salió a r r a s t r a n d o el sab le .

— T o d a s las noches—di jo C h u ñ o — n o s m e t e s u p réd ica , c u a n d o n o le d a p o r leernos en u n l ibrico q u e s i empre l leva consigo, escr i to p o r J u a n J a c o b o . N o sé qu ién es ése; lo q u e es y o , p o r d e c o n t a d o , n o lo h e conocido.

— ¡ C u á n t a e m b u s t e r í a ! — m u r m u r ó filosóficamen­t e el d e B a n k a .

•—¡Vaya, chicos, a ba i la r , q u e a u n es t e m p r a n o ! — gr i tó I s t e b e Arrechea .

Y sacando del bolsillo u n a chirola (1) d e ho ja la ­t a , comenzó a m o d u l a r s i lbidos.

M o m e n t o s después , a l rededor de 4 a m e s a ba i la ­b a n los baskos , e j ecu tando las p i r u e t a s y br incos h i s to r i ados de l mutil-dantza (2).

X I I I

P e d r o Mar i se desper tó con u n a s a c u d i d a ner­viosa . Su sueño h a b í a sido p ro fundo . Incorporóse sobre el saco de p a j a , y escuchó. L a luz del d í a p e -

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165 n e t r a b a p o r la b u h a r d a del cober t izo , s i t u a d o a l e x t r e m o de la p u e r t a . Oíase m u c h o ru ido en la calle: gentes q u e g r i t a b a n y cor r ían l l amándose , d isparos de fusil le janos .

P e d r o Mar i quiso sub i r a la casa; la p u e r t a e s t a b a a t r a n c a d a . Force jeó i nú t i lmen te , sin conseguir for­zar la . Re t roced ió a lo largo de la t a p i a , de s lumbra ­d o r a de b l ancu ra ; ca ían golpes sobre ella, y n o t ó q u e se d e s p r e n d í a n t roc i tos d e cascari l la; s i lbidos p a s a b a n , a l pa rece r , rozándole las orejas; sonó u n choque a pocos pasos de él, s a l t a ron p iedrec i tas y l evan tóse po lvo ; e x a m i n ó el suelo y recogió u n a ba l a . Sacó del cober t izo u n b a n c o , y , e n c a r a m á n d o ­se a l a t a p i a , sa l tó a la calle.

E s t a b a des ier ta ; en med io de ella h a b í a u n char ­co y u n r a s t r o de sangre . E l e s t a m p i d o de los caño­nes cubr ió los d e m á s es t r ép i tos , y comenza ron a caer sobre el p u e b l o los p r imeros p royec t i l e s , h a ­c iendo v o l a r t e j a s y h o r a d a n d o pa redes . P e d r o Mari dobló la e s q u i n a y e n t r ó en la p laza ; va r ios cadáveres d e v o l u n t a r i o s ua rboneses , en d iversas y a i r adas p o s t u r a s ca ídos , le causa ron s in ies t ra im­pres ión . E n m e d i o , solo e n t r e los m u e r t o s , Pel lo el t amborc i l l o t o c a b a l l a m a d a . H e r í a el p a r c h e con v e r d a d e r a furia, a r r ancándo l e presurosos redobles , q u e r epe t í a el eco.

—¡Bien tocas , muchacho!-—exclamó P e d r o Mari sonr iéndose—. P e r o ¿qué haces aquí? ¿Dónde e s t á n los demás?

— N o lo sé; el c a p i t á n m e dio o rden de veni r a q u í y t o c a r l l a m a d a . N i n g u n o acude ; n o m e oyen, sin

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166 duda . . . Toco con t o d a m i a lma; los m u e r t o s acaso se l evan ten ; pero lo que es los v ivos . . .

Pa r ec í a que el p e r g a m i n o iba a es ta l la r : t a l e ra la violencia con q u e ca ían los pali l los, m o v i d o s por las m a n o s nerv iosas del m u c h a c h o ; los rub ios m e ­chones de su cabel lera e s t a b a n pegados a la f rente p o r el sudor . D e súb i to cesó el redoble ; Pe l lo dio m e d i a v u e l t a y cayó d e espa ldas , p r o d u c i e n d o u n r u i d o seco el t u m b o d e su cabeza sobre l a losa; s u ojo izquierdo se h a b í a conver t ido en agujero h o ­r r e n d o , de donde sa l ían sangre y f r agmen tos d e m a s a encefálica.

—¡Bandidos !—gr i tó P e d r o Mar i , r ab ioso a n t e el c adáve r del n iño .

E n aque l m o m e n t o , po r las bocacal les de la p l aza e n t r a r o n so ldados a p a s o de carga . P e d r o Mar i se incl inó al suelo, recogió u n fusil y a p u n t ó a los q u e e n t r a b a n , fuesen quienes fuesen, q u e él y a n o veía . A n t e s de d i spa ra r le r o d e a r o n y d e s a r m a r o n los a s a l t a n t e s .

Miró a los uni formes : h a b í a ca ído pr i s ionero d e los españoles .

X I V

E v a c u a d o el puebleci l lo po r los franceses, los ve ­cinos acud ían con v i tua l l a s y beb idas a obseq iúa r a los invasores , cuyos oficiales s e v e r a m e n t e repr i ­m í a n los desmanes q u e a lgunos p r o c u r a b a n come­te r . Sonó el t o q u e d e a l to , y o c u p a d a s m i l i t a r m e n -

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (169)

167 t e l as posiciones, comenzó a servirse en la p l aza el r a n c h o a las t r o p a s , q u e e r a n del r eg imien to de So­r ia . P o r la i zqu ie rda s o n a b a v ivo fuego de fusile­r í a y cañón : el mar i sca l d e c a m p o Escofe t , con e l r e s t o de la v a n g u a r d i a , p roseguía el a t a q u e d e S a n Lorenzo de Cerda, v igo rosamen te defendido .

Rec ib ió P e d r o Mar i a lgunos cu la tazos q u e le m o ­l ie ron e spa lda y pecho . Sujeto de pies y m a n o s , p e r m a n e c í a silencioso, t é t r i co , s e n t a d o en med io d e u n corro , j u n t o al cadáve r de Pel lo , c o n t e m p l a n ­d o l a r á p i d a a l teración de sus facciones, de femenil de l icadeza , y el reguero de sangre que , l en to , se es­cu r r í a por la losa. Hub ie se quer ido t ene r las m a n o s l ibres p a r a a h u y e n t a r a las moscas , q u e z u m b a n d o se s u m í a n po r la d i s lacerada he r ida y obscurec ían con s u negro hormigueo los rojos cua ja rones . Los so ldados m i r a b a n t o r v a m e n t e a P e d r o Mari y le in­s u l t a b a n ; a lgunos le a r ro j a ron cor tezas de p a n q u e le a r a ñ a r o n l a cara ; él b a j a b a la cabeza ; se ve ía i r re ­m i s i b l e m e n t e pe rd ido .

N o t ó que los so ldados , de j ando d e comer y h a ­b l a r , se c u a d r a b a n y s a l u d a b a n m i l i t a r m e n t e a u n g r u p o de a l t a g raduac ión , del cual se d e s t a c a r o n dos personajes . E r a u n o d e ellos u n viejeci to con p e l u c a a la federica, pu lc ro y a t i l d a d o como si es­tuv iese en las a n t e c á m a r a s de Aran juez , ves t ido d e genera l ; el o t ro , joven , a l to , a p u e s t o , recio de cuer­p o , d e f isonomía m a r c i a l y b o n d a d o s a a u n m i s m o t i e m p o , pa t i l las co r t a s y r u b i a s , l l evaba con m u c h o d o n a i r e el un i fo rme d e coronel .

— ¿ E s v e r d a d — p r e g u n t ó el genera l b r u s c a m e n -

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (170)

168 t e , enca rándose con P e d r o Mar i—, es v e r d a d q u e eres n a b a r r o ?

¡Pedro Mari creyó volverse loco! ¡El genera l le h a b l a b a en baskuenze ! Descendió u n r e sp landor d e la gloria a s u infierno y l evan tó s u f ren te a b a t i d a , t r ans f igu rada p o r júb i lo infini to; d e m a s i a d o p r o ­fundo , sí, p o r q u e le disolvió las energías renac ien tes en u n v a h o de en te rnec imien to .

A u n q u e P e d r o Mar i se quedó sin p o d e r c o n t e s t a r , e l genera l i n t e r p r e t ó l a a c t i t u d e m o c i o n a d a d e él c o m o r e spues t a a f i rma t iva . Salieron chispas de sus ojos; su cuerpo e s t a b a ag i t ado po r t e m b l o r ne rv io ­so , ú n i c a m e n t e pe rcep t ib le e n los buc les de la p e ­luca ; h i r ió el suelo con el b a s t ó n d e m a n d o , y d i jo :

— ¡ N a b a r r o , n a b a r r o ! ¡Mentira! ¡Tenías m iedo a mori r ! ¿ Ignoras que la m a y o r h o n r a y l a sa t i s fac­c ión m a y o r es v e r t e r s u sangre po r el rey? ¡Voto a Cristo! ¡Naba r ro y deser tor ! ¡Nabar ro y v o l v i e n d o la ca ra al enemigo! Me h a n dicho que pe r t eneces a l r eg imien to de Córdoba; t u s h e r m a n o s d e a r m a s e s t á n a h o r a cubr iéndose de gloria sobre las posicio­nes de San Lorenzo de Cerda , y t ú a q u í , m a n i a t a d o p o r cr iminal . . . V o y a d a r o rden q u e en c u a n t o cese el c o m b a t e t e e n t r e g u e n a t u r eg imien to p a r a q u e t e fusilen. N o , t ú n o eres n a b a r r o ; t u m a d r e , sin d u d a , se fué con a lgún advenedizo . . . ¡Canalla!

P e d r o Mar i , que e s p e r a b a p a l a b r a s d e consue lo o de compas ión , a l ve r q u e la l engua n a t i v a se rv ía p a r a denos ta r l e t a n d e s p i a d a d a m e n t e , recibió en m i t a d del corazón el golpe m á s cruel d e c u a n t o s h a b í a rec ibido h a s t a en tonces . Cer ráronse los cié-

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (171)

169 los, y abr ióse de n u e v o el c r á t e r del infierno; en vez d e fresco rocío, caye ron sobre él ab ra sado res t i zo ­nes . . . F u é su desengaño a m a r g o cual la m u e r t e ; p a ­recióle que las p a l a b r a s del genera l v i b r a b a n s o b r e él la mald ic ión d e N a b a r r a , el a n a t e m a de sus con­te r ráneos . . . E x p e r i m e n t ó la t o r t u r a del r e p r o b o d e qu ien t o d o s son enemigos , y se echó de b ruces , ocul­t a n d o la ca ra y mord iéndose el b razo po r n o g r i t a r .

U n a voz l lena y a rmon iosa llegó a sus oídos, p r o ­n u n c i a n d o en baskuenze p a l a b r a s conso ladoras . ¡Quién lo di jera! ¡Aun h a b í a e n el m u n d o s i m p a t í a y p iedad! Incorporóse , n o sin recelo de i lusión o bu r l a . E l genera l se h a b í a u n i d o al g rupo . E l co ro ­ne l , solo y a , le p r e g u n t a b a p o r s u n o m b r e , pueblo-d e n a t u r a l e z a y r a z ó n de s u es tanc ia en C a t a l u ñ a .

P e d r o Mar i r omp ió el silencio; a b o r b o t o n e s sa l ­t a r o n sus compr imidos afectos , y con tó s u h i s t o ­r ia , r ep i t i endo cien veces el m i s m o hecho , s egún h á b i t o de los h o m b r e s de l pueb lo , a qu ienes l a s ideas e n t r a n po r repe t ic ión y p o r repe t ic ión la» expl ican .

E l coronel e scuchaba sin i n t e r rump i r l e n i i m p a ­c ien ta r se . L a t r i s t eza i ba e m p a ñ a n d o su b o n d a d o s a f isonomía a compás de la na r r ac ión .

— ¡ H a n comet ido u n a in famia cont igo! ¡Han v io­lado los fueros in i cuamen te ! ¡Yo denunc ia r é el a t r o ­pel lo a las Cortes , al Re ino! ¡Por mi n o m b r e h e m o s d e ob t ene r la r epa rac ión deb ida! Pe ro . . .

E l coronel se calló u n i n s t a n t e ; apagá ronse los t i m b r e s coléricos de s u voz , y con a i re t a n t r i s t e q u e sobrecogió a P e d r o Mari , le p r e g u n t ó :

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170 —¿Tienes fami l ia? —Sí ; h e r m a n a s casadas . —¿Quie res q u e les d iga o dé a lgo d e t u p a r t e , y

a u n de la mía? — ¿ P a r a qué , señor? . . . Mejor es q u e n o sepan . . . P e d r o Mar i ba jó la cabeza , que r i endo o c u l t a r

u n a lágr ima. . . H a b í a en t end ido el a lcance de la p r e g u n t a . E l coronel , s in poderse d o m i n a r , le a p r e ­t ó a f ec tuosamen te las m a n o s a g a r r o t a d a s .

—¡Infel iz , infeliz! ¿Cómo h a s comet ido es te im­p e r d o n a b l e cr imen? ¿Cómo renegas te d e la p a t r i a y el rey?

Su reconvenc ión e ra car iñosa , p r o p i a d e qu ien se l a m e n t a y n o acusa .

—Señor—di jo P e d r o Mari , p r o c u r a n d o comun i ­ca r f i rmeza a s u v o z — , / eso n o e s t a b a en m i a l m a ! Ellos e r an euskaldunas...; y o t amb ién . . .

F u é t a n in t ensa , t a n i n t e n s a m e n t e p r o f u n d a la expres ión q u e P e d r o Mar i dio a las p a l a b r a s eso, ellos y euskaldunas, q u e el coronel se es t remeció . . . Al g r i to de la n a t u r a l e z a se t a m b a l e a b a n , sin ci­m i e n t o f i rme, ideas , convicciones y h á b i t o s q u e a él , h a s t a en tonces , le pa rec í an la v e r d a d m i s m a . ¡Por p r i m e r a vez en su v i d a n o t ó q u e euskalduna significa «el q u e h a b l a baskuenze!»

—¡Adiós!—exclamó de súb i to , como ave rgonza­d o d e sí p rop io , con el a r r a n q u e de l q u e se s u b s t r a e a suges t ión maléf ica .

-—¡Señor, u n a merced! — P i d e — r e s p o n d i ó secamen te . — ¿ S u n o m b r e ?

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (173)

171

Sint ióse ru ido de pasos , voces y a r m a s ; la p u e r t a de l ca labozo se abr ió v i o l e n t a m e n t e , d e s p e r t a n d o a P e d r o Mari , q u e d o r m í a el sueño hor roroso de l sen tenc iado a m u e r t e ; sueño sin descanso , d e p u r o e n e r v a m i e n t o físico, p e r t u r b a d o p o r las imágenes d e las escenas sucedidas d u r a n t e t r e i n t a y seis ho­r a s : la en t r ega del preso al r eg imien to de Córdoba , la s u m a r i a i n s t ru ida po r el sa rgen to m a y o r , el con­sejo de guer ra , la l ec tu ra d e la sen tenc ia , lá capil la . . .

P o r la v e n t a n a p e n e t r a b a a r auda l e s la luz l im-

— S o y el m a r q u é s de l Socorro, D . F ranc i sco So­l a n o .

•—-Yo j>ediré a Dios le conceda la rga v i d a y m u e r ­t e dichosa. . . , m á s q u e la q u e m e espera .

Conmovióse el m a r q u é s de n u e v o , y acercándose a P e d r o Mari , volvió a es t rechar le las m a n o s en seña l de desped ida .

—Grac i a s po r t u s preces , P e d r o Mari ; t e enco­m e n d a r é a la Virgen, de qu ien soy m u y devo to . . .

Y fundieron sus sen t imien tos en u n m u t u o afec­t o d e confianza. ¡Ay! Lo por veni r , p i a d o s a m e n t e o c u l t a b a las calles de Cádiz, d o n d e fué a r r a s t r a d o , t i r a n d o d e la cue rda m a n o s españolas , el cuerpo del m a r q u é s del Socorro, a l comenzar la gue r r a d e la I n d e p e n d e n c i a .

X V

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172 p i a y p e r f u m a d a de la m a ñ a n a , p a l p i t a n t e d e gor­jeos . ¡Cuan he rmosa , y , sin e m b a r g o , la ú l t ima!

L a ú l t ima ; e s t a idea t r a spasó como u n c lavo can­d e n t e el cerebro de P e d r o Mari .

—¡Venís a m a t a r m e ! — e x c l a m ó en su l engua—. ¿Quién os dio ese poder? . . .

Y a g a r r a d o a los b a r r o t e s , t end ió la m i r a d a p o r la alegre c a m p i ñ a rosellonesa, s a t u r a n d o sus p u l ­m o n e s de a i re l ibre , d e ese a i re q u e e r a la v i d a q u e le i b a n a qu i t a r .

I n t e r p r e t a d a su a c t i t u d y sus p a l a b r a s , q u e n o en t end ie ron , como ac to s d e res is tencia , el jefe de l p i q u e t e o rdenó q u e le a t a s e n los b razos ; m i e n t r a s le p a s a b a n las cue rdas , el capel lán le m o s t r ó el c ru­cifijo, inc i t ándo le a t o m a r e jemplo . P e d r o Mar i , l lo rando , besó fe rvorosamente los p ies ensangren­t a d o s de J e s ú s .

M o m e n t o s después sa l ían a la calle. D o q u i e r a , los es t ragos de la guerra : escombros , casas h u m e a n ­t e s y a r r u i n a d a s ; e n med io de u n charco d e sangre u n a b o i n a ro ja , d e la q u e n o p u d o a p a r t a r los ojos P e d r o Mari h a s t a que la pe rd ió de v i s t a .

L lega ron a u n a l l anura ; las t r o p a s f o r m a b a n en ba t a l l a ; a la derecha , el r eg imien to d e Córdoba , con su b a n d e r a al f rente . Toca ron los t a m b o r e s y se leyó el b a n d o , p roh ib i endo , en n o m b r e del r e y , a cua lqu ie r so ldado, de cua lqu ie ra ca l idad o condi­ción q u e fuese, d a r voces po r la grac ia , so p e n a d e la v ida . ¡Prevención inút i l ! A n a d i e le hub iese ocu­r r ido en tonces semejan te súpl ica: las m i r a d a s ases­t a d a s a P e d r o Mari e ran de odio.

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173 M a n d á r o n l e q u e se ar rodi l lase ; leyó en voz a l t a

el escr ibano la sen tenc ia , y conduc ido el r eo al s i t io de la ejecución, se reconcilió con el capel lán p o r b reves m o m e n t o s . A tá ron le al m a d e r o ; quis ieron sen ta r l e en u n a silla ba ja , pe ro él la t i ró al suelo d e s d e ñ o s a m e n t e de u n p u n t a p i é , d ic iendo:

•—No t i e m b l a n mis p ie rnas . Vendá ron le los ojos, h izo la seña el s a rgen to , y

a p r o x i m á n d o s e l a p r i m e r a h i lera del p i q u e t e a seis pasos , le fusiló p o r la espa lda .

U n a b a n d a d a d e p inzones voló del á rbo l cerca­n o , p i a n d o l a s t i m e r a m e n t e .

C u a n d o d e s a t a r o n el cadáver , és te dio m e d i a v u e l t a y cayó de espa ldas , pe ro con la h o n r a d a ca r a m i r a n d o h a c i a N a b a r r a .

R e d o b l a r o n o t r a vez los t a m b o r e s , y desf i laron l a s t r o p a s d e l a n t e , d e c u a t r o e n fondo, g r i t a n d o : ¡Viva el R e y ! ¡Viva E s p a ñ a !

¡Oh, cuan ro j a e r a la m a n c h a d e sangre e u s k a r a !

P a m p l o n a , 12 de jul io d e 1895.

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G R A C H I N A

(TRADICIÓN N A B A B E A )

Euskal-Erriaren alde.

I

Límpidas, transparentes, argentinas, vibrantes, en alegres cascadas, se precipitan las risas de las se­gadoras de helécho. Así como los pajarillos saltan de rama en rama, así las carcajadas brincan de la­bio en labio.

El campo parece una inmensa cesta de flores: en vez de rosas se ven mujeres. La enramada está cua­jada de gorjeos; la selva, de rumores; el arroyuelo, de quejas; el valle, de aterciopeladas sombras; la hierba, de rayos de Sol filtrados al través de las ama­rillentas hojas; las cumbres, de pálidas nieblas; el ambiente, de balsámicas emanaciones. Aquel día de otoño parece un renuevo de la primavera. La luz se hunde tras las montañas, dejando envueltos los objetos en una atmósfera azulada, húmeda y rumorosa.

Veinte o treinta muchachas, provistas de hoces, cortan los cimbreantes tallos de helécho. Las ra-

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175 m a s , a l caer, esparcen go tas d e rocío, q u e a la luz de l sol b r i l l an como explosión de d i a m a n t e s . L a es­ca la cr is ta l ina de la r i sa sube , ba ja , se qu iebra ; o r a m u r m u r a g r ave , o ra r e s u e n a e s t r iden te ; a q u í se a p a g a , allí se d i l a ta ; u n a vez se confunde con el m o n ó t o n o gemir del agua , o t r a eclipsa el c a n t o del a v e , y a l fin se ensancha po r ol r e s o n a n t e espac io , en cuyo seno exp i r a , d e igual m o d o q u e u n a ola sobre las á u r e a s a r e n a s .

Y a el he lecha l es tá desprovis to d e su o n d u l a n t e cabel lera , y las segadoras empiezan a t r a n s p o r t a r los fajos a las bordas, l levándolos sobre las cabezas . Con las s a y a s r e m a n g a d a s h a s t a l a rodi l la , de snu ­d a s las p i e rnas , q u e a u n conse rvan el t o s t a d o bar ­niz del v e r a n o , e rgu idas , m o v i e n d o cadenc iosamen­t e los b razos como mi l i t a res en m a r c h a , p a s a n r á ­p i d a s , u n a s d e t r á s de o t r a s o en g rupos , y e n t r e las frescas r a m a s q u e del fajo caen , t a p á n d o l e s las ca­r a s , se de scub ren n u b e s de ca rmín , a r g e n t a d a s son­r i sas y reflejos sombr íos d e b r i l l an tes ojos.

E n el e x t r e m o m á s s ep t en t r i ona l de la ex tens ión segada , j u n t o a l b o s q u e , h a y c u a t r o m u c h a c h a s , s e n t a d a s u n a s en los fajos y o c u p a d a s o t r a s e n a t a r ­los. U n a de ellas es de lgada , m o r e n a , pá l i da , d e n a ­riz agui leña , boca g r a n d e , ojos m u y negros , q u e br i l l an como f raguas , y t i ene u n e n o r m e l u n a r en el b o r d e del labio inferior y ángu lo d e la boca . T o d o s u cuerpo y a c t i t u d reve lan fuerza , ag i l idad y deci­sión. Su t r a j e negro , p e g a d o a l cuerpo , d ibu ja for­m a s escue tas , p e r o e legantes y nerv iosas , como las d e u n á r a b e .

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176 L a m u c h a c h a q u e h a b l a con ella es, p o r el con­

t r a r i o , a lgo r ego rde t a , b l anca , sonrosada , con h o ­yue los en l a b a r b a y en las meji l las , de ojos azules g r andes , t r a n s p a r e n t e s como u n m a n a n t i a l q u e d e j a c o n t a r sus gui jas , p e s t a ñ a s la rgas y c u r v a s q u e reflejan sus hilos d e oro en el ce rcano y a z u l a d o c r i s ta l ; d e nar iz s u a v e m e n t e r e m a n g a d a , q u e co­m u n i c a a s u cand ido ros t ro c ie r t a expres ión de m a ­liciosa a la vez q u e infant i l cur ios idad: n i ñ a q u e a p e n a s es muje r ; m a r i p o s a q u e r o m p e el capul lo y s a c u d e sus p i n t a d a s a las en t í m i d o ensayo d e vue los .

— E s t a noche , a las nueve—dec ía la m o r e n a — , t e espero sin fa l ta . ¿A qué v iene esa cobard ía? ¿Has d e ser t ú la ún ica d e t o d a s noso t r a s q u e se q u e d e s i n ve r esas marav i l l a s? B u s c a o t r a s c o m p a ñ e r a s ; n o s o t r a s , si n o v ienes , n o t e que r r emos y a .

L a j ovenc i t a volvió la cabeza hac i a o t r a m u c h a ­c h a q u e e s t a b a a t a n d o u n fajo de helécho y excla­m ó , so rp rend ida :

— ¿ C ó m o , Miquela , t ú t a m b i é n p iensas as is t i r a l . . .?

— Y a lo creo—repl icó la i n t e rpe l ada , q u e e r a u n a m o z a d e ve in t idós años , gruesa , d e m e d i a n a e s t a t u r a , d e ca r a a n c h a y sin expres ión—; y s i en to n o h a b e r as i s t ido an t e s .

— ¿ L o ves , Grach ina , miedosa , lo ves? T e h e m o s d e p e g a r u n a zu r ra , como a las chiqui l las q u e n o v a n a la escuela.

— P u e s bien: si l a Miquela v a , y o n o qu ie ro ser menos—di jo Grach ina , r e p e n t i n a m e n t e r e sue l t a—. ¿Es t á s c o n t e n t a , J o s e p a An ton i?

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177 — Y a lo creo-—contestó la m u c h a c h a m o r e n a ,

dándo le m u c h o s besos y ab razos—. ¡Verás q u é no­che! ¡Qué p laceres t a n g randes ! ¡Qué bailes t a n largos! ¡Qué sucesos t a n es tupendos ! ¡Qué foga tas , como p o r San J u a n ! ¡Qué tuntún como por fiestas! Allí e n c o n t r a r á s t o d o lo que puedes ape tece r .

Y al p r o n u n c i a r es tas p a l a b r a s , los ojos d e la J o s e p a A n t o n i b r i l l aban como chispas , desprendi ­d a s po r u n mar t i l l azo , de u n h ier ro canden t e , y las v e n t a n a s d e su na r i z , v i o l e n t a m e n t e d i l a t adas , p a ­rec ían a sp i r a r embr i agado ra s emanac iones .

L a f isonomía de Grach ina fué pe rd iendo p a u l a ­t i n a m e n t e s u expres ión resue l ta . Después d e u n b r e v e silencio, di jo con voz t emblorosa :

— H a b l a r es fácil. L a l engua se m u e v e s in es tor ­bos e n la boca ; p e r o el cuerpo. . . ¿Cómo salgo y o a esas h o r a s d e casa?

— ¿ Y cómo sal imos las d e m á s , t o n t a z a ? A n d a n d o ca l lando y l i s tas . ¿Cómo sales t ú , m á s d e c u a t r o n o ­ches , a la p u e r t a del corral y hab l a s con M a r t í n Mi-que l , el d e la borda de Zugar rondo? Y po r c ier to q u e h a noches a lguien creyó ver q u e n o sólo h a b l a ­ba i s , s ino q u e t e acar ic iaba .

Grach ina se p u s o co lorada h a s t a las orejas . D e igual m o d o , la c u m b r e de Archuri, cub i e r t a de n ie ­ve , se ocu l t a e n t r e velos de g r a n a , c u a n d o el n a ­c iente Sol l e v a n t a las n ieb las de la noche .

—¡Ment i rosa! V e r d a d es que hab ló con M a r t í n Miquel , pe ro n o lo es q u e m e acar ic iase .

— P u e s si no fué en tonces , ser ía en o t r a ocasión, o n u n c a , si así lo quieres—repl icó la J o s e p a A n t o -

NARRACIONES BASKAS. 12

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (180)

178 n i r iéndose a ca rca j ada t e n d i d a — . D e poco t e a p u ­ras . Cada u n a , en esas cosas, h a c e lo q u e mejor le acomoda . A h í t ienes a la Miquela q u e n o es t a n m e ­l indrosa . E n cambio , y o , a l h o m b r e q u e se m e acer­ca demas iado , le e s p a n t o las moscas d e la c a r a . E s t a noche , a las n u e v e , t e espero d e t r á s de la igle­s ia . Allí e s t a r á n la Miquela , la Ma i A n d r é s , la Vi-tho r i , la Mai Cruch, la J u a n a Mar i , la Ca tha l in y la Mai B a t i c h t a . B u e n a compañ ía , ¿verdad? Con los t r a j e s del domingo y los z apa to s e n la bo lsa de l de lan ta l , como c u a n d o v a m o s a l m e r c a d o d e S a r a , ¡pecho a r r i b a h a s t a la p u n t a de Arohurí / Y u n a vez all í , v e n g a el t a m b o r i l , l a p a n d e r e t a . . . y el p lacer . A h o r a , a casa , q u e es t a r d e .

L a s c u a t r o m u c h a c h a s cogieron a c a d a fajo d e he lécho, se lo colocaron sobre la cabeza , y con p a s o r á p i d o se dir igieron al pueb lo d e U r d a x , p u e s las c u a t r o e r a n de la calle y n o del caserío. Poco a poco se d i spersa ron t o d a s . L a que v iv ía m á s lejos e r a la J o s e p a A n t o n i . E s t a se i n t e r n ó p o r u n a s cal lejue­las , conve r t idas , con el r o d a r d e las ca r re t a s d e b u e y e s y las p e s u ñ a s del g a n a d o m a y o r , en b a r r i ­zales p rofundos y espesos, en los q u e se r evo lcaban los cerdos.

L a J o s e p a A n t o n i , p a r a n o m a n c h a r s e los p ies , i b a s a l t a n d o ág i lmen te d e p i ed ra a p i ed ra . E s t a s , colocadas en a m b o s lados de la calle, f o r m a b a n una .espec ie de acs ra . Al dob la r u n a e squ ina a p a r e ­ció u n l a b r a d o r mozo . E s t e , a p e n a s vio a la J o s e ­p a A n t o n i , comenzó a sonreírse m u y b u r l o n a m e n t e y a m i r a r l a con ojos desvergonzados y p rovoca t i -

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (181)

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(1) Ergeta-, «imbécil»; sordina, «bruja».

vos , a d e m á s de p a r a r s e y cerrar le el p a s o o c u p a n d o t o d o el a n c h o d e l a acera . Al l legar j u n t o a él, la m u c h a c h a t u v o q u e salirse al a r royo , me t i éndose e n el b a r r o h a s t a cerca de la rodi l la .

L a J o s e p a A n t o n i se puso m u y encend ida , y a l p a s a r , con u n t o n o e x t r a o r d i n a r i a m e n t e desdeñoso, di jo e n a l t a voz;

—ErgelaJ —Sorgiña! (1)—replicó el mozo , r i éndose coa

t a n t o e s t r ép i to , que dos o t r e s v ie jas , p a r a curio­sea r y oler, se a s o m a r o n a las v e n t a n a s .

I I

Ü r d a x yace silencioso como u n m u e r t o . L a L u n a i n v a d e las t o r t u o s a s callejuelas del lugar con su luz fría y b lanquec ina . A lgún pe r ro l ad ra . L a t o r r e p ro ­y e c t a s u s i lue ta sobre el p l a t e a d o suelo. E l reloj l anza al espacio , u n a t r a s o t r a , n u e v e c a m p a n a d a s un í sonas , cuyas v ibrac iones se a p a g a n en el a ire como u n suspi ro . _

D e lado a lado de la p laza , de s t acándose sobre el fondo b lanco del claro de L i m a , p a s a n a lgunas som­b r a s . E s t a s se a g r u p a n j u n t o a la iglesia, gest icu­lan y so m u e v e n . Y a n o es u n o , son var ios los pe- , r ro s l ad radores . U n a s o m b r a m á s p e q u e ñ a que las an te r io res c ruza la p l aza y so u n e al g rupo . E s t e se p o n e e n m o v i m i e n t o . Vélase el disco de la L u n a , y

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (182)

180 las c a m p a n a s de la to r re , m o v i d a s p o r el e r r a n t e v i en to , s ú b i t a m e n t e de sa t ado , como b a l b u c e a n d o , e x h a l a n sordos t añ idos .

E l g r u p o se compone de once mujeres . Sin p ro ­n u n c i a r p a l a b r a v a n de pr isa , m u y de pr i sa , t r e ­p a n d o po r las ásperas ver t i en tes de Archur i ; de c u a n d o en c u a n d o se oye la voz de la J o s e p a A n t o -n i , que , a la cabeza d e t o d a s , dice: Aurrerá! Au-rrerá !

E l va l le se m u e s t r a negro y p ro fundo como un pozo . E n la b o e a t eneb rosa d e la h o n d o n a d a f lo tan und ívagos y mul t i fo rmes vapo re s , pá l idos u n o s fosforescentes o t ros . E n t r e las r a m a s de los á r b o ­les b r i l l an inmóvi les los r edondos ojos de los b u h o s , q u e a s o m a n sus cabezas cur iosas . Los sapos c a n t a n e n las charcas ; l as cu lebras s i lban, ocu l tas en la h i e r b a . L a s m a t a s apa recen co ronadas de fuegos f a tuos , y al r e sp landor inc ie r to d e aquel los cá rde ­nos p e n a c h o s se d iv i san perezosos l imacos , q u e d e j a n u n a r g e n t a d o ro s t ro , a m a n e r a de es te la . I n ­mensos r ebaños d e r a t a s y r a t o n e s cor ren sobre el pedregoso camino , p roduc iendo u n es t rép i to como d e t ambor i l esco redoble . L a obscu r idad y la luz , a m e d i d a del p a s o de las n u b e s , t r a n s f o r m a n el a s ­p e c t o de las cosas, hac iendo de ellas o t ros t a n t o s

-pro teos . Los árboles , sacudidos po r el h u r a c á n , p a ­recen inmensos mano jos de serp ientes . Los p ica­chos d e Archur i , med io envue l tos e n niebla , a la c l a r idad , semejan escuetos f a n t a s m a s cub ie r tos de sudar ios , y a la s o m b r a , t é t r i c a s muje res ves t idas d e l u t o .

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (183)

181 —¡Ay, ay!—gr i tó Grach ina , n o t a n d o q u e b a j o

*as p l a n t a s de sus pies desnudos b r o t a b a n ro j izas l l amas q u e le s u b í a n por las pan to r r i l l a s .

— N o l lagas caso; eso n o q u e m a — d i j o la J o s e p a A n t o n i p e g a n d o el suelo con sus anchos pies.

Y a l golpe d e ellos s a l t a ron i n n u m e r a b l e s ch is ­p a s , como c u a n d o se s acude u n t izón.

R e p e n t i n a m e n t e el espacio se llenó de voces; gr i ­t o s , suspi ros , ca rca jadas , imprecac iones , l a m e n t o s , que jas y a m e n a z a s resonaron de N o r t e a Sur , p a ­s a n d o como u n t u r b i ó n que b a r r e la t i e r r a . Los v a ­pores del ab i smo cente l learon, y d u r a n t e u n o s ins ­t a n t e s l a c a m p i ñ a se b a ñ ó en lívidos r e sp landores . E n seguida las t in ieblas fueron comple ta s .

— É c h a t e a u n l ado , Grach ina—gr i tó la J o s e p a Antonia—; ¡sepára te , s epá ra t e !

A p e n a s t u v o t i e m p o Grach ina p a r a a p a r t a r s e . U n e n j a m b r e d e h o m b r e s y muje res , m o n t a d o s e n cerdos , en escobas y en gallos, hend ió los aires con vocerío y e s t rép i to indecibles de h ie r ros , t a m b o r e s y t r o m p e t e r í a , de j ando t r a s sí h u m o y h e d o r de, azufre y holl ín. P o r d o n d e p a s a b a la a l b o r o t a d o r a ca t e rva , la t i e r r a a r r o j a b a b o c a n a d a s de fuego, con, a c o m p a ñ a m i e n t o de es t r iden tes de tonac iones .

L a m o n t a ñ a , u n m o m e n t o an t e s sol i tar ia , se h a ­b í a pob lado de gen te . A t odas p a r t e s q u e se m i r a r a , descubr ía la v i s t a personas : u n a s , jóvenes gal lar­das ; o t r a s , viejas re to rc idas y como a t e r r a d a s por¡ el peso de los años;, las d e a q u í , e legantes y f inas; las de allá, h a r a p i e n t a s y soeces. Pa r ec í a u n hor ­miguero . Los fuegos .fatuos, a v a n z a b a n , e n zig-zag"„\

Narraciones Vascas Campion - [PDF Document] (184)

182 h u y e n d o de las rocas y buscando las zarzas , los he-lechos y las a r g o m a s .

P o r l a p a r t e de a t r á s r esonaron p i s adas d e ca­ballo y surgió u n resp landor . M o m e n t o s después l legaba j u n t o a l g rupo 'de las muje res de U r d a x un h o m b r e ves t ido con t ra je de eclesiást ico, m o n ­t a d o en u n m a c h o b lanco , l l evando a la g r u p a u n a horr ib le vieja, d e s d e n t a d a y b a r b u d a , de ojuelos br i l lantes , t a n flaca y n u d o s a q u e pa rec í a u n h a z de l eña envue l to e n t r a p o s . Aquel la mu je r se re ía con voz chi l lona q\ie r a s g a b a los oídos, s a l u d a n d o a todos con i n m u n d o s d icharachos . Al rededor d e los j ine tes i b a n u n o s c u a n t o s h o m b r e s y muje res ebr ios , b r i n c a n d o y ba i l ando al son de u n des­t e m p l a d o t a m b o r i l y l levando h u m o s a s t ea s e n la m a n o .

Grach ina fijó sus curiosos ojos en el g r u p o de l m a c h o b lanco y dijo a sus c o m p a ñ e r a s :

—¡Osambela ! ¡El señor cu ra d e Z u g a r r a m u r d i ! — ¿ N o t e dije y o — c o n t e s t ó la J o s e p a A n t o -

ni—que íbamos lo mejor de la t i e r ra? E n a q u e l i n s t a n t e l legaron el de l m a c h o b l anco

y su a c o m p a ñ a m i e n t o j u n t o a las m u c h a c h a s de U r d a x .

— C u i d a d o , Miquela—-gritó la v ie ja—; se t e co­noce m u c h o la g o r d u r a del t a l l e , y el d í a m e n o s p e n ­s a d o , tu p a d r e , que es m u y b r u t o , t e aca r ic ia rá con ta v a r a de acebo .

Miquela se t a p ó la ca r a con las m a n o s y lanzó un sollozo; las amigas , excep to Grach ina , que le t u v o l á s t ima , se sonr ie ron ma l i c iosamente . P e r o aque l l a

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183 impres ión se bo r ró p r o n t o , p o r q u e acaeció u n n u e v o prodigio .

D e los cua t ro p u n t o s del hor i zon te a v a n z a b a n , e n c o l u m n a ce r rada , fo rmas h u m a n a s , c aba lgando e n grul las , en bu i t r e s , e n lechuzas y en cuervos , con t a l ba ru l lo de a le teo , gr i tos desaforados , sona r de cencerros y cuernos y mar t i l l eo de a lmireces y cal­de ra s , que parec ía p r o p i a m e n t e q u e el f i r m a m e n t o se i ba aba jo . Los j ine tes del espacio a t r a v e s a b a n las t u p i d a s n u b e s , sa l iendo de ellas con copos de gras ien tos vapores pegados al cuerpo , los cuales b r i l l aban u n levís imo i n s t a n t e s i r a y o i n t e r m i t e n t e d e l a L i m a con u n fulgor pá l ido q u e se pe rd í a en segu ida en la n e g r u r a de o t r a s n u b e s .

— Y a h e m o s l legado—dijo la J o s e p a An ton i , pa ­r ándose .

Y s a c a n d o los z a p a t o s de la bolsa del d e l a n t a l , se los ca lzó , im i t ándo l e sus compañe ra s .

I I I

E l l uga r en d o n d e se h a l l a b a n era u n a ex t ensa m e s e t a a l f o m b r a d a de m e n u d a y espesa h ie rba . L a concur renc ia e r a t a m b i é n i n n u m e r a b l e , como las h i e rbas del suelo , y c a d a m i n u t o se a c r e c e n t a b a con n u e v a s pe r sonas q u e d e s e m b o c a b a n p o r t o d o s los senderos d e l a m o n t a ñ a .

Muchos se a g r u p a b a n en t o r n o de hogue ras . A la luz d e és tas se d i s t ingu ían m u y diversos t i pos . Niños , jóvenes , h o m b r e s , muje res , viejas r o t a s y

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184 r e m e n d a d a s , t i znado el cuerpo de hol l ín, desden­t a d a s , n a r i g u d a s y pe lonas . G r a n p a r t e de los allí congregados l l evaban en roscada a l cuello u n a ví ­b o r a , o p u e s t o sobre el pecho u n l a g a r t o . L a m i s m a J o s e p a A n t o n i , con g r a n marav i l l a d e Grach ina , sacó del seno u n o de es tos an ima les y se lo colocó enc ima del corazón a m a n e r a de escudo , ins ignia o escapular io .

P o r el a c e n t o y v a r i e d a d del b a s k u e n z e , así c o m o por los t ra jes y t ipos , comprend ió Grach ina q u e e n aque l y e r m o se h a l l a b a n p resen tes gen te s d e t o d a la N a b a r r a baska , desde R o n c a l y Sa lazar h a s t a l a B u r u n d a , de los pueb los m á s cercanos de Guipúz­coa, como O y a r z u n , I r ú n , R e n t e r í a , Pasa jes , F u e n -t e r r a b í a y Lezo , y del pa í s del L a b o u r d .

N o t a r d ó Grach ina en queda r se sola . Cada u n a de sus c o m p a ñ e r a s fué e n c o n t r a n d o u n c o m p a ñ e r o , a l que se r eun ió , no sin d e m o s t r a r a n t e s con expres i ­vos ges tos , cuan g r a n d e e ra el p lacer q u e p ropor ­c ionaba el encuen t ro . Según n o t ó Grach ina , la m a ­yor p a r t e de los as i s ten tes a n d a b a a p a r e a d a .

Al poco r a t o de e s t a r sola t o p ó G r a c h i n a con u n a jovenzue la , que en sus ojos negros , pelo crespo, t e z c u r t i d a y b ronceada , formas esbe l tas y olor a sar­d inas , r eve laba a cien leguas ser u n a Cascarota d e Zub i ru .

— ¿ T ú eres n u e v a , como yo? ¿Tú n o h a s e s t ado n u n c a a q u í , v e r d a d ? — p r e g u n t ó la Cascaro ta con ese a p r e s u r a m i e n t o en el h a b l a r p rop io de las m u ­jeres de su r aza y clase, las cuales , como s i empre v a n corr iendo p a r a v e n d e r la sa rd ina , a h o r r a n en

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pronunc iac ión el t i e m p o que las p a r a d a s les h a c e n pe rde r .

— J a m á s — c o n t e s t ó Grach ina . — P u e s unámonos—rep l i có la Cascaro ta t o m á n ­

dole el b r a z o — . A n t e s de ser d e los de a q u í , con­viene ver lo que hacen . Mi m a d r e y mis cinco her ­m a n a s son, y se r e l a m e n de gus to los dedos c a d a vez q u e as i s ten al alcélarre. Mira: e n med io d e t o d o t engo u n p o q u i t o de miedo de e s t a r a q u í , e n t r e e s t a g e n t e e n d e m o n i a d a , p o r m á s q u e h a y a v i s to l legar a los curas d e Asca in y Sa in t -Pó .

— Y y o t a m b i é n — c o n t e s t ó t e m b l a n d o Grach ina . — P u e s mejor q u e mejor p a r a p e r m a n e c e r j u n ­

t a s . Dos sémicobardes h a c e n u n cas iva l ien te . E l t a ñ i d o d e u n a c a m p a n a puso e n m o v i m i e n t o

a la m u c h e d u m b r e . Grach ina y la Cascaro ta , imi ­t a n d o a los d e m á s , se dir igieron al c en t ro d e l a m e s e t a .

Allí h a b í a u n t r o n o de m a d e r a negra , con dosel ro jo , y en él, s e n t a d o , u n ser e span toso y g ro tesco a la vez , med io h o m b r e y med io chivo, con la fren­t e a r m a d a d e dos eno rmes y re torc idos cue rnos , p a n z u d o como u n h idrópico y flaco como u n esque­le to , de ojos encand i lados y sa l tones , boca h e n d i d a h a s t a las orejas , negro desde la p e s u ñ a h a s t a la r a í z de la c o r n a m e n t a , y cub ie r to de l ana lacia e incul­t a . S e n t a d o s a sixs pies e s t a b a n Osambe la y la v i e j a q u e con él cabalgó en g rupas . A la i zqu ie rda se le­v a n t a b a u n c a m p a n a r i o de m a d e r a , y a la de recha , u n t a b l a d o y u n a cruz t o s c a m e n t e f o r m a d a con dos t roncos de á rbo l re torc idos y nudosos . Del t r o n o

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(1) Silbo, instrumento músico del país; chirola significa lo mismo.

b r o t a b a n l l a m a r a d a s de olor azuf rado , u n a s veces ro j izas , o t r a s cá rdenas , o t r a s azu ladas , o t r a s l ívi­d a s , p e r o j a m á s c laras y a legres .

E l d iab lo—llamémosle por su n o m b r e — s e p u s o d e p ie , y resonó u n a i nmensa ac lamac ión de a m o r y en tus i a smo . E n seguida el t é t r i co m o n a r c a del a b i s m o se volvió de espa ldas , se echó a g a t a s sobre el t r o n o , l e v a n t ó la cola y p r e sen tó el t r a s e r o a l p ú ­bl ico. E j e c u t a r es te a c to soez y p rec ip i t a r se la gen­t e a ado ra r l e , pon iéndose p a r a ello de rodi l las , t o d o fué u n o . Aque l i n m u n d o besuqueo d u r ó cerca d e u n a ho ra .

T e r m i n a d o ese p le i to h o m e n a j e , dos h o m b r e s su­b ie ron al t a b l a d o , p rov i s to el u n o de u n chistu (1) y el o t ro de u n t ambor i l .

.Grachina los conoció en seguida: e r a n los t a m ­bor i leros d e E c h a l a r . Las, agudas n o t a s de la chi­rola r a s g a r o n el a i re ; los redobles del t a m b o r i l des­p e r t a r o n a los ecos de las m o n t a ñ a s , y la m a y o r p a r t e d e la m u c h e d u m b r e , cogida de las m a n o s , co­m e n z ó a ba i l a r d a n d o v u e l t a s a l rededor del t r o n o .

L a mús i ca de los t ambor i l e ros e r a como n u n c a la h a b í a oído Grach ina : v i v a , e m b r i a g a d o r a , exci tan­t e , u n a ecpecie de t e n t a c i ó n c a r n a l d i lu ida e n no­t a s chi l lonas que se f i l t raba por los oídos y d e s a t a b a t o d o s los ins t in tos y ena rdec ía t o d o s los sen t idos e i r r i t a b a t o d o s los ape t i to s . L a c h u s m a ba i l a r ina b r i n c a b a y se m o v í a de l i r an te , l a n z a n d o a l a r idos ,

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187 c a r c a j a d a s y blasfemias , p resa de u n a r d i m i e n t o bes t i a l . E l t r o n o v o m i t a b a l l a m a r a d a s roj izas , q u e e n v o l v í a n a los seres y obje tos en u n a au reo la in­fernal ; la m o n t a ñ a t r e p i d a b a . E l cielo e s t a b a ne ­g ro y las n u b e s t a n ba j a s , q u e los bordes d e las m á s p r ó x i m a s a la c u m b r e se t eñ ían con los reflejos d e las l l amas del t r o n o , aparec iendo como in f l amadas . E l v i en to u l u l a b a en los b a r r é n e o s y en los b o s ­q u e s . L a n iebla , a b i s m a d a en el val le , se m o v í a len­t a m e n t e de u n lado a o t ro , como u n a densa h u m a ­r e d a .

L a d a n z a cesó a u n a señal q u e el d iab lo hizo a los t ambor i l e ros . J a m á s a u n m o v i m i e n t o m á s ver ­t ig inoso sucedió inmovi l idad m á s comple ta .

L a v ie ja q u e e s t u v o s e n t a d a a los pies del demo­n io y j u n t o a O s a m b e l a se l evan tó y , sin s o m b r a de p u d o r , t a n cínica como fea, comenzó a desnuda r se . E r a n de ve r sus carnes denegr idas , sus pies á spe ­ro s y m u g r i e n t o s , sus pechos flácidos y a r r u g a d o s c o m o dos vej igas desinf ladas, su v i e n t r e a b o m b a d o , s u s me lenas grises y ds spe inadas , sue l tas po r la es­p a l d a ; sus rodi l las nudosas , sus b razos secos como c a ñ a s , sus p i e rnas re to rc idas como sa rmien tos , sus m a n o s h u e s u d a s , a n c h a s y vel losas como las z a r p a s d e u n o r a n g u t á n .

Sobre la e spa lda d e la vieja echa ron u n p a ñ o b l anco , y ella se colocó a cua t ro p a t a s , f o r m a n d o u n a especie de m e s a o a l t a r ; Osambe la se rev is t ió de a l b a , r o q u e t e , casul la , e t c . , como p a r a ce lebrar misa . Y , e n efecto, a y u d a d o po r u n chicuelo de a s p e c t o mise rab le , p rac t i có u n a p a r o d i a del s a n t o

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188 sacrificio, a l zando u n a hos t i a n e g r a y u n cáliz co­r o n a d o de l l amas ca rmíneas y h u m e a n t e s . Te r ­m i n a d a la m i s a neg ra , el ce l eb ran te y la v ie ja a d o ­r a r o n al c a b r ó n demoníaco , y los t ambor i l e ros vo l ­v ie ron a sonar sus i n s t r u m e n t o s , b a i l a n d o al son d e ellos la b r u j a y el d iab lo u n a d a n z a obscena y to r ­p í s ima , q u e a lcanzó ap lausos y v í to res sin c u e n t o .

E l d iablo t o m ó as ien to en el t r o n o y dijo con v o z cavernosa :

—Si h a y a lgún neófi to q u e qu ie ra profesar m i r e ­l igión, sa lga fuera, a c o m p a ñ a d o de su p a d r i n o o m a d r i n a . Y o es toy d i spues to a admi t i r l e en mi iglesia, concediéndole t o d a s las grac ias , beneficios y pr ivi legios q u e d i s f ru tan mis c reyen tes .

H u b o u n o s i n s t a n t e s d e expec tac ión genera l , y la J o s e p a A n t o n i , a c o m p a ñ a d a de la Miquela , sal ió al cen t ro del círculo.

— H o l a , m i b ien a m a d o I za rbe l t z—di jo el d i ab lo dir igiéndose a la J o s e p a A n t o n i — , v e o q u e pe r se ­v e r a t u b u e n celo de após to l ; si t odos mis vasa l los fuesen como t ú , p r o n t o el m u n d o e s t a r í a s o m e t i d o a m i reg imien to y gobierno. E s t a noche serás m i p a r e j a en la g r a n d a n z a de los cuerpos desnudos .

L a J o s e p a A n t o n i se arrodi l ló y besó t r e s veces la p e s u ñ a al d iablo . E n seguida dijo:

—Grac i a s , señor; no soy d igna de t a n t a dis t in­ción; pe ro t ú lo p u e d e s t o d o , y al h u m i l d e lo l evan­t a s en a l to .

•—Ponte de p ie , m i p red i l ec ta I za rbe l t z , y h a b l a . —Señor , a q u í h a y u n a mu je r q u e desea e n t r a r

en tu . ig les ia p a r a a d o r a r t e y se rv i r t e e t e r n a m e n t e .

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189 -—¿Con q u é n o m b r e ? :

— C o n el de Osiñbel tz . — ¿ H a comet ido a lgún ac to g r a v e c o n t r a los dog­

m a s o la m o r a l d e m i enemigo? — S í , h a cedido a los ha lagos de u n a m a n t e . — B u e n o . A d e l á n t a t e , Osiñbel tz . ¿Es cier to que

quieres e n t r a r en m i iglesia? — S í , señor; es c ie r to—respondió la Miquela con

voz t emblo rosa . — ¿ E s cier to q u e e s t á s d i spues t a a a d o r a r m e y a

se rv i rme , obedec iéndome e n t o d o y a m á n d o m e so­b r e t o d a s las cosas?

— S í , señor ; es c ie r to . — ¿ E s c ier to q u e confesarás mi fe en público

c u a n d o sea prec iso , y que sufrirás po r ella la muerte y el ma r t i r i o?

— S í , señor ; es c ier to . — ¿ E s c ier to que estás- d i spues t a a a b o m i n a r de

t o d o lo q u e h a s a d o r a d o h a s t a el d ía , y a despre­ciar lo y a cubr i r lo de lud ibr io y que ren iegas de ello?

L a Miquela vaci ló u n i n s t a n t e , y con voz más t emb lo rosa t o d a v í a , añad ió ;

-—Sí, señor; es c ier to . -—Pues bien: a d ó r a m e , Osiñbel tz . E l d iablo se volvió de espa ldas , y la Miquela le

a d o r ó según r i to . U n a formidable exc lamación estal ló como u n

t e r r e m o t o . E l t r o n o a r ro jó , a m a n e r a de su r t ido res , dos inmensos chorros de fuego, q u e se pe rd ie ron , cu l eb reando , en las nubes .

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190 E l d iablo se sonrió con expres ión de s in ies t ra

a legr ía y dijo: —Osiñbe l t z , a n t e s l l a m a d a Mar ía—Agust ina ;—

Micaela Goyeneehe , h i j a del caserío G a ñ e k o b o r d a , d o n d e s iempre h a b i t a r o n cr is t ianos , m e p e r t e n e ­ces p a r a s iempre . E n t e s t imonio d e m i p e r p e t u a so­be ran í a , m á r c a l a con m i sello, I zú r r i t ebe l t z .

Osambe la , o sea I zú r r i t ebe l t z , se acercó a la a p ó s ­t a t a , y a g a r r á n d o l a p o r el cogote con la m a n o iz­q u i e r d a , s in hace r caso a sus gr i tos do e s p a n t o y d e dolor , le m a r c ó con u n a m o n e d a de oro e n l a n i ñ a del ojo izquierdo la imagen microscópica d e u n sapo , d i s t in t ivo t r ad ic iona l de los sec tar ios d e S a t á n e n l a E u s k a l - E r r í a . . —Arrod í l l a t e n u e v a m e n t e , Osiñbel tz .

Así lo h izo és ta , y el d iab lo , s a c a n d o d e s u s e n o u n g r a n l aga r t o , se lo en t regó dic iendo:

— C u i d a m á s q u e de t u p rop i a v i d a d e e s t e a n i -m a l s ag rado y marav i l loso . Con su b a b a f ab r i ca rá s el u n g ü e n t o q u e t e t o r n a r á invisible y t e p e r m i t i r á vo l a r po r los aires m o n t a d a en cua lquier ob je to o a n i m a l , s in q u e n ieb las , n i r íos , n i pa r edes , n i cade ­n a s sean p a r t e b a s t a n t e a d e t e n e r t e ; y el licor q u e ciega, a t o n t a , enloquece , en fe rma a h o m b r e y g a ­n a d o s y m a t a , l e n t a o s ú b i t a m e n t e , según se qu ie ­r a . Llévalo s iempre cont igo y s i e m b r a de malef i ­cios los c ampos , las casas y los corrales de mis ene ­migos y de los t u y o s . Sé l ibre y sacia todos los de ­seos do t u cuerpo . S i embra la soberbia , la gu la , l a avar ic ia , la lu jur ia y todos los d e m á s pecados p o r el m u n d o . Cuando n a z c a ta h i jo no lo bau t i ce s y

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(1) «¡Ah Jesús traenol ¡Mi Señora la Virgen!»

m á t a l o . N a d i e s a b r á n a d a , excep to yo , q u e e s t a r é c o n t e n t o . Coge a h o r a t r e s p i ed ras del suelo, p o n t e f rente a esa cruz , r ep i t e mis p a l a b r a s y h a z lo q u e t e m a n d e . Concluido es to , ba i l a remos t o d o s y n o s en t r ega remos a la orgía, h a s t a q u e la a u r o r a b l a n ­quee las n u b e s de Or ien te .

Osiñbel tz cogió las t r e s p i ed ras y se d i spuso a obedecer .

— R e p i t e mis pa l ab ra s : «Maldito seas t res vece s , s igno de obediencia , de ca r idad y de abnegac ión . Mald i to seas , a m u l e t o n a z a r e n o , p o r q u e consue las . Ren iego de t i y m e v o y con el e te rno P r o s c r i p t o , con el g r a n l iber tador .» Aped rea a la c ruz .

H a b í a e s t ado Grach ina s iguiendo t o d a e s t a es­cena con u n a cur ios idad mezc lada de t e r ro r y r e ­p u g n a n c i a i naud i to s . L a s p i e rnas le f l aqueaban , y,, s in e m b a r g o , l e v a n t a b a la cabeza t o d o lo q u e p o d í a p a r a m i r a r p o r enc ima de los h o m b r o s de las per ­sonas q u e e s t a b a n de l an te . P e r o al oír las b las fe ­m i a s r epe t ida s po r la Miquela y ve r la p r i m e r a p i e ­d r a l a n z a d a p o r és ta r e b o t a r en el leño d e la c r u z , dio u n sal to hac ia a t r á s , y ho r ro r i zada exc lamó:

—Ah Jesús ona! Ene andre biryina María! (1)-E s t a s p a l a b r a s , p r o n u n c i a d a s a m e d i a voz , r e ­

sona ron e x t r a o r d i n a r i a m e n t e con u n t i m b r e cris­t a l ino , dulcís imo. U n a la r ido desesperado y r a b i o s o las con tes tó , y aque l la obscena y sacri lega c h u s m a , como ceniza a v e n t a d a po r el h u r a c á n , se despeñó-m o n t e aba jo o se absorbió en las b r u m a s del h o r i -

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Var ios ar r ieros q u e aque l la noche a t r a v e s a r o n el p u e r t o de Osondo di jeron a l d ía s iguiente que , a eso de las dos d e la m a d r u g a d a , n o t a r o n sobre Ar-c h u r i u n reflejo como de a rco ir is , p e r o m u c h o m á s b r i l l an te ; q u e los pá j a ros , c reyendo , sin d u d a , ser a q u e l l a t o rnaso l ada luz la a u r o r a , rompie ron en gorjeos y t r inos ; q u e aque l la c la r idad fué aleján­dose hac ia a r r iba , h a s t a ex t ingui rse c o m p l e t a m e n ­t e , y q u e oye ron r ep ique de c a m p a n a s , m ú s i c a de a r p a s y cánt icos m u y dulces y le janos.

T res días después , los pas to res de U r d a x y Zu-g a r r a m u r d i e n c o n t r a r o n el c adáve r d e Grach ina en la c u m b r e d e Archu r i , h e r m o s a como en v i d a , sin m á s desmerec imien to q u e la pal idez de los labios y d e las meji l las .

P a m p l o n a , m a y o d e 1883.

zon te , q u e d a n d o sol i tar ia e n med io d e la a l t a p la ­nicie la p o b r e Grach ina , y a med io m u e r t a de mie ­d o y pena . L a he rmosa n iña se arrodi l ló d e l a n t e de la cruz, lloró m u c h o , pidió p e r d ó n a Dios d e todos sus pecados , se encomendó a la San t í s ima Virgen, y he r ida en el corazón, t r a s u n congojoso g r i to , cayó e x á n i m e .

U n ángel m á s r a d i a n t e que el Sol y m á s perfu­m a d o q u e u n j a r d í n de m a y o bajó l e n t a m e n t e , se cern ió sobre Grach ina , recogió s u a lma , fugi t iva de l cuerpo , y la subió al cielo.

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E L U L T I M O T A M B O R I L E R O D E E R R A O N D O

L o s r ayos m a t i n a l e s del Sol d o r a b a n el sombr ío c u e r p o d e Tet r ikápol i s -Alemánica : sol d e m a y o fes­t e j a d o p o r el p i a r d e los n idos y el s u a v e a r o m a d e las flores.

T a n a legre como el sol y los pá ja ros sal ía p o r el p o r t a l d e S a n Nicolás P e d r o F e r m í n I z k o . L a s p o ­c a s pe r sonas con quienes se i ba e n c o n t r a n d o vol ­v í a n la cabeza cur iosas . A u n q u e la bo ina , las a l ­p a r g a t a s y el t i po de P e d r o F e r m í n e r a n los del p a í s , le a c u s a b a n de foras tero los colores de la t e la y l a

NARRACIONES BASKAS. 13

Al P. José Antonio de Donostia. (O. M. C.)

I

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h e c h u r a d e la ropa , n o t o r i a m e n t e exót icos , c o m o d e campes ino de le janas t i e r ras . P e r o , sobre t o d o , se l levaban la a tenc ión de las gen tes el si lbo y el t ambor i l , colgados del cuello.

— ¡ V a y a un viejo d iver t ido!—decían o p e n s a ­ban los c a m i n a n t e s .

P o r q u e P e d r o F e r m í n e ra viejo, y m á s viejo d e lo q u e a p r i m e r a v i s t a parec ía . D e l a t a b a n la vejez, las a r rugas de la c a r a b a r b i l a m p i ñ a , la fa l ta com­p l e t a d e d ien tes en la b o c a s u m i d a y las canas d e su poco p o b l a d a cabel lera . P e r o los años n o pesa ­b a n sobre los h o m b r o s erguidos , n i le t r a b a b a n l a s p i e rnas l igeras, n i le e n t u r b i a b a n la m i r a d a gr is d e los ojillos, ni le en ronquec ían la respiración de l p e ­cho , ni le a l t e r a b a n las pulsaciones del corazón . L l e v a b a el ha t i l lo de r o p a p e n d i e n t e de u n p a l o , y el p a r a g u a s en la d ies t ra .

¿Cuántos años t en ía? Irurogoi ta amar eta... (se­t e n t a y. . . ) h a b r í a con te s t ado en su l engua m a t e r n a , ú n i c a q u e h a b l a b a de corr ido. Los años , a g a z a p a ­dos deba jo d e la c o p u l a t i v a e/o, p e d í a n u n cá lcu lo difícil y la a y u d a de recuerdos pa r t i cu la re s ; es d e ­cir , una labor inú t i l y fat igosa. E l solo d a b a v a l o r a los amurrekus, y sab ía con cer teza q u e n o c o n t a ­b a n t o d a v í a p a r a él los ochos .

Asimismo conocía el n ú m e r o caba l d e s u res i ­dencia en Amér ica , q u e e ran c incuen ta , t r a n s c u r r i ­dos desde que , a p e n a s cerró los ojos s u p a d r e y m a e s t r o de mús ica , M a r t i n I z k o , el tchuntchunero del val le , emigró de la p o b r e a ldea p o r n o se rv i r a Carlos V ni a Mar ía Cris t ina. ¡Cincuenta años ! Re-

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195 l á m p a g o fugaz de es t ío , vue lo r a u d o de gav i l án , la rgo espacio d e la b r e v e v ida , d i s ipado en el inson­dab le ab i smo del t i empo . C incuen ta años al servi­cio de Ara luze y compañ ía , de B u e n o s Aires , cur­t idores y sa lazoneros famosos y r iquís imos , dueños d e la de scomuna l es tanc ia «Los Papagayos» , d o n d e p r e s t ó sus servicios d e pas to r , único q u e él s ab ía .

P a s ó de la rú s t i ca a ldeúca n a b a r r a al des ier to d e las P a m p a s , sin q u e l a ignorancia puer i l del en t en ­d i m i e n t o se enr iqueciese con n u e v a s ideas , n i los candorosos afectos de l corazón descubr iesen des­a c o s t u m b r a d o s b lancos al. ape t i t o . Nac ió y v iv ió en la m o n ó t o n a m a r g e n se rena d e la civi l ización p a s t o r a l , como si a u n p e r d u r a s e n los d ías b íbl icos s!e la p r i m i t i v a Caldea .

B a s k o s d e a m b a s ve r t i en t e s del P i r ineo pob la ­b a n la e s tanc ia . Nac idos en b o r d a s y caseríos mon­tañeses , inhábi les p a r a gana r se el p a n e n las c iuda­des, la neces idad y los ins t in tos inconscientes d e s u propio n a t u r a l de consuno los a r r a s t r a b a n al c a m ­p o , y allí r e a n u d a b a n los i nve t e rados h á b i t o s , r in­d iendo g u s t o s a m e n t e p a r i a s a l n a t i v o ind iv idua­l i smo.

E n las múl t ip l e s labores d e las n u m e r o s a s leche­r ías se o c u p a b a n muje res b a s k a s y campes inas como ellos. Concer tábanse m u c h o s m a t r i m o n i o s , y las n u e v a s familias h a b i t a b a n casas sue l tas , a l es­ti lo de la t i e r r a p a t r i a . E r a n allá todos baskos , des­d e el c a p a t a z D . J o s é el barbudo, n a t u r a l de Goi-z u e t a , a l capel lán d e la iglesia, D . Fulgencio , n a ­t u r a l d e B e r m e o , q u e después de u n a v i d a r e l a j ada

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y a v e n t u r e r a , he r ido de la gracia , se h a b í a r e t i r a d o a l des ier to po r gana r se la v ida e t e r n a . Y e r a t o d o b a s k o t a m b i é n : las cos tumbres , los juegos , las d iver ­siones, el id ioma; ¡has ta los loros d e los bosques c i rcunvecinos h a b l a b a n baskuenze! D i m i n u t a E u s -ka l -E r r í a , í n t e g r a m e n t e b a s k a , cuyos mojones n o t r a s p a s a b a n las h o r r e n d a s pas iones de pol í t ica ex ­t r an je ra , a r r a s a d o r a s d e la g r ande .

* * *

Cincuen ta años d e v i d a sana , inocen te , s in q u e ­b r a d e r o s d e cabeza , n i vicios, n i p e n a s d e n i n g ú n b ien pe rd ido , n i r ecuerdos s iquiera . D e s c u a j a d o de l t e r r u ñ o n a t i v o , a r ra igó con vigorosas raíces en la t i e r r a a r g e n t i n a , o lv idándose t o t a l m e n t e d e la a ldea y d e la p a t r i a , d e los deudos y de los amigos lugareños . Escr ib ió u n a vez d ic iendo d ó n d e se h a ­l laba , y le escr ibieron o t r a comunicándo le el falle­c imiento d e s u h e r m a n a ún ica . E n t o n c e s a d v i r t i ó con sorpresa q u e las cosas d e a l lende los m a r e s n o le i n t e r e saban .

Los h o n r a d o s y celosos servicios, un idos al n a t u ­r a l despejo , le e n c u m b r a r o n p a u l a t i n a m e n t e a r a ­b a d á n de la c a b a n a m a y o r . G a n a b a u n j o rna l su ­b ido , q u e casi se lo economizaba s in m e r m a . E n semejan tes soledades sólo los jugadores p o d í a n gas ­t a r se el d inero . N o le ensoberbeció la p ro spe r idad , y de r a b a d á n g rave siguió t o c a n d o , en la c a m p a d e «Los Papagayos» , el m i s m o tchuntchun con q u e se g a n a b a u n o s c u a n t o s pesos anua les d e a ñ a d i d u r a c u a n d o era ínfimo pas to r , mozo recién ven ido de la

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197 a ldea . M a s a h o r a t o c a b a de ba lde , po r el gus to d e condescender con los jóvenes , y sobre t o d o p o r a m o r a la mús ica , a l rús t ico chistu agr io , q u e en los labios habi l idosos de él ec l ipsaba al p ico de los ru i ­señores .

A p e n a s p o n í a los pies u n n u e v o b a s k o en la es­t a n c i a , buscába le P e d r o F e r m í n y le hac í a c a n t a r y t a r a r e a r t o d a s las canciones y bai les d e la comarca . A u m e n t á b a s e el r eper to r io de l tchuntchunero con­tinuamente. A l cabo d e u n o s c u a n t o s años a b a r c ó el círculo mus ica l en t e ro d e la t i e r r a b a s k a , esmal -t a d o de" e s t u p e n d a s y exquis i t as «antiguallas», q u e sólo los «abuelos» d e las m á s escondidas caserías p o d í a n t r a n s m i t i r a sus descendientes . L a mús i ca aque l la fué c r u z a n d o sus t enues heb ra s—hi l adas p o r la nov ia q u e espera , la m a d r e q u e mece la cuna , la esposa q u e e sc ru t a el hor i zon te m a r i n o a t u r b o n a d o , la segadora q u e co r t a el he lécho, las pa re j a s q u e ba i l an sobre la e r a—en to rno del cora­zón de P e d r o F e r m í n , h a s t a apr is ionárselo e n t r e i r rompib les ma l l a s .

E l lo es q u e P e d r o F e r m í n cierto día , de súb i to , sin causa a p a r e n t e , después de años de p rofundo olvido, recordó su a ldea , su casa , sus deudos , como si el ba sk i smo , di luido en la mús ica , emanac ión di­r e c t a d e la pe r sona l idad rac ia l , hub iese t o m a d o cue rpo , fo rmándo le d e la m a t e r i a de las p r i m e r a s cosas b a s k a s q u e la n iñez le hizo conocer. L u c h ó consigo m i s m o , p r e t e n d i ó reírse d e l a inexpl icable ca r inada , t o rce r el curso impe tuoso d e los red iv i ­v o s afectos , a r r a n c a r los b ro t e s inesperados de l t e -

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198 r r u ñ o na t a l . . . F u é en v a n o ; y al fin se p r e sen tó a D . J o s é el barbudo p a r a a r reg lar las c u e n t a s .

D o n J o s é p rocu ró disuadir le : «¿Qué v i d a v a us ­t e d a l levar en aquel vil lorrio de m a l a m u e r t e , des­conocido en los m a p a s , donde nad i e t i ene not ic ia de u s t e d ni le quiere? Su familia acaso h a b r á des­apa rec ido—como sucede con la mía , ¡caracho!—; a lo s u m o , e n c o n t r a r á unos c u a n t o s sobr inos , y será u s t e d el «tío del herencio», el t ío c u y a m u e r t e se desea d u r a n t e t o d o el a ñ o , rezándole n o v e n a s a S a n t a P u l m o n í a y a San Torozón , p a r a q u e le m e ­t a n c u a n t o a n t e s e n el h o y o . H o y o p a r a uá t ed , pe ­sebre p a r a ellos. Supues to el cambio sobre E u r o p a , p e r d e r á m í a p a r t e , n a d a p e q u e ñ a , de l m o d e s t o ca­p i t a l . Modes to , sí; n o h a g a u s t e d visajes d e p ro ­t e s t a . E s c laro: e n R a h o n d o será u s t e d como R o t h s -chi ld en L o n d r e s . ¿Se cansó d e t r a b a j a r ? ¡Enhora ­b u e n a ! Bien g a n a d o t i ene el descanso , ¡caracho! L e cons t ru i r emos a u s t e d u n a cas i ta en la es tanc ia ; v iv i r á r i c a m e n t e e n m e d i o d e e s t a g r a n famil ia , q u e t a n de v e r a s le aprec ia . Segui rá t o c a n d o el chistu, y b a i l a r á n los n ie tos de los q u e a h o r a ba i ­l an , p o r q u e u s t e d h a d e v iv i r m á s años q u e los cuer­vos . Y si prefiere p r o b a r de la v i d a c i u d a d a n a , t a m ­poco fa l t an c iudades y pob lados en la Argen t ina ; a u n q u e a u s t e d n o le crió Dios p a r a las calles, s ino p a r a los montes .»

«¡Ciudades, no ; c iudades , no!—fué la con te s t a ­ción d e P e d r o F e r m í n — . Aldeas ; p e r o la mía , la a l ­d e a en q u e nac í y e n la q u e pienso morir .»

N o h u b o m o d o de cambia r le el p ropós i to . L a s

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razones r e sba l aban sobre la cor teza impermeab i l i ­z a d a del cerebro, sin llegar al meol lo . Se l iqu ida ron las c u e n t a s ; dejó a r éd i to el cap i ta l en m a n o s d e «Araluze y Compañía»; diéronle éstos u n a c a r t a d e c r éd i to p a r a el b a n q u e r o de I r u ñ a «Olaso e hi jo mayor» , y se e m b a r c ó , l levándose consigo el t a m ­bor i l , delei te y a legr ía de «Los Papagayos».

«Ent re los pa rches d e esa val i ja va e n c e r r a d a e l a l m a d e P e d r o Fermín», dijo, r iéndose, I ) . .losé el barbudo a l despedi rse . Y los oyen tes as in t ie ron a a q u e l l a obse rvac ión a g u d a .

I I

A h o r a , P e d r o F e r m í n , recién de semba rcado , ca­m i n a fijos los ojos en las moles d e I z a g a y E l o , h i t o s n a t u r a l e s del val le p a t r i o , ves t idos d e azul p o r el a m b i e n t e l impio , y po r el sol p r i m a v e r a l , de o ro .

C a m i n a despac io a d r e d e , a n o l legar t e m p r a u o . S u p ropós i to es d e e n t r a r en la p l aza de E r r a o n d o después de v í speras , a la h o r a del bai le , y obse ­q u i a r a sus pa i sanos con las m á s dulces t o n a d a s del t ambor i l , d e las d e a n t i g u o sab idas y de las q u e a p r e n d i ó después . Sonriese a n t e el c u a d r o q u e su imag inac ión le p i n t a : la p l aza i n u n d a d a d e sol; el a l ca lde y los viejos s e n t a d o s deba jo d e los t r e s f rondosos nogales de l cen t ro ; los mozos y las m o z a s d i s t r i bu idos en g rupo , a la espera d e q u e las a g u d a s n o t a s del chistu se l evan t en sobre los sordos golpes d e l tchuntchun, como b a n d a jov ia l d e a lond ra s s o -

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200 b r e los p a r d o s surcos. . . Y él, p r e sen t ándose d e im­proviso , la gen t e cur iosa señalándose le con el d e d o , a t r a y e n d o sobre sí las m i r a d a s d e t o d o s y prof i ­r i endo con voz es ten tó rea : «Yo soy P e d r o F e r m í n I z k o , d e l a casa d e Mandazain» , y p o r r e m a t e , e l Inguruko, t o n a d a especial del va l le , u n a sola vea o ída al a ñ o , y la j u v e n t u d , ena rdec ida , d e s b o r d á n ­dose b r i o s a m e n t e en la t r ad ic iona l karrikadantza, al son d e la p red i l ec ta mús i ca i nespe rada .

A m i t a d de l c amino , j u n t o a u n a fuenteci l la d e l so to q u e P e d r o F e r m í n seguía , p o r a p a r t a r s e de l po lvor i en to camino rea l , descansó , comió su p r o ­vis ión d e v íveres y beb ió u n t r a g o d e a g u a f resquí­s i m a «a la s a lud d e los baskos de s u pueb lo y d e t o - ' dos los b a s k o s del mundo» .

* * *

J a d e a n d o u n poco , p o r razón de la e m p i n a d a s u ­b ida , se d e t u v o sobre el a l t o de M e n d i n u e t a , a c o n ­t e m p l a r el va l le p a t e r n o , d i s t a n t e , pe ro y a visible-E s t r e c h á b a s e el l lano e n t r e los m o n t e s , c u y a s f a ldas recogían las once a ldeas d i seminadas f o r m a n d o círculo en de r redor d e s u cap i t a l , E r r a o n d o , a l p i e de las lomas de B i z k a y e t a y a oril las del r i a chue lo I z a g a .

P e d r o F e r m í n aguzó la v i s t a , se f rotó los ojos como p a r a me jo r empapa r lo s de luz, exp r imió el con ten ido d e los an t iguos recuerdos borrosos . . . D u ­d a b a de su vis ión, d u d a b a de su m e m o r i a , d u d a b a d e la rea l idad de sus sensaciones. . . ; ve ía p e ñ a s ca l ­v a s , cauces secos d e a r royos , g rupos d e flacos c h o -

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(1) KoTco significa, según los diccionarios, fantasma, máscara, bobo, majadero. En Nabarra, los baskos llaman kokos a los habi­tantes de los valles que no son el suyo; por ejemplo: en Baztán, a los ulzameses; en t'lzama, a los de Juslapeña, etc. En el mer­cado de Tolosa llaman, o llamaban—pues la persona que ine lo re­firió es de años—, ¡coicos a las mujeres que venían de los valles na-barros de Araiz y Larraun; pero en Larraun dan ese nombre a los naturales de Irurzun y sus aldeas vecinas. Nadie quiere ser Jcohot mas por la transferencia del nombre resulta que todos lo son.— (s. da Á.)

p o s to rc idos p o r el noroes te : u n c a m p o t r i s t e , s in v e r d o r , s in pá ja ros ; u n hor izon te m u s t i o , d e t e r r o ­s a s col inas amar i l l en tas . . . «Dónde e s t á n m i s h a y a ­l e s—exc lamó—, d ó n d e mis robles , d ó n d e m i s f r a ­g a n t e s p r a d o s ? ¿Quién secó m i s a r royos , q u é red! cazó a mis t o rdos , a mi s gallos, a mi s o ropéndo la s? ¿Acaso e q u i v o q u é el camino y m e desvié hac i a e l pa í s d e los kokosf (1).» Se res t regó va r i a s veces los p á r p a d o s y recorr ió de lan te de sí el espacio con l a v i s t a . Mil p o r m e n o r e s le cer t i f icaron el ac ie r to de í d e r r o t e r o seguido. Reco rdó las dos guer ras c ivi les q u e m e d i a b a n e n t r e l a emigrac ión y el r e t o r n o . A ellas achacó la causa m a y o r d e l a m u d a n z a . « H a b r á n t a l a d o los bosques po r p a g a r las d e u d a s , y con los árboles , a u n a , desaparec ieron agua , p á ­j a r o s y prados.» E n n o m b r e de su í n t ima t rad ic ión b a s k a mald i jo a las guer ras t rad ic iona l i s tas e x t r a n ­j e ra s .

* * *

E n t r ó en la p l aza d e la a ldea , so l i ta r ia y de s i e r t a . Algunos pe r ros j u g u e t e a b a n revo lcándose e n el p o l ­v o . Los t r e s nogales , t r o n o y dosel d e a l ca ldes ,

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202 h a b í a n sido co r t ados de ra íz . U n a muje r , po r su m a n e r a de a n d a r , j oven , cruzó de ace ra a acera . L e e x t r a ñ ó el ves t ido negro , la paño l e t a del m i s m o color a n u d a d a deba jo de la barbi l la , las s a y a s lar­gas y es t rechas . Viniéronle a la m e m o r i a las tocas chi l lonas , las t r enzas colgantes , las ampl i a s m a n ­gas de lienzo casero, pero b lanquís imo; el jus t i l lo gris , el paño lón de colorines sobre el pecho , el re ­fajo rojo, a med ia p ie rna , do las mozas de a n t a ñ o . Miró al reloj de la to r re ; la ho ra de las v ísperas e ra m u y p a s a d a ; po r t a n t o , la gen te h a b r í a salido y a d e la iglesia. Cumpl iendo el p ropós i to con que a sí m i s m o se recreó d u r a n t e largos meses , represó la, o n d a de t r i s teza q u e le comenzaba a sumerg i r el corazón, subió el chistu a los labios y esparció las n o t a s alegres del Inguruko y los p a u s a d o s golpes r í tmicos del t ambor i l , m i e n t r a s en la ace ra sol i ta­r i a de la casa consis tor ia l d a b a pasos solemnes d e procesión.

L a plaza, q u e m o m e n t o s a n t e s , a l parecer , dor­m í a a p ie rna sue l ta , se desper tó s ú b i t a m e n t e . Abr ié ­ronse p u e r t a s y v e n t a n a s , a somáronse caras cur io­sa s , se p r e g u n t a r o n u n a s a o t r a s las vec inas el po r qué de aque l la mús ica , sona ron ca rca jadas y excla­mac iones de sorpresa , voces y si lbidos de bu r l a , y sa l ieron de t odas las e squ inas y d e todos los zagua­n e s , corr iendo y g r i t a n d o desa fo radamen te , ch iqu i ­llos que rodea ron a l tchuntchunero y le con t emp la ­r o n , m á s a b i e r t a s a ú n las bocas que los ojos, como a b icho r a r o .

T r a s los n iños v in ie ron mozos y m o z a s . E l co r ro ,

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m u y c o m p a c t o , imped ía a P e d r o F e r m í n mover se . P r o n t o observó que todos h a b l a b a n el cas te l lano; p e r o no el meloso, s u a v e y mus ica l d e Amér ica , aca r ic iador de oídos con dejos y estelas car iñosas , s ino un cas te l lano du ro , r a j a n t e , con t r a ído , m o d u ­lado con asperezas de ca r re te ro . L a o n d a de t r i s ­t e z a rompió el m a l e s t r ibado d ique y le anegó el corazón. «¿Este es mi pueblo?», pensaba , con g a n a s de l lorar . L a ¡ l á g r i m i s ¡-ona.ban en el chistu, y los deste l los alegres del Inguruko se iban obscurecien­d o , como las i lusiones, de lan te de la imprev i s t a rea­l idad . Despachado , d io t res o c u a t r o no tas a g u d a s , y se calló: b rev ís imo si lencio, i n t e r r u m p i d o po r en­sordecedora gr i te r ía . U n mozo m u y m o r e n o fijó d e s c a r a d a m e n t e la m i r a d a de sus ojos claros e n el ro s t ro afligido de P e d r o Mar t ín .

— L a bo r r ache ra , o qué , t ' h a d a u po r chiflar, a g ü e l o ? — p r e g u n t ó , r iéndose con mal ic ia .

P e d r o F e r m í n comenzó a dec la ra r en b a s k u e n z e s u s p ropós i tos .

— N o s o t r o s no sernos m o n t a ñ e s e s , ¡rejones! ¡Guár­d a t e t u v a s k u e n z p a los d 'a r r iba!—di jo el mozo, , i n t e r r u m p i é n d o l e y seña lando con el dedo las m o n ­t a ñ a s del N o r t e .

— ¿ P u e s q u é sois pues?—repl icó P e d r o M a r t í n — . ¿Gauchos , negros , o? Yo, aqu í nas i ro ; aqu í , m o n t a ­ñ é s de baskuenze , m o n t a ñ é s de m o n t a ñ a . Me vengo d ' A m é r i c a ; m i p r i m a r pensamien to , voso t ros po r h a c e r ba i l a r t a m b o r i l h a t o c a r e

— ¿ D e ve ra s , agüelo , eres d e R a h o n d o ? ¡A m í n a ­d i e m e m e t e la p a t a t a ! ¿De R a h o n d o , y ba i l a r d e e s a

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204 t r a z a ? i Con elchulubit d e los capadores? ¡Cenón, t r a i a d ' a q u í l a v igüela! A u r a v e r á el agüel ieo n u e s t r o ba i le . Si d e v e r a s es del pueb lo , y e n d e m á s a m e r i ­cano , h a y q u e obsequía le . ¡Hala , ha l a ! ¡Venidsus a d a q u í , sa l adas ; t ú , Lorenza , Leocad ia , Rosa . . . toas ! ¡Leña, g ü e ñ a jo t a ; a r re !

T o m ó el mozo la g u i t a r r a que Cenón le t e n d í a y , r a sgueándo la con m a n o r u d a , e n t o n ó a gr i to p e l a d o la s iguiente copla , po r mozos y m o z a s ági l y a i ro ­s a m e n t e d a n z a d a :

¡Ay q u é b u r r o soy, q u é b u r r o soy , Se m e fríe el a lmaa!

¡Ay q u é b u r r o soy, qué b u r r o soy; A b r i m e la cuad raaa !

¡Ay qué b u r r o soy, qué b u r r o soy, D e l suelo l a pa j aa ,

¡Ay q u é b u r r o soy, q u é b u r r o soy, Será n u e s t r a cama!

P e d r o F e r m í n , r ecos tado c o n t r a la p a r e d , e x t e n -didos d e s m a y a d a m e n t e los b razos a lo largo de l cuerpo , con templó el bull icioso bai le a t r a v é s de la n u b e d e polvo que envolv ía y b l a n q u e a b a a las p a ­re jas . Las f iestas d o m i n g u e r a s de a n t a ñ o se le p in ­t a b a n en la m e m o r i a con sus m á s n imios p o r m e n o ­res . Los cuerpos , las cosas, los t ipos , l a complex ión de la gen te n o h a b í a n v a r i a d o ; los moda le s , los ges­tos , el t o n o de la voz , el id ioma, los t r a j e s , sí. Los c incuen ta años q u e h a b í a n intensi f icado el b a s -k i smo de P e d r o F e r m í n h a b í a n b o r r a d o comple t a -

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205 m e n t e el d e s u a ldea , y n o a c e r t a b a a en t ende r , a l a escasa luz d e s u inte l igencia incu l t a , los p o r q u é s d e la deformación s in el as ien to , po r lo v i s to n o acaec ido , d e gentes e x t r a ñ a s en la t i e r ra .

Cuando se acabó el bai le , los mozos , a u n q u e ce­rr i les , l iberales y hospi ta la r ios , se e m p e ñ a r o n en obsequiar le con v ino y mer i enda . Condescendió P e d r o M a r t í n , a l cabo , con la porf ía de l b u e n cora­zón d e ellos, y los siguió a l a t a b e r n a , d o n d e , p o r encub ie r t a s p r e g u n t a s , aver iguó q u e en la casa d e los I zkos y a n o q u e d a b a n inguno de su sangre , sa lvo u n a sobr ina t e r ce ra casada con l ab rador , hi jo de u n va l le comarcano . E s t a not ic ia fué como la ú l t i m a p e s a q u e h izo caer las ba l anzas , y d e t e r m i n ó d e p a r t i r s e a Amér ica , p o r ce r ra r al lá los ojos, c u a n d o sonase la h o r a , e n t r e los baskos de la e s t anc ia a r ­gen t ina .

D e c u a n t o le oyeron a l «agüelo» los mozos , lo q u e m á s los marav i l ló es q u e el n o m b r e de la casa d e los I zkos , o casa d e Mandazain, q u e ellos p r o n u n ­c i a b a n d e con t inuo , fuese b a s k o n g a d o . D e e s t a m a ­n e r a ap rend ie ron u n vocab lo de aque l gui r igay q u e h a b l a r o n en sxi t i e m p o , según c o n t a b a n ellos m i s ­m o s , los dos o t r e s «agüelicos» ochen tones d e l a a ldea .

I I I

P e d r o F e r m í n , que m o v i ó d e m a d r u g a d a p ier ­n a s juveni les , a r r a s t r a a la h o r a del a t a r d e c e r pies añosos . N o m a n t i e n e e rgu ida la cabeza , s ino q u e la

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r ecues t a sobre el pecho d e s m a y a d o , y e r m o d e sus pos t r ime ra s ilusiones. Llega con el corazón a n h e ­loso, m á s d e s en t imien to q u e no de cansanc io , a la c ima de Mcnd inue t a , d o n d e u n caduco roble sol i ta­rio ofrece d i m i n u t o r enuevo en t r e los brazos des­ca rnados , en son de flaca p r o t e s t a c o n t r a la m u e r t e . P e d r o F e r m í n le m i r a con car iño y t r i s t eza . «Eres como yo—dice—: u n tes t igo de las cosas q u e fue­ron ; la s equedad y el po lvo t e r odean , como a m í . P r o n t o mor i r á s , como yo mor i ré p r o n t o , y e n t o n ­ces ni a u n el r ecuerdo del b ien pe rd ido sobrena­d a r á en la m e m o r i a de o t ros dos viejos. ¡Oh mise­r ia sobre t o d a s las miser ias : ni a u n el recuerdo!»

A n t e s d e proseguir su r u t a , quiere c o n t e m p l a r po r ú l t i m a vez s u va l le , y a le jano. L a s c u m b r e s d e I z a g a y E l o rec iben , sobre sus caperuzas d e n ie­b la , los nac ien tes fulgores de las es t re l las c repuscu­lares ; a r rebú janse en m a n t o s negros los ap iñados m o n t e s del s ep ten t r ión ; la Val de Orba , a l Sur , re­c o r t a con sus c res tas a z u l a d a s el cielo r a d i a n t e d e l a R i b e r a .

P e d r o F e r m í n vue lve a c o n t e m p l a r el c aduco ro ­b le sol i tar io . «Tal vez—dice—algún pá j a ro , a t r a í d o po r el ve rdo r de t u r e n u e v o , se posa rá sobre las t enues y escasas r a m i t a s , y te obsequ ia rá con s u can to como c u a n d o t e a d o r n a b a espeso follaje. Sea y o el p á j a r o q u e c a n t e el adiós a mi t i e r ra , m á s ló­b r e g a q u e el á rbo l ; a m i t i e r r a descas t ada , s in r e ­nuevos.»

Según lo p iensa lo hace . S e n t a d o al p ie del r o ­ble , con hab i l i dad n u n c a po r él s u p e r a d a , p o r q u e

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KI N

n u n c a p e n e t r ó t a n h o n d a m e n t e en el sen t ido ín t i ­m o d e la mús i ca b a s k a , v a t o c a n d o , u n a después d e o t r a , las t o n a d a s p red i lec tas , h a s t a q u e la con­goja le op r ime y las l ágr imas le ciegan. E n t o n c e s se l e v a n t a y se v a m o n t e aba jo , l levándose d e n t r o de l t a m b o r i l n o s o l a m e n t e el a l m a p rop ia , como di jo D . J o s é el barbudo, s ino l a d e R a h o n d o y t o d a s u c o m a r c a .

I r u ñ a , 5 d e enero d e 1917.

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Í N D I C E

Páginas.

El bardo de Italtzu . . . ., 6 Roedores del mar ' 86 Pedro Mari 127 Orachina 174 El último tamborilero de Erraondo 193

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FAQs

¿Cuándo se creó la literatura vasca? ›

La literatura escrita en euskera se inicia en el siglo XVI d. C., con tres autores considerados clásicos: Juan Pérez de Lazarraga, Bernat Dechepare y Joanes Leizarraga.

¿Dónde se habla vasco que particularidad tiene Está lengua respecto a su origen? ›

La lengua vasca se habla a ambos lados del extremo occidental de los Pirineos, por lo que abarca territorios pertenecientes tanto a España como a Francia. Álava, Vizcaya, Guipúzcoa y Navarra son los territorios peninsulares del euskera. En el País Vasco del Norte; Labort, Baja Navarra y Sola.

¿De dónde son originarios los vascos? ›

La patria vasca, Euskal Herria , es una región entre Francia y España, cerca de los Pirineos y el Golfo de Vizcaya. El País Vasco está compuesto por siete provincias. El noventa por ciento de todos los vascos viven en las cuatro provincias españolas de Bizkaia, Gipuzkoa, Araba y Nafarroa.

¿Cuál fue la primera novela en euskera? ›

A Txomin Agirre se le atribuye la primera novela vasca. En su bibliografía podemos encontrar las siguientes obras: Auñamendiko Lorea (1896), Kresala (1906), Garoa (1912) eta Ni ta ni (inconclusa, murió antes de terminarla).

¿Por qué los vascos son tan diferentes? ›

Más bien, hace unos 4.500 años casi toda la herencia del ADN-Y de la mezcla ibérica de cazadores-recolectores mesolíticos y agricultores neolíticos fue reemplazada por el linaje de pastores indoeuropeos de la estepa, y el carácter distintivo genético vasco es el resultado de siglos de baja población. Tamaño, deriva genética y endogamia .

¿Qué es más antiguo el euskera o el castellano? ›

El euskera, el idioma de los vascos, es la lengua viva más antigua de Europa. Esta afirmación la ratifica la mayor parte de los lingüistas, expertos e investigadores.

¿Los vascos son indígenas? ›

Los vascos son indígenas y habitan principalmente en un área tradicionalmente conocida como País Vasco (euskera: Euskal Herria), una región que se encuentra alrededor del extremo occidental de los Pirineos en la costa del Golfo de Vizcaya y se extiende a ambos lados del norte. centro de España y suroeste de Francia.

¿Cuándo surgió la lengua vasca? ›

En 2022 , se descubrió que una inscripción fechada en el primer cuarto del siglo I a. C., conocida como la Mano de Irulegi, contenía una supuesta palabra vasca, lo que proporciona la certificación más antigua del idioma hasta la fecha.

¿Cuándo se empezo la Y vasca? ›

Este plan no llegó a concretarse tras la decisión de que la mejora de líneas se realizase con característica de LAVs y con ancho UIC,​ concretamente el 9 de diciembre de 1988, surgiendo de ahí el proyecto de la Y vasca en 1989.

¿Cuando empezo el vasco? ›

Un idioma vivo y antiquísimo cuyo origen, hoy por hoy, aún se desconoce. Importantes lingüistas e historiadores defienden la creencia de que el euskera puede ser heredero directo de la lengua que hablaban, hace 15.000 años, los habitantes de las cuevas de Altamira, Ekain o Lascaux.

¿Qué edad tiene la cultura vasca? ›

El vasco tiene una de las culturas más antiguas de Europa

El País Vasco es una de las culturas más antiguas de Europa. Algunas teorías sugieren que los vascos son un remanente de los habitantes paleolíticos de Europa occidental, hace unos 35.000 años . César incluso hizo referencia a sus costumbres allá por la época romana.

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Author: Allyn Kozey

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